MITOS AFRO-BRASILEIROS SOBRE ORIXÁ GLBT (original) (raw)
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CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA A MITOLOGIA DOS ORIXÁS
Para resgatar e valorizar a cultura afro-brasileira, bem como cumprir a atual proposta curricular do MEC pela lei 10.639/03, propomos ao alunos do ensino médio da E.E.Benjamim Guimarães o estudo desse dinâmico e complexo universo dos orixás, que já esta presente no imaginário brasileiro, podendo ser encontrado na nossa literatura, música e telenovelas, pinturas e ritos religiosos. Atualmente a história que está proposta nos currículos e livros didáticos colocam os brancos sempre como protagonistas, relegando aos negros um começo sempre a partir da escravidão. Existe um desprezo pelo passado dos negros na África, que se dividiam em centenas de etnias e foi marcado por realezas e um estrutura social bem definida. Este trabalho tem como objetivo permitir que os alunos se apropriem de um rico repertório de saberes e referenciais trazidos da África, que são as histórias dos orixás, seus símbolos e características. Acreditamos que, com a valorização da cosmovisão e identidade negra previne-se o racismo e a intolerância.
A INFLUÊNCIA DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS NO FALAR DOS HOMOSSEXUAIS
NOVAIS, Valeria; MEIRA, Celio; PACHECO, Bruno, 2017
A fala, pensada como um construto identitário (BORTONI-RICARDO, 2004), revela os diversos lugares de subjetivação de um indivíduo em sua comunidade, através dela, é possível constatar o grau de escolarização, o status socioeconômico, a faixa etária, o pertencimento geográfico e o gênero do falante. Dessa forma, é com base, pois, na vertente sociolinguística, que o presente estudo se dedica a investigar como o dialeto das senzalas e dialeto das minas, (PÓVOAS, 1989), foram dissolvendo-se, gradativamente, em dialeto do povo-de-santo/ os falares africanos de terreiro (CASTRO, 2001). Taldialeto, conservado entre os falantes do candomblé, exerceu, e ainda exerce, forte influência na forma de comunicação de grupos minoritários, em especial, de homossexuais. Vale ressaltar que, em nossa cultura, a contribuição deixada pelo negro é perceptível em diversos "domínios sociais" (BORTONI-RICARDO, 2004), podendo ser, então, observada por variados aspectos, tais como: culinários, musicais, religiosos e, evidentemente, linguísticos. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi desenvolvida, basicamente, a partir de três etapas: levantamento bibliográfico, pesquisa de campo e entrevistas. No primeiro momento, foram realizadas leituras de diversos autores que abordam a temática das culturas africanas e afro-brasileiras (BASTIDE, 1991; QUERINO, 2006; RAMOS, 1942; SILVA, 1993; CASTRO, 2001, etc.). No segundo momento, foram feitas as observações de campo, isto é, visitas a terreiros em dias de festas públicas e conversas com pessoas adeptas do candomblé. Por fim, foram realizadas entrevistas com membros de comunidades gays, a fim de esclarecer os usos específicos do dialeto homossexual. As entrevistas foram gravadas e depois transcritas e analisadas, servindo, assim, de referência na produção escrita da pesquisa. Os nomes dos entrevistados foram substituídos por pseudônimos para evitar qualquer constrangimento com as futuras publicações deste material.
EDITORA KOTEV, SÉRIE AFRICANIDADES 32/ ARTIGO PUBLICADO PELO BOLETIM AGB INFORMA, Nº. 82, 2003, páginas 10-11, 2018
Mundo Afro-Brasileiro foi o primeiro artigo que circulou no campo da geografia no referente à Lei nº. 10.639, publicado em 2003 pelo Boletim AGB Informa nº. 82, páginas 10-11. A presente edição de Mundo Afro-Brasileiro foi masterizada em Agosto de 2018 para fins de acesso livre na Internet pela Editora Kotev (Kotev ©), incorporando as regras vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa, cautelas de estilo e normatizações editoriais inerentes ao formato PDF. Mundo Afro-Brasileiro é um texto de caráter gratuito, sendo vedada qualquer modalidade de reprodução remunerada e divulgação sem prévia autorização do autor. A citação do material deve acatar o padrão que segue: WALDMAN, Maurício. Mundo Afro-Brasileiro. In: Boletim AGB Informa, Informativo oficial da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), Seção Local São Paulo (SP), nº. 82, pp. 10-11, edição de 1-04-2003. Série Africanidades Nº. 32. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2018.
