CULTURA DOS MEMES NO AMBIENTE CONECTIVO: identidades e criação coletiva (original) (raw)
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CULTURA, COMUNICAÇÃO E DIVERSIDADE NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO: DISPUTAS SOBRE OS LEGADOS DA MEMÓRIA
O artigo propõe aprofundar o tópico geral "cultura, comunicação e diversidade" assumindo como campo de interrogação o caráter problemático e até controverso da memória no tempo contemporâneo. Hipertrófica no plano da mídia, mas também precária, pelo menos na sua relação problemática com o passado, a memória hoje proporciona um campo de batalha muito aberto que sintetiza o conflito de diferentes correntes interpretativas sobre os reusos do passado e a definição de visões compartilhadas em particular sobre eventos traumáticos. Mais especificamente, no âmbito dos estudos sobre a memória, propõe-se discutir um conceito por sua vez polêmico como o de pós-memória, ou seja, a representação do passado por parte não da geração testemunhal, mas por parte de quem herda do passado uma memória em particular traumática. Mobilizando um vasto arsenal de exemplos (do cinema ao documentário, da poesia a prosa etc.) o caso escolhido para discutir o tema da pós-memória é o Brasil e as heranças para a segunda geração dos anos de autoritarismo depois do golpe civil-militar de 1964. Palavras chave: Cultura. Comunicação. Diversidade. Memória.
MEMÓRIAS: PRODUÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS
Memória é não raro associada à faculdade de reter informações. Buscando contrapor concepções reducionistas de memória, o projeto Porto Alegre e nossas memórias: produzindo e socializando conhecimentos foi desenvolvido em uma turma de EJA (Educação de Jovens e Adultos). Com o suporte de conceitos teóricos, que permeiam a relação entre memória e aprendizagem e que ressaltam a relevância da leitura e da escrita, relatamos pontos altos do projeto e alguns dos resultados obtidos. Considerando a memória como produtora e socializadora de conhecimentos e tendo nossa cidade como fonte inspiradora, foram realizadas atividades que resultaram em aprendizagens significativas e que deslocaram o sentimento de incapacidade, resultante da associação estrita da memória à capacidade de decorar, para o de realização, de (re)criação. Palavras-chave: Memória. Aprendizagem. Leitura. Escrita.
MEMES COMO INSTRUMENTO DE INSERÇÃO SOCIAL
O presente artigo tem objetivo apresentar as interações realizadas pelos diversos grupos sociais presentes em nossa sociedade atualmente. Assim, possuindo um ponto em comum que os conecta de forma direta, os memes, que a priori pode até parecer alguma piada que permanece no âmbito virtual, mas que, é um instrumento de interação e inserção em grupos dos mais variados modelos. Sabe-se que este instrumento vem se tornando cada vez mais adeptos, para discutir quase todos os assuntos possíveis. Diante disto o presente trabalho tem como objetivo apresentar uma análise panorâmica de como se pode usar os memes para ser ferramenta de inserção social, com especial ênfase na sua capacidade de contribuir para a sociedade de diferentes formas.
CULTURA IMATERIAL: LUGARES DA MEMÓRIA
RESUMO É próprio do homem o repertório cultural que traz consigo e compartilha com o outro. Por vezes, manifestações culturais retratam tradições de outrora esquecidas. Essas são identificadas e legitimadas por pessoas pertencentes a este grupo até alcançar o conhecimento daqueles que estão envolvidos com as questões culturais de maneira mais abrangente. Este é o caso da cultura imaterial estudada numa cidade do interior paulista. A partir da metodologia de pesquisa-ação-colaborativa e de registros partilhados em mídias digitais, verifica-se o alcance local/global dessa cultura, a problemática das políticas públicas e das ações governamentais frente às demandas culturais locais em resposta ao lugar e ao global. A necessidade dos registros encontra respaldo nas políticas culturais nacionais e internacionais. Entender estas políticas e as práticas culturais requer um modo de conhecer global e orgânico aportado em diferentes áreas como: da geografia – ao georeferenciar as narrativas; da história – porquanto as narrativas de vida podem estar ou não acordadas à história oficial; da ciência da informação – apropriação da informação, formas e divulgação de registros; e da comunicação – que é o campo onde se situa a pesquisa. Portanto, responder a questões culturais é necessariamente trabalhar em sua complexidade de maneira transdisciplinar e colaborativa. Palavras-chave: Cultura Imaterial. Memória. Mídias Digitais. Narrativas Audiovisuais. Transdisciplinaridade.
