Dentro e Fora Da Terceira Margem: Na Margem Do Silêncio (original) (raw)
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Do Silêncio para Fora é uma obra seminal na literatura brasileira contemporânea. No ano em que a Lei Maria da Penha completa onze anos, treze meninas retratam-se em momentos e contextos de vidas discrepantes e desiguais no quinto país mais violento para mulheres. As meninas autoras fazem parte do Grupo Mulheres do Brasil no Comitê Meninas do Brasil / São Paulo. Neste livro encontramos meninas que buscam, no caso desta obra, pela literatura, criar oportunidades para que elas mesmas e seus leitores possam ter a liberdade para pensar e criar mecanismos de prevenção, punição e erradicação da violência contra a mulher.
Revista "O eixo e a roda" (UFMG), 2023
Resumo: Este breve ensaio propõe ler o conto "A terceira margem do rio" como um mito político. Articulando-o a outros textos - ao Livro de Jó, por exemplo, mas também a outros contos de Primeiras Estórias (1962) -, focamos nossa atenção na sombra misteriosa que o pai canoeiro projeta sobre o fluxo fluvial para sugerir a presença de uma figura política inesperada a se insinuar nessa margem terceira. Palavras-chave: Guimarães Rosa; A terceira margem do rio; Mito de origem.
A Terceira Margem e Os Maxakali
Revista GeoPantanal, 2022
1 Neste artigo, chama-se de "sociedade envolvente" a não-indígena. 2 A etnia Maxakali habita a região nordeste de Minas Gerais. 3 No presente artigo, as referências às etnias indígenas são escritas no singular. Por isso "os Maxakali" e não "Maxakalis". Adota-se a "Convenção Para a Grafia de Nomes Tribais", da Associação Brasileira de Antropologia, que vigora desde 1953. Resumo: o presente artigo tem por objetivo apresentar pesquisa-ação sobre o acesso à justiça dos indígenas da etnia Maxakali em território demarcado por fronteiras simbólicas. Para tanto, buscou-se descrever as atividades realizadas no âmbito do projeto denominado "Cidadania, Democracia e Justiça ao Povo Maxakali", desenvolvido pelo Poder Judiciário, com vistas à ampliação do acesso à justiça dos Maxakali na comarca de Águas Formosas/MG. Inicialmente, destacam-se aspectos da territorialidade marcadamente fronteiriça do local e suas relações com a atividade judicante, a cosmologia Maxakali e o acesso à justiça. Apontamentos em cidadania, democracia e justiça norteiam as investigações científicas e as ações de impacto apresentadas.
Palestra de Dharma proferida durante o sesshin zen de maio, 2015, promovido pelo Centro de Dharma ZenGoiás - Templo Daissen-ji, Versa sobre aspectos básicos da experiencia do silencio contemplativo, em um ambiente de retiro tradicional Soto Zen. Transcrição e organização do Sangha ZenGoiás Revisado e adaptado para texto pelo monge Kōmyō em junho, 2015
“A Terceira Margem Do Rio”: Imanência e Transcendência
CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, 2011
Partindo da análise do conto “A Terceira Margem do Rio”, de Guimarães Rosa, pretendemos refletir sobre o arranjo actancial e tensivo do acontecimento extraordinário (ou apenas acontecimento, nos termos de Zilberberg), seja em seu polo eufórico ou disfórico. A ocorrência desse evento necessariamente implica um jogo de presença atual ou potencial dos valores da ruptura e da convenção. Acreditamos que esse conto consubstancia as forças actanciais que estão em funcionamento quando esses valores estão em cena. Dessa forma, ele pode funcionar como baliza para futuros estudos sobre o evento extraordinário.
Remate de Males
O artigo visa apresentar um modo de interpretação da personagem central da Odisseia por via de uma teoria da recepção focada no papel cocriador do recebedor. Está dividido em quatro partes: após a apresentação do problema, a segunda parte examina os passos-chave do poema (sobretudo dos cantos 9, 11 e 19) que embasam a argumentação da terceira, na qual são discutidos eventuais significados das ausências ou negações enformadas por Odisseu. A seção final argumenta pela possibilidade de leitura da Odisseia como um modo de ficção que não se perfaz nem como máscara nem como duplicidade, mas como alteridade radical em relação ao real.
O Entre-Lugar: A Exiliência Em “A Terceira Margem Do Rio”, De Guimarães Rosa
2019
Apreciador das linguas, da Natureza e, principalmente, da experiencia vivida do homem nos lugares em que habita, o escritor brasileiro Guimaraes Rosa produz em suas obras uma verdadeira “alquimia”, em que poderes literarios e linguisticos confluem e enfrentam a palavra, trapaceando a lingua e as normas. Suas obras transparecem os conflitos do homem comum, sobretudo, do sertanejo e sua relacao com o meio. Em seu conto “A terceira margem do rio” (1946), um homem reclusa-se em uma canoa e passa a viver no rio, habitando em uma terceira margem imaginaria que se materializa somente pelo seu ir e vir no meio das aguas. A relacao existencial desse personagem com a natureza e, essencialmente, em seu exilio no espaco aquatico, possibilita uma leitura espacializada da obra. Assim, este trabalho propoe estabelecer um dialogo interdisciplinar entre Literatura e Paisagem, para analisar a condicao de exiliencia do personagem recluso no rio. Para isso aliaremos os Estudos Literarios aos pressupost...
Silêncio e a Comunicação Dissidente
2017
Este estudo elabora sobre a natureza do silencio, seus tipos e seu efeito no processo de comunicacao. Trata de forma particular sobre o caso do ‘silencio corruptor'. Elabora tambem sobre a funcao social da comunicacao dissidente, a que visa em ultima instância, romper a barreira do silencio imposta pelas maiorias as minorias. Esta tendencia a conformidade contradiz a teoria democratica que afirma o direito dos grupos sociais e dos cidadaos a liberdade de expressao. Por fim, e apresentada uma tipologia de 16 tipos de silencio.
Chegar à Terceira Margem: um caso de prosa, paixões e maldade
Anuário Antropológico, 2015
Baseado nas condições que possibilitaram minha convivência entre os moradores da comunidade Terceira Margem, este artigo parte da narração de um incidente que colocou em outros termos minhas relações nessa localidade. Dessas relações, destaco a aproximação de três mulheres que, com conselhos e orientações, ajudaram-me na vivência daquele acontecimento. Fundamentais para a continuidade da minha presença entre os moradores, esses conselhos e orientações tornaram-se importantes também para a análise do modo de vida local, na medida em que, aconselhando, essas mulheres me falavam sobre seus próximos e sobre como essas relações se efetuavam. À luz das atitudes e dos comportamentos que elas e eu observamos nos dias subsequentes ao incidente, apresento uma etnografia dessas relações, tendo como foco a “prosa” e outras práticas centradas no uso das palavras.
Compolítica, 2020
Após quase 40 anos fora do mercado editorial brasileiro, o livro A Espiral do Silêncio, de Elisabeth Noelle-Neumann, chega ao país. Embora a obra seja extensamente resenhada e trabalhada nos cursos de Comunicação Social, a edição brasileira permaneceu praticamente incógnita mesmo depois de ser lançada em 2017 pela editora Estudos Nacionais. Este artigo propõe uma análise intertextual do enquadramento da edição por meio de seus elementos paratextuais: agradecimentos, apresentação, prefácio, notas de tradutor e comentários. O conceito de intertextualidade traz as relações implícitas que a edição brasileira de A Espiral do Silêncio guarda com demais textos teóricos e conversa com a noção de interdiscursividade, já que estes textos possuem relações implícitas e explícitas com outros campos discursivos.