Cidades pequenas, grandes problemas :perfil urbano do Agreste Potiguar (original) (raw)

Aspectos Histórico-Sociais De Pequenas Cidades Da Microrregião De Campo Mourão - PR

Boletim de Geografia, 2015

A maior parte das cidades brasileiras, 80,4%, é considerada como pequena. Essa proporção é ainda maior no Estado do Paraná, porque 83,0% das sedes municipais têm menos do que 20.000 habitantes (IBGE, 2010). Avaliando esses dados, evidencia-se o papel representativo e significativo dessas pequenas cidades no contexto estadual e também nacional. Todavia, mesmo que a pesquisa científica voltada a essa parcela do urbano tenha sido tratada de forma mais contundente nos últimos anos, seu cotidiano ainda é algo pouco explorado e conhecido pela ciência. Condição que motiva e justifica o presente estudo. Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos histórico-sociais de três pequenas cidades da Microrregião de Campo Mourão no Estado do Paraná, Brasil-Peabiru, Araruna e Engenheiro Beltrão, a fim de entender o que determinou a sua condição atual e identificar potencialidades e necessidades futuras. As três cidades mencionadas registraram as primeiras ocupações nos anos de 1940 e 1950, principalmente devido às políticas de ampliação das fronteiras agrícolas; tiveram seu auge populacional nos anos 1970; todavia, após esse período, registraram decréscimos populacionais significativos e contínuos devido à modernização do campo.

ANÁLISE DA PAISAGEM URBANA DE UM MUNICÍPIO DE PEQUENO PORTE Franciely Velozo Aragão 2

RESUMO A paisagem urbana é predominantemente resultado das ações humanas na cidade, sendo representadas por elementos que a compõe e pela percepção de cada indivíduo. Neste contexto surgem dois autores, Lynch e Cullen, que abordam metodologias, respectivamente, para análise perceptiva e visual da paisagem urbana. Para a aplicação destas metodologias e elaboração de um diagnóstico do desenho urbano, escolheu-se um bairro do município de Jesuítas-PR. Deste modo, o estudo teve em uma primeira etapa o entendimento da malha urbana e a identificação de seus principais elementos, vias, limites, pontos nodais e marcos, começando pela diferenciação deles e posteriormente reintegrando os elementos identificados à imagem total. A segunda etapa compreendeu um levantamento fotográfico em um percurso realizado por um transeunte correspondente a visão serial. Para tal objetivo, escolheu-se um trajeto no bairro em que realizou a identificação dos elementos e registraram-se seis pontos, um a cada 50 m. As análises identificam no traçado urbano do município diversos elementos facilmente reconhecidos e organizados e que servem de referência e localização para os seus habitantes.

Pequenas cidades, grandes problemas urbanos: a realidade de São Sebastião da Amoreira (PR)

Vértices (Campos dos Goytacazes), 2018

Os problemas urbanos existem desde as primeiras cidades capitalistas, especialmente por esse modelo privilegiar o capital em detrimento do social. Por isso, o objetivo principal deste artigo é demonstrar que pequenas cidades possuem problemas semelhantes e até maiores que grandes cidades, uma vez que se assentam no mesmo modelo de urbanização. Assim, o artigo desmitifica a visão de que as pequenas cidades são espaços sem problemas urbanos e que somente os grandes centros possuem ausência de serviços de saúde, educação, geração de renda, segurança, entre outros problemas. O estudo ocorre na pequena cidade de São Sebastião da Amoreira, localizada no interior do estado do Paraná. A pesquisa apresenta os principais problemas urbanos a partir da percepção dos habitantes locais, além do histórico e dos indicadores demográficos e sociais. Para isso, foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico e de dados, aplicação de questionários à população da cidade e pesquisas descritivas e registros fotográficos sobre os principais problemas urbanos. O intenso descuido com a cidade resultou em diversos problemas urbanos, sendo que os mais considerados pela sociedade local foram: serviços de saúde, infraestrutura asfáltica e ausência de geração de empregos. Uma consequência da existência desses problemas é o esvaziamento demográfico, já que a população desiste de residir na cidade, mudando-se para outras localidades.

PEQUENAS CIDADES: seus atributos, dilemas e cotidiano no contexto espacial da microrregião geográfica de Catalão (GO)

observatoriogeograficoamericalatina …

A temática "pequena cidade" vem ganhando importância nos estudos geográficos, entretanto, este fato não se deve à existência de uma abordagem conceitual consolidada. No caso específico do Brasil, é notória a dificuldade no tratamento deste assunto, visto que ainda não há estudos suficientes para apreender a realidade de uma urbanização marcada, entre outros fatores, pela presença de muitas pequenas cidades e poucas grandes e médias cidades. Para ilustrar esta informação, ressalta-se que cerca de 83 % das cidades brasileiras, no ano de 2000, tinham menos de 20 mil habitantes urbanos e, nestas viviam aproximadamente 18 % da população urbana do país (PNUD; IPEA; .

