Livro didático e autonomia docente (original) (raw)

Promoção da autonomia escrita no livro didático de português

2021

Este artigo faz uma análise das atividades de ensino da produção textual propostas no livro didático. Nosso objetivo é refletir sobre o quanto e se estas atividades promovem a construção da autonomia nas produções escritas dos alunos. Nosso objeto de estudo são as atividades presentes no exemplar do professor do livro intitulado Português: linguagens, 4ª edição, volume único, do ensino médio, de Cereja e Magalhães, da Atual Editora, 2013. Nossa análise baseia-se nos estudos de Bakhtin (2003, 2006); Zozzoli (2002, 2006); Belmiro (2000); Ginsburg, 1989; Leffa, 2000; Possenti (2009) e Renaut (2004), entre outros. Este estudo exploratório, é de caráter qualitativo e de cunho interpretativista. Os resultados revelam que as propostas de ensino de produção escrita analisadas não promovem a autonomia relativa do sujeito escritor e, ao invés disso, reforçam práticas de ensino de escrita direcionadas e limitadoras.

Percepção acerca da autonomia docente

Educitec - Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico

O estudo das percepções de docentes sobre os fatores e os atores que influenciam sua prática profissional tem se ampliado nas pesquisas sobre formação continuada de professores. Este artigo busca apresentar as visões de professores de Química da educação básica, em processo de formação continuada no programa de Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI), acerca das decisões escolares que influenciam sua atuação profissional, tendo por base os conceitos e visões sobre os saberes docentes de Maurice Tardif e Paulo Freire e as dimensões de José Contreras. Para isso, participaram 30 professores de Química ingressantes no PROFQUI em 2017. Considerando as visitas in lócus com a aplicação de questionário quali-quantitativo, os dados obtidos apresentam uma maioria de docentes com perspectivas de racionalidade crítica, que visam além da construção científica, a construção social dos seus alunos. Há também docentes que exibem aspectos de racionalidade técnica, sem influência ...

A Avaliação do Livro Didático como Instrumento de Afirmação da Autonomia da Escola e de seus Docentes

Revista Meta: Avaliação, 2016

O artigo aborda o processo avaliativo desenvolvido por uma escola com a finalidade de selecionar os livros didáticos a serem utilizados nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Tal processo orientou-se pela questão avaliativa: em que medida os aspectos filosófico-educacionais; didático-metodológicos; e materiais, contidos nos livros didáticos, atendem aos princípios pedagógicos do Colégio? A questão foi respondida por todos os docentes que atuavam nos anos iniciais por meio de questionário específico, tendo como referência a proposta pedagógica do Colégio. O estudo revelou que a avaliação dos livros didáticos é processo que leva à reflexão crítica e fortalece a autonomia didática dos docentes, não podendo restringir-se ao planejamento que antecede o início do ano letivo. Os resultados indicam a relevância da avaliação par e passo com a utilização do livro em sala de aula, observando as reações dos alunos e considerando os conhecimentos e limitações dos professores em suas práticas.

O livro didático na construção da autonomia didática e pedagógica do egresso do curso de licenciatura em matemática de caxias/ma

2014

O trabalho em epígrafe consiste num estudo sobre o livro didático na construção da autonomia didática e pedagógica do egresso do curso de Licenciatura em Matemática de Caxias/MA. A abordagem é um recorte da pesquisa realizada para a dissertação de mestrado, que tem como problemática central, compreender ―como os saberes construídos na formação inicial no Curso de Licenciatura em Matemática do CESC/UEMA contribuem para a constituição e o desenvolvimento da atividade docente do egresso?‖ Apresentam-se, neste estudo, os resultados parciais da investigação sobre a contribuição do livro didático na construção da autonomia didática e pedagógica do egresso do curso de Licenciatura em Matemática, na visão dos egressos do curso citado e que estão na docência

