Políticas linguísticas, internacionalização, novas tecnologias e formação docente: um estudo de caso sobre o curso de Letras Inglês em uma Universidade Federal (original) (raw)
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Um Estudo de Caso sobre o Curso de Letras Inglês em uma Universidade Federal. Leitura (UFAL), v. 1, n. 53, p. 129-154, 2014
Este estudo reflete sobre o ensino de inglês no Brasil contemporâneo tendo em vista as políticas linguísticas e de internacionalização da educação, e a formação tecnológica dos futuros professores de inglês. Para tanto, o estudo analisa a grade curricular, a ementa e a prática das disciplinas de estágio supervisionado de um curso de licenciatura em Letras Inglês de uma universidade federal brasileira. Os resultados sugerem que há uma tensão entre o papel formador e o papel instrumental do inglês, não contemplada de forma explícita por políticas linguísticas nem equacionada pelo curso de formação de professores de inglês analisado. Palavras-chave: Políticas linguísticas; internacionalização; formação docente de professores de Inglês.
As colonialidades linguísticas na formação docente: experiências de discentes de Letras – Inglês
Calidoscópio
Neste artigo, discutimos as colonialidades linguísticas vivenciadas por discentes de Letras: Inglês ao longo de suas vidas e durante a graduação. Partimos do pensamento decolonial e da ideia de que as línguas são invenções com efeitos reais para promover esta discussão considerando duas categorias: a língua portuguesa e o curso de Letras. O material empírico foi gerado em uma experiência de formação crítica de professoras/es e aqui discutimos interações de sala de aula e respostas de uma prova escrita com foco nas experiências pessoais relatadas pelas/os discentes. Em relação língua portuguesa, as/os discentes relatam situações que refletem a hierarquização de falantes que não dominam formas de prestígio, mesmo em ambientes informais e que desafiam o grafocentrismo, como o contexto familiar e digital. Já em relação ao curso de Letras, problematizamos as contradições em relação às perspectivas defendidas pelas/os docentes (que valorizam a pluralidade linguística) e a forma como as/o...
Aos meus pais David Chagas de Paula e Siméa Araujo pelo incentivo aos estudos como princípio de formação e orientação humana. À minha avó Dalcy Pereira de Araujo (in memoriam) pelo desenvolvimento de letramentos emocionais que se baseiam na responsabilidade, disciplina, resiliência, fé, esperança e amor incondicional às responsabilidades que a vida nos atribui, letramentos esses que me mantiveram de pé ao longo dos últimos 12 anos ininterruptos de docência e vida acadêmica. À Deus e aos Amigos Maiores por me acompanharem e guardarem durante o percurso e (re)existência enquanto doutorando. À Universidade Federal de Uberlândia e a todos os professores do Instituto de Letras e Linguística, por me instruírem, guiarem, abrirem portas e me instigarem a chegar até aqui. Ao Instituto Federal do Triângulo Mineiro-Campus Uberlândia e a convivência com meus ex
Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978)
A partir de conceitos de internacionalização e proficiência em língua estrangeira, objetivamos, neste artigo, mapear dados sobre os níveis de proficiência obtidos por aprendizes advindos de projetos de ensino de língua inglesa, com financiamento e parcerias externas, que vêm sendo desenvolvidos em uma universidade pública paulista. No âmbito desses projetos, são oferecidos cursos e testes de nivelamento on-line para alunos de graduação, pós-graduação e servidores. Os cursos ocorrem na modalidade on-line, utilizando a ferramenta de webconferência Zoom. Os professores atuantes em tais cursos são alunos de graduação e pós-graduação em Letras, orientados por especialistas em formação de professores, tecnologias no ensino de línguas e avaliação.
O inglês como língua académica na Faculdade de Letras de Lisboa : um projecto de investigação
2013
Estando o nome do Professor Doutor João de Almeida Flor para sempre ligado ao desenvolvimento dos estudos anglísticos na Faculdade de Letras de Lisboa, parece pertinente apresentar, num volume organizado em sua homenagem, um projecto de investigação sobre os usos e a imagem do inglês, como língua académica, nessa mesma instituição. Ali o inglês é hoje objecto de estudo-per se e enquanto matéria substantiva das mais diversas realidades culturais-, mas também, e cada vez mais, uma língua veicular usada para aquisição e transmissão de conhecimentos. Este é, naturalmente, apenas mais um sinal da anglicização do mundo académi co, comunidade discursiva em que a internacionalização da língua inglesa tem progre dido de forma particularmente rápida, desde que foi sugerida, em 1967, por Eugene Garfield em artigo intitulado "English-an International Language for Science?". De facto, a língua inglesa é hoje, indiscutivelmente, a língua das conferên cias e dos congressos internacionais; é o sistema linguístico mais frequen temente usado nas publi cações científicas em todo o globo (Tardy 2004: 227); e é um idioma que con quista terreno como língua veicular do ensino superior em todo o globo (Ammon and McConnell 2002; Coleman 2006). Assim sendo, aquela que se apresen tava ainda recentemente como (um)a língua franca da academia, um código comum pontual mente adoptado em contextos multilingues, parece estar a con verter-se na própria língua da ciência e do ensino superior, dessa forma alterando o perfil linguístico das comunidades científicas dispersas pelo globo e transformando identidades lin guísticas que, pelo menos na Europa ocidental, pareciam razoavelmente estabilizadas. A imagem do inglês como um dinossauro que devora sofregamente as outras línguas do meio académico, adiantada por John Swales em 1997, afigura-se cada vez mais pertinente. Por isso, aliás, não são inéditas as questões implicadas no projecto de trabalho que agora se apresenta. São vários os estudos publicados sobre o uso do inglês como língua da ciência e do ensino superior em territórios tradicionalmente não anglófonos, designadamente no continente europeu, como é o caso, por exemplo, de
Organon, 2019
Este trabalho faz uma breve revisão dos trabalhos de pesquisa dos últimos quatro anos que têm o programa Idiomas sem Fronteiras como principal objeto de investigação, quer seja o programa de modo global quer sejam experiências locais ocorridas nas universidades. Pode-se afirmar que o programa, inicialmente lançado como um programa acessório à internacionalização das universidades brasileiras e ao programa Ciências sem Fronteiras, tornou-se um programa de formação de professores, conforme revela uma análise bibliográfica das produções que serviram de corpus para o presente estudo. Isso se deu, conforme argumento, no contexto de prática do programa para o campo da formulação política, isto é, de modo bottom-up.PALAVRAS-CHAVE: Idiomas sem Fronteiras – Políticas linguísticas – Formação de professores – Ciclo de Políticas
The ESPecialist
Este estudo analisa qualitativamente as percepções de futuros professores de inglês concernentes ao ensino de Inglês para fins específicos (IFE) e a preparação para atuar em programas que promovem a língua inglesa como agente de internacionalização nas universidades brasileiras. Os dados foram coletados a partir da participação dos discentes em um webinar e em um fórum de discussão online. Os resultados apontam para uma lacuna na referida formação inicial que desfavorece a atuação destes futuros professores em contextos de ensino de Inglês voltado à internacionalização. A partir destas conclusões, apresentamos possibilidades de aprimoramento de práticas de internacionalização e ensino de IFE na formação inicial através da expansão de atividades acadêmicas complementares, projetos de extensão, estágios e reformulação curricular.