Transnacionalidade e Redes de Colaboração Solidária: sua importância na consolidação do Comércio Justo (original) (raw)
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Comércio Justo e Solidário Na Prática
Revista Brasileira de Agroecologia
Grupos de Consumo Responsável (GCR) buscam aproximar consumidores(as) e fornecedores(as), a fim de realizar a compra direta de produtos que estejam alinhados aos seus princípios. Em São Lourenço do Sul (RS), o GCR Jerivá vem, desde 2019, estreitando laços com a agricultura familiar de base agroecológica e com empreendimentos de economia solidária presentes na região sul do estado. A partir de bancos de dados gerados na presente pesquisa, foi possível estabelecer relações e aprendizados acerca da oferta e do consumo de produtos circulados no grupo. Após 18 meses, cerca de 25.846 produtos foram ofertados e desses, 5.059 foram consumidos – representando o montante de R$ 15.743,04. O presente estudo indica a existência de grande potencial de expansão do GCR, haja vista que menos de 20% é consumido em face de tudo aquilo que é ofertado no grupo. Apesar de inicial, o estudo demonstra que os GCR são uma importante alternativa de comercialização para a agricultura familiar.
Empresas Transnacionais, Capitalismo Humanista e Solidariedade
Interfaces Científicas - Direito, 2017
O presente trabalho tem por objetivo analisar a regulação das empresas transnacionais sob o ideário da solidariedade pautado no capitalismo humanista. Para tanto, o trabalho será dividido em duas partes. Na primeira, pretende-se verificar o empoderamento do setor empresarial que levou ao surgimento das empresas transnacionais e a urgência de sua regulação em função da necessidade de um sistema econômico mais inclusivo. Já na segunda, pretende-se entrelaçar o ideário da solidariedade presente no capitalismo humanista e as empresas transnacionais, como forma de garantir o ideário protetivo dos Direitos Humanos. Os métodos de pesquisa utilizados serão o hipotético-dedutivo, bibliográfico e revisional.
Movimento Nacional e Internacional De Comércio Justo: Entre a Cooperação e a Concorrência
Pensamento Realidade Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados Em Administracao Fea Issn 2237 4418, 2011
RESUMO O movimento do Comércio Justo surgiu na Europa e América do Norte entre as décadas de 40 e 50 e foi expandindo suas atividades gradativamente. O Brasil começou a participar deste sistema internacional a partir da década de 70, com a comercialização de artesanato e alguns gêneros alimentícios. A construção de um sistema brasileiro de comércio justo surgiu bem mais tarde, a partir do final da década de 90. A estruturação do movimento nacional se deu, então, em meio às atividades comerciais voltadas ao mercado internacional. Esta situação, que pode ser vista como uma ameaça ao desenvolvimento da iniciativa nacional permite o seguinte questionamento: no contexto brasileiro, o sistema nacional e internacional de comércio justo são movimentos concorrentes ou existem aspectos de cooperação entre eles? O presente trabalho "Movimento nacional e internacional de Comércio Justo: entre a cooperação e a concorrência" analisou e comparou a iniciativa nacional e internacional com base na metodologia de análise qualitativa de conteúdo proposta por Philipp Mayring. Foram estabelecidas categorias de análise para a realização dos procedimentos de extração, paráfrase e redução do material de trabalho. Os resultados obtidos a partir da análise comparativa foram interpretados à luz do questionamento proposto.
Criar Pontes Entre O Solidário e O Mercantil: Riscos e Benefícios De Um Trabalho Colaborativo
Cooperativismo e economía social
A sustentabilidade é um objetivo inadiável de organizações solidárias, enquadradas no setor da Economia Social. O reduzido nível de intervenção social do Estado e as elevadas desigualdades de rendimento e fragilidade da sociedade civil perpetuam altos níveis de pobreza. Para tornar a sustentabilidade uma meta alcançável, e estribado num estudo de caso múltiplo, o artigo argumenta que as organizações solidárias podem posicionar-se como beneficiárias dos ativos disponibilizados por entidades mercantis, através de programas de cidadania organizacional. Os benefícios potenciais são, porém, acompanhados por riscos de que as organizações solidárias devem estar preparadas para minimizar ou eliminar. Com este quadro em mente, o artigo procura desconstruir o tradicional cisma axiomático entre o universo com fins lucrativos e sem fins lucrativos e propõe que parcerias entre organizações de âmago tão distinto possam ser mutuamente benéficas.
