Análise Lexical Sobre Minorias Sexuais e De Gênero: Perspectivas De Estudantes De Graduação Em Saúde (original) (raw)
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Revista Brasileira de Educação Médica
RESUMO As disparidades no oferecimento de cuidado em saúde à população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) são evidentes e documentadas. O preconceito molda-se na naturalização de padrões instaurados e mantidos por diversas instituições, e a literatura corrobora com a existência de preconceito contra LGBT em escolas de medicina. A educação médica, historicamente consolidada em modelo biomédico-farmacêutico, concreto, positivista, hospitalocêntrico, com enfoque em um processo saúde-doença unicausal, representa um status conservador que se mantem rígido há um século. A despeito de programas e diretrizes nacionais e internacionais que orientam medidas inclusivas e de combate à discriminação, é verificada a presença de preconceito contra LGBT na prática médica e inclusive durante o processo educacional médico, notando-se atitudes preconceituosas entre os estudantes de medicina. Objetivo analisar o perfil de atitude e o preconceito contra diversidade sexual e de...
I Congresso de Estudos de Interseccionalidades das Ciências Sociais da USP, 2019
Este paper propõe entender como os atuais processos de disputa política, em torno da significação de categorias de violência sexual e de gênero, têm sido apropriados e representados pela mídia hegemônica brasileira, através da construção da narrativa midiática dos casos de agressão sexual, racismo, LGBTfobia e trote nas faculdades paulistas, que foram alvo de uma CPI, na Alesp, em 2014. A repercussão midiática desses casos promoveu, em parte, a nomeação pública de certas práticas como estupro, abuso e violência sexuais, práticas que, até pouco tempo atrás, não eram necessariamente significadas desta forma (Almeida e Marachini, 2017).
O PERFIL DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO FRENTE À SEXUALIDADE
Anais do IV SINALGE, 2017
A pesquisa surgiu pela necessidade de abordar a sexualidade em sala de aula, com mais segurança e credibilidade, na intenção de assegurar o conteúdo com clareza e qualidade, é importante conhecer o perfil dos alunos do ensino médio, da E.E. Kakunosuke Hasegawa, para orientar e direcionar o trabalho pedagógico, com a finalidade de criar projetos e documentar toda a ação pedagógica da instituição de ensino, além de ser um tema do cotidiano dos alunos. O objetivo se deu em traçar o perfil da sexualidade dos alunos do ensino médio, descobrir como eles lidam, vivenciam e encaram essa realidade. Nesse sentido, a pesquisa de campo buscou resultados qualitativos e quantitativos, trazendo valores sociais particulares e também números estatísticos, apropriando-se de um questionário com oito perguntas fechadas que foi aplicado em uma única vez aos entrevistados. Na temática da sexualidade na adolescência, a pesquisa apontou dois grandes temas, sendo eles: as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez. Conta com autores especialistas e em educação, a partir de Brasil (1996 e 1998), Cano, Ferriani e Gomes (2000), Freire (1996), Martins e et al (2006) e São Paulo (2014), para nortear os conteúdos abordados. Exclusivamente, a pesquisa de campo envolve a educação paulista e a realidade da própria instituição de ensino pesquisada, a partir dos conteúdos já desenvolvidos na 1ª série do ensino médio. Na sequência, são explanadas algumas características envolvendo a gravidez na adolescência e as doenças sexualmente transmissíveis. E com dedicação exclusiva a pesquisa bibliográfica aponta valores para a conscientização de um ensino para a prevenção. Ao final, com os dados coletados, os resultados mostram números intrigantes sobre os riscos de DST, porém favoráveis para os resultados da gravidez na adolescência.
