Enunciações Sobre Gênero Na Educação Infantil Em Tempos De Conservadorismo (original) (raw)

Violência Política De Gênero: Avanço Do Conservadorismo e Impactos Na Democracia

(Des)fazendo saberes na fronteira: Ciência, democracia e resistência, 2022

Editora Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Open access publication by Atena Editora Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).

Gênero Na Educação Infantil: (Des)Caminhos De Uma Política Pública Não Consolidada

Revista de Ciências Humanas, 2018

RESUMO O presente artigo é resultado de pesquisa cujo foco principal foi conhecer como a Educação Infantil lida com as relações de gênero no município de Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais. Com esse propósito, o estudo contou com procedimentos metodológicos combinados, na forma de buscas bibliográficas, documentais e também entrevistas com professoras da rede, representantes da Secretaria de Educação e mulheres integrantes da equipe da Coordenadoria de Políticas Públicas Casa da Mulher. O debate desses dados, com referenciais feministas e com a atual conjuntura política, é rico pois o momento aponta para a retirada do tema gênero dos Planos Nacionais e Municipais de Educação, ao lado da forma historicamente ausente ou precária com a qual a rede de ensino aborda a questão. Todo esse contexto pode significar descompasso entre os anseios democráticos e a Educação das crianças pequenas, uma vez que a censura de discussões junto às crianças rompe completamente com as prerrogativas constitucionais que reconhecem a criança como cidadã. Tal cenário se traduz em mais um desafio para as políticas voltadas à criança. Esta torna a ser, de maneira ultrapassada, vista como incapaz de lidar com debates voltados à sua própria realidade social e ao cotidiano de outras pessoas com as quais convive. Assim sendo, se colocam em xeque tanto os posicionamentos políticos referentes às variadas concepções de infância presentes na formação inicial e continuada de professores/as quanto o reconhecimento social que as múltiplas infâncias têm nas variadas searas da sociedade brasileira.

Como Problematizar as Violências De Gênero Na Educação Infantil? Uma Proposta Em Discussão

Revista Prâksis, 2019

RESUMOEste trabalho tem por objetivo discutir as violências de gênero e suas implicações e consequências na Educação Infantil, pois muitas crianças vivenciam situações de violência intrafamiliar. Nosso compromisso como educadores/as tem sido problematizar o tema, tendo como referencial teórico os Estudos de Gênero e os Estudos Culturais. Para tanto, realizamos um trabalho contínuo com crianças de quatro e cinco anos, em uma EMEI de Novo Hamburgo/RS, sobre Direitos Humanos e equidade de gênero, promovendo atividades lúdicas e leituras literárias, que visam discutir a divisão do trabalho doméstico, modos de resolução de conflitos e o respeito às diferenças. Os resultados apontam que as crianças foram (re)construindo alguns scripts de gênero, trazendo soluções para as divisões de tarefas.Palavras-chave: Violências de gênero. Educação Infantil. Scripts de gênero. Prática pedagógica. ABSTRACTThis work aims to discuss gender violence and its implications and consequences in Early Childho...

Pode Falar sobre Gênero na Escola

Quando LGBTs invadem a escola, 2020

O texto que explica o que significa, afinal, “gênero”, qual a utilidade desse conceito para a educação escolar e por que tantas pessoas têm medo de que essa palavra seja usada na escola. O capítulo integra o livro digital QUANDO LGBTs INVADEM A ESCOLA E O MUNDO DO TRABALHO, publicado pela editora da UNIRIO.

Reflexões Acerca Da Violência De Gênero No Ambiente Escolar

Revista de Pesquisa Interdisciplinar

O recorte que o texto em tela faz é a apresentação das primeiras etapas de uma pesquisa em andamento na Universidade do grande Rio – UNIGRANRIO intitulada “Um Estudo de Caso sobre a Violência de Gênero em uma Escola Municipal na Baixada Fluminense”. O estudo tem como objetivo principal diagnosticar qual a percepção que os estudantes do CIEP 200 - Recanto dos Colibris, localizado na cidade de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro tem sobre a Violência de gênero. O estudo realizado teve como metodologia o levantamento de dados quantitativos realizados com alunos da referida escola. O resultado da aplicação de questionário mostrou que a maior parte dos estudantes acreditam que a criação da Lei Maria da Penha tem um papel importante no combate e prevenção à violência de gênero.Palavras-chave: Educação; Gênero; Violência