Anuário de Literatura, 2019
Resumo: Considerando a importância das muitas contribuições do capital cultural africano e afro-brasileiro à nação brasileira, dentre as quais se destacam as religiosas e artísticas, analisaremos a construção de personagens associáveis ao orixá Oxum no conto Fios de ouro, de Conceição Evaristo, parte integrante da obra Histórias de leves enganos e parecenças. Buscamos, neste trabalho, dar ênfase à referência mitológica, a qual não parece ser perdida de vista ao longo do processo de composição do enredo e de subjetivação das personagens na obra evaristiana. Desta forma, nosso propósito é notabilizar a confluência entre produção literária afro-brasileira e o emprego das narrativas e experiências mítico-religiosas e ancestrais africanas e afro-brasileiras, sendo que são parte de um mesmo território epistemológico: a cultura negra no Brasil. Assim, analisaremos a referida obra à luz de trechos dos ìtàn-textos mitológicos compilados sobre os Orixás-, a fim de identificar possíveis fontes, apontar similaridades e propor caminhos interpretativos. Palavras-chave: Oxum. Conceição Evaristo. Produção literária afro-brasileira. Textos mitológicos.
UM SOLIDÁRIO TREZE DE MAIO OS AFRO-BRASILEIROS E O TÉRMINO DA ESCRAVIDÃO
D evido às contradições que os formam, problemas his-tóricos como a abolição da escravatura no Brasil são forçosamente de difícil resolução. Largo e plástico, o cativeiro moldou nossas relações econômicas, nossas tramas políticas e nossas regras de convivência. O escravo tornou-se ao longo do tempo , mas finalmente a um só tempo, mão de obra, mercadoria, insumo e derivativo financeiro. No campo político, fez das classes latifundi-árias uma barreira intransponível para as dirigentes, quando não as forjou em simbiose. Delimitou por extensão o padrão de inserção in-ternacional do país e regeu a vida social a ponto de definir quem era quem, aliviando apenas superficialmente os menos prósperos das misérias hierárquicas próprias a uma sociedade, igualmente por cau-sa do cativeiro, formada a partir de desigualdades.
O PERIGO PARA AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS
Revista Olorun, 2015
Utilizando as falas de Pierre Verger, Roberto Motta e Gisele Cossard, o texto mostra os perigos que as teorias acadêmicas intelectuais representam para o Candomblé. Explica também a origem da palavra “acadafro” e seu significado como rótulo ao acadêmico iniciado.
O LIXO É UM LUXO: ANÁLISE DE UM MOSAICO DA ÁFRICA ROMANA
Abordaremos a culinária através da análise de um mosaico oriundo de uma residência da elite da cidade de Uthina na província da África Proconsular (atual Tunísia) e datado do século II. Sua temática se inseria na tradição helenística de retratar realisticamente um “chão não varrido” (asarôtos oïkos) com os restos de uma refeição. Observaremos as condições de produção deste discurso imagético, atentando para os materiais e a técnica (emblemata em opus vermiculatum) empregados, os aspectos dietéticos, sociais e religiosos presentes nesta representação, objetivando compreender as interações da culinária com a cultura e as estruturas sociais daquela época e lugar.
Comentar sobre as cores do Orixás é o mesmo que tentar equilibrar-se e manter-se ereto na crista de uma onda ou parar todos os movimentos no meio de um ciclone, pois nenhum Orixá tem uma única cor.