Estudo dos custos das internações por cardiopatia isquêmica em indivíduos com e sem diabetes mellitus em centro de referência cardiológico do Sistema Único de Saúde brasileiro (original) (raw)
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Custo anual do manejo da cardiopatia isquêmica crônica no Brasil: perspectiva pública e privada
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2005
Estimar o custo anual do manejo da doença arterial coronária (DAC) em valores do SUS e convênios. Métodos Estudo de coorte, incluindo pacientes ambulatoriais com DAC comprovada. Considerou-se para estimar custos diretos: consultas, exames, procedimentos, internações e medicamentos. Valores de consultas e exames foram obtidos da tabela SUS e da Lista de Procedimentos Médicos (LPM). Valores de eventos cardiovasculares foram obtidos de internações em hospital público e privado com estas classificações diagnósticas em 2002. O preço dos fármacos utilizado foi o de menor custo no mercado. Resultados Os 147 pacientes (65±12 anos, 63% homens, 69% hipertensos, 35% diabéticos e 59% com IAM prévio) tiveram acompanhamento médio de 24±8 meses. O custo anual médio estimado por
Custo da insuficiência cardíaca no Sistema Único de Saúde
Arquivos Brasileiros De Cardiologia, 2005
OBJETIVO: Descrever custo direto e indireto do tratamento ambulatorial e hospitalar da insuficiência cardíaca, durante 2002, no Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói. MÉTODOS: Estudo transversal, retrospectivo sobre utilização e valoração de recursos em 70 pacientes, selecionados de forma consecutiva, em tratamento ambulatorial e hospitalar. Foram utilizados questionários e prontuários dos pacientes para coleta dos dados. Os recursos utilizados foram valorados em reais (ano 2002). O ponto de vista do estudo foi a perspectiva da sociedade. Os dados foram analisados no programa EPINFO, versão 2002. RESULTADOS: A população estudada constou de 70 pacientes (39 mulheres), idade média de 60,3 anos. Ocorreram 465 diárias hospitalares (28,5% dos pacientes). Houve 386 internações em enfermaria e 79 em unidade de tratamento intensivo. O custo com consulta ambulatorial foi de R$ 14,40. O gasto com medicamentos ambulatoriais totalizou R$ 83.430,00 (custo por paciente/ano de R$ 1.191,86). O custo por paciente internado foi de R$ 4.033,62. O custo com exames complementares totalizou R$ 39.009,50 (custo por paciente/ ano de R$ 557,28). Foram aposentados pela insuficiência cardíaca 20 pacientes, representando perda de produtividade de R$ 182.000,00. O custo total foi de R$ 444.445,20. Hospitalização representou 39,7% e a utilização de medicamentos 38,3% do custo direto. CONCLUSÃO: O custo com hospitalização e os gastos com medicamentos representaram os principais componentes do custo direto. Os custos indiretos representaram impactos econômicos semelhantes aos custos diretos.
Custo das internações hospitalares entre idosos brasileiros no âmbito do Sistema Único de Saúde
Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2004
Cost of Public Hospitalization Among Elderly in Brazil´s Unified Health System Custo das internações hospitalares entre idosos brasileiros no âmbito do Sistema Único de Saúde* Resumo O objetivo deste trabalho foi avaliar os custos de internações hospitalares entre idosos (60 ou mais anos de idade) brasileiros em 2001, segundo sexo, faixa etária, macrorregião de residência e diagnóstico principal da internação, assim como comparar essas informações com o observado entre adultos mais jovens (20-59 anos). Foram utilizados dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS). Os idosos representavam 14,3% da população adulta e contribuíram com 33,5% das internações hospitalares dessa população e 37,7% dos recursos pagos pelas mesmas. O custo médio de internações foi maior na Região Sudeste e menor na Região Norte, ressaltando os diferenciais inter-regionais. Esses resultados mostram a grande contribuição da população idosa para os gastos com hospitalizações no âmbito do SUS, destacandose as doenças isquêmicas do coração, a insuficiência cardíaca e as doenças pulmonares obstrutivas crônicas. Esse perfil reforça a necessidade de atividades de prevenção e promoção da saúde para a redução dessas doenças.
