Compreendendo o cuidador familiar do paciente com seqüela de Acidente Vascular Encefálico (original) (raw)
Related papers
Resumo Este estudo objetivou fornecer elementos para uma melhor compreensão do cuidador familiar do paciente com seqüela de acidente vascular encefálico devido à sua importância no lidar cotidiano e na própria recuperação do paciente. A partir da caracterização da doença, 10 entrevistas foram realizadas com o familiar que se ocupava do paciente, visando avaliar algumas conseqüências emocionais, sociais, físicas e financeiras em sua vida e na vida do núcleo familiar. O estudo evidenciou a prevalência da figura feminina nesta ocupação, bem como alterações na rotina e nos arranjos da vida doméstica, profissional e social desses responsáveis e diminuição da renda, especialmente face ao aumento dos gastos, muitas vezes acarretando estresse físico e emocional. Ao realçar a importância do cuidador familiar, apontamos a necessidade de implementar políticas públicas de atendimento em domicílio, diminuindo a demanda hospitalar, e de uma maior atenção e apoio dos profissionais da área aos familiares. Abstract This study aimed at obtaining information about family caretaker of a patient sequelae due to there are just a few studies about this theme and to caretaker's importance to diary life, and to patient's recuperation. Departing from disease characterization, 10 interviews were undertaken in order to evaluate emotional, social, physical and economic consequences to them as well as the whole family. The study showed that women, as caretaker, changes her routine, and arrangements of domestic, professional and social life, and a decreased relation between family income and expenses, often leading to physical and emotional stress. Bringing up the importance of family's caretaker, particularly families with low income, it pointed out the need of Public Policies in taking into account homecare, and for a better support to caretaker by uncharged professionals.
A problemática do cuidador familiar do portador de acidente vascular cerebral
Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2009
Objetivou-se identificar a problemática da família de pessoas acometidas de acidente vascular cerebral hospitalizadas e discutir as dificuldades do cuidador familiar para o cuidado no âmbito domiciliar. A amostra constou de 154 famílias de pacientes internados em um hospital da rede pública de saúde, Fortaleza-CE. Conforme os resultados denotam, a maioria dos cuidadores são mulheres, 104 (67,5%); 122 casos (79,2%) apresentam comprometimento familiar e alterações na vida diária em 115 dos acompanhantes (74,7%); 150 (97,4%) não receberam orientações acerca dos cuidados, mas 143 (92,9%) sentem-se seguros para acompanhá-los. O sentimento predominante foi a tristeza, 125 (81,2%), e as dúvidas principais foram: alimentação, 64 (41,6%), administração de medicamentos, 49 (29,9%), e possíveis complicações clínicas após a alta, 49 (29,9%). Estes resultados alertam para o papel do enfermeiro como educador, não somente na prevenção das doenças crônico-degenerativas, mas, também, na orientação aos cuidadores familiares sobre os cuidados dispensados após a alta hospitalar.
Paciente com acidente vascular encefálico e a rede de apoio familiar
Revista Brasileira de Enfermagem, 2009
O estudo objetivou Investigar a percepção do cuidador/familiar sobre sua contribuição na reabilitação do paciente com AVE. Estudo qualitativo, realizado na clínica médica de um hospital localizado no município de Crato, CE, entre março e maio de 2006. Resultados: entre os cuidadores domiciliares predominou o gênero feminino, na faixa etária dos 27 aos 66 anos, com relação de parentesco com o paciente e apresenta nível educacional entre o semi-analfabetismo e o ensino superior completo. A informação é deficiente em todos os aspectos. Entre os cuidados realizados destacam-se cuidados físicos. Conclusão: este trabalho demonstra que o cuidador/familiar não está preparado para receber e reabilitar os portadores de necessidades especiais como é o caso de vítimas de AVE isquêmico.
Interação cuidador familiar-pessoa com AVC: autonomia compartilhada
Ciência & Saúde Coletiva, 2005
Trata-se de um estudo qualitativo, utilizando-se como referencial metodológico a Grounded Theory e como referencial teórico o Interacionismo Simbólico, para compreender a experiência de cuidadores familiares de pessoas com AVC, acerca das modalidades de cuidado adotadas por eles, durante o processo de reabilitação de uma pessoa com AVC no domicílio. Tais modalidades podem ser exercidas: incentivando o doente a recuperar a sua autonomia; e não estimulando a autonomia do doente. Ao inter-relacionar os componentes relativos à experiência, evidenciamos que o próprio cuidador familiar percebe que os processos de retomada da autonomia - da pessoa vitimada pelo AVC e de sua própria - se configuram como interdependentes e condicionados ao nível de reabilitação alcançado pelo doente.
