BIOGRAFICIDADE E PODER DE FORMAÇÃO: ATELIÊ BIOGRÁFICO (original) (raw)

A AUTOBIOGRAFIA COMO PONTO DE PARTIDA PARA REFLEXÃO DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA URCA

Este estudo emergiu do desenvolvimento de uma atividade investigativa de escrita autobiográfica dos alunos do Curso de Educação Física da Universidade Regional do Cariri-URCA, em Crato-CE, durante o período 2009.1, na disciplina de “História da Educação Física”. A autobiografia é o caminho que possibilita a construção da memória individual, igualmente nomeada por Halbwachs (1990) de memória autobiográfica. Sua obra, “a memória coletiva” é o suporte teórico-metodológico desse trabalho. Utilizamos, ainda, o trabalho de Cavalcante (2008), “Identidade narrativa e autobiográfica”. O interesse surgiu da intenção de estimular à escrita e a reflexão dos futuros professores, além de obter elucidações da memória escolar e a contribuição na formação, identidade e na profissão do docente de Educação Física. Este trabalho tem o objetivo de relatar, através da autobiografia, a memória dos alunos e conhecer os motivos pela escolha do Curso e as experiências com as aulas de Educação Física em sua vida. Recuperar a memória dos alunos é também criar laços da história de vida com a comunidade, e que por sua vez, reflete na formação do docente de Educação Física. Possibilita ainda, analisar a trajetória de vida e propiciar a troca de vivências, além de ampliar as informações e o conhecimento o que significa abrir os calabouços para rever as aulas de educação física nas escolas. A pesquisa foi realizada com 30 alunos, na faixa etária entre 18 e 25 anos. Os resultados revelam que entre os motivos pela escolha do Curso ocorreu da relação do corpo, saúde e esporte e tiveram influência de amigos, professores de educação física na escola ou das academias e, principalmente, por terem uma trajetória de ex-atletas. No entanto, se para a maioria é o curso sonhado, para outros a escolha ocorreu como segunda opção. Nas memórias escolares, a maioria revela o gosto da participação da aula de Educação Física, no entanto, outros eram desestimulados pela predominância de aulas teóricas, dificuldades de espaço físico e do professor “da bola”. E, após esse itinerário, é o caso de perguntar, de que forma lembrar e escrever pode auxiliar a formação do professor de Educação Física? Ressaltaremos algumas contribuições, entre elas, a aproximação do aluno com a sua história de vida. Ele é o criador de uma narrativa que pode trazer lembranças e esquecimento das brincadeiras. O exercício de escrita autobiográfica no conteúdo da disciplina “História da Educação Física” fornece um rico material de reflexão pessoal e profissional. Concluímos que o encontro dos motivos da escolha do curso, as referências de professor e de aula de Educação Física e, principalmente, as contradições e as reconstruções possibilitam reconstruir a própria formação do docente dessa área de conhecimento.

AUTOBIOGRAFIA E FORMAÇÃO HUMANA: REFLETINDO COM GOETHE

Pontos de interrogação, 2021

O objetivo do artigo é identificar processos de formação humana na autobiografia de Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) — De minha vida: poesia e verdade — com foco na análise do prefácio à obra em que o autor responde a uma carta de amigos leitores, compreendida como um texto do próprio Goethe, e explicita pontos e contrapontos de sua opção por uma escrita autobiográfica para satisfazer o pedido de seus leitores. O presente estudo, situado no paradigma narrativo-(auto)biográfico, discute quatro dimensões do processo de autobiografização na linha da Bildung: enquanto processo autoral; tomada de consciência no entrecruzamentos com contextos históricos, contatos com pessoas próximas e distantes, assim como com outros autores; explicitação da multiplicidade e de metamorfoses do si mesmo, do ponto de vista sincrônico e diacrônico, na busca de uma articulação entre Poesia (arte) e Verdade (história) como entidades complementares na construção existencial, intelectual de homem público e autor de sua obra literária. A noção de Bildung é fundamental para se entender a autobiografia de Goethe e seus romances de formação (Bildungsroman) como proposta do autor sobre a formação humana.

EDUCAÇÃO BIOCÊNTRICA UM PORTAL DE ACESSO À INTELIGÊNCIA AFETIVA

O pensamento pedagógico e social no Brasil e no mundo de hoje sugere que a grande demanda na formação dos educadores é de natureza didática, ou seja, é preciso aprender, cada vez mais, como ensinar. Na minha estreita convivência com os colegas educadores, como técnica da Secretaria de Educação do Município Fortaleza, professora de escola pública e privada e consultora de diversas instituições educacionais, discordo desse ponto de vista, pois considero que a maior necessidade na área da formação de docentes é criar um espaço que permita a expressão da identidade dos educadores e desperte uma nova visão de si mesmo e do mundo numa interdependência entre o pensamento e o mundo.

