COLONIALIDADE E CONSCIÊNCIA HISTÓRICA: UM ESTUDO DE CASO COM JOVENS DE ENSINO MÉDIO (original) (raw)
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2011
Este trabalho tem como objetivo conhecer as mudanças e permanências na escrita da História veiculada nos livros didáticos avaliados, aprovados e distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM) através da análise de seus conteúdos conceituais meta-históricos e substantivos. Usando como baliza de análise as prescrições dadas pelos editais do programa sobre os conceitos históricos considerados importantes, realizamos a análise das coleções em edições anteriores e posteriores ao programa, visando saber se o PNLEM foi responsável por uma melhora nos conteúdos conceituais das coleções, como já identificado pelos pesquisadores em Ensino de História ao investigarem o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para o Ensino Fundamental. O nosso recorte temporal abrange o período de 1997 a 2005. Utilizamos os procedimentos metodológicos da Análise de Conteúdo de Laurence Bardin (1977) para categorizar os conceitos que foram extraídos nas proposições históricas presentes no texto didático. A importância desse trabalho está em conhecer o grau de influência das políticas públicas nos livros de História para esse nível de ensino.
Ensino, Saúde e Ambiente, 2018
Acredita-se que as histórias internas da ciência sejam produzidas a partir de uma abordagem epistemológica, a qual esteja presente nas produções científicas. Todavia, defende-se a ideia de que a ciência não se reduza apenas aos ingredientes epistemológicos, mas também aos aspectos sociais. Entretanto, nas histórias presentes nos manuais didáticos frequentemente se observa uma apresentação fragmentada. Na biologia, existem vários microcenários com bastidores interessantes para a compreensão da consolidação de um fato. Neste artigo o episódio escolhido trata-se do conhecimento biológico sobre a origem da vida trilhado por abiogenistas e biogenistas presente nos manuais didáticos. Após apresentar a abordagem do tema em alguns manuais didáticos, este artigo busca analisar a percepção de alunos do ensino médio a partir do contato com este tipo de abordagem presente nos manuais por meio da análise de discurso (AD). As análises se deram a partir dos referenciais epistemológicos de Ludwik Fleck. Foi possível identificar entre os alunos a frequência em se reportar apenas a história dos vencedores, de modo que na maioria das vezes os cientistas que não ganharam o prêmio final do embate não se mostraram significativos em seus discursos. Acredita-se que o uso da história e filosofia da ciência (HFC) associada a noção sociológica contribua para uma compreensão mais orgânica da historiografia de microcenários da ciência, aqui nominada como história, filosofia e sociologia da ciência (HFSC). E isso, como possibilidade para se abordar microcenários da ciência em sala de aula, trazendo elementos científicos e extracientíficos que participaram da consolidação de um fato.
Os pedidos de intervenção militar no Estado brasileiro, o senso comum de uma "administração pacífica e exitosa feita pelos militares", que tem encontrado reverberação no ambiente escolar, motivaram a busca por uma ferramenta pedagógica que possibilite a problematização de tais "verdades". Este trabalho propõe a utilização de memórias como "objetos geradores" (LOPES, 2004), visando à produção de um jogo para abordagem dialógica do tema. Proceder-se-á ao estudo dos conceitos sobre Memória e Ensino de História, adotando como tema Ditadura Civil Militar e como são estudados no Ensino Médio. O jogo facilitará diálogos entre os temas visando à cientificização da cultura histórica (RUYSEN, 2014) no ambiente escolar. Conclui-se que tal instrumento permitirá que professores e estudantes relacionem o conhecimento histórico à vida prática.
