Luiz Nazario - O cinema engajado de Alfred Hitchcock (2013) (original) (raw)
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Luiz Nazario - O outro cinema (2007)
Capucine e Madonna. Em The Hollywood Lesbians, Boze Hadleigh destaca as comediantes Patsy Kelly, Nancy Kulp e Marjorie Main, esta, famosa por seus papéis de mãe durona e esposa autoritária, e que teve um affair com Spring Byington, atriz que encarnava mães doces, frágeis e carinhosas.
Luiz Nazario - Os filmes-testemunhos de Julien Bryan (2020)
Luiz Nazario, 2020
Resumo: Em 1937, o documentarista americano Julien Bryan obteve uma surpreendente permissão das autoridades alemãs para registrar o dia a dia da Alemanha de Hitler. Depois de filmar paradas nazistas e a população bem nutrida entre bandeiras com suásticas, de passagem pela Polônia testemunhou e filmou a invasão do país pelos nazistas. Seus registros Inside Nazi Germany (1938) e Siege (1940) testemunharam eventos históricos sem precedentes, do antissemitismo explícito nas ruas de Berlim à invasão da Polônia pelas tropas alemãs que deram início à Segunda Guerra Mundial. Palavras-chave: Julien Bryan. Antissemitismo. Nazismo. Abstract: In 1937, American documentary filmmaker Julien Bryan obtained a surprising permission from the German authorities to record the day-today life of Hitler's Germany. After filming Nazi stops and the well-nourished population between flags with swastikas, passing through Poland witnessed and filmed the invasion of the country by the Nazis. His records Inside Nazi Germany (1938) and Siege (1940) witnessed unprecedented historical events, from explicit antisemitism on the streets of Berlin to the invasion of Poland by German troops who started World War II. Keywords: Julien Bryan. Antisemitism. Nazism. Julien Hequembourg Bryan (1899-1974) nasceu em Titusville, na Pensilvânia, filho de um pastor da Igreja Presbiteriana com longa tradição missionária. Durante a Primeira Guerra, com apenas dezessete anos, alistou-se como voluntário para servir ao Exército da França pelo American Field Service, dirigindo uma ambulância em Verdun e em Argonne. Escreveu o livro Ambulance 464 sobre a experiência, ilustrado com fotografias que tirou em campo. Bryan graduou-se na Princeton University em 1921 e bacharelou-se em Teologia em 1926. Acreditando na importância do filme para a educação, tornou-se documentarista, fazendo reportagens fílmicas em todo o mundo. Ele financiava suas * Professor na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, escritor e crítico.
Luiz Nazario - Jacques Tati, ou a catástrofe da modernidade (2020)
Desdobramentos das linguagens artísticas: Diálogos interartes na contemporaneidade Bene Martins & Joel Cardoso Organizadores Programa de Pós-graduação em Artes (PPGARTES-UFPA, 2020
Toda forma de arte, porém, nasce e vive de acordo com suas leis particular. Quando as pessoas falam sobre as normas específicas ao cinema, fazemno em geral em comparação com a literatura. Na minha opinião, é extremamente importante que a interação entre cinema e literatura seja explorada e exposta o máximo possível, para que as duas atividades possam, afinal, se separar e nunca mais voltem a ser confundidas. Em quais aspectos a literatura e o cinema são semelhantes e correlatos? O que os une?
Luiz Nazario - O universo de Clara Crocodilo (2014)
Um adolescente sensível quer provar ao mundo feminino, através de uma obra, que tem valor social. Nostálgico das tradições, leitor de Jorge Amado, estava destinado a ser um novo Chico Buarque de Holandaum compositor querido das famílias. Mas algo nele fracassa. É sincero, mas triste, o amor que dedica aos criadores populares. Quando faz treze anos, a televisão chega à sua cidade, Londrina, no Paraná. Para crescer, muda-se para São Paulo: sua infância é tragada pela história. É quando começa a perder o equilíbrio. Inventa happenings onde combina música e teatro em espetáculos "sem significado". Os populistas observam-no desde Londrina. Eles se reúnem em fossas e fabricam diagnósticos: é um indivíduo; um cabeça-dura atrasado; uma criança doente do comunismo. E, contudo, há casos de crianças saudáveis que param de comer porque não suportam a atrocidade do que existe e não quer perecer. Num romance de Günther Grass, a única reação que uma criança pode oferecer à loucura dos adultos é parar de crescer. Arrigo Barnabé para de cantar. Ele diz por que numa impressionante canção: "Está acontecendo tanta coisa… Eu não consigo mais cantar". Ali onde canta, não é com sua voz. A revolta do corpo, que rejeita ser apropriado pelo conglomerado, desativando uma função natural "necessária", é a primeira manifestação de uma humanidade decidida a resistir ao horror. Nasceu para devastar aquele amor que não tem correspondência. Perdendo o seu muito cedo, Arrigo não encontrou outro. É esse no man's land que sua obra vai ocupar.
Luiz Nazario - Arte nazista em documentários (2018)
Revista de Estudos Judaicos, 2018
Página 1 de 28 ARTE NAZISTA EM DOCUMENTÁRIOS Luiz Nazario Doutor em História Social pela USP e Professor Associado IV na área de Cinema e História na Escola de Belas Artes da UFMG. Bolsista de Produtividade do CNPq, com a pesquisa Cinema e Holocausto. Autor de diversos livros, dentre os quais: Autos-de-fé como espetáculos de massa (Humanitas, 2005); Todos os corpos de Pasolini (Perspectiva, 2007); e O cinema errante (Perspectiva, 2013). Resumo: Breve panorama do papel da arte no 'Terceiro Reich', seus registros nos cinejornais da época e os questionamentos que ela suscitou nos documentários produzidos no pós-guerra, que tentaram compreender como e porque artistas renomados colaboraram de forma intensa com o regime: o arquiteto Albert Speer, em Arquitetura da destruição (Undergångens arkitektur, 1989), de Peter Cohen; o escultor Arno Breker, em Tempo dos deuses (Zeit der Götter, 1993), de Lutz Dammbeck; e o compositor Norbert Schultze, em Beijando o traseiro do diabo (Den Teufel am Hintern geküßt, 1993), de Arpad Bondy e Margit Knapp.
Luiz Nazario - A experiência de Munique (2007)
Caminhando pela Unter den Linden, Carlo Rondi era feliz naquele verão de 1928. Estudava em Berlim graças a uma bolsa que a Universidade de Bolonha concedera à melhor monografia sobre a literatura alemã. Com um ensaio sobre o herói no teatro de Schiller, Carlo conquistara o cobiçado prêmio. E, agora, podia viver um ano inteiro no estrangeiro, como nunca pudera viver em seu próprio país: livre da família e com dinheiro suficiente para acompanhar a agitação cultural daquela grande metrópole.