Aquisição Da Retração Acentual Do Inglês Por Falantes De Português Brasileiro (original) (raw)

Aquisição de acento de palavra do inglês por falantes de português brasileiro

Este artigo trata da aquisição do acento primário do inglês por falantes de português brasileiro. O objetivo é observar se falantes não nativos conseguem modificar a noção de sílaba pesada do português (equivalente a sílaba com rima ramificada) para a do inglês (equivalente a núcleo ramificado). Os resultados indicaram que o nível de proficiência é significante, mas que o segmento da sílaba final e a possibilidade de epêntese afetam ainda mais os resultados. Os resultados nos permitem defender que, apesar da grande influência da L1 nos níveis de proficiência iniciais, a reparametrização (nos moldes de Chomsky 1982) é possível.

Aquisição de cognatos por aprendizes brasileiros de Inglês

Anais do I Congresso Nordestino de Linguística Aplicada, 2020

Ao iniciar o processo de aprendizado/aquisição de uma outra língua, que não a sua materna, o aprendiz dá início a um continuum que é conhecido na literatura da área de aquisição de línguas (PAIVA, 2014) como interlíngua. A interlíngua não é a língua materna do aprendiz, tampouco a língua alvo que almeja alcançar; é um sistema autônomo com características próprias (SELINKER, 1972). Dentre essas características estão, por exemplo, as estratégias de aprendizagem/aquisição e a fossilização; esta se refere ao fato de a aprendizagem/aquisição cessar em algum aspecto da língua (fonética, sintaxe, semântica, etc.) e aquelas às escolhas que o aprendiz faz para chegar à aquisição/aprendizagem de estruturas na língua alvo (VIEIRA, 2009). Dito isto, este trabalho teve como objetivo analisar a aquisição de cognatos por aprendizes brasileiros de inglês, pois muitas vezes os aprendizes os usam pela semelhança com a sua língua materna, o português brasileiro (PB). Metodologicamente, através de uma pesquisa quali-quantitativa, foram aplicados três testes distintos no campo da fonética e semântica para analisar o processo de aquisição/aprendizagem dos cognatos e interpretar os dados advindos deste processo. Usamos como referencial teórico os trabalhos de Selinker (1972), Percegona (2005), Villalba (2002) e Vieira (2009) para tratar aspectos da interlíngua; Bijsterveld (2010) e Nagy (1993) para tratar aspectos dos cognatos; e Kail (2013) e Paiva (2014; 2019) para aspectos metodológicos. Os resultados e conclusões mostraram o uso de cognatos como uma estratégia importante e passível de ser usada para o desenvolvimento da interlíngua, mas alertaram para grandes chances de fossilização no campo da fonética e chances menores no campo da semântica. Palavras-chave: Aquisição. Cognatos. Aprendizes. Inglês.

Período Crítico e Aquisição Fonológica Do Inglês Por Falantes Brasileiros

Alfa: Revista de Linguística (São José do Rio Preto)

RESUMO: Este artigo trata da discussão a respeito da influência da idade de início de aquisição no processo de aprendizagem de uma língua estrangeira. Para isso, foram analisados três processos fonológicos do inglês a serem adquiridos por falantes de português brasileiro. Foram aplicados experimentos relativos ao vozeamento de fricativa em coda, retração de acento e acentuação, para informantes de três níveis de proficiência: básico, intermediário e avançado. Os resultados apontaram que, para dois dos processos (retração de acento e acentuação), o fator idade foi relevante – ao menos em determinados níveis de proficiência. Por outro lado, o vozeamento não foi adquirido por nenhum nível de proficiência, independentemente idade de início do processo de aquisição.