O PERFIL PROFISSIOGRÁFICO EM EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O SÉCULO XXI: REFLEXÃO DE UMA NOVA PERSPECTIVA

O objetivo do presente artigo foi refletir sobre o perfil do profissional de Educação Física do século XXI. Uma revisão de literatura foi elaborada, enfocando as transformações que a sociedade está enfrentando, como economias abertas, descentralização do estado, novas tecnologias de comunicação, transformações nos ambientes de trabalho, entre outras. O estudo conduz a uma ideia de que, numa sociedade em constante evolução, onde a transitoriedade, o incerto e o imprevisto estão cada dia mais presentes e o conhecimento e a quantidade de informações evoluindo de uma forma quase que incontrolável, necessita-se preparar adequadamente o indivíduo para nela conviver. Assim, acredita-se que o profissional de Educação Física do século XXI deverá demonstrar: competência científica através do domínio dos conhecimentos relacionados com as disciplinas curriculares através de atividades de ensino, de pesquisa e de extensão; competência pedagógica, que proporcionará o saberfazer, relativo às disciplinas do currículo, ajustado ao nível e às possibilidades dos alunos, que enfocam o saber ser e estar e supõem a capacidade de organizar as suas próprias atividades com autonomia e responsabilidade, ser receptivo às mudanças e possuir uma visão críticoreflexiva através da utilização da pesquisa científica como um instrumento de articulação entre a teoria e a prática. Palavras-chave: Educação Física. Perfil profissional. Século XXI.

A IMPORTÂNCIA DA BIOÉTICA

Atualmente se discute muito sobre ética: ética na política, ética na educação, ética na pesquisa, ética na saúde, etc. Mas, o que é ética? Qual a diferença entre a ética e a moral?

A COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO E A PESQUISA (AUTO)BIOGRÁFICA

Anais do XXIII Enancib, 2023

Resumo: A Competência em Informação nos capacita para resolver problemas cotidianos. O modo como a vida se apresenta pode ser elucidado por meio da pesquisa (auto)biográfica. Assim sendo, essa comunicação objetiva discutir a pertinência da pesquisa (auto)biográfica em tecimentos da Competência em Informação. Trata-se de uma reflexão teórica empreendida com o afã de compreender a aplicabilidade das (auto)biografias na Ciência da Informação. Percebeu-se que a pesquisa (auto)biográfica pode ser usada nos estudos da Competência em Informação, pois tem potencialidade de trazer à luz a maneira como atravessa a vida das pessoas, oportunizando (re)pensar as competências durante o processo de (auto)biografização. Ademais, pode evidenciar informações importantes aos pesquisadores, aos bibliotecários, aos arquivistas, enfim, aos profissionais da informação, para que (re)avaliem as discussões e práticas educativas em torno da Competência em Informação. Conclui-se, portanto, que se torna patente a contribuição que a pesquisa (auto)biográfica pode agregar aos estudos da Competência em Informação e da Ciência da Informação em seus diversos contornos. Sugere-se, ainda, a ampliação das discussões em torno dessa questão. Palavras-chave: competência em informação; (auto)biografia; histórias de vida.

DISCURSO DO MÉTODO BIOGRAFEMÁTICO

PALAVRAS-CHAVE: Método. Biografemática. Vidarbo. I -O discurso, o método, a biografemática O Discurso do Método Biografemático considera Método distante de doutrina e de processo técnico; de sistema, como aspecto de conteúdo, e do próprio método, como aspecto formal; distante, ainda, de leis científicas e da natureza reta da faculdade de conhecer superior (cf. Deleuze, 1994); do modelo matemático, das regras da lógica formal, de garantias analíticas e sintéticas sobre o conhecimento da Verdade. Método é entendido, aqui, como meta + hodós (= por essa via): "direção definível e regularmente seguida numa operação do espírito" (Lalande, 1999, p.679). Direção que se transforma em procedimento de pesquisa, não determinado a priori, nem independentemente de sua aplicação, como um programa de operações, iniciado só após a formulação de regras. Método realizado em operações efetivas, enquanto percurso de conhecimento estabelecido "como criação e não como descoberta", desde que "o percurso é conhecer; seu método, a criação, o ensaio". E, caso produza algum saber, este será apenas "uma perspectiva entre outras e não, ao estilo metafísico, o conhecimento único e eterno sobre a realidade" (Monteiro e Biato, 2008, p. 270; p.267). Logo, tratase de Método não ordenado, repetível e autocorrigível. Guiado conceitualmente por Roland ), o Método tem por objeto a própria linguagem, sendo uma ficção que segue o método da linguagem e luta para baldar todo discurso que pega, procurando mantê-lo sem, no entanto, impô-lo. Logo, sua principal tarefa é obter meios próprios para desprender e aligeirar o poder discursivo das formas, através das quais é proposto.

DE BIOGRAFIA A BIOGINÁSTICA: O ESTATUTO MORFOLÓGICO DE BIO- EM FORMAÇÕES RECENTES DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

Neste artigo discute-se o estatuto do elemento morfológico bio- em novas formações de palavras registradas no português brasileiro. Analisa-se o referido formativo com base nos critérios empíricos apresentados por Gonçalves & Andrade (2012) a fim de demonstrar que, dependendo do parâmetro utilizado, bio- pode ser interpretado como afixo ou radical.Diante dessa constatação, busca-se situar o formativo em análise dentro da proposta de continuum defendida por Baker (2000): radicais e afixos são polos prototípicos de um continuum ao longo do qual se encontram outras unidades morfológicas que compartilham propriedades dos dois itens morfológicos mencionados.

O POTENCIAL SEMÂNTICO DA TIPOGRAFIA NO DISCURSO GRÁFICO

Esta pesquisa tem como objetivo central investigar e compreender o potencial semântico da tipografia de acordo com os principais autores da área. Para tal, a metodologia abordada consistiu em pesquisas bibliográficas exploratórias, em livros e artigos publicados, e baseou-se em autores como Joly, Jury, Lupton, Santaella, Spiekermann, Frutiger, entre outros.