Gênero na educação básica brasileira

e da crítica feminista à produção do conhecimento, de Donna Haraway, o texto analisa projetos de lei pretensamente proibitivos quanto ao diálogo sobre relações de gênero na escola. Esses projetos colocam em disputa modelos de sociedade, via políticas públicas e práticas educacionais, no que se refere à autonomia e igualdade de direitos. PALAVRAS-CHAVES: Relações de gênero. Educação básica. Educação democrática. Movimentos sociais. Direito à educação.

Ideologia De Gênero Versus Educação Para a Diversidade: Embates Entre O Conservadorismo e a Resistência Da População Lgbtpqia+

2021

O objetivo deste artigo e discutir como o acionamento da categoria “ideologia de genero” desencadeou acoes de supressao dos direitos sexuais no âmbito da educacao, tendo em vista que ha tensionamentos entre os segmentos conservadores e os movimentos favoraveis a educacao para a diversidade o que, mesmo em um cenario que ameaca a pratica docente, tem sido capaz de produzir resistencias. Com esses ataques as formulacoes sobre genero e sexualidades, a escola se tornou locus de embates, e o professor foi lancado nessa arena como o inculcador de uma ideologia que abalaria a inocencia das criancas e ameacaria a familia tradicional brasileira. Fora possivel chegar a consideracoes que o sintagma “ideologia de genero” nao aparece nos documentos oficiais educacionais, o que configura um desconhecimento, por parte dos detratores do genero, das politicas de educacao.

Neoconservadorismo e agenda antigênero em políticas de educação no Brasil

Revista ponto de vista, 2024

RESUMO: O artigo investiga a mobilização da agenda antigênero no campo das políticas da educação básica do Brasil. Em específico, o presente texto tem por objetivo analisar as alterações nas versões da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da etapa do Ensino Médio (EM), em torno da perspectiva de gênero e sexualidade. As sucessivas redações da BNCC foram construídas em meio a uma crise democrática, marcada pela ascensão da extrema direita ao poder e pela aliança entre neoliberalismo e conservadorismo moral, cujos impactos foram sentidos em todo o tecido social. Nesse contexto, a esfera da educação foi palco de disputas acirradas, de propagação de pânico moral e de perseguição a docentes. As recentes reformas da educação básica e a reformulação dos documentos que norteiam o ensino no país expressam em muito a coalizão entre forças neoliberais e neoconservadoras. Observa-se na última versão da BNCC um novo arranjo em torno do papel da família, assim como a supressão dos enfoques sobre gênero e sexualidade nos itinerários formativos de todas as áreas do conhecimento. A pesquisa documental realizada aponta para o predomínio de temas genéricos que não impossibilitam o trabalho docente sobre os marcadores. Em contrapartida, ao não tratarem discursivamente dos enunciados, tais documentos reiteram narrativas morais de silenciamento e reforço da cisheteronormatividade como único modo de se viver as relações de gênero e sexualidade.

Violência Escolar de Gênero

Revista da FAEEBA, 2023

Considerando que a violência de gênero participa das diferentes formas de violência escolar, o presente ensaio é dedicado a uma discussão sobre as especificidades da violência de gênero e sobre o modo como este tipo de violência participa das relações escolares. Em uma perspectiva teórico-crítica, a escola e as pessoas que dela participam exercem um papel importante na mediação entre a violência social e a violência escolar, impedindo, produzindo e/ou reproduzindo em seus espaços também a violência de gênero. Dialogando com estudos anteriores sobre o bullying e o preconceito, enquanto formas conhecidas de violência escolar, analiso alguns dos aspectos psicossociais envolvidos na violência de gênero, tarefa que envolve uma necessária crítica das representações ideológicas de gênero e de suas imagens de controle. Espero, com estas reflexões, contribuir para uma melhor compreensão da violência escolar de gênero e seu campo de estudos.