Sobrecarga de cuidadores familiares e independência funcional de pacientes pós-acidente vascular encefálico (original) (raw)

Relação entre a independência funcional pós-AVE e a sobrecarga do cuidador

Conscientiae Saude, 2013

Verificar o nível de independência funcional pós-AVE, as principais sobrecargas dos cuidadores e analisar o relacionamento entre estas variáveis. Método: Participaram do estudo 40 indivíduos, 20 sobreviventes de AVE na fase crônica, avaliados pela Medida de Independência Funcional (MIF); e 20 cuidadores, pelo Índice de Sobrecarga do Cuidador Modificado (ISCm). As análises incluíram estatística descritiva e correlação de Spearman. Resultados: Entre os participantes com AVE, 70% foram dependentes para os itens "banho", "vestir se" e "escadas". Em 60% dos cuidadores, houve sobrecarga no item "cuidar é limitante"; e 75% deles mostraram conhecimento "ruim" sobre o AVE. Correlações negativas fortes (p<0,001) ocorreram entre o item sobrecarga física do ISCm e o nível de independência nas transferências para o leito/cadeira (r= 0,79) e marcha (r=-0,72). Conclusão: A dependência funcional dos pacientes pós-AVE pode contribuir para o desgaste físico do cuidador. Programas de apoio e suporte informacional ao cuidador tornam-se necessários. Descritores: Acidente vascular encefálico; Cuidadores; Saúde da pessoa com deficiência.

Paciente com acidente vascular encefálico e a rede de apoio familiar

Revista Brasileira de Enfermagem, 2009

O estudo objetivou Investigar a percepção do cuidador/familiar sobre sua contribuição na reabilitação do paciente com AVE. Estudo qualitativo, realizado na clínica médica de um hospital localizado no município de Crato, CE, entre março e maio de 2006. Resultados: entre os cuidadores domiciliares predominou o gênero feminino, na faixa etária dos 27 aos 66 anos, com relação de parentesco com o paciente e apresenta nível educacional entre o semi-analfabetismo e o ensino superior completo. A informação é deficiente em todos os aspectos. Entre os cuidados realizados destacam-se cuidados físicos. Conclusão: este trabalho demonstra que o cuidador/familiar não está preparado para receber e reabilitar os portadores de necessidades especiais como é o caso de vítimas de AVE isquêmico.

Compreendendo o cuidador familiar do paciente com seqüela de Acidente Vascular Encefálico

2006

This study aimed at obtaining information about family caretaker of a patient sequelae due to there are just a few studies about this theme and to caretaker’s importance to diary life, and to patient’s recuperation. Departing from disease characterization, 10 interviews were undertaken in order to evaluate emotional, social, physical and economic consequences to them as well as the whole family. The study showed that women, as caretaker, changes her routine, and arrangements of domestic, professional and social life, and a decreased relation between family income and expenses, often leading to physical and emotional stress. Bringing up the importance of family’s caretaker, particularly families with low income, it pointed out the need of Public Policies in taking into account homecare, and for a better support to caretaker by uncharged professionals.

Escalas para avaliação da sobrecarga de cuidadores de pacientes com Acidente Vascular Encefálico

Revista Brasileira de Enfermagem, 2012

O objetivo do estudo foi avaliar as escalas disponíveis na literatura para medir a sobrecarga de cuidadores de pacientes acometidos por acidente vascular encefálico. Realizou-se uma revisão bibliográfica nas três bases de dados: LILACS, CINAHL e SCOPUS. Selecionaram-se 23 trabalhos e identificaram-se 24 diferentes escalas. Destas, as mais citadas foram o Caregiver Strain Index, a Caregiver Burden Scale, a Caregiver Reaction Assessment, o Sense of Competence Questionnaire, a Relatives Stress Scale e a Zarit Burden Interview. O uso de escalas para mensurar a sobrecarga é uma ferramenta importante para avaliar o contexto no qual está inserido o cuidador, entretanto é mais fidedigno quando associado a outros instrumentos de mensuração. Portanto, é fundamental pesquisas de validação de escalas para essa população.

