O fazer jornalístico e o enfrentamento dos cenários complexos inaugurais (original) (raw)
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Os cenários complexos inaugurais
Resumo: O artigo busca refletir sobre desafios e dificuldades que o fazer jornalístico enfrenta diante do surgimento e desenvolvimento de circunstâncias/situações complexas que impactam a sociedade estabelecendo, geralmente, novos parâmetros de compreensão e de abordagens de tais temas/assuntos.
A noção de cenários complexos inaugurais aplicada à cobertura jornalística das drogas em Portugal
The reflections present in this article continue the construction work of the notion of complex scenarios in journalism, which we have been developing over the past two years, starting from the analysis of the coverage of the trafficking and use of crack cocaine in Brazil. At this stage of the research, as well as we amplify the range of our notional-theoretical debate, we take as analysis corpus the coverage of the Portuguese newspaper Público on the sale and use of the drug ecstasy. In its initial formulation, introducing the concept of complex scenarios as possibility to think about and get a better understanding of the modes of (re) action of journalism in contexts of emergence and development of circumstances/complex situations that impact society. Such contexts, characterized by originality, would establish new parameters of understanding and approaches of such themes/subjects, provoking, in the social fabric, new paradigms of individual and collective behavior, often by redirecting social relations.
A construção do acontecimento jornalístico na era da convergência das mídias
O presente artigo faz uma reflexão sobre os avanços das tecnologias digitais, da participação dos usuários na configuração do acontecimento jornalístico e a emergência de uma cultura mais inclusiva na seleção, produção e circulação dos acontecimentos jornalísticos. Na construção dos acontecimentos jornalísticos estão presentes questões internas (critérios de notibilidade) e externas (tecnologia e participação do público) que ajudam a configurar esses acontecimentos. Com base nessas questões são analisados dois exemplos veiculados nos portais G1 e Terra sobre o Acontecimento Geisy Arruda -Uniban. Este artigo é parte da dissertação da autora.
Jornalismo e construção de futuros
Só o impossível acontece. O possível apenas se repete." (Chacal) "(...) nem mesmo a testemunha ocular traça um quadro ingênuo da cena. Pois a experiência parece mostrar que ela própria traz à cena alguma coisa, que dela retira mais tarde e o mais das vezes, o que supõe ser o relato de um acontecimento é, na realidade, uma transfiguração dele." (W. Lippmann)
Tensionamentos e convergências no campo do Jornalismo
Dispositiva
Quando se verifica a construção da notícia como um momento de mediação do veículo com os seus públicos, é possível compreender que são muitas variáveis que compõem a seleção feita pelos jornalistas e pelos demais sujeitos envolvidos. Neste artigo, busca-se, por meio de uma revisão de literatura, analisar brevemente o acontecimento jornalístico como um encadeamento de forças e um dispositivo que aciona dimensões simbólicas, ao lidar com linhas de fuga, tensionamentos, disputa e negociação nas relações, principalmente, de poder. Nesse cenário, conclui-se que as fontes jornalísticas são elementos importantes para se entender os paradigmas da comunicação, considerando a dinâmica da prática jornalística.
Uma união de factos contemporânea: Jornalismo e situações de risco
Territorium, 2007
A escrita jornalística é por natureza conflitual. Gosta do confronto e, nesse sentido, dramatiza os acontecimentos, criando um clima de tensão com o objectivo de tocar o leitor e o prender ao texto. O risco, por seu lado, tornou-se num conceito central do debate público. Como é que as sociedades democráticas contemporâneas devem lidar com tais situações? Um dos caminhos é o exercício da verdade, da abertura e da confiança entre todos os actores envolvidos no processo.