Gênero e sexualidade no currículo dos cursos de graduação em Saúde Coletiva
Chegando até aqui, meu primeiro agradecimento vai a Deus, o grande arquiteto do mundo, que foi meu sustento e força para concluir esta etapa. Em todos os momentos de desânimo e angústia sempre foi em Deus que busquei forças e me reergui. Agradeço também a Nossa Senhora que cuidou de mim, me guiou e protegeu ao longo desta jornada. Agradeço aos meus queridos e amados pais, Gerson e Marisa, pela educação que me deram, por sempre me incentivarem a estudar e me qualificar. Obrigada por acreditarem em mim e por me apoiarem em minhas escolhas e decisões. Agradeço também ao meu irmão Marcelo, por todo carinho, afeto e orações. Vocês são meu alicerce, os maiores presentes que Deus me deu. O meu agradecimento também se estende a todos os meus familiares e amigos. São tantos nomes que não caberiam nesta página, mas agradeço ao apoio incondicional, a cada conversa, por cada um que me deu "colo" nos momentos difíceis, por cada acolhimento, pelas trocas de desabafos, pelas dicas, estímulos e conselhos. Ao meu querido José, por todas as palavras de conforto e apoio nas horas difíceis, obrigada por todo companheirismo, por sonhar comigo, por me mostrar que eu era capaz e o quanto ainda tenho a sonhar e realizar. Agradeço ao meu orientador Dr. Emerson Rasera por toda paciência, por tantos ensinamentos e toda doação ao longo deste percurso. Agradeço também a Profa. Flávia Teixeira e Profa. Elenita Pinheiro, pessoas que admiro e respeito, pelas contribuições incríveis ao meu trabalho na banca de qualificação. Muito obrigada! RESUMO A Graduação em Saúde Coletiva é ainda recente no país e tem ao longo dos anos buscado se estruturar e construir sua identidade. Gênero e Sexualidade são determinantes sociais em saúde que interferem nas condições de saúde e de acesso aos cuidados e que devem ser contemplados em uma formação integral dos profissionais de saúde. Frente a isso, esta pesquisa buscou analisar a inserção das questões de gênero e sexualidade no currículo dos cursos de graduação em saúde coletiva do Brasil (CGSC). Realizou-se uma análise documental das fichas de disciplinas que abarcavam explicitamente as questões de gênero e sexualidade nos cursos. Dos 17 CGSC analisados, 12 deles possuem um total de 16 disciplinas sobre tais temáticas. Por meio da análise de conteúdo, foram investigados os Objetivos, o Conteúdo Programático, as Metodologias, a Avaliação e as Referências presentes nas referidas fichas. De maneira geral, os assuntos que aparecem nas fichas são "Gênero", "Sexualidade", Desigualdades e determinantes sociais em saúde", "Atenção em saúde" e "Outros". Nos Objetivos das fichas, o assunto de maior frequência é gênero; nos Conteúdos Programáticos, gênero aparece relacionado a uma variedade de assuntos; as Metodologias de ensino-aprendizagem privilegiam a participação do aluno; as Avaliações se dão principalmente por participação em sala de aula, trabalhos e seminários; nas Referências, se destacam os estudos de gênero, principalmente relacionados à saúde da mulher. Conclui-se com esta pesquisa que apesar do espaço já conquistado destas temáticas, faz-se necessário investir e ampliar este debate, principalmente em relação à sexualidade que têm ficado às margens do currículo. Ressalta-se a necessidade de reestruturação e atualização das fichas de disciplinas dos cursos de saúde coletiva afim de uma formação que supere os preconceitos.
Desfechos de Saúde de Jovens de Minorias Sexuais no Canadá: um panorama
2015
Objetivos: Os objetivos deste artigo científi co são (1) documentar os desfechos de saúde entre jovens de minorias sexuais (SMY-sigla em inglês) no Canadá; e (2) identifi car os fatores de risco e de proteção específi cos para as minorias sexuais. Fontes de dados: Realizamos uma revisão de dados canadenses publicados após 2005 sobre os desfechos de saúde mental, física e sexual de SMYs usando palavras-chave relevantes. Um total de 19 estudos empíricos e 2 relatórios de pesquisas foram incluídos. Síntese de dados: Os estudos revisados incluíram de 53 a 30.588 entrevistados (total = 81.567). Os jovens de minorias sexuais eram 15,86% da amostra. Ao todo, os SMYs no Canadá mostram desfechos de saúde negativos em proporções que variam de 7% a 69,4%, sendo que as questões mais comuns incluem distúrbio psicológico e desajustamento. Os SMYs têm maior probabilidade de relatar sofrimento/distúrbio psicológico, pensamentos suicidas, abuso de drogas, relação sexual sem preservativo e gravidez do que seus pares heterossexuais. Os principais fatores de risco para os SMYs foram rejeição familiar da orientação sexual de minoria, bullying homofóbico, vitimização e homofobia internalizada. Dentre os poucos fatores de proteção relatados, vínculo escolar e familiar, segurança escolar, apoio dos pais, e engajamento em esportes diminuíram a probabilidade de desfechos negativos de saúde. Conclusão: dados canadenses demonstram que os SMYs têm maior probabilidade de enfrentar desfechos negativos de saúde do que seus pares heterossexuais. Estes resultados são consistentes com os dados do mundo inteiro. Recomendações para pesquisa e intervenção são discutidas.
