Coisas que não existem: o papel do som do vento em À sombra do medo (original) (raw)

O simbolismo do vento na narrativa de Sopro

Lumina

Este artigo investiga a função narrativa do som no documentário Sopro (2013), de Marcos Pimentel, um documentário poético sobre a existência humana e os mistérios da vida e da morte. A partir da observação do cotidiano de uma família residente no Parque Estadual de Ibitipoca, em Minas Gerais, no Brasil, a obra expressa os ciclos da vida, entre dia e noite, nascimento e morte. Interessa-nos compreender de que forma determinados sons ambientes são destacados e apresentados à escuta para que, em diálogo com as imagens, criem um sentido simbólico que vai além da representação figurativa. Com base na antropologia do imaginário de Gilbert Durand (1988), nos estudos do ambiente sonoro, de Murray Schafer (2011), da escritura do sonoro, de Daniel Deshays (2006), bem como na teoria da audiovisão, de Michel Chion (2008), levantamos a hipótese de que, a partir de uma escuta reflexiva, os sons do ambiente são compostos no documentário enquanto símbolos dos ciclos da vida. Os resultados da anális...

A natureza como fonte do medo: o efeito sublime em "Os Salgueiros" e "Valsa Fantástica"

O sublime está presente na ficção, desde a literatura gótica, como um efeito estético capaz de produzir o medo. Ele parece ser essencial para a descrição de ambientes grandiosos como vales, florestas obscuras e mares revoltos, criando o clima ideal para uma história de horror. Para entender como o sublime é desenvolvido do ponto de vista narrativo, selecionamos duas obras ficcionais para análise: um conto brasileiro do final do século XIX e um conto inglês de horror do começo do século XX.

No Papel, O Som Do Cinema - a Transposição Sonora Em a Ostra e O Vento

2008

Em meio a tantas questoes sobre a fidelidade na adaptacao de obras literarias para o cinema, qual seria o papel do som? Ele reforcaria estas questoes, ou ele comprovaria suas ineficiencias? A partir do livro de Moacir C. Lopes, do roteiro e do filme de Walter Lima Jr., adentraremos o mundo sonoro de A Ostra e o Vento, buscando muito mais do que referencias de adaptacao; procurando desvendar os rumos de uma transposicao sonora entre o papel e a pelicula.

O Som que escorre para dentro

Estou aqui...sou só um pensamento no espaço quase a 1600 metros de altura...é muito frio, e milagrosamente silencioso...estou descendo para uma pétala de Rosa)

Terror memoria e trauma em A sombra das torres ausentes

Cadernos de Pesquisa do CDHIS, 2023

The object of this article is Art Spiegelman’s graphic novel named “In the shadow of no towers”. Published in its final form in 2004, the graphic novel contains 10 parts that appeared between 2002 and 2003, individually or together, in newspapers and magazines in the United States and European countries. The first section of this paper presents the work and its history in the North American publishing market, until the definitive edition. Next, some of the images produced by Spiegelman are discussed based on the notion of unprecedented event, by the French philosopher Jacques Derrida. Finally, two parts are analyzed in order to think about how Spiegelman's narrative produces relationships with historical time and traumatic memory. Using Georges Didi-Huberman's concepts of montage and reassembly, the intention is to show how Spiegelman's visual experiments create a unique temporal anachrony in which the present is crossed by the different past temporalities that inhabit it.

O papel do medo na historia

Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, 2020

Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas V.14 N.1 2020

Elementos Trágicos Na Peça “A Noite Pouco Antes Da Floresta” De Bernard-Marie Koltès

2018

O presente trabalho objetiva compartilhar resultados do processo de montagem da peça A noite pouco antes da floresta (1977), de Bernard-Marie Koltès, realizado no Curso de Graduação em Teatro, da Universidade Federal de Uberlândia, MG. O principal desafio foi conseguir “abrir o texto”, para o qual foram fundamentais dois autores: Axel Honneth e Fridriech Nietzsche. Especialmente este último desempenhou papel central ao oferecer uma visão de mundo que colapsava a leitura tradicional do texto. Para a construção da arquitetura cênica do espetáculo, princípios do Sistema, de Stanislavski, objeto de minha pesquisa e aprofundamento, foram aplicados e experimentados, incluindo a “exploração mental” e a “análise ativa”. À luz da filosofia trágica de Nietzsche foi possível arriscar algumas hipóteses para a construção de sentido da peça, para além da observação da presença de certos recursos poéticos da tragédia antiga no texto do autor francês, que acabou por revelar um profícuo diálogo entr...