Reflexões sobre a paisagem na arte brasileira do século XX (original) (raw)
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A paisagem na obra de Bandeira de Mello
Revista Leituras Paisagísticas: teoria e práxis. nº 6. Rio de Janeiro: EBA/UFRJ, 2015
O texto aborda a paisagem na obra do pintor brasileiro Bandeira de Mello, analisando a relação entre o homem e o universo, tanto no contexto da pintura desse artista como em diferentes momentos da história da arte. O temor do homem diante da imensidão desconhecida da natureza, chamada pelo filósofo alemão Wörringer de agorafobia espiritual, está presente na história da paisagem no ocidente assim como em muitas obras de Bandeira de Mello.
ARTE E UTOPIA: A FIGURAÇÃO BRASILEIRA NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
Anpap, 2011
O debate entre realismo e a arte moderna foi um dos pontos altos da disputa de políticas culturais defendidas durante e imediatamente após o período da Segunda Guerra Mundial no Brasil e no Mundo. É justamente na instrumentalização das artes visuais por políticas governamentais, seja pelo Estado Novo no Brasil seja pelo governo de Roosevelt nos Estados Unidos, que o debate sobre o local e o internacional desvela seus matizes. Com o fim da ditadura de Vargas e a iniciativa de fundação da I Bienal de São Paulo, a polêmica entre Fernando Pedreira e Mário Pedrosa ajustaria o tom sobre a batalha cultural entre URSS e Estados Unidos no início da Guerra Fria.
A arte e a (re)criação da paisagem
O dossel do rio se rompeu: os derradeiros dedos das folhas Agarram-se às úmidas entranhas dos barrancos. Impressetido, O vento cruza a terra estiolada. As ninfas já partiram. Doce Tâmisa, corre suave, até que eu termine meu canto.
PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG
Este artigo revisita a noção de paisagem sob diferentes perspectivas, motivado em mover fronteiras conceituais por vezes muito rígidas e excludentes. Nesse movimento, um horizonte nos aproxima de outras percepções que sinalizam ser a paisagem uma experiência sensível do espaço. Nesse desejo de expansão conceitual, o estudo procura tocar em cosmogonias ameríndias com base nos escritos dos autores indígenas Ailton Krenak e David Kopenawa. Por fim, a partir de dois projetos artísticos interessados no enlace com a paisagem urbana, a vídeo-projeção Le petit pont, de Karina Dias, e BR-3, espetáculo do Teatro da Vertigem, procura-se evidenciar como a arte contemporânea repensa a noção de paisagem num exercício de reencontrar a terra: olhar a árvore, olhar o rio, olhar o céu.
Expansão da fotografia no interior paulista no começo do século XX
Revista Maracanan
Este artigo tem por objetivo apresentar um levantamento da fotografia no estado de São Paulo no começo do século XX, buscando identificar principalmente os fotógrafos do interior. As fontes escolhidas para o levantamento foram: periódicos, almanaques e estatísticas do período de 1890 a 1930. A pesquisa online por palavras-chave como “photographo” e “photographia” realizadas nos periódicos e almanaques da Biblioteca Nacional Digital e a estatística industrial de 1912 de São Paulo possibilitaram uma análise quantitativa e qualitativa de fotógrafos. Por meio destas fontes foi possível saber, em muitos casos, o nome, a cidade, o endereço e, com maiores detalhes, os trabalhos que os fotógrafos realizavam. Com o cruzamento das informações, verificamos o aumento significativo de fotógrafos na capital e a distribuição desigual pelas cidades do interior. Sobre as atividades dos fotógrafos, encontramos uma grande variedade de campos de atuação e um aumento nas demandas de atividades já conhec...
A paisagem barroca como memória estética nacional
Finisterra, 2016
A paisagem barroca, considerada elemento de uma memória estética nacional, guarda o espírito da empresa que produziu o território colonial: a rigidez de um sistema vertical de controle absoluto da produção artístico‑religiosa e do urbanismo que passam a caracterizar as cidades, no litoral e no interior do Brasil. Nesse aspecto, este artigo sugere, metodologicamente, o estudo da arte e do urbanismo barrocos brasileiros através da correlação entre memoria estética e território forjado, em consonância com a vida material e espiritual da sociedade moderna Européia.