Parenthood in Academia: What Happens When There Is No Policy? (original) (raw)
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Maternidades e academia: experiências analíticas e políticas
Perspectivas em Diálogo: Revista de Educação e Sociedade, 2023
Neste artigo, buscamos problematizar a maternidade no cotidiano das universidades como uma questão que traz dimensões reflexivas para a experiência de ensino-aprendizagem, para as relações intersubjetivas e para as problematizações teórico-analíticas produzidas na academia. Nossas análises sobre as relações entre maternidades e academia partem de nossas experiências como mães e pesquisadoras de temas relativos à maternidade e, em específico, sobre vivências e teorizações em torno da maternidade solo e do uso da terminologia monoparentalidade. É, então, a partir desse encontro entre as autoras, mas também delas com outras parceiras intelectuais e experienciais na academia que este texto busca problematizar como a construção de questões, a um só tempo, teóricas, políticas e experienciais, se dá atravessada pela experiência da maternidade como um marcador social da diferença. Palavras-chave: Maternidade; ensino superior; ambiente acadêmicocientífico; marcador social da diferença.
Homoparentalidade: um diálogo com a produção acadêmica no Brasil
Fractal: Revista de Psicologia, 2018
Resumo Este estudo objetiva discutir a produção acadêmica no campo do conhecimento científico brasileiro sobre a homoparentalidade. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados do Scielo e do Google Acadêmico, utilizando o descritor "homoparentalidade". Verificamos que é recente e incipiente a discussão sobre a temática da homoparentalidade no Brasil, pois foram encontrados somente 19 artigos científicos publicados no período de 2005 a 2013. O termo é bastante novo, em termos históricos, e parece estar adentrando o campo científico recentemente. A psicologia é a área de atuação que mais pesquisa sobre homoparentalidade. Analisando os resultados das pesquisas existentes, percebemos que o tema em questão ainda é muito cercado por preconceitos, rótulos e estigmas.
Monsieur. Second Sons in the Monarchy of France, 1550–1800, 2021
A interrupção da gravidez só é considerada aborto quando acontece antes das vinte e duas semanas de gestação e se o peso do feto for inferior a 500mg. Estima-se que, anualmente, cerca de 46 milhões de abortos são realizados no mundo; desses, cerca de 19 milhões são ilegais. Há muitas complicações possíveis e frequentes com a indução do aborto inseguro. Anualmente, cerca de 68 mil mulheres morrem e outras 5,3 milhões desenvolvem sequelas, físicas ou psicológicas, em consequência dessa prática. Objetivo: Identificar, analisar e correlacionar as complicações físicas e psicológicas vivenciadas pelas mulheres em consequência da indução do aborto clandestino. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura baseada nas bibliotecas virtuais SCIELO, BVS, PUBMED, MEDLINE e LILACS norecorte temporal entre 2015 e 2020, incluindo os idiomas inglês, português e espanhol. No estudo, foram identificados 5503 artigose, após aplicados os critérios de inclusão e exclusão, 20 artigos foram selecionados. Resultados: A indução do aborto clandestino causa diversas complicações físicas e psicológicas. Dentre as físicas, destacam-se as hemorragias, infecções, perfuração uterina, sepse e óbito. Em relação às psicológicas, temos como principais o constragimento, tristeza, sentimento de culpa e estresse emocional. Conclusão: As complicações físicas e psicológicas estão muito presentes na realidade das mulheres que induziram o aborto clandestino. Contudo, tais complicações podem ser diminuídas ou até mesmo evitadas a partir de um atendimento por equipe médica qualificada.
Resumo Neste artigo, analisamos as matérias publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo, no ano de 2005, sobre reprodução assistida (fertilização in vitro e outras técnicas). A análise é feita sob dois ângulos. Primeiramente, examinamos que informação é divulgada ao público sobre reprodução assistida, tendo como foco os direitos reprodutivos, o acesso público e privado às tecnologias de reprodução assistida, os interesses envolvidos e os riscos dessas tecnologias. Constatamos que não houve divulgação das leis que garantem acesso gratuito à reprodução assistida no Brasil, apesar da aprovação, naquele ano, da Política Nacional de Direitos Sexuais e Reprodutivos. As reportagens enfatizam o caráter privado do acesso às tecnologias reprodutivas e confrontam interesses comerciais envolvidos. Destacam os avanços tecnológicos como benefícios universais, sem discutir como as desigualdades sociais afetam o acesso a essas tecnologias e tratamentos. Na escassa referência aos riscos relacionados com os procedimentos, destacam a gravidez múltipla, que afeta, paradoxalmente, os casais mais pobres. Em segundo lugar, indagamos que tipo de educação não-formal é desenvolvido através dos artigos do jornal sobre reprodução assistida. Os artigos examinados mostram, ao mesmo tempo, características de divulgação científica e do mais tradicional papel desenvolvido pela mídia como formadora de opinião. Palavras-chave divulgação científica; formação de opinião; educação não-formal; reprodução assistida; direitos reprodutivos.