Réquiem Para as Pequenas Localidades? Reflexões e Panorama De Municípios Demograficamente Pequenos

Caminhos de Geografia, 2021

A instituição do município existe desde a Antiguidade. Acompanhar o percurso dessa história permite perceber as oscilações quanto ao seu tratamento político ao longo do tempo, entre períodos de autonomia e de sua captura como mera engrenagem administrativa. No Brasil foram poucos os momentos em que os municípios alcançaram maior autonomia, sendo a Constituição Federal de 1988 o mais expressivo deles. Contudo, passadas três décadas as Emendas Constitucionais, regulamentações complementares e novas proposições de lei demonstram novamente uma retração política. Considera-se, nesse artigo, essa realidade articulada a dinâmicas regionais apreendidas em pequenas localidades no atual período, com perda de centralidade e declínio demográfico, que demandam a deliberação de políticas territoriais. No entanto, o que se observa é o contrário. O texto apresenta reflexões sobre a realidade das pequenas localidades, dos municípios enquanto instituições locais e dados que permitirão uma reflexão ac...

Território e Morfologia Urbana Em Pequenas Cidades: O Que Revelam?

Revista Geografica De America Central, 2011

Inúmeras e variadas, as pequenas cidades, são frequentemente associadas a espaços marcados pela tranquilidade, socialmente acolhedores, ou seja, sem as costumeiras contradições que marcam a sociedade capitalista. O território e a morfologia urbana podem contribuir na desmistificação destas interpretações equivocadas das condições sociais e humanas vivenciadas em tais espaços. Este é o objetivo deste trabalho. Com esta finalidade, o presente estudo estará baseado na análise dos territórios e da morfologia urbana a partir de imagens e plantas de cidades da região Norte Central paranaense. Do ponto de vista teórico, serão utilizados os referenciais que tratam de forma geral da temática da morfologia urbana, já que não são comuns estudos que tratem destes aspectos em pequenas localidades urbanas. É exatamente este o principal aporte deste estudo: mostrar por meio de uma expressão essencialmente material e concreta (o território e sua morfologia), nuances das relações sociais e humanas ali estabelecidas e das desmistificações necessárias. Recentemente, as pequenas cidades passaram a receber um pouco mais de atenção no meio acadêmico. Entretanto, os territórios ou espaços intra-urbanos destas localidades seguem como realidades ainda não contempladas adequadamente nos debates acerca da realidade urbana. Palavras-chave: Morfologia urbana; Pequenas cidades; Norte do Paraná.

As Pequenas Cidades Na Confluência Do Urbano e Do Rural

GEOUSP: Espaço e Tempo (Online), 2011

Resumo Este texto procura explorar o papel das pequenas cidades brasileiras no que diz respeito às relações entre o urbano e o rural. Admitimos que as pequenas cidades situam-se na confluência do urbano e do rural. Mas o papel que desempenham é diferenciado e admitimos ser possível estabelecer tipos ideais de pequenas cidades que sejam capazes de torná-las compreensíveis enquanto nós de ampla e complexa rede de cidades.

