Maximizing Shareholder Value no Brasil? Análise das Empresas não-Financeiras de Capital Aberto (1997-2013) (original) (raw)

Estudo das Empresas não-Financeiras no Setor Real: Uma Análise do Maximizing Shareholder Value no Brasil

Revista Econômica

Com uma amostra de cem empresas não-financeiras de capital aberto que atuam no território brasileiro, esse artigo analisa o comportamento dessas instituições no setor real da economia entre os anos de 1997 a 2013. O objetivo é investigar se a estratégia de maximizing shareholder value esteve presente na gestão dessas instituições. Os resultados sugerem que a maximização do valor do acionista não faz parte da conduta dessas empresas, pelo contrário, os dados apontam que essas corporações têm auxiliado no desempenho macroeconômico do Brasil, por meio do aumento da produção e dos investimentos produtivos.

Empresas Não Financeiras e O Impacto Da Estratégia Maximizing Shareholder Value Sobre O Emprego No Brasil

Análise Econômica

Esse artigo avalia a estratégia de maximizing shareholder value para uma amostra de empresas não financeiras de capital aberto entre 1997 e 2013 e estima seu impacto sobre o emprego em respectivos setores de atividade econômica. Para se estimar tais efeitos, utiliza-se o método de mínimos quadrados em dois estágios, com base na teoria da reação em cadeia. Os resultados indicam que o aumento da distribuição de dividendos, via maximizing shareholder value, tem efeitos negativos sobre o investimento produtivo, que, por sua vez, desacelera a criação de empregos.

Fragilidade Financeira Das Empresas Não Financeiras De Capital Aberto No Brasil Entre 2010 e 2016: Uma Análise Setorial a Partir De Minsky

2021

The paper analyses the financial fragility of Brazilian open-capital non-financial enterprises between 2010 and 2016 according to the typology suggested by Minsky (1992). Applying the methodology from Bacic (1990), the profile of 19 of the 20 economic sectors listed by the Economatica software was analyzed. Concerning the selected period, which was characterized by the reduction of commodities prices, currency depreciation, deceleration of economic growth at the global and domestic levels, and worsening of the financial sources, it was possible to identify a reduction of firms in hedge position and an increase in the number of speculative and ponzi enterprises. However, there are specific sectorial patterns that suggest that some sectors are more resilient than others. This analysis supports the conclusion that, during the reversal of economic cycle, the overall financial fragility of open-capital enterprises increased.

Ativos e Passivos Intangíveis: Uma análise da Rentabilidade e Produtividade das Empresas de Capital Aberto Listadas no Brasil

Sociedade, Contabilidade e Gestão, 2020

Diante da nova economia da informação e do conhecimento, os recursos intangíveis têm apresentado progressivamente um papel preponderante na criação de valor e desempenho das firmas, sendo considerados, em alguns cenários, mais importantes do que os próprios recursos tangíveis da empresa. Todavia, nem todos recursos intangíveis são ativos. Há também recursos intangíveis que podem destruir o valor criado: os passivos intangíveis. Diante da relevância dos recursos intangíveis, especificamente da relação entre ativos e passivos intangíveis para as empresas, o estudo visa avaliar as implicações dos ativos e passivos intangíveis na rentabilidade e produtividade em empresas de capital aberto listadas no Brasil. Para tanto, utilizou-se de uma abordagem quantitativa e faz uso de métodos econométricos, mais especificadamente de dados em painel dinâmico (GMM). A amostra do estudo compreendeu 235 empresas de capital aberto, em um período de nove anos. Os resultados evidenciaram relações positiv...