Mães na universidade: trabalho reprodutivo e estratégias de permanência
Revista Feminismos, 2020
Resumo O objetivo do texto é discutir as estratégias de permanência de estudantes mães em uma universidade federal. Está baseado em pesquisa qualitativa exploratória, por meio da aplicação de questionários e entrevistas cujos dados foram submetidos a uma análise de conteúdo. Parte-se do conceito de trabalho reprodutivo, a partir das contribuições da teoria da reprodução social, para então apresentar as estratégias de permanência materiais e simbólicas desenvolvidas por estudantes mães na universidade pesquisada. Destaca-se como o trabalho reprodutivo consubstanciado nas demandas da maternagem embaralha a classificação entre material e simbólico, por seu status histórico de atividade não remunerada, e desenvolvida no Brasil especialmente por mulheres negras. Com o pouco tempo disponível, as estudantes mães apostam em estratégias de permanência simbólicas individuais mais do que coletivas, tendo como efeito uma alta demanda por acolhimento. Palavras-chave: Permanência Estudantil; Direto à Educação Superior; Maternidade; Estratégias de Permanência; Trabalho Reprodutivo. Abstract: The aim of the text is to discuss undergraduate mothers retention strategies in a Brazilian federal university. It is based on qualitative exploratory research, through the application of surveys and interviews, which were submitted to content analysis. The concept of reproductive work is drawn from the contributions of social reproduction theory and then material and symbolic strategies by mother students are presented. We highlight how reproductive work embodied in motherhood demands challenges classification between what is material or symbolic, due to its historical status of unpaid activity, and developed in Brazil specially by black women. With little time available, the student mothers bet on individual rather than collective symbolic retention strategies, which leads to a high demand for harbouring.
Na universidade brasileira, maternidade rima com produtividade científica?
Revista Brasileira de Pós-Graduação
Nesse artigo, analisamos as relações entre carreira acadêmica e maternidade, a partir de pesquisa empírica com depoimentos coletados com quatro professoras de sociologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Nesses depoimentos, interrogamos: quais são as tensões entre carreira e maternidade experienciadas por essas professoras? Como as professoras mães e as professoras sem filhos articulam maternidade e carreira? Em suma, na universidade brasileira maternidade rima com a produtividade científica? O trabalho de Bitencourt (2013) sobre maternidade e carreira de acadêmicas na fase de doutorado, além de pioneiro, permitiu-nos um diálogo teórico-metodológico para a análise das relações entre carreira e maternidade. Os resultados obtidos informam que as professoras mães experienciam múltiplas tensões nas relações entre carreira acadêmica e maternidade: jornadas de trabalho extenuantes, delegação do trabalho reprodutivo a outrem, maior tempo para a construção da carreira e sentim...
MÃES NA GRADUAÇÃO: política e maternidade nas universidades públicas do Brasil
2021
O artigo trata dos desafios de conciliar maternidade e universidade, focando a graduacao, a partir da pesquisa etnografica desenvolvida junto aoColetivo de Maes da UFF, do qual fiz parte (2016- 2019) e, que buscou visibilidade, apoio as maes e a implementacao de politicas publicas especificas a permanencia na universidade. Relaciona-se a um movimento de “politizacao” da maternidade, propondo novas linguagens e negociacoes. Os movimentos feministas levaram a importantes reflexoes sobre a sujeicao das mulheres (inclusive maternidade), bem como sobre um possivel lugar de emancipacao delas. A producao antropologica sobre o tema da maternidade cresce a cada dia e, a partir do trabalho de campo desenvolvido (2018-2019), propoe-se uma reflexao sobre os desafios enfrentados em conciliar maternidade e estudar em uma universidade publica no Brasil.
Tornar-Se Mãe No Contexto Acadêmico: Dilemas Da Conciliação Maternidade-Vida Universitária
ufrb.edu.br
Resumo: Este artigo visa apresentar os desafios da conciliação entre maternidade e vida acadêmica, apontando a necessidade de políticas de assistência para dar suporte às jovens mulheres que se tornam mães no percurso da formação superior. Com esse propósito, dispomos de alguns dos resultados obtidos pela pesquisa "Tornar-se Mãe no Contexto Acadêmico: narrativas de um self participante", apresentada como dissertação de Mestrado ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFBA, que descreveu a experiência de quatro mães-universitárias, na faixa etária dos 19 aos 25 anos de idade. A pesquisa que ora apresentamos fundamentou-se na Psicologia Cultural do Desenvolvimento e na Abordagem do Self Dialógico, tendo como lentes de análise as categorias gênero e geração, e trilhou, na pesquisa de campo e na textualização dos dados, os caminhos sugeridos pela abordagem (auto)biográfica em Etnografia, que pressupõe uma relação dialógica entre o self do pesquisador, o campo e as biografias. Discutem-se ainda novas compreensões acerca do conceito de assistência na educação superior, articuladas a questões de gênero, e na interface com as políticas de ações afirmativas.
Revista Ibero-Americana de Humanidades Ciências e Educação, 2024
Apesar do crescente acesso feminino ao ensino superior, a exclusão educacional persiste como um desafio histórico. Ideias culturais arraigadas sobre o papel feminino como principal responsável pelos cuidados familiares e as demandas da maternidade têm sido fatores determinantes na sua exclusão no ambiente acadêmico. Este estudo transversal investigou os desafios enfrentados por mães universitárias, examinando uma amostra de 60 estudantes de Medicina em instituições localizadas no Estado de São Paulo. Predominantemente, os participantes são de etnia branca (81%), com uma minoria representativa de pardos (15%) e negros (4%). Uma parcela reduzida recebe auxílios financeiros, como bolsas de estudo ou financiamento (17%), principalmente em instituições privadas (96%). Embora apenas uma pequena porcentagem das alunas esteja grávida ou seja mãe durante a graduação, a maioria está ciente de alguém na mesma situação (64%). Entretanto, a maioria desconhece a existência da Licença Maternidade durante a graduação, e nenhuma das instituições oferece serviços de creche. A falta de suporte e conhecimento sobre a Licença Gestante durante a graduação reflete a persistência das disparidades de gênero nas escolas médicas, potencialmente impactando o cenário médico em geral. Isso ressalta a urgência de políticas que incentivem um ambiente inclusivo e forneçam o apoio necessário às mães estudantes.
Maternidade e Política: Tempos, Contratempos e Revoluções
Psicologia & Sociedade
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