Pensando os papéis e significados das pequenas cidades do Noroeste do Paraná

D e tudo ficaram três coisas: A certeza de que estamos sempre começando. A certeza de que precisamos continuar. A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar. Portanto, devemos fazer da interrupção um caminho novo... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte... Da procura, um encontro. (Fernando Pessoa) RESUMO Este trabalho inicia-se a partir de um olhar de estranheza sobre o processo de declínio demográfico que ocorre em vários municípios com pequenos núcleos urbanos, na Região Noroeste do Paraná. Nesta área constitui-se, em ritmo acelerado, uma formação socioespacial, baseada num complexo econômico capitalista fundamentado na economia cafeeira. O surgimento de uma densa rede urbana, com muitas pequenas cidades, decorreu de atributos peculiares daquele momento, quando tais localidades explicavam-se, basicamente, pelos papéis de localidades centrais. Contudo, uma série de transformações alterou rapidamente as características originais adquiridas pela região. As mudanças na agricultura e no uso do solo, a definição de um novo perfil industrial do Paraná e outras alterações mais gerais relativas à cultura, às formas de consumo e de acessibilidade apresentaram uma série de implicações socioespaciais. Há, portanto, uma redefinição da rede urbana e dos papéis e significados das pequenas cidades neste contexto. Em meio à tendência geral de declínio demográfico dos municípios polarizados por pequenas cidades, verificou-se que alguns possuíam uma dinâmica demográfica de crescimento. Assim, foram selecionados municípios com o objetivo de aproximar o foco da análise, bem como de estabelecer algumas comparações acerca destas dinâmicas diferenciadas e de problemas comuns. Dinâmicas e problemas que se repetem na maioria dos municípios remetem à superação dos excepcionalismos na análise científica e trazem a discussão sobre as escalas geográficas, no sentido de identificar a origem dos processos. A ênfase recai sobre a construção e re-construção da escala local, seu significado político e seus limites. As políticas territoriais estiveram afinadas com o processo de centralização e concentração do capital. Entretanto, recentemente formaram-se novos referenciais de desenvolvimento que trazem para a pauta -política e acadêmica -as áreas não-metropolitanas, frequentemente esquecidas. M as, a nova política territorial é voluntarista e traz consigo uma série de atributos que admitem múltiplas interpretações. Em complemento, indica-se a supramunicipalidade como possibilidade de articulação política tendo em vista a finalidade de superar as deficiências de serviços e equipamentos públicos nas pequenas cidades. Estas pequenas cidades além de terem seus papéis redefinidos, adquirem uma importância específica na perspectiva social. O significado dessas localidades pode ser apreendido por meio das manifestações da sociedade local, revelando uma apreciação que escapa, parcialmente, à lógica econômica e que parece não depender da dinâmica demográfica. Por outro lado, o significado social também se constrói, de modo mais objetivo, pela condição material e pelas especificidades políticas que caracterizam, de forma geral, as pequenas cidades. Entre as utopias e projeções idealizadas e as pequenas cidades concretas há uma distância considerável, mas ambas revelam a pobreza da política, por isso, a idéia de vir-a-ser deve ser construída de forma mais aberta, valorizando processos sociais e políticos positivos, mais que fins determinados. A perspectiva da sociedade urbana renova a utopia, incluindo o futuro das pequenas cidades e da dimensão local. O aprendizado político sinaliza a trilha a ser seguida, tendo em vista a apropriação efetiva e humana do tempo e do espaço.

Cidades Pequenas e Qualidade de Vida Urbana

XIX ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO

Este artigo tem como objetivo explorar o tema da cooperação intermunicipal, em relação às cidades pequenas e à qualidade de vida urbana, emprega como metodologia o estudo de caso da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC). Fundamentado nos conceitos de qualidade de vida urbana, cidade pequena e cooperação intermunicipal, apresenta como resultados: a configuração da região e rede urbana, as particularidades dos municípios que a integram, e as atividades cooperadas. A partir dos resultados foram elaboradas hipóteses para potencial análise, em estudos futuros, sobre a qualidade de vida urbana em cidades pequenas que integram processos de cooperação intermunicipal.

PEQUENAS CIDADES DA MICRORREGIÃO DE ITUIUTABA (MG): UMA

seer.ufu.br

Este artigo é um estudo sobre as pequenas cidades da microrregião geográfica de Ituiutaba (MG) e tem como objetivo analisar as estruturas sociais, econômicas e espaciais de Capinopólis, Cachoeira Dourada e Gurinhatã. A área de estudo do projeto de pesquisa compreende os municípios de pertencentes a microrregião de Ituiutaba (MG) sendo eles: Capinópolis, Santa Vitória, Ipiaçu, Gurinhatã e Cachoeira Dourada . Entretanto, neste trabalho apresentam-se apenas os resultados da pesquisa realizada em Capinópolis, Gurinhatã e Cachoeira Dourada. Para a elaboração do trabalho realizaramse levantamento e leituras de materiais bibliográficos e trabalhos de campo. Palavras-chave: Cidades. Pequenas cidades. Urbanização. Microrregião geográfica de Ituiutaba (MG). ABSTRACT This article presents an analysis about the small towns of Ituiutaba's (MG) microgeographical region, aiming to examine the social, economic and space structures of Capinopólis, Cachoeira Dourada and Gurinhatã to describe their characteristics, similarities and particularities. The area of this research project of study includes the municipalities belonging to Ituiutaba's (MG) micro-region: Capinópolis, Santa Vitoria, Ipiaçu, Gurinhatã and Cachoeira Dourada. However, this work presents only the research results done in Capinópolis, Gurinhatã and Cachoeira Dourada. For the development of this work, were necessary to have informations and readings of bibliographic materials, besides fieldwork.