O EFEITO DA GLOBALIZAÇÃO NA EMPREGABILIDADE MUNDIAL (original) (raw)

Efeitos da Globalização no Âmbito Trabalhista

LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 2017

RESUMO: O artigo objetiva, a partir das premissas expostas por Zygmunt Bauman, em "Globalização: as consequências humanas" e "Modernidade Líquida" e dos conceitos apresentados por Ugo Mattei e Laura Nader na obra "Pilhagem, quando o Estado de Direito é ilegal", realizar uma reflexão acerca dos efeitos da globalização no âmbito trabalhista. O estudo, de caráter analítico, destaca que o discurso perigosista no âmbito econômico mundial, fomenta o medo e a insegurança, molas propulsoras de políticas reformistas, sob o pretexto manutenção dos empregos, mas que possuem um grave efeito colateral: a redução dos direitos trabalhistas e a redução das garantias já conquistadas. Nesta esteira, o estudo considera os efeitos do fenômeno globalização, que relativiza conceitos e direitos e torna vulnerável, o que, ao menos em tese, não poderia ser alterado: os direitos fundamentais sociais, ressaltando que a globalização confere um status de dependência. Assim, observa-se, por exemplo, que a França, que outrora foi bandeira na luta pelos direitos humanos e neste contexto, dos direitos trabalhistas, hoje inspira ao mundo a relativização de muitas garantias dos trabalhadores, ecos que se observam no Brasil. Ao final, se conclui que os direitos fundamentais sociais, autenticados pelo Estado para propiciar uma vida mais digna, exprime os limites teóricos, históricos e específicos traçados pelo constituinte e que devem ser preservados. Na contra mão dessa natureza de fundamentabilidade, estão a relativização de direitos, efeitos da globalização, risco e iminente perigo, uma vez que se prestam a alterar, ainda que de forma sorrateira e camuflada os direitos fundamentais, restringindo direitos historicamente conquistados. O direito do trabalho não está imune a tais efeitos, vejam-se as propostas de supressão/redução de direitos atualmente em discussão, sempre em nome da modernidade e manutenção do emprego.

A INFLAÇÃO MUNDIAL E O COLAPSO DA GLOBALIZAÇÃO

Este artigo tem por objetivo demonstrar que a inflação em curso atualmente na economia mundial pode levar ao colapso da globalização econômica e financeira contemporânea. A inflação é definida como o aumento contínuo, persistente e generalizado nos preços em geral. A globalização econômica e financeira é definida como a interdependência econômica entre os países ao redor do mundo, resultante de um volume e variedade crescentes de transações de bens e serviços através das fronteiras nacionais, bem como de uma maior mobilidade de fatores de produção, incluindo uma ampla difusão internacional de capitais e tecnologia. Com a persistência da inflação, a globalização econômica e financeira será levada ao colapso porque o mundo não conta com uma governança global capaz de coordenar a ação dos países no combate à inflação e a economia mundial ser afetada pela recessão resultante do aumento das taxas de juros adotado pelos governos de todos os países do mundo para controlá-la. Inflação global e recessão global farão com que o mundo se defronte com a estagflação global que levará ao colapso da globalização econômica e financeira quando muitos governos nacionais a abandonarão para não serem levados, também, ao colapso econômico. Os sinais do colapso da globalização econômica e financeira já estavam se apresentando a partir de 2010 quando a relação entre as exportações mundiais e o PIB mundial caiu cerca de 12%, um declínio não visto desde a década de 1970. O fim da globalização econômica e financeira representada pela relação entre as exportações mundiais e o PIB mundial poderá ocorrer, não apenas devido à estagflação mundial, mas também em consequência da queda na relação da taxa de lucratividade global. A última onda de globalização começou a diminuir pouco antes do início dos anos 2000, quando a lucratividade global passou a recuar. Em vez de um desenvolvimento harmonioso e igualitário, a globalização aumentou a desigualdade de riqueza e renda, tanto entre as nações quanto dentro delas. Com o colapso da globalização, é pouco provável que o capitalismo ganhe um novo sopro de vida baseado em lucratividade crescente e sustentada. É improvável que o capitalismo retome a lucratividade do passado diante da perspectiva de aprofundamento da crise atual e talvez de mais guerras no futuro. É inevitável o colapso da globalização econômica e financeira. Isto significa dizer que cada país do mundo deverá promover seu desenvolvimento voltado para seu mercado interno com a adoção de políticas econômicas nacional desenvolvimentistas para não sofrerem o mesmo colapso que terá a globalização econômica e financeira.

CAPÍTULO DO LIVRO - GLOBALIZAÇÃO, EMPRESA

This work aims to analyze the issues involving the Anthropocene and changes in ecosystems. Therefore, it addresses the role of companies in the world and the need to implement an integrity program within them, aimed at protecting the human rights of current and future generations, from the perspective of intergenerational equity. It seeks to examine a possible applicability of corporate social responsibility, to avoid abusive practices. Through the deductive method, comparative history, based on research, analysis and bibliographic review, the purpose of this article is to promote an analysis and point out paths of economic developments in the current scenario, in which the search for intergenerational equity points to the best solution for challenges launched by the Anthropocene.

Sujeito globalizado e mundo do trabalho

Cadernos Zygmunt Bauman, 2012

Resumo: Alguns estudiosos, sobretudo sociólogos, são a favor do modelo denominado globalização e outros fazem grandes dissertações e análises a partir de outra posição político-ideológica. Buscou-se nos escritos de importantes pesquisadores, opiniões que se contradizem ou que se completam, tais como as de Anthony Giddens, Boaventura de Souza Santos e Zygmunt Bauman. Poderia caracterizar o primeiro como incentivador e os demais como críticos de tal leitura da atualidade. Enfatiza-se, nesta breve reflexão, a globalização e as relações sobre o trabalho na atualidade. Palavras-chave: Globalização; ambiguidade; mundo do trabalho.

