TERRITORIOS DE IDENTIDADE NOS TERRITÓRIOS DE PLANEJAMENTO (Territories of Identity in the Territories of Planning) (original) (raw)

TERRITÓRIO E IDENTIDADE NO BOI-BUMBÁ DE PARINTINS

Revista Geográfica de América Central , 2011

O texto tem por objetivo investigar a influência do espaço amazônico na construção da identidade parintinense a partir do boi-bumbá, uma manifestação folclórica brasileira resultante da união de elementosdas culturas européia, africana e indígena. Considerado a base das relações socioambientais onde se materializam aspráticas sociais, o território pode ser apreendido como um referencial simbólico no processo de construção da identidade social. A identidade social é percebida como uma identidade territorial quando sua construção parte do território, tanto no sentido simbólico quanto concreto. Fundamentada na análise documental e bibliográfica, épossível perceber oboi-bumbá comoum território onde os atores projetam suas concepções de mundo e constroem suas concepções identitárias, representadas atualmente não apenas como identidade ribeirinha, mas como identidade amazônica. Parintinsse mostraum território produzido pela cultura das relações imaginárias que envolvem o contexto amazônico. As identidades parintinenses se revelam como um conjunto de valores e papéis em constante processo de mudança e de atualização. O boi-bumbá é um espetáculo tecido com o encanto das toadas e lendas, representações de rituais indígenas e celebrações tribais povoadas por seres míticos amazônicos, uma expressão máxima da autenticidade cultural da região Norte do Brasil.

Territorios de Identidade e Políticas Públicas

Territorios de Identidade e Políticas Públicas - Ebook, 2022

O presente livro é o segundo fruto da escrita coletiva de experiências de produção e divulgação de saberes que tiveram lugar no marco do projeto de pesquisa-intervenção “Boas Práticas de Enfrentamento à COVID-19 com comunidades do Rio Grande do Norte, da Paraíba e do Ceará”, enquadrado dentro da Chamada MCTIC/CNPq/FNDCT/MS/SCTIE/Decit Nº 07/2020 - Pesquisas para enfrentamento da COVID-19, suas consequências e outras síndromes respiratórias agudas graves - Processo: 403104/2020-3. Áporo Editorial - São Carlos (SP) e Edições da Universidade do Estado de Rio Grande do Norte - Mossoró (RN) ISBN: 9788576213888 (E-Book)

Sobre Territórios e Lugaridades

2013

O que pretendo neste artigo e discutir a microterritorialidade a partir do lugar. Entre os conceitos, ou essencias espaciais, que se referem a materia solida que nos da apoio, tres sao importantes na discussao que faco aqui: mundo, lugar e territorio. Eles delimitam modos de ser-no-mundo, do mais introspectivo e solitario, para o mais interativo e compartilhado. Somos seres-em-situacao, o que significa que constituimos e desvelamos o mundo, a partir de nossa individualidade de ser. Lugares, por sua vez, so existem porque os seres humanos compartilham suas experiencias. A geograficidade, que expressa a materialidade do espaco geografico, e compartilhada em nossas vivencias cotidianas com a lugaridade, que expressa exatamente essa relacao dialogica dos seres em movimento com lugares e caminhos. A essencia do territorio e a fronteira, o limite. Minha tese e de que a expressao mais visivel da microterritorialidade e a lugaridade. Para estudarmos os territorios, precisamos estudar os lug...

Territórios de identidade: principais dilemas do processo de gestão: o caso do território do Sisal

DRd - Desenvolvimento Regional em debate, 2015

O Território de Identidade do Sisal foi instituído em 2003, como resultado da política de desenvolvimento territorial do governo federal; está inserido no semiárido baiano e tem a agricultura familiar como base da sua economia, com destaque para o cultivo do sisal. Essa pesquisa foi realizada com o propósito de contribuir para a discussão sobre gestão dos Territórios de Identidade, através da observação direta, durante o período de quatro anos e o referencial teórico aqui utilizado é o mesmo que ampara as discussões sobre territórios e Territórios de Identidade. O território é entendido como o espaço geográfico definido e modificado a partir das identidades econômicas, culturais e ambientais, e o Território de Identidade como uma unidade de planejamento das políticas públicas a partir da participação direta da sociedade civil organizada em interação com as esferas governamentais, com vistas à construção do desenvolvimento sustentável. O estudo observou que o processo de gestão enfre...

A Configuração De Novos Espaços De Identidade Territorial Em Áreas Rurais e Insulares Do Município De Paranaguá-PR

Geografia: A superfície do planeta Terra em análise

Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Open access publication by Atena Editora Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica. A Atena Editora é comprometida em garantir a integridade editorial em todas as etapas do processo de publicação, evitando plágio, dados ou resultados fraudulentos e impedindo que interesses financeiros comprometam os padrões éticos da publicação. Situações suspeitas de má conduta científica serão investigadas sob o mais alto padrão de rigor acadêmico e ético.

Identidades em territórios de fronteira

Resumo: O artigo discute a relação entre identidade e fronteira no campo dos estudos fronteiriços e analisa a particularidade das identificações das populações locais nos territórios de Ceuta e Gibraltar, localizados entre a África e a Europa e reivindicados respectivamente por Marrocos e Espanha. Essa reflexão foi sistematizada a partir da análise das reportagens dos jornais locais, pesquisa bibliográfica e observações de campo nas cidades de Ceuta e Gibraltar e nos limites espaciais entre Ceuta/Fnideq (Marrocos) e Gibraltar/La Línea de Concepción (Espanha). Palavras-chave: Fronteira. Identidade. Território. Autonomia e soberania. Abstract: The article discusses the relationship between identity and frontier in the field of border studies and analyses the particularity of the identifications of the local populations of the territories of Ceuta and Gibraltar, located between Africa and Europe and claimed respectively by Morocco and Spain. This reflection was systematized through the analysis of local newspaper reports, bibliographical research and field observations in the cities of Ceuta and Gibraltar and in the boundaries with the municipalities of Fnideq (Morocco) and La Línea de Concepción (Spain).