Possíveis influências na sexualidade de universitários da área de saúde
Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, 2014
O presente estudo tem como objetivo descrever as possíveis influências de bebidas alcoólicas, religião, pais e universidade na sexualidade e a satisfação com aspectos de vida de ingressantes em cursos de graduação da área da saúde. De corte descritivo e exploratório e com amostragem de conveniência, foram incluídos 786 estudantes, dos quais 79,3% eram do sexo feminino, com idade média de 19,2±3,1 anos. Para os acadêmicos, o uso de bebidas alcoólicas (96,6%) e o ingresso na universidade (50,4%) estimulavam a sexualidade e 54,3% dos jovens estavam satisfeitos com a universidade. Questiona-se a influência da universidade neste contexto e, as implicações nas condutas de saúde dos estudantes em sua prática futura. Descritores: Sexualidade; Adolescente; Satisfação pessoal; Estudantes de Ciências da Saúde.
Crenças sobre sexualidade entre estudantes de Medicina: uma comparação entre gêneros
Revista Brasileira de Educação Médica, 2008
Crenças sobre sexualidade entre estudantes de Medicina: uma comparação entre gêneros Beliefs about sexuality among medical students: a comparison between gender RESUMO Objetivo: Identificar informações sobre sexualidade entre estudantes de Medicina e analisar as diferenças quanto a gênero e ano do curso. Método: Foi aplicado um questionário estruturado a estudantes da Faculdade de Medicina de Botucatu, com questões sobre sexualidade e vida sexual dos sujeitos. A aplicação ocorreu em sala de aula, sendo que 455 estudantes (82,6%) aceitaram participar do estudo. A análise foi estratificada para gênero e ano do curso, sendo utilizado o teste do qui-quadrado. Resultados: Comparando-se primeiros e últimos anos, observou-se aumento da freqüência de vida sexual ativa, mas não de satisfação. Crenças predominaram sobre crendices, tendo sido observadas diferenças entre os gêneros. Aspectos da sexualidade feminina e da homossexualidade apresentaram um significativo percentual de respostas equivocadas. Conclusões: Entre estudantes de Medicina ainda persiste desinformação sobre aspectos específicos da sexualidade humana. A formação médica precisa abarcar a sexualidade em seus múltiplos aspectos, capacitando os profissionais a lidarem com a sexualidade de seus pacientes.
Desigualdades de Gênero na Carreira Acadêmica no Brasil
Os estudos sobre as desigualdades entre os sexos na carreira acadêmica atribuem a desvantagem feminina à discriminação no local de trabalho e/ou às demandas sociais colocadas sobre as mulheres. No entanto, ainda são raras as pesquisas que levem em conta o impacto das características particulares das universidades públicas brasileiras sobre essa situação. Esse artigo analisa, em função do sexo, as chances de acesso ao nível mais alto da carreira e aos postos de gestão de docentes no Brasil, a partir de um estudo focado na Universidade Estadual de Campinas. Os resultados mostram que (i) as chances de ascensão ao estrato mais elevado da carreira variam em função da faculdade e/ou instituto; (ii) a velocidade de chegada ao nível mais alto é maior para as docentes mulheres; (iii) os cargos de gestão são relativamente mais abertos a docentes do sexo feminino; (iv) a maior ou menor feminização da faculdade e/ou instituto não parece exercer efeito significativo sobre esses resultados