História (s) e ensino de História (original) (raw)

Educação e ensino de história

Este texto tem como objetivo apresentar a possibilidade de utilizar, no ensino de História, a crônica escrita por Rachel de Queiroz em jornais e revistas da primeira metade do século XX. Apresentamos antes uma breve biografia da autora, enfocando o contexto de sua produção, e depois realizamos uma breve análise da crônica selecionada, sinalizando oportunidades para trabalhar com os estudantes. Este documento oferece uma leitura pessoal sobre certos temas e também uma percepção histórica mais ampla e mais crítica do mundo. Palavras-chave: ensino de história, crônicas, Rachel de Queiroz Abstract: This paper aims to present a possibility for history teaching, making use of chronicles written by Brazilian writer Rachel de Queiroz in newspapers and magazines of the first half of the twentieth century. Previously, we present an author short biography, focusing her context of production, then we briefly analyze the selected chronicles and point out opportunities to work with students. This document provides a personal reading on certain topics, and also a broader critical and historical perception of the world.

GÊNERO E ENSINO DE HISTÓRIA: DEMANDAS DE UM TEMPO PRESENTE

Organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero". Essa foi a alternativa C da amplamente debatida questão 1 da prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2015. A referida questão, em relação a qual pudemos observar as mais diversas reações, dizia respeito a máxima "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher", de autoria de Simone de Beauvoir, citada textualmente no enunciado. As intensas reações à presença dessa questão no exame puderam ser percebidas no dia mesmo de sua realização, quando observamos o que se comentava em diferentes redes sociais. Posicionamentos de entusiasmo e alegria, pela visibilidade nacional possibilitada ao movimento feminista, dividiram espaço com críticas e reprovações ao caráter supostamente "indevido" da questão. Dentre as manifestações de agrado, podemos citar a veiculação de inúmeras fotos da questão, ilustradas com corações e exclamações. Os incontáveis compartilhamentos vinham comumente acompanhados por legendas entusiasmadas como: "eu vivi para ver um dia o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, perguntar sobre Simone de Beauvoir e o feminismo <3" e "Sabe por que é certo militar? Porque teve questão sobre feminismo e cultura patriarcal no Enem". 40 De maneira diametralmente contrária, o desagravo também se fez presente. Nesse sentido, reproduzimos abaixo a postagem de um promotor que ganhou grande repercussão devido ao teor inusitado de sua assertiva:

História e Educação Histórica

Revista Portuguesa de História

O presente artigo pretende explorar, através de uma abordagem qualitativa e reflexiva da literatura de referência, as possíveis interações entre os campos filosóficos-epistemológicos da História e da Educação, no desenvolvimento do pensamento histórico e da formação de consciência histórica. A partir de um percurso pelas principais características da construção da narrativa histórica e dos seus desafios epistemológicos, nomeadamente as questões de posicionamento de perspetiva e enfoque cultural na produção de conhecimento histórico questionaremos como é possível articular princípios de multiperspectivismo e universalismo na aprendizagem histórica intercultural, apresentando e debatendo alguns modelos que procuram explicitar como a experiência histórica se pode desenvolver para fomentar a aprendizagem e contribuir para a formação de consciência histórica.

História pública e ensino de história

Estudos Ibero-Americanos, 2021

O texto resenha a obra História pública e ensino de história, reunindo resultados de pesquisa na convergência entre os dois campos, com significativa presença de professores de História que atuam na educação básica, em formação continuada. Argumenta que, se a expansão da história pública vem buscando o diálogo com o ensino de história, não só esse diálogo foi se convertendo recursivamente em um dos principais fios na tecitura da própria rede como também as pesquisas e práticas em ensino de história renovaram seus sentidos no diálogo com a história pública. Nesse sentido, situando-se em uma zona borbulhante de temas, problemas, abordagens, referências e contextos, a obra oferece contribuição importante à configuração de uma linguagem na qual se expressam as possibilidades de articulação e de encontro entre o ensino de história e a história pública.

Combates pelo ensino de história

Combates pelo ensino de história, 2022

Combates pelo Ensino de História reúne uma amostra dos resultados preliminares de parte da primeira turma (2020) do Programa de Pós-Graduação em Ensino de História / Mestrado Profissional (PROFHISTÓRIA) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Campus Xinguara que se somam a dois convidados externos e cujos intentos visam, no conjunto, entrelaçar reflexões sobre a distância entre normas e práticas educacionais, mediante temas e abordagens inovadoras, além de debater os desafios e as conquistas do universo escolar.

Ensino de História

Em Tempo de Histórias

Este artigo discute o ensino de história e alteridade, centrando a análise na função do ensino de história de formar a consciência histórica. Partindo do pressuposto de que o livro didático é o principal material escolar utilizado no ensino de história, buscamos refletir acerca da natureza de seu discurso e de qual tipo de consciência histórica ele é capaz de corroborar a construção. Localizando o debate no espaço da busca por efetiva democracia, concluímos com a constatação da necessidade de superar a narrativa predominante nos livros didáticos brasileiros, já que esta nega a diversidade e igualdade étnico-racial do País.