Disciplina optativa de doutorado, 2o semestre 2011., 2012
O trabalho é um exercício teórico-especulativo que tem por objetivo esboçar um modelo analítico, hipóteses e referenciais empíricos para uma pesquisa sobre os intelectuais no contexto ocidental moderno (posterior à II Guerra Mundial), focando, entre estes, os estudantes de Ciências Sociais. Acredita-se que certos fatores econômicos, sociais e psicológicos de amplo alcance histórico, como por exemplo a situação escolástica e o relativo deslocamento social, produzam uma classe de indivíduos de atributos e propriedades sociais e psíquicas relativamente comuns, como o desenvolvimento de estados mentais melancólicos. Esses fatores mais amplos parecem combinar-se com fatores de alcance médio, como mudanças na estrutura de relações e papéis familiares, na estrutura das profissões das camadas médias e o aprofundamento da competição no âmbito do trabalho, produzindo um aprofundamento no individualismo e a ascensão do hedonismo como valor cultural dominante entre os jovens cultivados contemporâneos, inclinando-os à subversão e à crítica cultural. Tendências intelectuais niilistas, sofistas ou obscurantistas, particularmente atraentes aos jovens cientistas sociais, são entendidas como manifestações, no campo intelectual, daquele conjunto de características psicossociais. O trabalho organiza-se da seguinte forma. Inicialmente contextualiza-se a pesquisa na tradição de pensamento que discute os fastios do mundo moderno. A seguir, discutimos especificamente a melancolia na sociedade moderna e elaboramos um esquema analítico. Na última seção, apresentamos e discutimos hipóteses envolvendo a melancolia e os estudantes de Ciências Sociais, à luz de um malogro mais geral à cultura jovem contemporânea. Conclui-se sugerindo que a melancolia intelectual é uma espécie de multiplicação de um mal-estar mais geral, que, por suas características psicossociais peculiares, tende a agravar fastios presentes na sociedade geral.
AVALIAÇÃO DE LIVROS DE HISTÓRIA POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Relata resultados de pesquisa que investigou a perspectiva dos alunos do Ensino Médio sobre os Livros didáticos de História incluídos no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2012. Os manuais escolares ganharam espaço na pesquisa educacional nas últimas décadas, especialmente no campo da História da Educação. Mas apenas nos últimos anos os pesquisadores vêm intensificando estudos e abordagens epistemológicas e didáticas, particularmente para entender a presença dos livros nas aulas. Diferentes estudos avaliativos apontam a necessidade de desenvolver pesquisas que se aproximem das salas de aula para compreender o que os professores e alunos pensam sobre os manuais escolares, e de que forma os utilizam para ensinar e aprender. Livros escolares são artefatos culturais que, inseridos na escola, afetam diferentes dimensões da experiência escolar, em especial a dimensão do ensino. No caso dos livros de História, encontra-se referência nas indicações de Rüsen (2010) quanto ao livro didático ideal, e também as determinações e critérios derivados do Programa Nacional do Livro Didático que estão materializados nos Editais e Guias de Livros Didáticos PNLD 2012. Do ponto de vista empírico, propôs-se uma investigação com estudantes do primeiro ano do Ensino Médio de um colégio público da rede Federal de ensino, localizada na cidade de Curitiba, Paraná (BR). Os livros aprovados no PNLD 2011 foram disponibilizados aos alunos e foram realizadas atividades de análise e discussão dos manuais durante as aulas de História. Dois questionários aplicados possibilitaram conhecer o que os jovens alunos pensam sobre os livros aprovados pelo PNLD e identificar os critérios que eles privilegiam quando solicitados a escolher entre os livros didáticos disponíveis. Os resultados evidenciam a presença de critérios de ordem geral, como a qualidade dos textos e imagens, e de critérios específicos da disciplina de História, como a presença de fontes e abordagem cronológica dos conteúdos.
2016
A presente tese investiga os conteúdos escolares em três instâncias de objetivação do currículo de História para o Ensino Médio brasileiro circunscritas entre o período de 1998 a 2012. Através dos conceitos de políticas educacionais, currículo e conteúdos, buscamos investigar os consensos e assimetrias entre conceitos, competências e habilidades presentes no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em comparação com às prescrições contidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM). As fontes utilizadas na pesquisa foram: as três versões dos PCNEM de História (1998, 2003 e 2006); as matrizes de referência e questões do ENEM entre 1998 a 2012 e os editais e coleções didáticas do PNLD da disciplina para o Ensino Médio. No processo de leitura, extração, categorização e análise das fontes utilizamos os procedimentos metodológicos da Análise de conteúdo. A hipótese que norteou o estudo é a de que os livros didáticos de História, provas do ENEM e demais documentos referentes a essas políticas, apresentam profundas dissonâncias em relação aos conhecimentos, competências e habilidades expressos nos PCNEM. Assim, na ausência de currículos sistêmicos (para além da função de “orientar”), juntamente com a negação dos PCNEM e de qualquer outra possibilidade de currículos nacionalmente válidos, transfere-se para as matrizes do ENEM o papel de pautar o currículo de história brasileiro. A investigação sobre a simetria entre políticas curriculares distintas encontra a sua devida pertinência dentro da atual discussão sobre os limites e possibilidades de criação de uma Base Nacional Curricular Comum (BNCC) para a disciplina História.