Aquisição Da Língua Portuguesa Pelo Sujeito Surdo Usuário Da Libras

Rellís - Revista de Estudos de Libras e Línguas de Sinais - ISSN 2763-5082, 2020

Esta pesquisa evidencia como ocorre o processo de aprendizagem da Língua Portuguesa pelo sujeito surdo usuário da Língua Brasileira de Sinais (Libras). O estudo é um complemento de outro trabalho de especialização e justifica-se tendo em vista as diferenças no processo de ensino e aprendizagem de surdos e ouvintes, o que leva à necessidade de aprofundamentos teóricos. Sendo assim, salienta-se, neste texto, a importância da aquisição da Língua de Sinais no processo de aprendizagem da Língua Portuguesa, na modalidade escrita. A pesquisa é de cunho bibliográfico, baseada em autores como Fernandes (2006; 2013), Gesser (2009), Karnopp (2012), Pereira (2010; 2012), Quadros (1997), dentre outros, que tratam sobre o assunto e contribuem para reflexões acerca da temática. Alguns documentos oficiais, como publicações do Ministério da Educação (MEC), Leis e Decretos no campo da Educação Especial, também foram fontes do estudo. Conclui-se que, apesar de haver amparo legal que garante o uso da Libras pelo sujeito surdo proporcionando-lhe o acesso à cultura, à comunicação e à informação, quando se trata da língua escrita os conhecimentos acerca das singularidades linguísticas se tornam prementes, especialmente no contexto escolar, sobretudo em sala de aula comum do ensino regular. Nesse sentido, ações de formação docente, em especial no âmbito do ensino da Língua Portuguesa para surdos, emergem como fundamentais para a garantia de uma educação de qualidade para esses alunos a partir do entendimento dos processos de aquisição de primeira e segunda língua. Defende-se que a utilização de metodologias diferenciadas de ensino de Língua Portuguesa para surdos é fundamental para a efetivação de profícuos processos de significação.

Choques De Acento e Interferências Rítmicas Do Português Brasileiro Na Aquisição De Inglês Como L2: Considerações Preliminares

Prolingua, 2014

A colisão ou choque de acento é um fenômeno que não tem passado despercebido nas discussões de caráter gerativista sobre o ritmo linguístico. Através da Fonologia Métrica, Liberman & Prince (1977) experimentam a primeira tentativa de caracterizar e representar tal fenômeno observando as relações de proeminência relativa internas às palavras. Dois acentos lexicais contíguos no nível da frase fonológica causam o que se chama de "choque acentual", contrária ao princípio de alternância rítmica. A regra de "retração acentual" é responsável pela resolução de choque, cuja implementação, em inglês, se dá pela acentuação da sílaba anterior à esquerda da primeira acentuada da colisão, que fica desacentuada pela aplicação da regra. O presente trabalho, que é uma abordagem preliminar, tem como objetivo discutir o fenômeno prosódico da retração acentual na produção de fala da Língua Inglesa (LI) por falantes nativos do Português do Brasil (PB), bem como da operação que permite desfazê-lo através da utilização da regra rítmica.

Aquisição Do Acento Do Inglês Como L2: Uma Análise via Teoria Da Otimidade

Neste estudo, investigamos as estratégias de reparo aplicadas ao padrão de acento primário do Inglês, no processo de aquisição, por falantes nativos de português brasileiro (PB). Para esse propósito, utilizamos a Teoria da Otimidade Conexionista (COT), a partir dos estudos de Bonilha (2004) como sua base teórica. A COT, além de prever a interação de restrições, a interação de diferentes níveis fonológicos (como segmental, silábico e acentual) e o reranqueamento no processo de aquisição de uma L2, também propõe que restrições específicas da L2 devam ser adquiridas. No presente estudo, analisamos a aquisição do acento do inglês em palavras sufixadas, especialmente, na produção de palavras cujo sufixo carrega o acento, como -oon, -eer, -ee, -ette, -esque, -ese, -ique, -et, - aire, -euse e -eur. Levando-se em consideração o processo de reranqueamento, intentamos caracterizar a hierarquia de interlíngua evidenciada pelas produções desviantes dos aprendizes a tal padrão. Com este objetivo...