Docência e autonomia no cotidiano escolar

2019

A Deus, pelo presente da vida; pela saúde, força e alegria que me faz caminhar; pelo cuidado e proteção; e pelo amor inesgotável e inalcançável do qual desejo ser eternamente aprendiz. Às minhas avós Maria e Iracema (in memorian) cujas vidas, por atividade ou profissão, lhes fizeram professoras e com isso me possibilitaram realizar a deliciosa associação entre docência e amor. À minha mãe, às minhas tias, às minhas avós e a todas as mulheres que me precederam, por terem plantado tão mais do que puderam colher, deixo a minha gratidão por ser vosso fruto e espero que parte dos vossos sonhos, de algum modo, se realizem nos meus. Aos meus pais, Rita e Júnior, a quem devo a vida, por todo amor e suporte, por acreditarem em mim mais do que eu mesma e investirem tempo e vida nos meus projetos. Às minhas irmãs, Dayane e Daniele, minhas melhores amigas e confidentes, muito obrigada por poder partilhar essa vida com vocês! Ao meu esposo e companheiro de vida, Paulo Robson, por termos construído essa ponte um para o outro e esse jeito de sermos "nós" que não implica na morte do "eu", mas na expansão desse, quando decidimos adotar os sonhos um do outro. Ao meu pequeno sobrinho Benjamim, cuja vida tem me renovado as esperanças e apostas em um mundo que mereça a pureza do seu sorriso. Ao meu querido gato-filho Afonso, que faz os meus dias mais leves e felizes. Não sei como teria suportado a rudeza desses dias sem você! Às minhas queridas primas-irmãs Mirian, Mirian Hellen, Savianny e Bianca, por dividirem comigo um pouco das ansiedades e alegrias de que é feita a vida. À minha tia Aldeni, por ser esse exemplo tão maravilhoso de professora competente e comprometida. Ao meu orientador, professor Paulo Meireles Barguil, a quem com carinho e atrevimento chamo de Paulo, por ser daquelas pessoas cuja grandeza de ser não comporta num título, por ter me aceitado como orientanda mesmo sem me conhecer e ter me possibilitado tantos aprendizados nesse percurso. Aos professores Messias Holanda Dieb e Eduardo Américo Pedrosa Loureiro Junior, por terem aceitado fazer parte da banca de qualificação e de defesa e pelas contribuições tão pertinentes, gentis e cuidadosas para a conclusão deste trabalho. À professora Francisca Denise Silva do Nascimento, minha orientadora de graduação, por ter me ensinado, dentre uma infinidade de conceitos e compreensões, que a Educação pode ser uma via para a transformação social e que o conhecimento só faz sentido quando comprometido com a construção de um mundo melhor. Muito obrigada por ser esse exemplo tão maravilho de professora e de ser humano e por ter marcado a minha trajetória estudantil de forma tão significativa! À minha amiga e parceira, Tauane, uma das melhores surpresas e presentes que o mestrado me trouxe, por ter tornado esse processo muito mais leve e divertido e por ter me feito sentir em casa, mesmo estando em terra estranha.

Autonomia Do Professor Na Sua Prática Docente

Revista Saberes Pedagógicos, 2020

O presente artigo tem como foco principal discutir de que forma a autonomia do professor está presente na sua prática docente, com o objetivo de entender como a autonomia se faz presente. Para a construção do referencial teórico utilizou-se de autores e leis que estudam sobre autonomia e a prática do professor, tais como: BNCC (2018), Contreras (2002), Freire (2011), Köche (2009), Libâneo (2001), Sacristan (1998), Tardif (2002), Magnani (1993) e Mongardo (2003). A metodologia deste estudo é de caráter qualitativo para que ocorra a compreensão das características que constrói o processo da autonomia e enfatizar se os professores têm ou não autonomia. Para a coleta de dados foi aplicada uma pesquisa de campo com quatro professoras no município de Forquilhinha por meio de entrevista semiestruturada. Conforme as falas das entrevistadas, identificou-se que não existe autonomia, mas sim partem do que é estabelecido pelo munícipio. Além disso, a autonomia das entrevistadas é evidente a par...

O papel do livro didático na promoção da autonomia na aprendizagem de inglês

Revista Brasileira de Linguística Aplicada

RESUMO Este estudo investiga o papel do livro didático no desenvolvimento da autonomia dos alunos no ensino de inglês como língua estrangeira, com base na análise de conteúdo de três livros didáticos e de entrevistas com seis professoras que os utilizavam. Os livros didáticos analisados incluem atividades com potencial de desenvolvimento da autonomia, embora em número limitado e com incidência maior em processos de aprendizagem/uso da língua e menor em processos didáticos e no eu do aluno. As professoras reconhecem a importância do livro didático mas também a sua insuficiência numa pedagogia para a autonomia, complementam-no com estratégias centradas nos alunos e apontam a prevalência de culturas de ensino adversas a esta abordagem. Do estudo emerge uma proposta exploratória de reflexão-ação para a promoção da autonomia, relativa ao livro didático (pressupostos e atividades) e ao professor (concepções, premissas, estratégias e constrangimentos).

O Livro didático na constituição da autoria

(Des)construindo verdade(s) no/pelo material didático: discurso identidade, ensino, 2016

Objetivamos, com este texto, analisar o funcionamento discursivo do livro didático de língua portuguesa usado atualmente nas escolas de Ensino Fundamental com o intuito de compreender de que forma suas atividades de leitura e de escrita promovem a autoria por parte tanto do sujeito-aluno quanto do sujeito-professor. Selecionamos para a análise o livro do nono ano da coleção Português: Linguagens destacada como a coleção mais distribuída nas escolas pelo PNLD de 2014. Tendo em vista o livro didático como instrumento de poder da instituição escolar vista como um Aparelho Ideológico de Estado, o livro analisado nos revela que esse funcionamento permanece mesmo após tantas mudanças nas políticas públicas educacionais. Com efeito, o livro didático, ao funcionar na estagnação dos sentidos, não estimula a instauração da posição-autor por parte do aluno, visto que regula o lugar de interpretação que lhe cabe, nem por parte do professor, cuja prática pedagógica é regulada por orientações e instruções que delimitam seu gesto de ensino.