Da aposta na existência de Deus à radicalidade do salto de fé: aproximações entre Pascal e Kierkegaard (original) (raw)

Os estágios do existencialismo de Kierkegaard: estético, ético e religioso salto de fé e ruptura de desespero

Annales Faje, 2018

Resumo: Comunicar as leituras dos textos de Kierkeggard possibilitando a percepção da significativa interpretação que o autor faz da existência humana por meio sistematizado nos estágios; estético, ético e religioso, contudo considerando a forma estética valorizada pelo autor, bem como o autor pretende conduzir seus leitores à um salto de consciência com o propósito de romper com a vida estética, exterior e comungar com a finalidade sagrada da existência. Palavras-chave: Kierkegarrd; Existência; Estágio; Estético; Ético; Religioso. "A questão do indivíduo é decisiva entre todas" (KIEKERGAARD,1986b, p.105) 1 Servidora do Estado com atuação na educação, graduanda do 8º período em filosofia pela PUC Minas, participa e organiza eventos e material didático pedagógico cujo eixo é a discussão sobre as relações Educação das Relações Étnico-Raciais.

Temor e Tremor: A natureza da fé no pensamento de Kierkegaard para a atualidade

Cognitio Estudos Revista Eletronica De Filosofia Issn 1809 8428, 2013

Resumo: Este artigo é uma reflexão sobre a obra clássica do filósofo dinamarquês Sören Aabye Kierkegaard (1813-1855), Temor e Tremorum livro escrito em 1843, quando o autor tinha 30 anos e encontrava-se reavaliando seus conceitos individuais de fé e de cristianismo. Na busca de sentido religioso interior, Kierkegaard foi se tornando um filósofo solitário, usando sua própria existência como base para compreender o sentido último da existência humana. Temor e Tremor, obra do pai do Existencialismo, aprofunda a perspectiva dialética da existência humana sob o enfoque da fé em relação ao Transcendente. Para Kierkegaard, não existe somente o concreto e o abstrato, mas sim uma intrínseca relação entre ambos que norteiam as experiências humanas. Nesta obra, Kierkegaard não nega seu passado cristão, mas, sim, afirma que esta doutrina religiosa deve ser internalizada pelo Indivíduo segundo suas próprias demandas subjetivas. A análise contida em Temor e Tremor ainda possui parâmetros atuais para a reflexão do homem quanto à conduta religiosa, devendo, portanto, ser resgatadas.

Kierkegaard e a Fragilidade Da Provas Racionais Para a Existência De Deus

Problemata, 2016

Resumo: O presente artigo tem como de discussão a crítica de Søren Kierkegaard ao racionalismo hegeliano, especificamente, a sua refutação à possibilidade de provas racionais para a existência de Deus. A análise terá como referência, principalmente, o terceiro capítulo da obra Migalhas filosóficas, texto no qual o pensador dinamarquês aponta as inconsistências tanto de argumentos a priori (prova ontológica) quanto de argumentos a posteriori (prova teleológica). Para Kierkegaard, tais argumentos não possuem qualquer valor demonstrativo no que diz respeito à existência de Deus, uma vez que toda a discussão acerca de Deus parte de um pressuposto. Este pressuposto, não obstante, é colocado pela fé.

Kierkegaard e a transformação do sujeito em si mesmo entre a vertigem da liberdade e o paradoxo absoluto da fé

Revista Correlatio (UMESP / Universidade Metodista de São Paulo), ISSN: 1677-2644 (São Bernardo do Campo - SP), 2018

Atribuindo à ironia a possibilidade de exercício e desenvolvimento da liberdade subjetiva, Kierkegaard sublinha a negatividade absoluta como característica do referido processo em Sócrates, convergindo para assinalar o absoluto e irredutível valor do indivíduo em um movimento que implica o início absoluto da vida pessoal entre criar-se (poeticamente) e deixar-se criar (poeticamente). Dessa forma, contrapondo-se à dissolução da existência humana nas fronteiras da pura conceituação intelectual, Kierkegaard assinala a tensão inaplacável entre existência e transcendência em um movimento que implica a interioridade e guarda correspondência com a necessidade de tornar-se subjetivo, tendo em vista a perspectiva que defende que a verdade consiste na transformação do sujeito em si mesmo entre a vertigem da liberdade e o paradoxo da fé em um processo que encerra angústia e desespero e converge para a transição do ético ao religioso.

Artigo: Kierkegaard entre a existência e o niilismo

Considerando as noções de existência e niilismo, o presente artigo pretende mostrar como essas temáticas estão conectadas no pensamento de Soren Kierkegaard. A ideia central consiste em argumentar que o caminho que passa do niilismo para a fé é o da existência e este ponto é imprescindível para tornar-se livre. Este artigo também tem como objetivo apontar para as relações entre a filosofia da existência de Kierkegaard e seu legado com o existencialismo e o niilismo, tais como emergem nas décadas subsequentes. Para tanto, será necessário travar algumas digressões em torno da fortuna crítica de Kierkegaard e cotejá-las com as suas intenções na primeira metade do século XIX. A ideia consiste em mostrar como a emergência do niilismo e a reflexão sobre a existência estão contrapostas ao cenário da religiosidade cristã.

