O trovador, a lira e o alaúde (original) (raw)

Elomar: o trovador "erudito" do sertão

Itinerarios Revista De Literatura, 1998

Este trabalho dedica-se a apresentar Elomar Figueira de Mello, cantador e violeiro do sertão da Bahia e sua trajetória na música. Homem culto e arcaico, fecundo pesquisador do Nordeste e da cultura brasileira, arquiteto-urbanista de formação e criador de bodes, Elomar é um dos referenciais da produção cultural nordestina. Apreciado no meio intelectual e musical, optou, porém, por se isolar da cidade, preferindo compor suas antífonas, ou cantar as sagas de donzelas e cavaleiros medievais.

O cantar dos trovadores: carta fictícia de Dom Dinis

Portugal: Uma retrospectiva, 2019

General presentation of the Galician-Portuguese troubadour tradition, as if written by King Dinis in a letter to his son Pedro, the future compiler of its most comprehensive songbook, transcribed with a commentary by its imaginary 19th-century discoverer.

A Gaia Ciência dos trovadores medievais

Entre os séculos XII e XIV -no contexto do desenvolvimento do trovadorismo medieval -prosperaram, em reinos que iam desde a França até os reinos ibéricos de Portugal e Castela, movimentos trovadorescos que continham similitudes e contrastes. Frente a isso, este artigo delimita os principais traços desses movimentos, suas especificidades, bem como suas influências obtidas por meio do diálogo com outros movimentos trovadorescos. As fontes utilizadas são as cantigas provençais, as cantigas do Carmina Burana e as cantigas satíricas do Cancioneiro Galego-português, nesse último caso, mediante suas três coletâneas principais: o Cancioneiro da ajuda (CA), o Cancioneiro da biblioteca nacional (CBN) e o Cancioneiro da Vaticana (CV).

A linguagem trovadoresca na Historia Troyana Polimétrica

A Historia Troyana Polimétrica, ou, como lhe chamou Menéndez Pidal, a Historia Troyana en Prosa y en verso 1 , é uma versão recentemente datada da primeira metade do século XIV 2 do Roman de Troie, obra pertencente ao género do "roman antique" 3 , que terá sido escrita entre 1155 e 1160 por Benoît de Sante-Maure, e que narra a guerra de Tróia desde os primórdios até ao regresso dos heróis. O texto francês, como o autor refere no prólogo 4 , baseia-se não em Homero, mas sim nas obras de Dares -De excídio Trojae Historia -e Dictis -Ephemeris belli Trojani -, os quais se assumem como participantes no cerco de Tróia, o primeiro do lado troiano, e o segundo do lado grego 5 . Assim, o autor francês atenua os aspectos mitológicos e valoriza, sobretudo, os contornos amorosos da lenda troiana, os quais adapta utilizando os ingredientes próprios da fin'amors 6 , gramática amorosa que surge no século XI no Sul de França 7 . É sobre estes contornos que nos iremos deter.