A ONU e a privatização da violência: a utilização de empresas militares privadas em missões de paz (original) (raw)
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Guerra S.A. : como as empresas militares privadas alteram a balança do poder internacional
2014
2.3-Do século XIX á atualidade: o nascimento e ascensão das Empresas Militares Privadas…………………………………………………………………………….……pág. 34 3-Caracterização das Empresas Militares Privadas e suas atividades……….…..pág. 38 3.1-A prestação de serviços militares em funções de suporte…………...…….pág. 39 3.2-O papel das Empresas Militares Privadas como multiplicadores de força em situações de combate………………………………………………………..………..….pág. 40 3.3-A recolha privada de informações……………………………..…………..pág. 42 3.4-A venda de armamento e as parcerias na área de Pesquisa e Desenvolvimento………..……………………………………………………………….pág. 45 4-Perfil do cliente: Quem contrata Empresas Militares Privadas e com que objetivos………………………………………………………………..……..…………pág. 49
O uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) nas operações de paz da ONU
Carta Internacional
Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) introduziu Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) na Missão Multidimensional Integrada de Estabilização das Nações Unidas no Mali (MINUSMA). Este trabalho utiliza o caso da MINUSMA para discutir o uso dessa tecnologia nas operações de paz. O argumento central é que a utilização de VANTs no Mali é fruto de inovação adaptativa no campo das missões de paz. Para substanciar o argumento, utilizam-se documentos da ONU, fontes secundárias e entrevistas. A análise utiliza elementos selecionados da chamada ‘revolução de assuntos militares’ e da literatura sobre inovação militar: doutrina, organização, custos, domínio da informação, comando e controle, simulação e treinamento, e agilidade/ímpeto. O texto apresenta alguns aspectos da ‘revolução de assuntos militares’ e da inovação militar, descreve a evolução nas operações de paz que resultou no uso de VANTs e o contexto em que eles foram desdobrados no Mali para, no final, discutir a utilização d...
Imunidades Em Operações De Paz Das Nações Unidas
Revista de iniciação científica da FFC, 2016
Resumo: A Organização das Nações Unidas (ONU), de forma a alcançar um de seus objetivos de manutenção da segurança e da paz no mundo, tem como ferramenta fundamental o estabelecimento de Operações de Paz, as quais evoluíram amplamente, possuindo hoje um caráter multidimensional. Os integrantes dessas operações, assim como os membros da própria ONU, possuem imunidades baseadas tanto em convenções multilaterais quanto em acordos específicos realizados para com o país hospedeiro da operação. Essas imunidades acarretam debates relacionados com os casos em que há o cometimento de crime por parte de algum membro da operação. Utilizando fontes bibliográficas e documentais, esse artigo partirá da evolução das operações de paz para apresentar os documentos que regulam e dão base jurídica para as imunidades dos chamados "peacekeepers".
A participação portuguesa em missões de paz da onu
Relações Internacionais R:I, 2015
This article aims at describing and analysing what has been the Portuguese participation – Armed and Constabulary Forces – in peace missions, in the last 23 years. The analysis highlights three fundamental features: the number of theatres of operations where national forces operated has increased, as well as the distance among them. National forces began operating outside the traditional regions of national interest; in a significant number of occasions, national participation was done through individual contributions, small and with short duration (one/two years); The military and constabulary forces own unquestionable subject matter expertise to work in the framework of United Nations peacebuilding operations.
Onu e a Privatização Da Violência
Revista da Escola Superior de Guerra
Contratar Empresas Militares Privadas (EMPs) passou a ser rotina após o fim da Guerra Fria. A diversidade de serviços tornou essas empresas, importantes agentes em operações militares e humanitárias por todo o globo. A ONU monitora e utiliza os serviços das EMPs em Missões de Paz desde a década de 60 do século XX. De forma variada, as EMPs sempre estiveram envolvidas, ora de maneira direta, ora indiretamente, na maior parte das missões administradas pelas Nações Unidas. O presente trabalho baseia-se em dois objetivos básicos: o primeiro deles busca descrever e analisar a utilização de Empresas Militares Privadas nas diversas operações de paz espalhadas pelo globo; o segundo objetivo busca vislumbrar os principais pontos positivos e negativos observados na ocorrência de tais fenômenos. A apresentação de um trabalho mais descritivo busca contribuir para a concepção e o desenvolvimento de estudos futuros, que visem construir inferências explicativas capazes de adensar a ainda incipient...
As NU e as Operações de Paz: uma Perspectiva Organizacional
2003
Neste trabalho o autor descreve o modo como a ONU se tem vindo a articular organizacionalmente para levar a cabo o "peacekeeping", ou seja, para planear, preparar e dirigir operacional e estrategicamente as operações de paz; e, simultaneamente, analisa a natureza desses mesmos arranjos organizacionais, avaliando o seu impacto nas capacidades da Organização naqueles domínios. O estudo foi organizado em duas grandes partes: uma dedicada aos ajustamentos organizacionais no Secretariado, e a outra às questões do comando e controlo, e do relacionamento do Secretariado com as missões no terreno. A primeira parte foi ainda sub-dividida em três grandes períodos os quais correspondem, de um modo geral, às missões de paz tradicionais, às de segunda-geração e às de administração transitória/"peacebuilding".
