ORAÇÕES CORRELATIVAS HIPOTÉTICAS NO PORTUGUÊS (original) (raw)
Related papers
ORAÇÕES EXISTENCIAIS EM TESES DE DOUTORADO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO
Artigo publicado no volume 10 da Diálogo das Letras, 2021
Estudos pautados no Sistema de Transitividade, da Linguística Sistêmico-Funcional (LSF) dão conta que esse é um sistema de relação entre os componentes que constituem figuras de representação. Este trabalho objetiva analisar as funções das orações existenciais, que para Halliday e Mathiessen (2004, 2014) representam o que existe ou acontece, na unidade retórica Introdução, do banco de dados TACTESE, de Figueiredo-Gomes e Bertuleza (no prelo). A metodologia empregada consiste no recenseamento dos processos em orações existenciais, por meio do uso da ferramenta Concord, do suíte computacional Word Smith Tools (SCOTT, 2018), a partir da lista de processos tipificados por Halliday e Matthiessen (2004, 2014) como neutros, abstratos e com traços circunstanciais, aplicados a usos da língua inglesa, que Fuzer e Cabral (2014) apresentam como passíveis de realizar significados existenciais no Português Brasileiro. Foram identificados 212 usos de orações existenciais na unidade retórica Introdução. Os grupos verbais mais produtivos tipificados como neutro do existir são haver e existir; como neutro do acontecer são ocorrer e acontecer; como neutro possessivo é ter; com traços circunstanciais de tempo é seguir-se, e com traços circunstanciais de lugar são encontrar-se e surgir; dos processos tipificados como abstratos não foram identificados usos nessa unidade retórica. Acredita-se que essa ausência pode está relacionada ao nível de tecnicidade do texto tese de doutorado, que não admite realizações desses processos, frequentes em gêneros do narrar.
ARTICULAÇÃO DE ORAÇÕES NO PORTUGUÊS ESCRITO DO BRASIL: AS ORAÇÕES CONDICIONAIS
Revista Scripta, 2001
Pode-se afirmar que os estudos de caráter tradicional realizados sobre a articulação de orações restringem-se a uma apresentação de classificações sintáticas ou semânticas, sem atenção para a inter-relação entre os diferentes tipos de orações. Além disso, tratam a articulação das orações nos limites da frase, isolada de seu contexto situacional, desprezando, assim, o seu papel na coesão e na organização discursiva.
PROCESSAMENTO DE SUJEITOS DE ORAÇÕES COM VERBOS INACUSATIVOS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
Este estudo trata da opcionalidade de posicionamento do sujeito sintático de verbos monoargumentais inacusativos em posição pré-posta ou pós-posta ao verbo subcategorizador. Buscou-se examinar a hipótese de que essa opcionalidade gramatical pode divergir do ponto de vista do processamento sentencial, acarretando, no âmbito de implementação em desempenho linguístico, uma diferenciação das duas construções gramaticalmente possíveis. O exame baseou-se em um experimento psicolinguístico para o qual foi escolhida uma tarefa de grande precisão na localização dos eventos linguísticos que causam ônus diferencial no processamento, a maze task. Os resultados trazem evidências de que a posição de sujeito pós-posto aos verbos inacusativos acarreta facilitação sistemática do processamento de sentenças com verbos inacusativos para os falantes do português do Brasil.
Este trabalho objetiva demonstrar, em um primeiro momento, aspectos funcionais relacionados às diferentes formas que orações completivas, em posição de argumento interno de verbo transitivo, assumem em português. Para a descrição desses aspectos, utilizamos dados de diferentes variedades do português falado em países que têm o português como língua oficial. A partir dessa descrição, pretendemos, em um segundo momento, demonstrar em que medida motivações funcionais inerentes ao uso das construções completivas são contempladas em atividades pedagógicas propostas por livros didáticos atualmente adotados para o ensino de língua portuguesa em instituições educacionais brasileiras. Com esse último propósito, nosso principal intuito é contribuir para as discussões acerca da necessidade de uma orientação funcionalista para o ensino de gramática do português, tendo em vista o já tão propalado objetivo a ser alcançado com o ensino formal dessa disciplina: aprimorar a competência linguística dos estudantes e, consequentemente, seu desempenho comunicativo em língua materna.