A GLOBALIZAÇÃO CAPITALISTA COMO CENÁRIO DO PROCESSO DE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

Resumo Discute-se neste artigo o fenômeno da globalização capitalista a partir da visão de seis abordagens teóricas, objetivando entender os impactos desse fenômeno sobre os movimentos de trabalhadores e a dinâmica desses movimentos. Conclui-se que a globalização, quer seja um fenômeno novo, quer seja a continuação do processo de internacionalização capitalista, trás tendências contraditórias, precarizando, desempregando e pauperizando a " classe que vive do trabalho " , mas ao mesmo tempo abre perspectivas de ação para essa classe ao internacionaliza-la e amplia-la, tendendo a fortalecer sua unidade contra o capital.

O COLAPSO DA GLOBALIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA E O FUTURO DA ECONOMIA MUNDIAL

Este artigo tem por objetivo demonstrar que a globalização contemporânea caminha celeremente rumo ao colapso e propor novos rumos para o futuro da economia mundial. Os sinais do colapso da globalização econômica e financeira contemporânea já estavam se apresentando a partir de 2010 quando a relação entre as exportações mundiais e o PIB mundial caiu cerca de 12%, um declínio não visto desde a década de 1970. Os sinais de colapso da globalização contemporânea se manifesta, também, com a tendência de queda da taxa de lucro mundial, da queda da taxa de lucro nos Estados Unidos e da queda na taxa de crescimento do Produto Mundial Bruto. Se for mantida a tendência de queda da taxa de lucro, a taxa de lucro do sistema capitalista mundial tenderia para o valor igual a zero em 2037. Se for mantida a tendência de queda da taxa de lucro nos Estados Unidos, a taxa de lucro nos Estados Unidos alcançará o valor zero em 2043. Se for mantida a tendência de queda na taxa de crescimento do Produto Mundial Bruto, esta taxa alcançará o valor zero em 2053. Estas estimativas foram obtidas com base no método dos mínimos quadrados da Estatística. Conclui-se que o sistema capitalista mundial ficaria inviabilizado em meados do século XXI (2037, 2043 ou 2053) quando cessará o processo de acumulação do capital com as taxas de lucro global e de crescimento da economia mundial e alcançarão o valor zero. Diante do fracasso e do colapso da globalização contemporânea, urge edificar uma nova globalização com o Keynesianismo global e o governo mundial para ordenar a economia mundial. A política econômica Keynesiana adotada em cada país e globalmente e a existência de um governo mundial são as soluções para fazer frente ao colapso da globalização contemporânea e eliminar o caos que caracteriza a economia mundial. Diante do fracasso do neoliberalismo e de sua incapacidade de lidar com a crise global do capitalismo, o Keynesianismo poderia ser a solução desde que que ele fosse aplicado em cada país e globalmente, isto é, ele operaria no planejamento econômico, não apenas ao nível nacional para obter estabilidade econômica e o pleno emprego dos fatores em cada país, mas também ao nível mundial para eliminar o caos econômico global que predomina atualmente com o neoliberalismo. Com o Keynesianismo em cada país e globalmente, haveria a coordenação de políticas econômicas Keynesianas em nível planetário que só poderia ser realizada com a existência de um governo mundial.

Globalização e suas Consequências

Globalização e suas Consequências, 2015

A globalização tornou-se o assunto do “momento”, virando uma palavra da moda, fazendo com que todos discutam sobre este processo de aprofundamento da integração do mundo (social, econômica, política, cultural), tornando possível a união de países e povos, dando a impressão que o planeta está ficando cada vez menor. Um dos fatores mais importante que contribui para a união é, sem dúvidas, a internet, mas há mais coisas do que o olho pode alcançar, revelando as raízes e consequências sociais do processo.

A TERCEIRIZAÇÃO DIANTE DA GLOBALIZAÇÃO E O MODELO LEGISLADO DE REGULAÇÃO DO TRABALHO

VOLUME 17, N˚ 4 OUT./DEZ., 2018

Este artigo tem por objetivo investigar o modelo legislado de regulação do trabalho do Brasil diante do processo de globalização econômica que vem se constituindo desde a década de 1980. Para tanto, este artigo discute as razões pelas quais o modelo corporativo não define o modelo regulador das relações de trabalho no Brasil e analisa as implicações do modelo legislado com base na matriz teórica liberal. Adota-se como fundamento a tese de que toda análise sobre as relações de trabalho deve considerar as formas de organização do sistema produtivo. Assim, o desenvolvimento da “especialização flexível” no mercado de trabalho altera não só as formas de regulação das relações de trabalho como a própria estrutura de produção. A flexibilização do trabalho é examinada sob a perspectiva do processo de constituição das cadeias globais de produção e com base no impacto provocado pelas tecnologias da informação. O Projeto de Lei Complementar nº 30/2015 que autoriza a terceirização visa flexibilizar as relações de trabalho, no sentido de ampliar a inserção do Brasil na economia global sem necessariamente impor perdas para o trabalhador e representando uma vantagem para o mercado de trabalho. Conclui-se que a terceirização não leva fatalmente à precarização do trabalho, mas é preciso estar atento às causas de desestabilização do trabalhador para garantir que a globalização e as medidas de flexibilização sejam uma oportunidade para aperfeiçoar as relações de trabalho.