A critica de Habermas ao cientificismo (original) (raw)

Entre a crítica e o cientificismo

Trans/Form/Ação

BOLOGNESI 2 o intuito principal das primeiras Jornadas de Filosofia era criar urn ambiente de discussao interdisciplinar, ern torno das Ciencias Humanas, corn vistas a criar condi<;oes para que se estruturasse urn curso de pos-gradua<;ao ern Filosofia, na UNESP. No inicio, 0 projeto caminhava sob 0 jugo dos Institutos Isolados da Univer sidade de Sao Paulo. Corn 0 nascimento da Universidade Estadual Paulista e corn 0 remanejamento de varios cursos, processo levado a cabo pelo entao reitor (ern alguns casos sem a necessaria dose de born senso e contra a vontade de professores e alunos) , o Departamento de Filosofia viu-se diante da necessidade de reestruturar-se, tendo em vista a sua nova localiza<;ao. Dessa reestrutura<;ao nasceu 0 atual curriculo, fortemente marcado pela imperiosa necessidade de juntar-se as Ciencias Sociais, do Campus de Marilia.

A questão da técnica e ciência em Jürgen Habermas

2016

espanolAl hacer un diagnostico de la sociedad, Habermas no critica la razon tecnica en si, sino su universalizacion, el excesivo valor otorgado al pensamiento cientifico y tecnologico, que conduce a la perdida de un concepto mas comprensivo de la razon. No se trata de preconizar la ruptura radical con la razon tecnica, sino de situarla adecuadamente dentro de una teoria de la comprension de la racionalidad. Para situar esta cuestion de la tecnica y la ciencia dentro de la teoria de la racionalidad habermasiana, analizamos algunos temas centrales de la primera etapa del pensamiento del filosofo aleman, tales como el positivismo, la tecnocracia, la colonizacion del mundo de la vida, la sospecha de la filosofia de la conciencia. La delimitacion de un espacio legitimo para la tecnica y la ciencia reconoce su importancia en la reproduccion material de la sociedad, pero al mismo tiempo establece el mundo de la vida como una esfera inaccesible a la razon instrumental, pues, legitimamente, ...

A controvérsia entre Habermas e Albert sobre a intransitividade das ciências humanas

Especiaria: Cadernos de Ciências Humanas

A questão da intransitividade das ciências humanas remonta à controvérsia entre compreender (Verstehen) e elucidar (Erklären), que tem origem na reação de Dilthey à pretensão de Stuart Mill de integrar as “ciências morais” dentro de um projeto de ciência unificada. Tal controvérsia adentrou o século XX, tendo, entre seus episódios, o debate sobre a lógica das ciências sociais em que se confrontaram as teses de Karl Popper e Theodor Adorno e seus discípulos, respectivamente, Hans Albert e Jürgen Habermas. No presente artigo, apresentaremos os principais elementos da controvérsia entre Habermas e Albert sobre a epistemologia das ciências humanas. Coerente com a tradição hermenêutica, Habermas postula que os critérios de objetividade das ciências naturais não se aplicam às ciências humanas, já que o pesquisador não pode assumir uma postura neutra e anular sua vivência individual no processo de investigação, pois a mesma é a condição de possibilidade do estudo da história e da sociedade...

A teoria crítica da modernidade de Jürgen Habermas

Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea

O objetivo do artigo é elucidar os argumentos centrais da teoria da modernidade de Habermas. Em vez de abandoná-lo, Habermas procura reconstruir o projeto de emancipação moderno através da reconstrução dos fundamentos da racionalidade da ação e da racionalização social moderna a partir: da reconstrução da explicação e superação crítica das interpretações unilaterais e funcionalistas de Max Weber e Talcott Parsons, e da fundamentação de uma teoria da racionalidade comunicativa capaz de se desvencilhar dos pressupostos subjetivistas e individualistas teoria social moderna.

O problema do cientificismo

2018

Deve-se admitir a possibilidade de haver conhecimento para alem da ciencia natural? Este trabalho argumenta que sim. Ele estuda como o cientificismo – uma perspectiva ideologica de que a ciencia natural, de raiz observacional empirica, e a unica fonte de conhecimento possivel – pode trazer implicacoes indesejaveis a ciencia e a sociedade. Um estudo da historia do cientificismo e sua frequente confusao com a ciencia, por exemplo, e capaz de mostrar o que tornou a ciencia contemporânea tao persuasiva e poderosa, mas capaz de criar obstaculos para o seu proprio desenvolvimento. O cientificismo e uma teoria sobre o poder explicativo da ciencia, e nao da ciencia ela mesma. O problema sao as limitacoes que essa teoria arrasta para a ciencia. Assim, este trabalho tem como objetivo apresentar os motivos pelos quais o cientificismo pode e deve ser refutado. Apresenta-se um estudo sobre o problema geral do cientificismo a partir da constatacao de cinco problemas especificos: a confusao entre ...

HABERMAS, Jürgen. Técnica e ciência como ideologia

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Habermas e a ideia de reformismo radical

Com a ideia de reformismo radical, analiso o pensamento político de Habermas de modo a defender dois pontos: (a) desde seus primeiros trabalhos, em sua crítica ao projeto social-democrata de Estado de bem-estar social, Habermas propugnava, como superação do caráter burocrático do Estado e dos partidos políticos, e do caráter administrado da democracia de massas, a ampliação dos procedimentos democráticos a todos os âmbitos da sociedade, passando da economia, para a cultura e para a política; e (b), a partir da década de 1980, apontava para uma reafirmação do projeto social-democrata de Estado de bem-estar social, momento de crise da social-democracia e de hegemonia neoliberal, o que levaria à afirmação, por Habermas, de que a continuidade reflexiva do projeto de Estado de bem-estar social e a correlata afirmação da social-democracia representariam, após o colapso do socialismo real, a alternativa e a postura teórico-política por excelência para uma esquerda ocidental não comunista. Com isso, um modelo atual de justiça sociopolítica centrar-se-ia exatamente na reafirmação do Estado de bem-estar social enquanto o centro político diretivo de nossas sociedades democráticas contra o laissezfaire econômico e as políticas de austeridade que o legitimam.