O Destino Do Reino Do Congo No Brasil De Minas Gerais (original) (raw)
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A Espetacularização Do Congo No Espírito Santo
Resumo: O Espírito Santo abriga grande diversidade de manifestações populares que se dividem em grupos, saberes e celebrações. Uma das práticas mais evidentes são as Bandas de Congo que estão espalhadas por todo o Estado e ganham cada vez mais notoriedade. Apesar de ter origem no período colonial, foi na década de 1980 que a manifestação alcançou destaque nacional, quando o cantor Martinho da Vila teve contato com o grupo da comunidade da Barra do Jucu, localizada em Vila Velha. O artista incluiu em seu álbum "o Canto das Lavadeiras" algumas toadas ouvidas na região, dentre elas, "Madalena do Jucu". A partir daí iniciou-se um processo de valorização e reconhecimento do Congo como identidade local, que antes não era tão aceito pela maioria da população, principalmente católica. Aos poucos as Bandas foram descontextualizadas e deslocadas do seu espaço acústico e tradicional, para se tornar espetáculo em espaços privados. Este artigo apresenta reflexões sobre o proc...
Manoel Congo e a jornada em busca da liberdade
IHU On-line: Revista do Instituto Humanitas Unisinos, 2014
IHU On-Line pode ser acessada às segundas-feiras, no sítio www.ihu.unisinos.br. Sua versão impressa circula às terças-feiras, a partir das 8h, na Unisinos.
REIS NEGROS NO BRASIL ESCRAVISTA História da festa de coroação de Rei Congo
Reis Negros no Brasil Escravista. , 2002
Livro resultante da tese de doutorado que analisou as cerimônias em torno de reis negros na sociedade brasileira escravista, chamados preferencialmente de reis do Congo. Defende que houve nessas celebrações a formação de uma identidade negra católica, referenciada na história do Congo cristão.
As Minas Gerais, 2020
Ebook sobre a História de Minas Gerais, do período pré-colonial a atualidade.
Descobrindo a Guiné no Brasil colonial
Revista Instituto Histórico e Gográfico Brasleiro, 2000
O tráfico de escravos entre a Africa e a América é, sem dúvida, um dos circuitos comerciais mais importantes da história da humanidade. As estimativas em tomo dos escravos traficados para o Brasil giram em tomo de três milhões e meio de africanos. Desses, a metade é traficada ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, cabendo ao século XVIII um total aproximado de 1.700.000 escravos. Nesse século, o Brasil é o destino das embarcações que saem de duas grandes áreas fornecedoras: a costa ocidental (chamada da Mina) que para cá envia em tomo de 600 mil escravos e a costa centro-ocidental (chamada Angola) que transporta, aproximadamente, 1.100.000 escravos.2 Ao lado dos trabalhos que privilegiam esses fluxos majoritários é importante considerar que o comércio atlântico retira escravos de diferentes regiões da Africa, muitas delas bem distantes dos portos de embarque, para enviá-Ios às .
Revista Canoa do Tempo, 2021
Esse artigo se propõe a analisar as ações contra o Estado do Congo, realizadas por João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros enquanto governadores de Angola, no período de 1658 a 1666, tendo como focos principais de atenção as relações de poder, as ações militares e o tráfico de escravizados para Pernambuco. Demonstra-se, ao longo desse trabalho, que os poderes adquiridos, em função do prestígio acumulado pelas ações em Pernambuco, permitiram que eles pudessem agir de acordo com os seus interesses, desconsiderando vários aspectos do regimento para Angola, num jogo político que envolveu eclesiásticos, soberanos regionais e locais, a aristocracia lusitana, e a própria Coroa portuguesa com o Conselho Ultramarino. Para tanto, foram feitas análises de fontes arquivísticas, como a documentação do Arquivo Histórico Ultramarino e da coleção Monumenta Missionária Africana, além de cronistas da época. Palavras chaves: Ações militares; Estado do Congo; tráfico de escravizados.
Folia de reis em Minas Gerais: entre símbolos católicos e ambiguidades africanas
Ciencias Sociales Y Religion Ciencias Sociais E Religiao, 2013
Resumo: O presente artigo busca compreender as relações de estreitamento religioso entre a Folia de Reis, manifestação relacionada ao catolicismo popular (ou santorial) e a religiosidade de matriz africana. No campo a se pesquisar, o município de Leopoldina, Minas Gerais, está a Folia da Maú, formada por uma família negra e umbandista, devotos de São Sebastião. Entre os diversos rituais, está a entrega da bandeira em um centro de umbanda, realizado no dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião no calendário litúrgico católico. Portanto, essa Folia se caracteriza tanto como uma prática do catolicismo santorial, quanto expressão religiosa da umbanda. O palhaço por sua vez, o brincante de tanta expressão e popularidade, entendido pelo viés católico como o Rei Herodes, ou até mesmo o próprio diabo, simbolicamente possui analogias com Exu. Orienta essa comunicação, a ideia de que os traços da religiosidade afro-brasileira e do catolicismo santorial estão imbricados intimamente. Por meio de conversas e entrevistas, análise das imagens rituais no centro de umbanda e na casa de Dona Maú, e da chula dos palhaços, procura-se entender a relevância do mascarado da Folia como produto desse processo de síntese cultural. Portanto, nesse contexto sua posição marginal dá lugar à eminência como representante dessa síntese e como brincante de grande notoriedade e simpatia junto à assistência.
Signo, 2010
O presente artigo pretende discutir as possibilidades e os limites do uso dos escritos literários nos estudos das humanidades, especificamente, a análise das representações sociais neles contidas como fontes para a história. Para tanto, utilizaremos excertos da chamada literatura de viagem, em que são descritos os episódios de coroações de Reis Congos e as festas denominadas Congadas que tiveram lugar no Brasil oitocentista. Acredita-se que esse olhar estrangeiro que enfrenta um "estranhamento" ao deparar-se com o "outro" possa ser revelador, entre descrições de incompreensão, exotismo e jocosidade, de relevantes informações para uma melhor compreensão das festas e celebrações em questão.