As Nações Unidas e as Operações de Paz: uma Perspectiva Organizacional
Nação & Defesa, 104 - 2.ª série, pp. 97 - 147, 2003
Abstract: The author describes in this work the way how the UN has been organizing itself to carry out peacekeeping, that is, to plan, to prepare and to direct operationally and strategically peace operations, and, simultaneously, analyses the nature of those organizational arrangements, assessing their impact on the capacities of the Organisation in those realms. The study was carried out into two major parts: one dedicated to the organizational arrangements in the Secretariat, and the other concerned with command and control issues, and the relationship between the Secretariat and the missions on the ground. The first part was still divided into three major periods which relate to, in general terms, with traditional peacekeeping, second-generation operations and transitional administration / peacebuilding.
O Impacto das Empresas Militares Privadas nas Operações Militares
Coleção Meira Mattos, 2021
O objetivo deste artigo é analisar o emprego de Empresas Militares Privadas (EMPs) em operações militares e missões da ONU. As EMPs operam em todo o mundo, comissionadas por governos, agências de inteligência, indústrias privadas, chefes militares, cartéis de drogas e grupos rebeldes para apoiar suas forças armadas e investimentos. Essas empresas compartilham não apenas objetivos corporativos similares, mas também um espírito profissional; elas são em grande parte dirigidas por ex-militares e também os empregam. A literatura existente confirma o fato de que a África é o maior palco de operação das EMPs, junto com o Iraque e o Afeganistão (GWATIWA, 2016). Este fenômeno continua a levantar sérias preocupações para as forças armadas nacionais, pois a maioria dos governos ainda depende de suas forças militares para proteger suas fronteiras e interesses vitais. Tradicionalmente, a função militar tem sido conhecida como sendo de responsabilidade exclusiva do Estado; (SINGER, 2008) no entanto, as EMPs continuam a infringir essa norma. O sistema internacional sofreu uma mudança significativa desde o incidente de ataque terrorista nos Estados Unidos (EUA) em setembro de 2011, onde as EMPs se tornaram elementos amplamente aceitáveis da Guerra ao Terror (GT). Portanto, este artigo analisará o emprego das EMPs em diferentes países, e analisará a tendência e as legalidades envolvidas. Finalmente, se busca identificar, na conclusão, medidas para refrear ou minimizar as ameaças colocadas pelas EMPs às forças armadas e às operações militares estaduais. Recebido: 15 mai. 2020 Aprovado: 22 jul 2020 o impacto das empresas militares privadas nas operações militares
Sobre o Sistema de Segurança Coletiva e a legitimidade das Operações de Paz da ONU
2011
O objetivo desse artigo é apresentar uma discussão atualizada acerca de aspectos chave das operações depaz da ONU (PKO), contemporaneizando o debate acerca do sistema de segurança coletiva da organização,a efetividade e legitimidade das PKO e as abordagens possíveis de interpretação de conceitos comosoberania e a vontade política da ONU e dos membros do seu Conselho de Segurança. É um trabalhoatualizado para prover tanto acadêmicos quanto práticos das PKO sobre seu histórico, status atual epossíveis caminhos para soluções de questões práticas.
Institucionalizando a exceção: Uma análise da evolução das operações de paz das Nações Unidas
O presente artigo propõe abordar a institucionalização das operações de paz no âmbito das Nações Unidas, mecanismo inicialmente provisório de manutenção da paz e da segurança internacional – principal objetivo da organização – utilizado pela primeira vez em 1948. Com o passar dos anos, as operações de paz se institucionalizaram e hoje são uma das alternativas mais comuns adotadas pelo Conselho de Segurança quando se trata de tentativas de manter (ou gerar) paz em zonas de conflito, ou até em processos de (re)construção de Estados. Partindo dessa temática central, durante o desenvolvimento do artigo será empenhado um esforço para responder quais foram os aspectos que contribuíram para a expansão e institucionalização dessas operações. A hipótese trabalhada é de que: i) no que tange a expansão: o aumento do número de conflitos em Estados incipientes demandou das Nações Unidas uma rápida resposta, aumentando o número de operações, em especial no período pós Guerra Fria; ii) no tocante da institucionalização: os Estados concedem novas capacidades às Nações Unidas ao autorizar a instauração de novas missões tendo em vista a manutenção do objetivo basilar da organização e, assim, contribuem para a normalização de desvios e, consequentemente, promovem a institucionalização de uma medida de exceção. Para guiar esse estudo, será utilizado o método histórico, que permite a análise dos desdobramentos históricos que levaram à institucionalização das operações de paz. Adicionalmente, dados quantitativos serão utilizados para realizar um levantamento do número de operações de paz que emergiram desde 1948 até os anos 2000, e, a partir desses dados iniciais, será feita uma análise qualitativa que busca identificar quais dessas operações são destinadas a Estados incipientes e a Estados recém-ingressados à organização.