Reflexões sobre paisagens e fotografias da Odisseia 116 (original) (raw)

Aspectos cartográficos das peças Odisseia 116 e BR3

Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas

Este artigo é uma análise do processo de escrita da dramaturgia Odisseia 116 a partir de uma viagem que durou seis dias de ida e volta de ônibus entre o Rio de Janeiro e o Ceará. A dramaturgia se estrutura sobre uma tríade: as características autobiográficas; a possibilidade de entrevistar pessoas e fotografar as paisagens em viagem e a Odisseia homérica, obra inspiradora dessa escrita. Uma cartografia surge como metodologia a partir da viagem e se consolida na dramaturgia. Dialogo com entrevistas cedidas por Antônio Araújo e Bernardo Carvalho sobre o espetáculo BR3. Nas considerações finais, aponto para três cartografias possíveis: a cartografia da viagem, a cartografia da dramaturgia e a cartografia da sala de ensaio.

SOBRE EPIDEMIAS IMAGENS EM MOEDAS E PESQUISA HISTORICA

Diálogos na Rede: História, Educação, Ensino e Pesquisa, 2020

O presente trabalho tem por objetivo compartilhar algumas reflexões elaboradas a partir de um estudo sobre a representação de uma epidemia em uma cunhagem produzidas na Roma Republicana no sec. I AEC. Em uma moeda, cunhada em 87 AEC, isto é, antes da Era Comum, a deusa Vitória aparece de pé, no reverso, diante de um pequeno altar. No topo do altar, há uma serpente enrolada. A serpente era uma das formas de representação de Esculápio, deus da cura e da medicina, o que fez com que a imagem fosse interpretada como uma alusão a uma epidemia

Reflexões Ontológicas Da Paisagem

Revista da Anpege, 2016

A partir de uma breve análise da trajetória da categoria paisagem no âmbito do pensamento geográfico, o presente artigo objetiva desenvolver determinadas reflexões sobre o engendramento concreto da paisagem e a ontologia materialista e dialética. A legitimidade dessa discussão torna-se manifesta, especialmente, ao se vislumbrar quão imprescindível é o enfrentamento histórico-ontológico da paisagem em relação às abordagens metodológicas e ideológicas que encerram suas leituras geográficas na fragmentação/dicotomização dos elementos pertencentes à totalidade do real, unidade tão estimada ao pensamento marxista. Nesta direção, constata-se que as concepções de paisagem tem, historicamente, consolidado estas dicotomias, principalmente ao ser concebida enquanto externalidade do essencial, enquanto "falsa consciência" que dissimula a compreensão do concreto, condizente, assim, a um estatuto ontologicamente inferior à "essência" geográfica que representa. Contrariamente, busca-se desmistificar estas abordagens, revelando, por sua vez, a essencialidade da paisagem, ou seja, compreendendo-a enquanto fenômeno material e ontológico.

Historiografias e historiofotias da paisagem

Geosul, 2021

O artigo em questão parte do pressuposto que a descrição da paisagem bem como o acesso a esta descrição referem-se sempre ao passado. A partir deste pressuposto, defende um aprofundamento na pesquisa interdisciplinar da paisagem, agregando à geografia elementos da teoria da história, como um meio de conceber as historiografias e as historiofotias, bem como suas limitações. O objetivo deste artigo é analisar as possibilidades e limitações destas técnicas, em uma abordagem interdisciplinar entre a geografia, a história e a literatura.

As Paisagens de Mário de Andrade: representações da Paulicéia

Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, 2000

O presente trabalho tem como objetivo levantar dados para demonstrar como a cidade de São Paulo está representada em alguns poemas de Mário de Andrade, em especial: Paisagem nº 1, Paisagem nº 3, Paisagem nº 4 e Paisagem nº 5. Este último pertence ao livro Clã do Jaboti e os primeiros ao Paulicéia Desvairada. Não pretendo, contudo, neste trabalho, fazer um levantamento exaustivo desses dados, mas tão-somente chamar a atenção para alguns aspectos próprios a essa representação, isto para tentar demonstrar se e como a expressão individual transcenderia a própria individualidade em favor do universal.

A fotografia e a política das imagens em Pedro Costa

Anais do XXIX Encontro Anual da Compós, 2020

O artigo se propõe a discutir as diferentes incorporações da fotografia no processo de criação, bem como na dimensão estético-política do cinema contemporâneo. Para isso, concentra-se em dois momentos da obra do português Pedro Costa: o caderno de Casa de Lava (2013) e o filme Cavalo, Dinheiro (2014). A fotografia permeia os trabalhos citados como instrumento de mediação social junto aos sujeitos retratados, pelo diálogo com a obra do fotógrafo dinamarquês Jacob Riis ou por meio de correspondências entre as imagens em estase e em movimento. A fim de seguir com a proposta, o artigo privilegia a análise das propriedades visuais das obras, notadamente na representação do outro cultural ou de classe.

Trajetos Imagéticos nos extremos da cidade: A fotografia e Marsilac

ANAIS ENCONTRO INTERNACIONAL DE ANTROPOLOGIA VISUAL, 2015

RESUMO Este trabalho pretende discutir a maleabilidade da fotografia como perspectiva de análise nas pesquisas sociais, contrariando a concepção estrita de apoio ilustrativo. A fotografia, assim como a pesquisa, se tangencia com a experiência de campo, modificando-se funcional e simbolicamente, influenciando significativamente o processo investigativo dos modos de vida no bairro de Marsilac, na cidade de São Paulo. ABSTRACT This paper intends to discuss the malleability photography as analysis perspective in social research, contrary to the strict design illustrative support. The photography, as well as research, istangent to the field experience, modifying functional and symbolic, significantly,influencing the research process lifestyles in Marsilac district in São Paulo.