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 2001
O pé diabético é uma das principais complicações do diabetes mellitus (DM), sendo causa freqüente de internações hospitalares. Os custos destas internações e o ônus social constituem um grave problema de saúde. Com o objetivo de avaliar diabéticos portadores de lesões podais internados, estudamos 23 pacientes (14M, 9F; 39-80 anos de idade), no período de abril a novembro de 1999. Todos tinham DM tipo 2 e 48% deles foram internados com glicemia <200mg/dL. As lesões estavam assim distribuídas (segundo classificação de Wagner): grau 1: 26%; grau 2: 17%; grau 3: 13%; grau 4: 35%; grau 5: 9%. Evoluíram para amputação 65% dos pacientes, sendo 30% de coxa. O tempo mediano de internação foi de 14 dias. O custo mediano das internações foi de R$1.004,59 e em 24% delas foi superior a R$2.000,00. Somado ao custo médio de próteses (R$1.900,00), totaliza-se um ônus próximo a R$3.000,00. Na amostra, 9 pacientes estavam na faixa etária economicamente ativa. Os pacientes portadores de lesões nos pés são responsáveis por internações prolongadas e de custo elevado, o que não é compatível com o sistema público de saúde do nosso país. Assim, a prevenção é um dos pontos fundamentais para melhorar o prognóstico desta patologia. (Arq Bras Endocrinol Metab 2001;45/5:447-451)
Arquivos Brasileiros De Cardiologia, 2008
FUNDAMENTO: Análises de mortalidade por doenças cujo desfecho depende de intervenção médica adequada e oportuna permitem apontar fragilidades e desigualdades de acesso no cuidado à saúde. Doenças isquêmicas do coração servem como modelo para essa avaliação. OBJETIVO: O estudo investiga os fatores associados ao óbito hospitalar nas internações por infarto agudo do miocárdio (IAM) e insuficiência coronariana (IC), e se a via de internação pela Central de Internação (CI) da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA-BH) esteve associada ao óbito hospitalar após ajuste por fatores relevantes. MÉTODOS: Dados obtidos das Autorizações de Internações Hospitalares (AIH) e dos laudos e pedidos de vaga para internações da SMSA sobre a última internação realizada com hipótese diagnóstica de IAM ou IC. Análise multivariada foi realizada para identificar fatores de risco para o óbito hospitalar. RESULTADOS: Não houve associação entre via de acesso à internação e risco de óbito hospitalar por essas causas. Análise multivariada demonstrou maior risco de óbito para pacientes com 60 anos de idade ou mais velhos (odds ratio [OR] = 2,9), hipótese diagnóstica de IAM (OR = 3,0), uso de Unidade de Terapia Intensiva [UTI] (OR = 1,6), sexo feminino (OR = 1,4), especialidade cirúrgica (OR = 1,9) e hospital público (OR = 3,5). Nas internações por IAM, houve também maior risco de morte de pacientes internados no fim de semana (OR = 1,7). CONCLUSÃO: Novas investigações são necessárias para avaliar a assistência prestada nos finais de semana e a realizada nos hospitais públicos, levando em consideração outros fatores dos hospitais, dos pacientes e do processo da assistência, para subsidiar propostas que garantam maior eqüidade e maior qualidade da assistência pública. (Arq Bras Cardiol 2008; 90(2): 130-138)
Agradeço primeiramente a Deus por estar sempre ao meu lado. Ao meu orientador Prof. Dr. Bemard François Couttolenc pela confiança e oportunidade dada para elaborar este estudo. A Prof. Dra. Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre que não mediu esforços para ajudar nesta pesquisa sendo também responsável por esta finalização. Ao Prof. Dr. Heron Carlos Esvael do Carmo que ajudou na hora que eu mais prectsava. Ao Dr. Paulo Roberto Pereira que facilitou e estimulou o meu ingresso no mestrado. Ao Dr. Ulysses Dória Filho que me ajudou nos momentos mais dificeis, e me fez refletir com a elaboração desta pesquisa. Ao Dr. Anísio de Moura pela compreensão e estimulo para concluir esta pesquisa.
Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 2020
O objetivo deste artigo é avaliar o impacto do Programa Academia da Saúde (PAS) sobre os gastos com internações hospitalares por doenças cerebrovasculares no estado de Pernambuco. Trata-se de uma avaliação de impacto de políticas públicas, desenvolvida através de uma abordagem quase-experimental que consiste na aplicação do método do pareamento por escore de propensão, tomando como referência os anos de 2010 e 2018. Para tanto, utilizou-se dados socioeconômicos, demográficos e epidemiológicos de 89 municípios que implantaram o programa (tratados) e de outros 52 que não implantaram (controles). Os dados foram obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e outras bases. O total de internações por doenças cerebrovasculares em 2010 foi de 6.091 e 10.595 em 2018. Os municípios que implantaram o PAS gastaram em média R$ 1.258,61 a menos com internações por doenças cerebrovasculares (p < 0,05) para cada grupo de 10 mil...
Perfil e custos de internações por condições sensíveis à atenção primária à saúde (Atena Editora)
Perfil e custos de internações por condições sensíveis à atenção primária à saúde (Atena Editora), 2024
Este estudo analisou o perfil dos usuários internados com condições sensíveis à atenção primária e os custos hospitalares decorrentes dessas internações, na rede hospitalar de uma cidade polo macrorregional do norte de Minas Gerais. A proporção de internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) foi de 44 % e esteve associada à idade, raça/cor da pele, escolaridade e presença de patologia crônica. Destacaram-se como principais causas de hospitalização a insuficiência cardíaca, pneumonia bacteriana não especificada e as doenças cerebrovasculares. O período médio dessas internações foi de 9,35 dias e o custo médio de R$ 3606,09, com aumento gradual até os 79 anos de idade. O alto custo das ICSAP teve uma prevalência de 37,8% e esteve associado à idade, estado civil, renda, duração da internação e diárias em Unidade de Terapia Intensiva. Os resultados desta pesquisa evidenciaram que a população local enfrenta óbices de acessibilidade aos serviços de saúde e que a atenção primária à saúde ainda demonstra baixa resolutividade em relação às ICSAP, impactando diretamente na eficiência de gestão dos gastos públicos e sinalizando para a necessidade de reorganização e qualificação da rede assistencial.