O CONCEITO DE TERRITÓRIO QUILOMBOLA A PARTIR DE UMA IMBRICAÇÃO DA IDENTIDADE ÉTNICO-TERRITORIAL

Este estudo faz uma abordagem territorial sobre a luta pela manutenção da identidade quilombola e correlaciona com as políticas públicas voltadas para essa população. O sentido de empoderamento étnico determina a relação com o território que inclui uma significação simbólica. Como metodologia foi adotada a pesquisa bibliográfica e documental. Conclui-se que o território quilombola reflete a forma da comunidade se autodeterminar em razão das condições de sociabilidade, que se distingue da coletividade nacional; tendo suas próprias histórias de múltiplas resistências que importam em sua territorialidade, mas a diversidade dá ensejo ao grau de investida política, sendo esta indispensável.

A concepcao de territorio na Saude Mental

Cadernos de Saúde Pública, 2016

O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da Saúde Mental desde a reforma psiquiátrica, marco de ideário não hospitalocêntrico e potencialmente emancipatório. No entanto, constatamos em pesquisa empírica anterior que a essa incorporação terminológica não corresponderam concepções e práticas coerentes de reinserção territorial de pessoas com sofrimento mental. Para esclarecer os diversos usos do termo e suas possíveis correlações na prática, realizamos um levantamento sistemático de artigos científicos e documentos oficiais, confrontando-os entre si e com o conceito de território da Geografia Crítica. Concluímos que no campo da Saúde Mental brasileira, à revelia de muitos e sempre renovados esforços críticos, tem prevalecido uma noção funcional de território, que omite relações de poder e apropriações simbólicas, aumentando a tendência de a reinserção de pessoas com sofrimento mental desembocar na sua sujeição ao território dado, em vez de favorecer transformações socioespaciais para o convívio com as diferenças. Territorialidade; Desinstitucionalização; Saúde Mental

Territorialidades Caipiras: o ser e a identidade do lugar

ILUMINURAS, 2016

No interior paulista foram encontrados vestígios de uma cultura designada por antropólogos brasileiros como "caipira". Embora descaracterizada por outros componentes culturais, é possível decifrar suas origens nas expressões linguísticas, artísticas e religiosas do período colonial. No entanto, atualmente manifesta-se de forma mais evidente em configurações espaciais remanescentes da vida rural e, desta forma, possível de ser conferida por meio da observação empírica nas circunvizinhanças da pequena cidade paulista de Iracemápolis, situada na região de Campinas. Núcleos de bairros rurais, quintais e habitações em sítios de subsistência, engenhos banguê, capelas, barracões para festas pontuam a paisagem cultural e resistem como marcos temporais remotos num contexto de caipiras da mais autêntica vertente. A primeira fase da pesquisa contou com a análise fenomenológica e registros fotográficos da espacialidade rural, comparando-as posteriormente com ocorrências de feições típicas do caipira no espaço intra-urbano. Nesta segunda fase da pesquisa foi possível observar também a presença de traços semelhantes no interior da malha urbana, onde pudemos constatar práticas culturais como as hortas em fundos de quintais e em fundos de vale urbanos, organizações espaciais com aspectos rurais nos miolos de quadras, instalações típicas de roça entremeadas por criações de animais. Aspectos da paisagem rural adentram e perpassam a paisagem urbana dando à cidade uma feição peculiar, mas também condicionando uma ambiência propícia à preservação de certas tradições como a roda de cururu, práticas de benzimentos, novenas, procissões e festas como a folia de reis. Ao investigarmos a territorialidade dos traços culturais do caipira, encontramos na literatura as referências de uma terra denominada "Paulistânia" que, segundo alguns autores, abarcou a região atribuída à Capitania do Sul, englobando partes dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Paraná e o atual estado de São Paulo. O

ABORDAGENS E CONCEPÇÕES DE TERRITÓRIO E TERRITORIALIDADE

Revista Geográfica de América Central, 2011

Nosso objetivo principal é compreender as diferentesabordagens e concepções dos conceitos de território e territorialidade, a partir dos anos 1970-80 até o momento atual, subsidiando a elaboração de uma abordagem territorial que considere as articulações existentes entre as dimensões sociais do território,entre estas e a natureza exterior ao homem, o processo histórico e relações multiescalares de processos territoriais. Os procedimentos utilizados na pesquisa são: a) selecionar e utilizar as obras produzidas com bastante tempo e dedicação; b) narrar com reflexão (a história da Geografia), mais como uma problemática do que como uma solução; c) apreender a complexidade de relações sociais existentes entre pesquisadores, grupos de estudos e universidades; d) identificar as categorias utilizadas, reconstruindo caminhospercorridos e, e) entrevistar autores sobre sua história de vida e produção intelectual. Estes procedimentos estão fundamentados numa abordagem espaço-temporal da construção do pensamento geográfico, considerando-se obras e autores de diferentesperíodos e países (Brasil, Itália, Suíça, França, Grã-Bretanha e Estados Unidos) e de distintas ciências: Geografia, Sociologia, Urbanismo e Economia.