Zeus na religião grega: antropomorfismo, hegemonia e atividade celeste nos testemunhos de Homero e de Hesíodo (original) (raw)
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Uranos, Cronos e Zeus: a mitologia grega e suas distintas percepções do Tempo
Revista Mirabilia, 2010
A realidade do tempo é uma noção abstrata e intuitiva. A temporalidade pode ser experienciada e compreendida, mas não sentida. E mesmo a experiência do tempo se torna ambígua, se pensarmos no tempo natural (eterno e imutável) e no tempo humano (mutável e finito) como duas instâncias distintas de uma realidade comum. Consoante tal percepção, o tempo é simultaneamente, como define Mircea Eliade, "sagrado" e "profano": eterno e recuperável, histórico e irredutível. É neste sentido que pretendemos analisar brevemente as figuras de Úranos, Cronos e Zeus como representantes simbólicos dessas duas diferentes concepções do tempo no antigo imaginário helênico.
Mitos de geração e sucessão em Hesíodo: Urano, Cronos e Zeus
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos, 1992
A Teogonia de Hesíodo é um relato mítico que descreve o movimento do universo, desde o princípio, até uma ordem final, hierarquizada segundo potências divinas, e como este movimento se revela aos homens através da força presentificadora das Musas. Este trabalho visa exatamente delinear, sob o ponto de vista do poder, as gerações e as sucessões embutidas no mito, a partir do Céu, e também interpretar o que representa cada instância do poder, como se instaura e como se comporta no exercício da ordem dentro do processo de evolução do mundo.
Kriterion: Revista de Filosofia
A dificuldade em admitir-se o antropomorfismo dos deuses aparece na Grécia a partir da época arcaica, com os primeiros textos em prosa dos pensadores pré-socráticos. Neste estudo definirei as principais características dessa reflexão crítica sobre os limites do antropomorfismo, bem como a recusa dos intérpretes modernos em aceitar o antropomorfismo grego como uma experiência religiosa autêntica. Alguns fragmentos de Heráclito de Éfeso serão citados como exemplo da sabedoria dos jônios na época arcaica.
This research aims to study the temples dedicated to Zeus Olympios, also known as Olympieia, built between the 6th and 5th centuries B.C., during the Archaic and Classical periods. Our intention is to provide an account of the importance of the sanctuary of Olympia played in the origin and diffusion of the Zeus Olympios’ cult, as well as the character assumed by this cult in other parts of the Greek world. In particular, we intend to deepen the comprehension of the connections of the political power established with this cult during the Archaic and Classical epochs, especially regarding its political manipulation. In order to reach a sharper appraisal of the cult and meet the other purposes set forth herewith, the research will develop a detailed survey of those cities with temples consecrated to this divinity and, associating textual sources with contextualized archaeological data, suggest some themes to discussion as: 1. The use of both the epithet Olympios and the name Olympieion; 2. The spatial configuration of the Zeus Olympios’ sanctuaries and the relationship between society and the sacred place; 3. The tyrannical government in relation with the cult; 4. The role played by the cult in the making of the Greek identity.
EROS E HIMEROS: O IMPULSO ERÓTICO NO ROMANCE GREGO ANTIGO (Classica 35.2, 2022)
Classica, 2022
A temática amorosa ocupa importante lugar na delimitação do gênero romance na Antiguidade, uma vez que os seus mais antigos exemplares trazem em seu centro a idealização da relação amorosa. Outro conjunto de obras que compõem o corpus do romance antigo, os romances cômico realistas, dão tratamento diverso ao impulso erótico, muitas vezes deslocado para um plano secundário da narrativa e abordado de forma não idealizada. Através da análise da representação de eros em dois romances, Efesíacas, de Xenofonte de Éfeso, da vertente amorosa, e Lúcio ou o asno, de (Pseudo-)Luciano, da cômico realista, vou buscar estabelecer formas distintivas de tratar a matéria amorosa nesse gênero.
Deuses Egípcios no Olimpo, segundo Heródoto
SILVA, M. A. O. Deuses Egípcios no Olimpo, segundo Heródoto. In: Maria Aparecida de Oliveira Silva; Margaret Marchiori Bakos. (Org.). Deuses, Mitos e Ritos do Egito Antigo. 1ed.Balti: Novas Edições Acadêmicas, 2017, v. 1, p. 38-49.
A Anábase de Xenofonte – Elementos para o estudo da religiosidade grega
SOARES, Filipe de Almeida Fernandes (2012), "A Anábase de Xenofonte - Elementos para o estudo da religiosidade grega" in Cultura: Revista de História e Teoria das Ideias 30, pp. 225-253
This study started as a repport presented for evalutaion on the seminar of Ancient Greece as a component of the master's degree studies in Ancient History and related to the subject of Greek Religion. However, because of the complexity of the theme, this start will try to understand how literature (Greek Chronicles) explore it.
Sacrifício entre os gregos antigos: a comunhão com o divino
Um presente para os deuses: o sacrifício no Mundo Antigo, 2021
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Resumo: A realidade do tempo é uma noção asbtrata e intuitiva. A temporalidade pode ser experienciada e compreendida, mas não sentida. E mesmo a experiência do tempo se torna ambígua, se pensarmos no tempo natural (eterno e imutável) e no tempo humano (mutável e finito) como duas instâncias distintas de uma realidade comum. Consoante tal percepção, o tempo é simultaneamente, como define Mircea Eliade, "sagrado" e "profano": eterno e recuperável, histórico e irredutível. É neste sentido que pretendemos analisar brevemente as figuras de Úranos, Cronos e Zeus como representantes simbólicos dessas duas diferentes concepções do tempo no antigo imaginário helênico.