MITO E MEMÓRIA ENTRE COMUNIDADES TRADICIONAIS
Resumo: Em contextos diversos tem-se discutido o percurso epistemológico da oralidade dentro da História. Orienta o presente artigo a busca por apresentar os usos e o tratamento necessários a conformação desse processo na construção da disciplina histórica. Existem ainda hoje grupos que, apesar de inseridos na lógica moderna ocidental, tem resistido para preservar as tradições herdadas de seus antepassados. Fundamental para o trabalho a definição do papel dos mais velhos em um sistema simbólico identitário, ao compreender a função da circunscrição do mito no espaço da transmissão oral. O artigo contribui com as discussões, ainda, ao propor uma abordagem que contemple as particularidades de que essas narrativas são dotadas, através de um diálogo interdisciplinar. Palavras-chave: Comunidades Tradicionais; História Oral; Mito, Memória. Abstract: The concept of orality has been discussed on many occasions in History. The current paper is oriented by the attempt of presenting the uses and treatments of such process as History’s means of conformation as a discipline. Nowadays, there are still groups which, although part of the modern occidental logic, have resisted by preserving inherited traditions. The definition of the role played by elders in a symbolical-identitary system is fundamental to the paper, because it helps to comprehend myth’s function of circumscription within oral transmission’s space. The article it also contributes to the discussions by proposing an approach that takes these narratives’ particularities into account, through an interdisciplinary dialogue. Keyword: Traditional Communities; Oral History; Myth; Memory.
Michael Pollak nasceu em Viena, Áustria, em 1948, e morreu em Paris em 1992. Radicado na França, formou-se em sociologia e trabalhou como pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique -CNRS. Seu interesse acadêmico, voltado de início para as relações entre política e ciências sociais, tema de sua tese de doutorado orientada por Pierre Bourdieu e defendida na École Pratique des Hautes Études em 1975, estendeu-se a diversos outros campos de pesquisa, que confluíam para uma reflexão teórica sobre o problema da identidade social em situações limites. Entre seus últimas trabalhos incluem-se um estudo sobre mulheres sobreviventes dos campos de concentração publicado sob o título L'expérience concentrationnaire: essai sur le maintien de 1'identité sociale (Paris, Éditions Metailié, 1990), e uma pesquisa sobre a Aids (Les homosexuels face au SIA). Pollak esteve no Brasil entre outubro e dezembro de 1987 como professor visitante do CPDOC e do PPGAS do Museu Nacional. Na ocasião concedeu uma entrevista sobre a Aids a Alzira Alves de Abreu e Aspásia Camargo publicada em Ciência Hoje, vol. 7, n.º 41 (abr. 1988). Proferiu também, no CPDOC, a conferência aqui transcrita, que vem se somar a seu artigo "Memória, esquecimento, silêncio"; publicado em Estudos Históricos 3 (1989). Prestamos hoje uma homenagem póstuma a este grande expoente das ciências sociais na França.
A MEMÓRIA COMO IDENTIDADE DO HOMEM SOCIAL
RESUMO: Este trabalho tem objetivo à análise da memória como partícipe da vida social do homem, desde seu desenvolvimento cognitivo, sendo reposta para vários questionamentos e reflexões que muitas vezes são bloqueadas e esquecidas, pois causam dor e sofrimento. A população carrega a riqueza da cultura que deve ser dialogada, sair do ponto inercie, o silêncio absoluto, demostrando a verdadeira raiz da lembrança, seja ela positiva ou negativa, mas adentrar na própria realidade um dia vivida e fazer dela o enrijecimento para a vida social. Considere então, a proposta aberta a questionamentos e profundas reflexões das memórias que fazemos e como fazer delas importantes para o próprio "eu" e, de modo geral, para os participantes da vida comunitária, seja ela onde for, na família, laços de amizades, no trabalho etc.