PORTUGUÊS: LÍNGUA DE ACOLHIMENTO PARA IMIGRANTES HAITIANOS
MIRANDA, Helen Parnes, 2018
O Instituto Federal Catarinense se assenta no tripé ensino-pesquisa-extensão, apresentando como missão institucional o desenvolvimento acadêmico em diálogo com a comunidade regional em que se insere (Lei 11.892, 2008). A partir dessa perspectiva, a extensão se perfaz da conjugação da produção científica incentivada pela pesquisa utilizada e, também, resultante da ação docente, com os saberes e demandas da sociedade, constituindo um ciclo de produção científica voltada e formada por meio da práxis freiriana concebida como compromisso profissional com a sociedade pautado na ação reflexiva (Freire, 1979). Por essa razão, acredita-se que a partir dessa estrutura, os Institutos Federais se assumem “[...] como espaço público e democrático a ser ocupado e constituído democraticamente, em que são acolhidas as diferenças, não somente no campo teórico, mas no campo da ação com vista a uma práxis inclusiva e transformadora.” (Miranda, 2016, p. 23). Diante da intensificação do fluxo migratório haitiano ao Brasil iniciado em 2010 e consolidado em 2013 em um cenário cuja tradição histórica de recepção de imigrantes é demarcada por medidas excludentes e de segregação racial, e em que ainda vigia o Estatuto do Estrangeiro, é que surgiu o projeto de extensão “Inclusão pelo português: Curso de Língua Portuguesa para os imigrantes haitianos na perspectiva da interculturalidade”, o qual teve início em março de 2016, sendo a primeira formatação do curso. Atualmente, é ofertado em sua 3ª edição sob o nome de “Português como Língua Estrangeira para Imigrantes Haitianos”. Este relato dar-se-á sobre as experiências vivenciadas no âmbito desse projeto de extensão desde o seu surgimento até a forma como está organizado hoje. O curso foi idealizado no final de 2015 quando o atual mestrando Sérgio Feldman, na época bolsista do professor Reinaldo Fleuri, soube que a professora do campus Camboriú-SC, Roberta Raquel, tinha outro projeto de extensão com o objetivo de trabalhar as regras do uso da bicicleta como meio de transporte com os haitianos e a procurou para organizar um projeto de inclusão com esta comunidade de imigrantes. A referida professora constatou que a língua foi a maior barreira para o êxito do curso. Após essa conversa, decidiu-se elaborar o projeto com vistas a oferta de um curso de Língua Portuguesa em uma perspectiva intercultural. O intuito do projeto relatado é, portanto, o de recepcionar os haitianos de forma a acolhê-los, respeitando as diferenças culturais e diminuindo a desigualdade social, marcada, infelizmente, pelo preconceito racial e pela xenofobia. Dessa maneira, apresentar-se-á um relato de funcionamento deste curso e algumas estratégias utilizadas para a inclusão na língua portuguesa.
LÍNGUA PORTUGUESA MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
UTILIZE O TEXTO I PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 01 A 10. Texto I O irlandês ajudou Alguns leitores me acusaram de estar por trás de Cornelius Horan, o fanático religioso que, para anunciar o fim do mundo, interrompeu a marcha do maratonista brasileiro Vanderlei de Lima. Uma goiana disse que usei meus poderes vodus para assegurar a vitória do "carcamano que surrupiou o ouro". Um paraense disse que me irritei com o bom desempenho de nossos atletas e torci contra Vanderlei de Lima, que só não ganhou a maratona por causa daquele "maluco do Primeiro Mundo". Um rondoniense disse que Horan foi criado por minha imaginação. Um gaúcho disse que contratei o sujeito porque o Brasil estava ganhando medalhas demais. Um paranaense disse que Horan, na realidade, sou eu, de saiote, disposto a praticar qualquer indignidade para garantir a passagem do maratonista, porque minha meta é "derrubar o sonho dos brasileiros". Primeiro: Horan está certo. O fim do mundo é mais importante que uma maratona. Arrependa-se. Os pecadores irão arder para sempre no fogo do inferno. Segundo: se não fosse por Horan, Vanderlei de Lima não só não teria ganho a medalha de ouro como teria chegado, pelos meus cálculos, em sétimo lugar. Àquela altura da maratona, ele estava perdendo mais de vinte segundos por quilômetro. O incidente com Horan deu-lhe um gás a mais. O italiano que ganhou a maratona disse que, se tivesse acontecido com ele, simplesmente teria dado um safanão no intruso e seguido em frente. Terceiro: os brasileiros são muito mais malucos que Horan. Sentem-se perseguidos pelo resto do mundo. Vêem maquinações dos países ricos em todos os seus fracassos. Acreditam que o episódio com Vanderlei de Lima só ocorreu porque a maratona estava sendo dominada por um brasileiro. Os vencedores das três últimas maratonas olímpicas foram um coreano, um sul-africano e um etíope. Ou seja, só atletas de países