ANÁLISE COMBINATÓRIA PARA O ENSINO MÉDIO
Agradeço a Deus pela oportunidade de realizar este sonho, pela força e pela coragem que me deu durante esta caminhada. Aos meus pais, Paulo de Tarso e Liduína Tânia, pelo incentivo, dedicação e apoio dado à minha decisão de investir nos meus estudos. Ao meu irmão, Rômulo, pela compreensão e pela amizade. A minha namorada, Áurea, pelo amor, pela paciência e por estar ao meu lado me apoiando, dando força e ajudando em todos os momentos de dificuldades. Agradeço à minha orientadora, Aniura, por ter aceitado me orientar neste trabalho e pelo incentivo durante a elaboração do mesmo. RESUMO O objetivo desta monografia é propor o desenvolvimento de atividades que desafiem e motivem tanto professores como alunos a estudarem, aprenderem e entenderem o conteúdo de Análise Combinatória no Ensino Médio; como um instrumento que facilite a relação entre o ensino do docente e a aprendizagem do discente. A razão que motivou este trabalho de monografia foi o fato de que boa parte dos professores de matemática do Ensino Médio consideram a Análise Combinatória como algo complicado de ser ensinado; além da questão das dificuldades de entendimento por parte dos alunos que são induzidos à memorização de fórmulas e a aplicação das mesmas à resolução dos exercícios para compreenderem esse conteúdo. Para isso, inicialmente apresentaremos alguns conceitos que servirão como um auxílio para que o professor possa trabalhar nas atividades propostas a serem desenvolvidas juntamente com os alunos. Dessa maneira, elaborou-se um guia para o professor apresentando uma forma para que ele possa trabalhar cada atividade proposta que envolve problemas de contagem em sala de aula e forneceu-se uma folha com a atividade impressa para que os alunos possam explorar o problema. Buscou-se com as atividades apresentar aos docentes estratégias eficientes que podem ser utilizadas para o ensino de combinatório e ajudar aos discentes a compreenderem melhor os problemas de contagem utilizando o raciocínio combinatório. Palavras chaves: Análise Combinatória, Ensino Médio, ensino, aprendizagem, atividades propostas e raciocínio combinatório.
Esta pesquisa teve como objeto de estudo a temática consciência histórica no ensino de História nos anos iniciais do ensino fundamental, nesse sentido entendemos que a consciência histórica não está resumida ao passado ou as memórias adquiridas no decorrer desse processo, mas que está presente no cotidiano podendo auxiliar no futuro da humanidade, assim dessa forma possamos compreender que o ser humano tem uma história e que ele faz parte desse processo histórico individual e coletivo da sociedade. Assim com a preocupação de investigar as práticas pedagógicas dos professores que atuam no cotidiano das aulas de história em uma escola pública do município de Parintins, especificamente nos 3º e 4º anos do Ensino Fundamental, surgiu a inquietação de compreender como é a didática utilizada pelos professores do ensino de História para desenvolver a historicidade com essas crianças? Se eles procuram estabelecer relações entre o passado e o presente, provocando assim no aluno a reflexão de uma consciência histórica? Se tem trabalhado de forma que haja relevância para formação do cidadão e o estudo de história significativo na construção do saber histórico? No intuito de responder a estas indagações, realizamos nossa pesquisa em uma em uma Escola Municipal de Parintins, nos 3º e 4º anos do Ensino Fundamental, pretendendo assim compreender, quais as práticas utilizadas pelos professores são capazes de desenvolver a consciência histórica na criança em sala de aula, e como os professores trabalham a construção do processo histórico, podendo explicar historicamente a realidade em que vive. Dessa forma, valorizando o conhecimento já produzido pelos alunos, estabelecendo possibilidades de novas interpretações sobre o saber histórico.