Assistência De Enfermagem a Pessoas Com Acidente Vascular Encefálico
Semiologia de Enfermagem, 2019
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Conselho Editorial Ciências Humanas e Sociais Aplicadas Capítulo 1
Cuidado De Enfermagem Ao Paciente Vítima De Acidente Vascular Encefálico
Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 2016
RESUMO Objetivo: Objetivou-se investigar as intervenções de enfermagem aos pacientes com acidente vascular encefálico no âmbito hospitalar. Material e Métodos: Trata-se de revisão da literatura sobre cuidado de enfermagem no cenário hospitalar a vítimas de acidente vascular encefálico. Realizado em junho 2014 em três bases de dados eletrônicas, utilizando os descritores: acidente vascular encefálico, assistência e enfermagem. Foram selecionados oito artigos, publicados entre 2008 e 2013, cujas informações extraídas foram registradas em formulário. Resultados: Os resultados mostram que vários fatores interferem no cuidado de enfermagem a pacientes com acidente vascular encefálico, sendo que a redução da permanência hospitalar do paciente, acompanhada pelo aumento do número de internações de pacientes com a doença e pela redução do quadro de pessoal foram as que obtiveram maior relevância. As principais intervenções de enfermagem foram à reabilitação motora e funcional, administração de medicamentos, monitoramento das funções fisiológicas, planejamento para alta do paciente, cuidado emocional, cuidados para a prevenção de complicações e traumas, triagem na emergência, cuidados com a pele, avaliação de elementos clínicos e neurológicos, cuidados relacionados às atividades de autocuidado, cateterismo urinário, administração de oxigênio nasal, cuidado oral, posicionamento correto do paciente no leito e orientações familiares. Conclusão: apesar da multiplicidade de intervenções postuladas existem pontos de convergência que reiteram importância do cuidado continuado, fortalecimento da autonomia dos sujeitos e busca por referenciais teóricos metodológicos que guiem a assistência.
ConScientiae Saúde, 2018
Introdução: Após um acidente vascular encefálico (AVE) pacientes passam por instituições de reabilitação, porém parte da recuperação ocorrerá no domicílio. Objetivos: Avaliar a adesão ao programa domiciliar para pacientes com sequelas de AVE. Métodos: Realizou-se avaliação clínica questionários em nove indivíduos com sequela pós-AVE. Em seguida, foi entregue e explicado o manual de orientações com exercícios domiciliares. Após 15 dias realizou-se contato telefônico para enfatizar a importância do seguimento das orientações e ao final de 30 dias realizou-se a reavaliação. Resultados: Em treze das dezessete tarefas os pacientes aderiram às orientações. Em 14 tarefas menos da metade dos pacientes realizou por mais de 80%. As barreiras mais citadas foram: dificuldade, dor e desmotivação. Os facilitadores foram: expectativa de recuperação e manual de orientações. Conclusão: Pacientes com sequela de AVE mostraram baixa adesão às orientações prescritas em domicílio, no entanto apresentaram...
Revista de Ciências Médicas, 2017
ObjetivoCorrelacionar o nível de independência funcional de pacientes pós-acidente vascular encefálico com a sobrecarga de seus cuidadores. MétodosTrata-se de um estudo observacional descritivo com cuidadores de ambos os sexos e faixa etária de 16 a 74 anos, avaliados em domicílio. Os cuidadores, após aceitarem participar do estudo e assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido, foram avaliados por um questionário, que serviu como roteiro de entrevista, pela Escala de Sobrecarga do Cuidador (Caregiver Burden Scale) e pela Escala Medida de Independência Funcional.ResultadosAs 27 entrevistas realizadas permitiram traçar um perfil dos cuidadores, tendopredominância de filhos (37,03%) e cônjuges (37,03%) na realização do cuidado, seguidospor outros (25,9%). Neste estudo, observou-se que os cuidadores apresentaram maiorsobrecarga de cuidado nos domínios tensão geral (1.83) e isolamento (1.78), evidenciandoque não só os pacientes, mas também os cuidadores precisam de atenção e a...
Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 2008
Este estudo buscou compreender o impacto da doença incapacitante na família de pacientes vítimas de acidente vascular encefálico (AVE), investigando as mudanças de ordem estrutural, social e emocional. Foram analisadas nove famílias de pacientes com primeiro episódio de AVE identificados pelo registro geral de doenças do Hospital São Rafael, Salvador, Bahia. A coleta dos dados foi realizada mediante aplicação de questionário, roteiro de entrevista, escala de avaliação funcional e observações registradas em diário de campo. O método empregado para análise dos dados foi o discurso do sujeito coletivo, produzindo representações sociais e transformando em um só discurso a fala dos sujeitos pesquisados. Constatou-se que a ocorrência de um AVE é uma experiência marcada por bruscas transformações no cotidiano familiar e na vida de cada um de seus membros. Os resultados indicam a necessidade de se habilitar a família para o cuidado ao paciente e para o autocuidado.
Perfil de cuidadores familiares de idosos após o acidente vascular cerebral
2016
Objetivo: descrever o perfil dos Cuidadores Familiares (CFs) de idosos sobreviventes ao Acidente VascularCerebral (AVC) e o nivel de sobrecarga de cuidado. Metodo: estudo de corte transversal, realizado com 13 CFsque residem com idosos apos AVC. Os dados foram coletados atraves de questionario e escalas de setembro anovembro de 2015 na residencia da diade. As variaveis estudadas foram analisadas pelo Microsoft Excel 2010,com calculos de frequencia relativa e absoluta. Resultados: as CFs sao mulheres (100%), geralmente filhas eesposas (76,9%), com idade entre 41 e 60 anos (76,9%), brancas e pardas (77,0%), baixa escolaridade (64,3%),sem atividade laboral (84,6%), apresentam patologias (69,2%) e sobrecarga moderada de cuidado (69,2%).Conclusao: e importante desenvolver estrategias de educacao em saude para sensibilizar os cuidadoresquanto a realizacao do cuidado sem acarretar danos a saude da diade.(AU)