Memória do câncer (original) (raw)
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Revista Crítica Cultural, 2011
A partir da discussão proposta por Susan Sontag, Philippe Dubois e Edmond Couchot, é possível pensar a fotografia como forma de ruptura com a pretensa continuidade do tempo, ao petrificar o instante tornado testemunha de um momento perdido. Brassaï trata da relação com a memória em Proust e a fotografia, tomando por base a ideia de revelação enquanto processo em que a lembrança se realiza apenas no ato de sua evocação, como atualização de uma existência virtual. Nesse sentido, propõe-se uma abordagem da poesia de Drummond como fotografia, especialmente a que constitui “retrato de família”. Considerando-se a importância das marcas de origem presentes na obra drummondiana, busca-se discutir tais marcas como matriz de leitura e de “revelação” da escrita-fotografia sobre a família, a terra natal e a infância. Entende-se Itabira como instância espaço-temporal, pedra carregada pelo poeta, em tensão com a relativização da família patriarcal dada pela ambiguidade fotográfica.
Anais do 4º Congresso Internacional de Direito e Contemporaneidade: mídias e direitos da sociedade em rede RESUMO Analisa-se neste estudo o tema memória ou esquecimento. A relevância desse trabalho reside em identificar uma alternativa para a colisão desses dois direitos que derivam de preceitos fundamentais. O ensaio tem por objetivo geral demonstrar a possibilidade de o tempo ser instituidor do direito por meio da evolução do tempo social. São seus objetivos específicos discorrer sobre a fundamentação e colisão dos direitos fundamentais, expor a institucionalização do tempo social operando em quatro aspectos: memória, perdão, promessa e requestionamento. A metodologia consiste em utilizar o método hipotético-dedutivo, a pesquisa será bibliográfica utilizando livros, meios eletrônicos e legislação. Com o resultado se espera conseguir contribuir para uma nova alternativa de solução da colisão entre o direito à memória e ao esquecimento.
Denise Rollemberg "A tarefa primordial de um professor útil é ensinar os seus alunos a reconhecer os fatos 'inconvenientes'-refiro-me aos fatos que são inconvenientes às suas opiniões partidárias".
Genética na Escola
O jogo da memória é muito antigo e acredita-se que era praticado pelos povos do Antigo Egito. Outros atribuem sua origem à China. Porém, indiscutivelmente, este tipo de jogo é excelente para ser usado como técnica para exercitar raciocínio e memorização. O jogo “Memória Genética” é formado por um baralho de 60 cartas, com 30 figuras associadas a conceitos, funções ou curiosidades a respeito de temas como divisão celular, estrutura e organização dos cromossomos.
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade
Neste texto apresento memórias de minha passagem pelo curso de Política e Produção Cultural da UNIPAMPA Campus Jaguarão, de 2018 a 2020. Num primeiro momento, contextualizo minha inserção no curso; no segundo momento, narro os trabalhos significativos realizados com um rapper, com uma desenhista e com um fotógrafo; e fecho o texto, no terceiro momento, com sugerindo a introdução de mais arte no curso. As memórias servem à reflexão desde uma posição de fora sobre a especificidade, as potências e os avanços possíveis no curso.
Jornal i, 2019
A produção de informação digital aumentou de forma prodigiosa nos últimos anos, transformando o seu arquivamento numa questão premente. De facto, as melhores estimativas indicam que as tecnologias à base de silício serão incapazes de proporcionar a breve trecho uma capacidade de armazenamento equiparada ao volume de dados produzido. O armazenamento de informação na forma de moléculas de DNA constitui uma das alternativas actuais mais promissoras para este problema. Este conceito inovador, que conjuga as ferramentas da biotecnologia moderna com as tecnologias de informação, poderá a médio/longo prazo revolucionar a indústria digital, criando novas oportunidades de emprego e áreas de atividade. Os nossos computadores processam informação recorrendo ao chamado código binário. Palavras e números são transformados em longas séries de uns (1) e zeros (0), que são depois lidas, manipuladas pelo computador e armazenadas em dispositivos à base de silício (e.g. memórias flash). A produção mundial deste tipo de informação, chamada "digital", aumentou exponencialmente nos últimos anos, superando largamente a informação preservada com recurso a tecnologias analógicas (e.g. livros, filmes, cassetes áudio, etc). Estima-se que cerca de 90% dos dados digitais existentes actualmente foram gerados apenas nos últimos 2 anos. Este aumento verdadeiramente esmagador do volume de informação acarretou consigo problemas de armazenamento. A partir de 2010, a capacidade anual disponível para guardar informação e passou a ser insuficiente face ao volume de dados produzidos. Acresce que o problema não pode ser resolvido aumentando simplesmente o número memórias digitais, já que os analistas estimam que a quantidade de silício produzida em 2040 será insuficiente para cobrir a procura global [1]. Torna-se por isso urgente procurar tecnologias inovadoras que permitam armazenar quantidades crescentes de informação digital por longos períodos de tempo. É neste contexto que têm vindo a ser desenvolvidos sistemas de armazenamento de informação digital em DNA. A informação genética na natureza encontra-se codificada em longas cadeia de DNA. Estas moléculas são construídas a partir de um conjunto de quatro moléculas mais pequenas-as bases A, T, G e C-que se sucedem com uma determinada sequência. Numa célula humana, estas cadeias de
Fronteiras: Revista Catarinense de História
O presente artigo tem como objetivo analisar o desenvolvimento e a modernização da cidade de Florianópolis, capital de Santa Catarina, através das memórias de um pescador da comunidade periférica da Tapera, no sul da Ilha de Santa Catarina. A partir dos relatos fornecidos por esse privilegiado informante busco reconstituir e entender o processo de modernização da cidade como sendo responsável pelo afastamento das sociabilidades marítimas, a elitização dos espaços da cidade e a marginalização espacial das populações trabalhadoras e pobres. Buscarei também uma reflexão sobre o processo de desenvolvimento de uma determinada identidade cultural ligada ao mar que funciona como elemento segregador na valorização ou desvalorização de determinados espaços ou narrativas na cidade.