A Relação Entre Ativos Intangíveis, Dívida e Criação De Valor Para as Companhias De Capital Aberto Atuantes No Brasil

2020

O presente trabalho estudo busca investigar a relacao entre ativos intangiveis, divida e criacao de valor. A literatura sugere uma relacao positiva entre intangibilidade e criacao de valor. Por outro lado, empresas com maior grau de intangibilidade tendem a ser menos endividadas. Ja a relacao entre divida e valor e dubia. A amostra e composta por 261 empresas nao financeiras de capital aberto, analisada no periodo de 2009 a 2016. A tecnica econometrica empregada foi regressao com dados em painel pooled e com efeitos fixos. Os resultados indicam que ha uma relacao direta e estatisticamente significante entre intangibilidade e criacao de valor e entre intangibilidade e retorno sobre os ativos. A intangibilidade apresentou relacao negativa e estatisticamente significante com a divida, sobretudo com a divida a valor de mercado. Ja a divida a valor contabil possui relacao direta com a intangibilidade. Por fim, verificou-se uma relacao negativa e estatisticamente significante entre criaca...

Os Determinantes Da Estrutura De Capitais: O Caso Das Empresas Brasileiras Não-Financeiras De Capital Aberto

REVISTA ECONOMIA POLÍTICA DO DESENVOLVIMENTO

Este estudo teve como objetivo a análise empírica das empresas brasileiras não-financeiras de capital aberto no tocante à identificação dos determinantes da estrutura de capitais, no período de 1999 a 2003, avaliando em que medida os pressupostos das teorias sobre estrutura de capitais se aplicam ao caso brasileiro. Os resultados obtidos demonstram que as variáveis (tangibilidade, oportunidades de crescimento, rentabilidade e flexibilidade financeira), são estatisticamente significativas e, por isso, constituem fortes determinantes das decisões de financiamento das empresas. As outras variáveis estudadas, (taxa média de impostos, outros benefícios que não o de endividamento, tamanho, volatilidade e classificação do setor de atividade), não mostraram suficiente significância estatística para explicarem as decisões de financiamento.

RELATÓRIOS DA ADMINISTRAÇÃO DAS COMPANHIAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO: UMA ANÁLISE QUALITATIVA

2006

O Relatório da Administração (RA), exigido no Brasil pelaLei 6.404/76, possui um papel importante no sistema dedivulgação aos investidores. O objetivo deste trabalho é investigarse há relação entre o grau de otimismo apresentadonestes relatórios e o desempenho das companhias de capitalaberto no Brasil. A análise de conteúdo realizada nos RA de448 empresas brasileiras, no ano de 2002, demonstrou quemais da metade das informações constantes são otimistas eem sua maior parte se refere a reforma administrativa e desempenho.As comunicações de menor incidência tratam dedividendos e endividamento/financiamento. O estudo evidenciouque o grau de otimismo dos relatórios decorre dodesempenho atual da empresa, expresso pelo seu tamanho,retorno do ativo e margem líquida. Entretanto, o grau deotimismo apresentou-se inversamente proporcional ao nívelde receitas e diretamente proporcional ao nível de endividamento.Assim, empresas com receitas menores apresentaramrelatórios mais otimistas.

Maximização do valor do acionista (MVA) e os impactos nas estratégias das grandes corporações não-financeiras: o caso da Vale

Blucher Engineering Proceedings

Área 3: Estratégias empresariais, financiamento e governança corporativa 3.3 Estratégias Empresariais Resumo A estratégia de maximização do valor do acionista (MVA) tem sido adotada de forma generalizada por grandes corporações de diferentes origens, estruturas de governança e setores econômicos. Com relação à estrutura de capital, observa-se uma tendência de maior alavancagem financeira nas corporações nãofinanceiras. Outra tendência tem sido a crescente presença de investidores institucionais na estrutura societária das corporações. Essas tendências têm ampliado a influência do setor financeiro sobre as corporações não-financeiras e condicionado a alocação do fluxo de caixa. O artigo avalia a estratégia de MVA na empresa Vale em função da sua elevada lucratividade, da composição societária concentrada em investidores institucionais e da estrutura de capital bastante alavancada. A análise aponta uma política agressiva de distribuição de dividendos aos acionistas, com redução significativa nos investimentos e nos gastos em P&D. Palavras-chave: governança corporativa, financeirização, maximização do valor do acionista, distribuição de dividendos, recompra de ações, teoria de agência, estrutura de capital e de propriedade, investimento e gastos em P&D.