Perfil de cuidadores familiares de idosos após o acidente vascular cerebral

2016

Objetivo: descrever o perfil dos Cuidadores Familiares (CFs) de idosos sobreviventes ao Acidente VascularCerebral (AVC) e o nivel de sobrecarga de cuidado. Metodo: estudo de corte transversal, realizado com 13 CFsque residem com idosos apos AVC. Os dados foram coletados atraves de questionario e escalas de setembro anovembro de 2015 na residencia da diade. As variaveis estudadas foram analisadas pelo Microsoft Excel 2010,com calculos de frequencia relativa e absoluta. Resultados: as CFs sao mulheres (100%), geralmente filhas eesposas (76,9%), com idade entre 41 e 60 anos (76,9%), brancas e pardas (77,0%), baixa escolaridade (64,3%),sem atividade laboral (84,6%), apresentam patologias (69,2%) e sobrecarga moderada de cuidado (69,2%).Conclusao: e importante desenvolver estrategias de educacao em saude para sensibilizar os cuidadoresquanto a realizacao do cuidado sem acarretar danos a saude da diade.(AU)

Medida de independência funcional nas atividades de vida diária em idosos com seqüelas de acidente vascular encefálico no Complexo Gerontológico Sagrada Família de Goiânia

Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia

Resumo O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das maiores causas de seqüelas permanentes que geram a incapacidade funcional. O objetivo deste estudo foi avaliar, por meio da Medida de Independência Funcional (MIF), as atividades de vida diária em idosos com AVE. Para isto, 14 idosos com seqüela de AVE do Complexo Gerontológico Sagrada Família de Goiânia foram avaliados por meio da MIF. A MIF é um instrumento que avalia a capacidade funcional e cognitiva em relação a seis dimensões: autocuidados, controle de esfíncteres, transferências, locomoção, comunicação e cognição social. Os resultados para o domínio motor foram 43,0±0,8, para domínio cognitivo, 17,0±1,3, e a MIF total, 60,0±0,9. Os resultados demonstraram que 57,1% dos indivíduos com seqüela de AVE apresentaram dependência modificada – assistência de até 50%, e 21,4% dependência modificada – assistência de até 25% e 21,4% de independência completa. Pode-se concluir que a maioria dos idosos possui dependência significativa ...

A problemática do cuidador familiar do portador de acidente vascular cerebral

Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2009

Objetivou-se identificar a problemática da família de pessoas acometidas de acidente vascular cerebral hospitalizadas e discutir as dificuldades do cuidador familiar para o cuidado no âmbito domiciliar. A amostra constou de 154 famílias de pacientes internados em um hospital da rede pública de saúde, Fortaleza-CE. Conforme os resultados denotam, a maioria dos cuidadores são mulheres, 104 (67,5%); 122 casos (79,2%) apresentam comprometimento familiar e alterações na vida diária em 115 dos acompanhantes (74,7%); 150 (97,4%) não receberam orientações acerca dos cuidados, mas 143 (92,9%) sentem-se seguros para acompanhá-los. O sentimento predominante foi a tristeza, 125 (81,2%), e as dúvidas principais foram: alimentação, 64 (41,6%), administração de medicamentos, 49 (29,9%), e possíveis complicações clínicas após a alta, 49 (29,9%). Estes resultados alertam para o papel do enfermeiro como educador, não somente na prevenção das doenças crônico-degenerativas, mas, também, na orientação aos cuidadores familiares sobre os cuidados dispensados após a alta hospitalar.

Interação cuidador familiar-pessoa com AVC: autonomia compartilhada

Ciência & Saúde Coletiva, 2005

Trata-se de um estudo qualitativo, utilizando-se como referencial metodológico a Grounded Theory e como referencial teórico o Interacionismo Simbólico, para compreender a experiência de cuidadores familiares de pessoas com AVC, acerca das modalidades de cuidado adotadas por eles, durante o processo de reabilitação de uma pessoa com AVC no domicílio. Tais modalidades podem ser exercidas: incentivando o doente a recuperar a sua autonomia; e não estimulando a autonomia do doente. Ao inter-relacionar os componentes relativos à experiência, evidenciamos que o próprio cuidador familiar percebe que os processos de retomada da autonomia - da pessoa vitimada pelo AVC e de sua própria - se configuram como interdependentes e condicionados ao nível de reabilitação alcançado pelo doente.

Entre Perdas e Ganhos: Os Papeis Ocupacionais De Pessoas Pós- Acidente Vascular Encefálico

Revista FSA, 2014

Editora-chefe: Dra. Marlene Araújo de Carvalho/Faculdade Santo Agostinho Artigo recebido em 03/03/2014. Última versão recebida em 20/03/2014. Aprovado em 21/03/2014. Avaliado pelo sistema Triple Review: a) Desk Review pela Editora-Chefe; e b) Double Blind Review (avaliação cega por dois avaliadores da área). Palavras-chave: Terapia ocupacional. Atividades cotidianas. Políticas públicas. Pessoas com deficiência. Papel (figurativo).