Agências e Coletivos: duas coisas diferentes (original) (raw)
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Portanto, essa concepção acredita que o que ocorre no plano interpessoal passa para o plano intrapessoal, Isto é a criança internaliza o que aprende nas relações interpessoais. Os humanos se compõem de relações, onde são sujeitos ativos e colaboradores de um processo cultural em formação através do tempo. A Psicologia Cultural teve inicio no século XVII com Vico, sendo pouco trabalhada na América Latina. A teoria histórico-cultural leva em consideração a emoção e o contexto onde as atividades ocorrem sendo a mente um produto resultante da inter-relação entre as pessoas, revelando-se pelas atividades humanas na cultura. Viver com pessoas é muito difícil, ainda mais quando as regras e relações de puder entre eles têm divergências. Segundo Geertz, "cultura não é redutível ao fenômeno mental nem a meros padrões de comportamento e de desejos exclusivamente individuais. O que importa é estudar esses processos em estruturas de significados formadas publicamente" Ou seja, as pessoas são criadas dentro de instituições, podendo coletivamente mudá-las, assim como é por elas alterado.
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE COLOCAÇÕES E COLOCAÇÕES ESPECIALIZADAS
In view of the fact that Phraseology is a relatively new area of Linguistics, there has still been a wide terminological variety, and a conceptual diversity of the lexical combinations investigated by it, not to mention the difficulties regarding their delimitation as well as classification. Hence, taking into account that we are still moving towards a better characterization of the most diverse phraseological units, this chapter is aimed at discussing some similarities and differences between general language collocations and specialized collocations, with the purpose of contributing to a better comprehension and boundaries of the referred studied area research objects.
Subjetividade e Coletividade Problemas De Relacao
Cadernos de Subjetividade, 2010
Uma questão importante para qualquer pessoa: como olhar para si, cuidar de si e olhar além de si? Nos contextos de trabalho e de vida feminizados e pós-fordistas, vemo-nos procurando maneiras de entender como desembaraçar as relações ambivalentes de poder, trabalho e afetividade, a fim de orientar nossos movimentos e ações. Chegamos a pensar em como são constituídas as relações e as coletividades nas quais nos engajamos, e como podemos nos engajar nelas de maneira mais signifi-cativa. Tentarei falar, aqui, sobre o problema da construção de sentido em relação às subjetividades flexíveis e aos modos de relacionamento ambivalentes. Para tan-to, lançarei um olhar às teorizações sobre subjetivação e individuação de Michel Foucault e Gilbert Simondon, chamando atenção ainda para as condições estru-turais que moldam algumas formas contemporâneas de coletividade. Ao trazer alguns pensamentos sobre o cuidar e o trabalho criativo, tentarei imaginar uma modalidade de cuidado que atravesse as dimensões do coletivo e do individual, perguntando pelo que significa a relação consigo mesmo e com os outros em contextos onde a vida e o trabalho se recobrem mutuamente. ISSN 0104-1231 https://revistas.pucsp.br/cadernossubjetividade/issue/view/1973 ISSN 0104-1231
Revista BBM, 2020
O autor faz um percurso das pequenas aventuras para adquirir seus livros e de sua condição de aprendiz de bibliófilo, além de abordar alguns aspectos relacionados à bibliofilia – uns históricos e outros atuais – sendo que estes incomodam todos os amigos do livro.
Coletivos De Cultura: Novas Formas De Comum
This research reflects on the experience of culture collectives in current Brazil. By way of heterogeneous assemblages under the aegis of the same expression, these groups multiplied and invented spaces of creation and political resistance through new ways of sharing. Besides discussing some principles of the collective practice such as cooperation and hierarchy deconstruction, this research approaches the desires, the magnetism and the contagion forged from ties of affection. It exposes, furthermore, the tension between the ideology and the appropriation mechanisms of the state and the market. A few collectives are brought into the discussion as intercessors: Nuvem Cigana, Atrocidades Maravilhosas and Opavirará!, as well as Ocupa X-an "amalgam term" created in reference to the occupations as procedures.
