Saussure e Wittgenstein: Sentido e Referência No Interior Linguagem Lógicoformal (original) (raw)
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Saussure e a definicao de lingua
RESUMO: Para se estabelecer como ciência, a lingüística necessitava definir seu objeto e obter um método que atendesse ao estudo desse objeto. O pesquisador suíço Ferdinand de Saussure, atento a essa necessidade e com uma enorme capacidade de ler e processar o conhecimento lingüístico da humanidade de então, final do século XIX e limiar do século XX, foi quem primeiro delimitou esse objeto, a língua, e municiou aos lingüistas de um método, o estruturalismo. O objetivo deste artigo é evidenciar a importância de se reler Saussure. Através da análise historiográfica e cronológica da obra Curso de lingüística geral (2002), de Saussure. Essa preocupação se justifica a partir da necessidade de constante reformulação e delimitação do objeto das investigações das ciências da linguagem. Devido ao grande desenvolvimento da disciplina lingüística no século passado, contando atualmente com uma infinidade de vertentes de pesquisa, faz-se necessário revisitar os teóricos que definiram as bases sobre as quais principiaram a se fazer tais pesquisas, com o intuito de que se possam adequar quanto à delimitação do objeto de investigação consoante o acúmulo de conhecimento obtido. Essa é uma discussão epistemológica que necessita ser desenvolvida a fim de se buscar uma compreensão mais exata do objeto e do método de estudo, visto que o avanço teórico já não permite ver da mesma maneira as ciências da linguagem.
Efeito-Memória Da Linguística No Direito: Saussure No Pensamento De Kelsen e De Luhmann
2018
0 0 1 144 827 Lapadis 6 1 970 14.0 Normal 0 false false false PT-BR JA X-NONE Este trabalho tem como ponto de partida os resultados parciais obtidos na pesquisa bibliografico-exploratoria envolvendo os seguintes autores: Ferdinand de Saussure, Hans Kelsen e Niklas Luhmann. O objetivo, num primeiro momento, foi investigar e levantar os pontos de aproximacao e distanciamento teoricos envolvendo a Linguistica Moderna (a partir do seculo XX) e os modernos estudos do Direito, sobretudo no que diz respeito as nocoes de Ordenamento Juridico (Kelsen) e Sistema Autopoietico (Luhmann). Em seguida, buscou-se identificar em que medida esta apropriacao repercutiu num modelo juridico-epistemologico segundo o qual o Direito pode e deve ser considerado uma ciencia. PALAVRAS-CHAVE: Ferdinand de Saussure. Hans Kelsen. Niklas Luhmann.
Saussure e a Questão Do Sujeito Falante
Anais Do Seta Issn 1981 9153, 2010
A obra de Ferdinand de Saussure tem sido reconhecida por definir, a partir de método e conceitos, a língua enquanto objeto de estudo da Lingüística. Para delinear esse objeto, essa teorização afastou de seu enfoque as questões concernentes à fala e, conseqüentemente, ao sujeito falante. Nesse trabalho, procuramos questionar a efetividade desse afastamento e refletir sobre a possibilidade da posição de sujeito falante estar também relacionada ao âmbito da língua.
A fala em Ferdinand de Saussure: faculdade e exercício da linguagem
COELHO, M. P., 2020
A fala é um conceito saussuriano sobre o qual há poucas definições diretas, no seio das elaborações de Saussure, mas que permite ser caracterizado de forma relacional, a partir da língua e da linguagem. Contudo, ainda assim restam algumas questões referentes à delimitação desse conceito; é possível, por exemplo, cogitar uma aproximação terminológico-conceitual entre o conceito de fala e as noções de faculdade e de exercício da linguagem. Considerando isso, neste trabalho, procuraremos investigar, em alguns documentos de Saussure, quais as relações possíveis entre o conceito de fala e as noções de exercício da linguagem e de faculdade da linguagem. Parole is a Saussurean concept about which there is few direct defini-tions within Ferdinand de Saussure’s elaborations. However, this concept can be characterized in a relational way, from the definitions of langue and langage. Nevertheless, there are still some questions regarding the delimitation of this concept; it is possible, for example, to consider a terminological a terminologi-cal-conceptual convergence between the concept of parole and the notions of faculty and exercise of language. Considering this, in this work, we aim to in-vestigate, in some of Saussure’s documents, what are the possible relations between the concept parole, and the notions of exercise of language and faculty of language.