Considerações Sobre a Aposta De Pascal

Cadernos Espinosanos, 2019

Este artigo pretende expor a estrutura argumentativa do famoso fragmento pascaliano sobre a aposta, cujo intuito principal é mostrar a maior razoabilidade da vida do cristão em comparação com a do não cristão. Partindo da indemonstrabilidade da existência ou inexistência de Deus, o fragmento desenvolve uma argumentação racionalmente aceitável para justificar que se aposte no incerto, sobretudo quando o infinito está em jogo.

O debate entre Paganismo e Cristianismo em duas obras de Kierkegaard: contribuições para uma reflexão sobre os processos de subjetivação

Estudos e Pesquisas em Psicologia, 2012

RESUMO O artigo apresenta o debate entre paganismo e cristianismo a partir de duas obras kierkegaardianas: Migalhas Filosóficas ou um bocadinho de filosofia assinada por Johannes Climacus e Doença Mortal, assinada por Johannes Anti-Climacus. A primeira mostra a diferença entre a mestria socrática e a mestria cristã, defendendo a superioridade da última. Refere-se "ao deus" que se subentende ser o próprio Cristo, um mestre diferente que não apenas pretende levar o discípulo à reflexão, mas, também, à transformação decisiva de si mesmo. Na segunda, Anti-Climacus descreve o paganismo como desespero. Embora admitindo a superioridade do paganismo em relação à cristandade e ainda que Doença Mortal postule que seria muito útil retomar o espírito grego e começar por ele em meio à farsa do cristianismo paganizado, em ambas a superioridade do ideal cristão se destaca. Tais temáticas são trazidas para uma reflexão sobre os modos de subjetivação valorizados em tempos de preocupações pagãs.

Kierkegaard Entre a Existência e O Niilismo

Sapere Aude, 2016

RESUMOConsiderando as noções de existência e niilismo, o presente artigo pretende mostrar como essas temáticas estão conectadas no pensamento de Soren Kierkegaard. A ideia central consiste em argumentar que o caminho que passa do niilismo para a fé é o da existência e este ponto é imprescindível para tornar-se livre. Este artigo também tem como objetivo apontar para as relações entre a filosofia da existência de Kierkegaard e seu legado com o existencialismo e o niilismo, tais como emergem nas décadas subsequentes. Para tanto, será necessário travar algumas digressões em torno da fortuna crítica de Kierkegaard e cotejá-las com as suas intenções na primeira metade do século XIX. A ideia consiste em mostrar como a emergência do niilismo e a reflexão sobre a existência estão contrapostas ao cenário da religiosidade cristã.PALAVRAS-CHAVE: Existência. Existencialismo. Humanismo. Niilismo. Liberdade.

O absurdo em Kierkegaard e Camus: limite extremo, fé e revolta

Teoliterária, 2019

O objetivo do trabalho é investigar aspectos da noção de absurdo em trechos de obras de Camus e de Kierkegaard, centrando nosso interesse sobre o que chamaremos aqui de limite em face do absurdo para ambos os pensadores. Iniciaremos nossa leitura sobre Camus em O mito de Sísifo (2017) e dedicaremos especial atenção ao capítulo “O suicídio filosófico”. Aqui o pensador franco-argelino se remete a Kierkegaard, incluindo-o entre os pensadores que efetuaram, de um modo específico, o suicídio filosófico. A partir daí, investigaremos a noção de absurdo em Kierkegaard, especialmente em sua obra Temor e Tremor (1843), onde o autor nos apresenta a noção do duplo movimento da fé em virtude do absurdo. Como conclusão, pretendemos mostrar a diferença de perspectivas sobre esse limite em face do absurdo e como as alternativas de ação propostas por ambos não são contraditórias entre si, embora Camus seja crítico de Kierkegaard. Palavras-chave: Camus, Kierkegaard, limite extremo, absurdo, fé.

A filosofia à venda, a douta ignorância e a aposta de Pascal

Revista Critica De Ciencias Sociais, 2008

A “epistemologia do Sul” que tenho vindo a propor visa a recuperação dos saberes e práticas dos grupos sociais que, por via do capitalismo e do colonialismo, foram his-tórica e sociologicamente postos na posição de serem tão só objecto ou matéria-prima dos saberes dominantes, considerados os únicos válidos. Os conceitos centrais da epistemologia do Sul são a sociologia das ausências, a sociologia das emergências, a ecologia de saberes, e a tradução intercultural. Não se trata verdadeiramente de uma epistemologia, mas antes de um conjunto de epistemologias. Ao contrário das episte-mologias do Norte, as epistemologias do Sul procuram incluir o máximo das experiên-cias de conhecimentos do mundo. Nelas cabem, assim, depois de reconfiguradas, as experiências de conhecimento do Norte. Abrem-se pontes insuspeitadas de inter-comunicação, nomeadamente com as tradições ocidentais que foram marginalizadas, desacreditadas ou esquecidas pelo que no século XIX passou a vigorar como o cânone da ciência moderna.