BENZIMENTOS, MEMÓRIAS E SUA RELAÇÃO NA IDENTIFICAÇÃO DA CULTURA POPULAR
Este artigo se propõe a analisar as relações existentes entre memória, benzimentos e cultura popular, elementos que estão presentes em nossa sociedade e que devem receber uma ênfase maior por parte de nossas pesquisas. Nosso objetivo é estabelecer de que maneira estas relações entre memória, história, benzimento, simbólico e sagrado tecem as construções da identidade de uma cultura popular e tradicional e as importâncias de tais relações.
MEMES, EDUCAÇÃO E CULTURA DE COMPARTILHAMENTO NAS REDES SOCIAIS
2018
RESUMO O artigo tem como proposta desenvolver uma reflexão sobre a linguagem memética nas redes sociais na internet, como meios de apropriação tecnológica e de cultura de compartilhamento de mensagens. Na primeira seção introduzo a temática estabelecendo diálogo com alguns autores. Na segunda seção busco discutir a linguagem memética com discurso próprio capaz de mobilizar grandes grupos no compartilhamento das informações e que, portanto, não deve ser desvinculada das práticas educativas. Na terceira seção, trago como exemplo específico algumas páginas do Facebook para problematizar como estas informações produzidas e/ou replicadas (aqui entendidas como os dados das publicações e as trocas de mensagens entre os usuários) têm promovido o surgimento de uma nova forma de linguagem-os memes. A metodologia utilizada neste texto está fundamentada na análise crítica do discurso formulada por Norman Fairclough (1995, 2001). Por fim, concluo que os memes podem ser considerados como recursos pedagógicos a serem apropriados e reapropriados, didaticamente, dando origem a novas formas de linguagem, permitindo ao usuário ações de entretenimento e de mediação cultural. Palavras-chave: Redes Sociais; Facebook; Tecnologias; Análise crítica do discurso; Cultura do compartilhamento. INTRODUÇÃO Desde a sua criação, a internet constitui-se como meio de apropriação tecnológica e de cultura de compartilhamento de mensagens, pelas quais os indivíduos através de mecanismos diferenciados de compreensão apropriam-se dos conteúdos. Nessa perspectiva de cultura de compartilhamento de mensagens nas estruturas das redes digitais de computadores é Lévy (1999, p. 17) que define a cibercultura como o "conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço". Em outras palavras, Cibercultura é um conceito historicamente situado ao abarcar fenômenos que relacionam tecnologias, sociedade e, especificamente, produções comunicacionais. As tecnologias como produto de uma sociedade e, enquanto, produções humanas vêm
MEMÓRIAS COLETIVAS E NARRATIVAS MUSEOLÓGICAS: Limites e conflitos da representação de identidades
2018
Ao conceber a memória e a identidade como uma construção, este artigo parte do pressuposto de que elas são resultado das ações dos sujeitos sociais que as estão construindo e reconstruindo, ou seja, a memória e a identidade são dinâmicas e histórico-socialmente determinadas no momento presente, por meio de um jogo social carregado de negociações, lutas, embates e conflitos. Igualmente, sua representação, por meio de uma narrativa museológica, está atrelada a um discurso ideologicamente determinado, que reflete esse jogo social e envolve a tarefa de seleção entre o que lembrar e o que fica no limbo do esquecimento, constituindo, assim, um espaço social de disputa política, econômica e simbólica. Para a reflexão, é trazido um aparato teórico de autores que consideram a memória como um fenômeno social e, consequentemente, levam em conta os aspectos sociais da construção de identidades, como Maurice Halbwachs, Henri Bergson, Joël Candau, Manuel Castells e Paul Ricouer. Palavras-chave: Memória coletiva. Identidade. Museus. Abstract: When designing memory and identity as a construction, we conceive that they are the result of social actions and that they are always being constructed and reconstructed. That is, memory and identity are dynamic and historical and socially determined at the present, as result of a social game, full of negotiations, fights, clashes and conflicts. Also its representation through a museum narrative is tied to a particular ideological discourse, that reflects this social game and involves the task of selection of what to remember and what will be forgotten, thus constituting a space of social politic, economic and symbolic dispute. For reflection, this article brings a theoretical apparatus of authors who consider memory as a social phenomenon and consequently take into account the social aspects of the construction of identities, as a social phenomenon and consequently take into account the social aspects of the construction of identities, as Maurice Halbwachs, Henri Bergson, Joël Candau, Manuel Castells and Paul Ricoeur. Keywords: Collective memory. Identity. Museums.