Linguística e distúrbio de linguagem: Atualidades do pensamento de Ferdinand de Saussure
Nonada Letras Em Revista, 2014
Situado na intersecção de duas áreas do conhecimento: linguística e fonoaudiologia, este trabalho tem o objetivo de (re)atualizar o pensamento de Ferdinand de Saussure, mostrando as possíveis interfaces entre uma teoria linguística que reflete sobre a natureza da língua e um campo cujo objeto é a manifestação da linguagem nas suas formas alteradas. Para tanto, a partir do pensamento saussuriano, foram construídos axiomas que tiveram a função de nortear as reflexões teórico-clinicas propostas. É por esse caminho que a discussão tem origem nos aspectos teóricos eleitos no CLG (Curso de linguística geral) e prossegue com os seus respectivos deslocamentos para pensar a análise linguística no campo dos distúrbios de linguagem. O ponto de chegada mostra que as noções linguísticas evocadas por Saussure são fundamentais para o pesquisador, e clínico, que tem o distúrbio de linguagem como objeto de trabalho.
Saussure e seu CLG (curinga da linguística geral)
Acta Scientiarum. Language and Culture, 2020
O presente artigo faz uma breve recuperação das principais contribuições de Saussure para a Linguística a partir do Curso de Linguística Geral (CLG) e o quanto seu legado influencia as mais variadas áreas do conhecimento humano. Daí a analogia feita à carta curinga do baralho, que, em alguns jogos, serve para completar qualquer sequência de cartas. Para isso, discorremos, ainda que brevemente, sobre os marcos conceituais de língua, sistema e valor presentes no CLG, a fim de construir uma ponte entre esses conceitos e o processo de tradução, pensando sobre de que forma a tradução poderia se reconfigurar a partir de uma perspectiva saussuriana da língua e do valor linguístico. Assim, este artigo tem como objetivo colocar em diálogo as noções presentes no Curso de Linguística Geral, especialmente o conceito de valor linguístico, com o trabalho de tradução, no qual a apreensão dos valores linguísticos é fundamental para que haja uma adequada transposição de significado de uma língua par...
Saussure e Benveniste: signo linguístico, referência e linguagem poética
O conceito de signo linguístico desde a crítica de 1939 à maneira como foi postulado pelo Saussure do Curso de Linguística Geral (CLG) constitui um ponto alto no pensamento de Èmile Benveniste e já foi abordado por grandes leitores tanto de Saussure quanto do linguista francês, como Claudine Normand e Simon Bouquet. Os manuscritos recentemente publicados em que o criador da Teoria da Enunciação analisa a poética de Baudelaire trazem novo fôlego a essa discussão que já dura mais de sete décadas. Esse ensaio procura percorrer o pensamento benvenisteano e mostrar a evolução do conceito de signo linguístico em sua obra relacionando-a ao pensamento saussureano no CLG e nos Escritos de Linguística Geral.
Língua, linguagem e fala na “Teoria do Valor” de Ferdinand de Saussure
2014
This paper develops an analysis of the set of manuscripts ‘Notes for the Third Course’ in view of the delimitation process of ‘langage’, ‘langue’ and ‘parole’ as component concepts of the conceptual tripartion in Ferdinand de Saussure’s ideas. Therefore, in the analysis we could find that the distinction between these three terms rises, in the ‘Notes for the Third Course’, simultaneously with the ‘Value Theory’ – the principle that governs how the langue works. Furthermore, we can see that this relation between the linguistic value and the delimitation of this conceptual tripartion can also be found in the edition of the Course in General Linguistics, once it is through the delimitation of langue as the linguistics’ object of study is what made possible the Value Theory.