pobres. Nesta semana, Lula alimentou a paranóia nacional com mais uma teoria conspiratória. Disse que os países ricos, reunidos no G7, decidiram criar o G8 somente depois que o Brasil perdeu a condição de oitava economia do mundo porque não podiam aceitar um país latino-americano entre os mais desenvolvidos. A declaração de Lula é uma mistura de delírio e ignorância. Os países ricos ampliaram o G7 para incluir a Rússia, que não é a oitava economia do mundo, mas uma superpotência nuclear. Além disso, o Brasil foi a oitava economia do mundo por umas poucas semanas em 1997, graças à moeda inflada artificialmente. A renda per capita, na época, era de mais de 4.700 dólares. Agora voltou à miséria bem mais realista de 2.700. Os brasileiros são doentes. Precisam se tratar. Quarto: estou me lixando para as medalhas do Brasil. Eu queria apenas poupar seu dinheiro. Reclamei da enormidade que o governo gastou em propaganda ufanista durante o período olímpico, para abocanhar seu voto. O governo ganhou. Eu perdi. Você aí, no Pará, enrolado na bandeira com a mão no peito, também perdeu. Não sei se o fim do mundo está chegando. Mas o fim do Brasil já chegou. (Diogo Mainardi) 1. De acordo com o texto, a relação de seu título com o seu desenvolvimento leva-nos a inferir que (A) na realidade, o que Horan queria era, unicamente, atrapalhar o corredor brasileiro. (B) se não fosse a intervenção de Horan, atrapalhando Vanderlei, o italiano não teria ganho a medalha de ouro. (C) a palavra ajudou refere-se ao maratonista que ganhou a medalha de ouro. (D) diferentemente do que pensam os leitores, o autor atribui a conquista da medalha de Vanderlei à intervenção de Horan. (E) a construção do texto partiu da revolta de todos os brasileiros com relação à atitude de Horan. 2. Segundo o autor, ao atrapalhar a corrida de Vanderlei de Lima, Cornelius Horan tinha por objetivo primeiro: (A) garantir a vitória do carcamano. (B) atrapalhar o belo desempenho brasileiro. (C) anunciar o fim do mundo. (D) mostrar que os brasileiros são mais frágeis que os italianos. www.pciconcursos.com.br
AS ORAÇÕES INTERROGATIVAS NAS LÍNGUAS INDÍGENAS BRASILEIRAS
webdiscursividade, 2012
No presente artigo, será mostrado como são analisadas as estruturas interrogativas em línguas indígenas brasileiras. Inicialmente será apresentado o trabalho seminal de Brandon e Seki (1984) sobre interrogativas em línguas Tupi. Em seguida, será mostrada a análise que Maia et alii (2000) fazem sobre as interrogativas em três línguas nativas não geneticamente relacionadas.
EMPRÉSTIMOS LINGÜÍSTICOS DO PORTUGUÊS EM XERENTE AKWEv
etnolinguistica.wdfiles.com
pela saúde, pela determinação e pelo equilíbrio, atributos sem os quais nada seria possível. À minha mãe, Rosana e aos meus avós, Wagner e Zilda, meus genitores, de quem sempre tive um apoio incondicional. À professora Silvia Lucia Bigonjal Braggio, pela orientação precisa e segura, por clarear o caminho do conhecimento através da experiência multicultural, pela paciência, tolerância e atenção, pelo exemplo e pelo afeto. Enfim dedico a ela todo o meu respeito e admiração. Às professoras Daniele Marcelle Grannier, Heloísa Augusta Brito de Mello, Maria Suelí de Aguiar, Zaira Turchi e ao professor Sinval Martins de Sousa Filho, pela leitura crítica e as sugestões pertinentes. Ao amigo Emerson Carvalho e à professora Joana Plaza Pinto, pelo incentivo desde o início. Aos amigos José Erivaldo, Marcelo e Tiago, pela participação indireta, porém imprescindível para a conclusão deste trabalho. Aos amigos Fábio e Jô, por me ajudarem a entender a verdade. À Adriana e a toda a minha família, pelo amor e por estarem sempre ao meu lado. Ao meu filho Lucca e às crianças Gabriel, Ana Luiza e Yuri (in memorian), pelos sorrisos puros e sinceros e por me fazer lembrar sempre que a vida pode ser boa e divertida. Aos amigos Bonfim, Maurício, Josivam e Selma Xerente e especialmente a todo o povo xerente, por me ensinarem uma forma diferente de enxergar o mundo, por me acolherem e por me fazer sentir como parte desta grande família.
HARMONIA VOCÁLICA EM REGISTROS ESCRITOS ANTIGOS DO PORTUGUÊS
Resumo: A harmonia vocálica é comum no português moderno e, conforme , bastante antiga. Diante desse fato e com base no pressuposto de que o registro escrito é um testemunho importante do comportamento de uma determinada língua em seus estágios anteriores, analisamos dados do latim vulgar até o português falado atualmente, passando por registros do português antigo, a fim de verificar a realização das vogais médias pretônicas /e/ e /o/ como /i/ e /u/ na presença de vogal alta em sílabas subsequentes. Observamos se há ocorrências desse processo em latim vulgar, o que indicaria que esse fenômeno é muito antigo. Palavras-chave: harmonia vocálica; registro escrito; Língua Portuguesa.