Restrições Ao Crescimento Econômico Brasileiro: Análise De Fatores De Oferta e De Demanda No Período De 1996 a 2016 (original) (raw)

A Restri��o Externa Como Fator Limitante Do Crescimento Econ�mico Brasileiro: Um Teste Emp�rico

2005

Este artigo emprega a abordagem do crescimento econômico sob restrição externa, tal como desenvolvida a partir de Thirlwall (1979), para estimar empiricamente em que medida, se alguma, o crescimento brasileiro de longo prazo tem sido condicionado por essa restrição. Após avaliar a especificação dessa restrição que melhor se ajusta ao caso brasileiro,é constatado, a partir de evidências empíricas robustas, que o crescimento brasileiro entre 1948 e 2004 foi restringido pelo equilíbrio nas contas externas. Entretanto, o poder explicativo da especificação que incorpora o fluxo de capitais e o endividamento externo não difere muito do correspondenteà Lei de Thirlwall original.

A Restrição Externa Como Fator Limitante Do Crescimento Econômico Brasileiro: Um Teste Empírico∇

Anais do XXXIII …, 2005

Resumo: Este artigo está baseado nos trabalhos originais de A. Thirlwall e em alguns de seus desenvolvimentos recentes, mais especificamente o trabalho de J. C. Moreno-Brid, que versam sobre a restrição externa como a real inibidora do crescimento em alguns países. Pretende-se, através de um novo estudo empírico, avaliar a especificação da restrição externa que melhor se adequa ao caso brasileiro e, além disso, verificar se ela tem sido ou não o verdadeiro inibidor do crescimento. Constata-se, com novas evidências robustas, que o crescimento econômico no Brasil entre 1948 e 2004 foi restrito pelo Balanço de Pagamentos. No entanto, ao contrário do que, a princípio, poderia se esperar, a especificação que incorpora explicitamente o fluxo de capitais e a dinâmica do endividamento externo não difere muito, em termos de alívio da restrição externa, da Lei de Thirlwall original.

Restrições Macroeconômicas ao Crescimento da Economia Brasileira: Diagnósticos e Algumas Proposições de Política

2009

Resumo: Neste artigo argumentamos que a economia brasileira passou por um processo recente de aceleração do crescimento, puxado pelas exportações e pela formação bruta de capital fixo. Embora esse padrão de crescimento seja mais robusto do que o verificado na década de 1990, constata-se ainda a existência de restrições macroeconômicas à continuidade desse crescimento no longo prazo, quais sejam, o desequilíbrio cambial, verificado na economia brasileira notadamente a partir de 2005, e o modus operandi da política monetária. Essas restrições podem comprometer a sustentabilidade do atual padrão de crescimento da economia brasileira num contexto internacional caracterizado pela ocorrência de uma perfect storm, ou seja, a ocorrência simultânea de uma crise financeira global e o aumento generalizado dos preços dos alimentos e do petróleo. Dessa forma, podemos afirmar que ainda existe no Brasil uma armadilha juros-câmbio. Nesse contexto, a eliminação do desalinhamento cambial imporia uma forte elevação da taxa de juros, o que teria impacto nocivo sobre o investimento e, portanto, sobre a sustentabilidade do crescimento econômico no longo prazo. Para eliminar esta armadilha propomos um conjunto de medidas de política econômica, a saber: adoção de metas implícitas de câmbio, controles sobre a saída de capitais de curto prazo e a flexibilização do regime de metas de inflação no Brasil.

Modelos de crescimento induzido pela demanda compatível com restrição externa: a herança de Kaldor

Pesquisa Debate Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados Em Economia Politica Issn 1806 9029, 2011

Kaldor identificou no crescimento das exportações a condição necessária para estabelecer um círculo virtuoso de crescimento. Thirlwall aprofundou as proposições de Kaldor identificando o equilíbrio do balanço de pagamentos a condição para uma trajetória de crescimento estável. Em países em desenvolvimento Thirlwall, seguindo Kaldor, observou que o investimento no incremento tecnológico da pauta de exportaçõesimplicando mudanças estruturais que aumentariam a competitividade externa-poderia aumentar a taxa de crescimento compatível com o "balance of payments constraint". Dada às proposições de Kaldor, esse artigo propõe uma revisão analítica de seus modelos de crescimento, bem como das extensões propostas por seus seguidores, desde o modelo de "export-led growth" até as formulações recentes considerando o endividamento externo. Conclui mostrando que apenas a formulação original de Kaldor garante uma trajetória de crescimento equilibrada a longo prazo.

A balança comercial é uma restrição ao crescimento econômico dos estados brasileiros? Uma análise para o período de 1991 a 2009

Revista de Economia Política

RESUMO Este trabalho investiga se há de fato uma restrição imposta pelo balanço de pagamentos - via relação entre as elasticidades-renda das importações e das exportações - sobre o crescimento econômico dos estados brasileiros. Em outros termos, verifica-se a validade da Lei de Thirlwall para a economia dos estados brasileiros no período de 1991 a 2009. Para tanto, estima-se as referidas elasticidades por meio do estimador para painéis dinâmicos System-GMM, que contorna, além dos problemas clássicos de estimação, o viés de endogeneidade do painel dinâmico. Os resultados apontam para a validade da lei, visto que a elasticidade-renda das importações mostrou-se superior à elasticidade-renda das exportações.

Padroes de Crescimento Economico no Estado do Rio Grande do Sul entre 1996 2010

Resumo O presente artigo se propõe a identificar os padrões de crescimento econômico dos municípios do Rio Grande do Sul entre 1996 e 2010. Para tanto, adotou-se o índice do nível de crescimento econômico (INC) e o índice do ritmo de crescimento econômico (IRC) desenvolvido por Piacenti (2012a). De maneira complementar discute-se a hipótese de que o desempenho econômico apresentado pelos municípios esteja associado a sua estrutura produtiva. Para isso adotou-se técnicas estatísticas de Análise Multivariada a fim de identificar associações entre o padrão de crescimento econômico e as atividades industriais. Os resultados mostram que 3% dos municípios analisados apresentam um crescimento em expansão (AA), por outro lado, 33,04% dos municípios são classificados como eco-nomicamente deprimidos (BB), ou seja, conforme os parâmetros econômicos INC e IRC encontram-se abaixo da média estadual. Além disso, constatou-se uma significativa associação entre o padrão de crescimento econômico e a estrutura industrial, posto que variáveis como PIB da indústria e QL do emprego industrial, são estatisticamente significativas na separação dos grupos, ou seja, quanto maior as desigualdades com relação às indústrias, maiores também são as diferenças nos níveis de crescimento econômico das mesmas.