COLECIONISMOS: ENTRE JAPÃO E OCIDENTE
Resumo Existiram dois modelos interessantes de colecionismos no que se refere à arte japonesa no Ocidente, entre o final do século XIX e o o início do XX: um foi criado pelos interesses privados e o outro foi motivado pelo anseio de formar uma coleção institucional. O primeiro tem como traço essencial uma coleção guiada pelo exotismo, pelo interesse por algo desconhecido e o segundo, coordenado e organizado por algumas pessoas que tiveram um conhecimento aprofundado do Japão e da sua arte.
Revista Calundu, 2018
Caminhos de Nzambi Calundus coloniais existiram desde sempre no Brasil, tendo sido mormente rurais até o século XIX. Os terreiros de Candomblé, já urbanos, nasceram em Salvador, que era um centro urbano. Apesar de o Brasil, até o século XIX, ter sido sobretudo rural, possuía alguns "minúsculos" centros urbanos. Efetivamente o Brasil torna-se mais urbano que rural na década de 70 do século XX. Existir em espaços rurais era ter acesso a natureza, logo, ter acesso à essência do culto à ancestralidade. No início do século XX, os terreiros de Candomblé eram significados enquanto territorialidades negras das cidades baianas.
Coletivos juvenis nas periferias
DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals), 2021
No contexto de intensa crise no Brasil e no mundo, se aprofunda a deterioração dos mercados de trabalho, atingindo gravemente os jovens moradores de periferias urbanas. Parte deles busca construir alternativas de geração de trabalho e renda a partir de seus coletivos de pertencimento. O artigo apresenta os resultados iniciais de pesquisa qualitativa realizada junto a jovens desses coletivos, evidenciando seus desafios, bem como mudanças de percepção em relação ao próprio trabalho e às possibilidades de outros modos de engajamento na demanda por esse direito. Palavras-chave: Coletivos juvenis. Participação política. Trabalho. Pandemia. São Paulo. Resumen En el contexto de una intensa crisis en Brasil y en el mundo, el deterioro de los mercados laborales se profundiza, afectando severamente a los jóvenes que viven en las periferias urbanas. La construcción de alternativas para la generación de trabajo e ingresos pasa a formar parte de la agenda de los grupos juveniles. El artículo presenta los resultados iniciales de una investigación cualitativa realizada con jóvenes de estos grupos, mostrando cambios en la percepción en relación a su propio trabajo y a diferentes posibilidades de compromiso en la demanda de este derecho. Palabras-clave: Grupo de jóvenes. Participación política. Trabajo. Pandemia. São Paulo.
2016
um mergulho nos textos originários do pensamento da saúde coletiva, onde a volta no tempo não significa a volta ao passado. O que acontece é justamente o contrário disto, em que o retorno à origem do conceito de "coletivo" na "saúde coletiva", o projeta para algo à frente do nosso tempo, em um intenso e corajoso movimento de desterritorialização. Destemido, quebra conceitos e os reconstrói, como artesão, vai refazendo linhas de pensamento, mapas afetivos, movimentos sociais. Todos estes dispositivos vão agenciando o necessário ato de pensar o campo. 18 Cristian Fabiano Guimarães ____________________________________________ _____________________________ INTRODUÇÃO Coletivo, palavra que vem do latim collēctīvu(s), significa coletado junto, no sentido de reunir, recolher. Trata-se de junção, acúmulo e ordenamento, ou seja, daquilo que se prende com um vínculo. Da definição ampla do termo, seguem algumas noções construídas ao longo da modernidade, conforme constam no Dizionario Latino Italiano. Essa palavra pode estar associada à noção de comum, significando comum a muitos ou a todos, público, geral ou universal. Também pode significar possuir um bem comum: o que está à disposição de todos, para uso da comunidade, nação ou Estado. Pode representar ainda uma coisa geral ou genérica. Coletivo é utilizado também no sentido de igualar todos num mesmo estado, ou para referir aquilo que não procede exclusivamente a um indivíduo apenas. Por fim, alguma coisa que é coletiva pode estar associada a algo vulgar, ordinário ou indeciso, tal como a sorte da guerra. 1 Uma primeira aproximação ao tema nos permite perceber pelo menos quatro maneiras distintas de entender o coletivo: 1) como algo abstrato ou da ordem do social, especialmente quando tomado como sinônimo do que é genérico, público ou universal; 2) como um bem ou