Revista de Direito, Globalização e Responsabilidade nas Relações de Consumo, 2016
O fenômeno do Greenwashing trouxe a discussão sobre consumismo, sustentabilidade e certificação. No Brasil, a legislação dos produtos orgânicos inspirou a Portaria MTE nº 2.060 /2014 (Comércio Justo), que adotou três métodos de certificação: por auditoria, participativa e controle social. A possibilidade de produtor e consumidor serem partícipes desse processo fez emergir um sistema normativo que realiza os valores de uma sociedade transnacional. A pesquisa utilizou o método crítico indutivo, os meios foram majoritariamente bibliográficos, a legislação foi interpretada pelo método hermenêutico gramatical. Quanto aos fins, foi descritiva e explicativa.
Sistema Nacional De Comércio Justo e Solidário
Revista de Direito Brasileira, 2017
passam a ter especial relevância. O estudo dessa normatização difusa, transfronteiriça e, muitas vezes, privada é a proposta do presente artigo, na linha de pesquisa Direito, Economia e Desenvolvimento Sustentável. A metodologia escolhida foi a dialógica, buscando a contraposição interdisciplinar necessária para construir convenções úteis. As técnicas de delineamento utilizadas foram pesquisa bibliográfica, documental e legislativa.
Solidariedade Tributária e Grupos Econômicos
Revista de Direito Tributário e Financeiro, 2015
The research discusses the allocation of the tax obligation to a third party by virtue of the mere belonging to an economic group in an attempt to determine the hypothesis in which this procedure would be possible. From the legal definition of economic group based on corporate, labor and tax law it was possible to identify legal economic groups and actual economic groups. The study found that the tax liability depends on the solidarity and that the latter can only be determined by the supplementary legislator. Off this case, it was concluded that one can only assign tax liability to a third party by means of an economic group if the corporate veil is pierced, in accordance with the civil law requirements and, from next year on, according to the procedure set by the New Code of Civil Procedure.
Trabalho livre e compulsório nas fronteiras do Mato Grosso: A transnacionalidade
Anais - Histórias do trabalho no sul global, 2010
A geografia de Mato Grosso, território distante do poder central e do litoral marítimo e próximo dos demais países platinos, empregou à sua história uma característica ao mesmo tempo singular e plural por carregar em seu bojo a globalidade das relações de trabalho que se configuravam em um mundo que se modernizava no ritmo da máquina à vapor, e que guardava (e guarda) a contradição de formas pretéritas da exploração do trabalho. As formas de exploração do trabalho e de resistência, nesse ambiente fronteiriço, devem ser entendidas, portanto, a partir da conectividade do regional, do nacional e do transnacional. O objetivo desta comunicação é fazer este debate privilegiando três ramos de atividades presentes no Sul de Mato Grosso na passagem do século XIX para o XX, quais sejam: a navegação transnacional, a construção da ferrovia Noroeste do Brasil e o trabalho de extração da erva-mate. Essas atividades, que inseriram Mato Grosso no mundo moderno de produção e circulação de mercadorias, são permeadas por relações de trabalho compulsório e livre, rural e urbano, onde conviviam sujeitos de nacionalidades distintas e com marcada diversidade étnica.
O papel do design na promoção do Comércio Justo e Solidário
Nowadays, the concept of Fair Trade is increasingly taking part of decision making and product development in companies of all sizes and scopes. It is a system of trade based on direct relationships and partnerships between buyers in the global market and producers, particularly from small enterprises,aimed in achieving fair prices for products, investments in communities and cultural identity, social and environmental sustainability, and adequate labor conditions. Once Fair Trade is as a model of commercial exchanges based on sustainability and equity principles, assembling the interests of producers, consumers, communities, government and environment as a whole, it is urgent that Design and Fair Trade strategies work together in order to establish different forms of business that result in empowerment of cultural and social values, respecting the environmental aspects of evolution on Earth.This paper introduces a discussion on new alternatives of solidary business to be used as a dashboard in developing sustainable practices, focusing on the importance of designers when planning the material world, facing problems regarding to the development of societies, particularly in economical, environmental, cultural and ethical perspectives.