Informação-esse obscuro objeto da Ciência da Informação (original) (raw)

A Informação do Informador

Apresenta uma seqüência de fatos condensados, em três décadas, e ainda pouco estudados que exige o repensar do fazer profissional da Biblioteconomia e se procure um lugar para ela, mesmo que seja preciso recriá-la. Reflete sobre a formação tradicional do bibliotecário e a necessidade de formar profissionais que sejam necessários à sociedade e preparados para atuar em áreas distintas face a diversidade de públicos e quadros sociais. Aponta para a necessidade das instituições formadoras realizarem pesquisa das necessidades e das demandas reais por meio de um constante mapeamento da sociedade para detectar as suas carências de informação, os quadros seculares de misérias em todos os segmentos, da educação fundamental às áreas de especialização. Propõe um novo formato para formação de profissionais competentes e críticos.

Informação e Conhecimento no Campo Científico da Ciência da Informação

Ciência da Informação em Revista

A Ciência da Informação apresenta-se interdisciplinar, permitindo a interação com outras áreas do saber. Este artigo propõe uma reflexão acerca da relação significativa das conceituações no campo da Ciência da Informação, em específico sobre informação, conhecimento, memória entre outros conceitos. A pesquisa foi estruturada a partir de reflexões sobre o tema, com base em uma pesquisa bibliográfica. Neste ensaio foram selecionadas algumas conceituações, que nos levam a refletir sobre a questão histórico-epistemológica da informação relacionada ao conhecimento e também à memória, sendo esta a premissa maior do estudo. Faz parte destas discussões as inter-relações conceituais, em que é possível relacioná-las a partir do que nos apresentam autores que contribuíram não apenas com a formulação de conceitos, mas para todo um construto de significados. Por fim, consideramos que estas definições encontradas têm uma perspectiva bastante filosófica, o que não nos impede de vislumbrar uma rela...

Sobre a natureza da Informação, dado e conhecimento

2013

Este estudo tem por objetivo oferecer uma análise sobre a natureza da informação, dado e conhecimento, procurando distingui-los e defini-los conceitualmente a partir da contraposição de conceitos filosóficos, dentro de uma perspectiva fenomenológica da Teoria do Conhecimento, com propriedades e resultados experimentais da Física e da Neurofisiologia. Para atingir os objetivos propostos acima, será empregada a ideia de um experimento mental, inspirado em Einstein, no qual o leitor será levado a imaginar-se acompanhando a viagem de um fóton, desde sua emissão por algum objeto do mundo real, como o Sol ou uma lâmpada, o percurso pelo espaço que o separa de um observador, sua captação pelas células fotorreceptoras da retina desse sujeito, e a análise do processo cognitivo subjetivo, que resulta na formação do conhecimento que representa o objeto observado.

Ciência da informação: personagem da pós-modernidade

Rbbd Revista Brasileira De Biblioteconomia E Documentacao, 2012

Resumo: O artigo apresenta o contexto de criação e desenvolvimento da Ciência da Informação a partir de uma abordagem histórico-conceitual. Para isso, apresentam-se traços históricos das origens e evolução do campo teórico da área e aspectos conceituais de sua natureza, a exemplo do caráter interdisciplinar, responsáveis pelo delineamento da área. O objetivo do artigo é desvelar os traços que caracterizam a identidade da Ciência da Informação, perpassando pelo seu referencial teórico e identificando maneiras de enxergar a área no âmbito do paradigma da pós-modernidade. A partir da revisão de literatura de autores de diferentes períodos, procura-se delinear um panorama da criação e desenvolvimento da Ciência da Informação no contexto histórico-social da contemporaneidade. Por fim, constatase que não há um consenso teórico conceitual entre os especialistas da área, o que resvala para uma dissonância de diferentes opiniões acerca de sua natureza. Diante disso, é premente ao desenvolvimento de estudos de cunho epistemológico, a fim corroborar a constituição identitária da área.

Os Destinos da Ciência da Informação: entre o cristal e a chama

Os caminhos da ciência da informação no próximo milênio estão certamente relacionados aos das estruturas e dos fluxos de informação. A relação entre o fluxo de informação e o público a quem o conhecimento é dirigido vem se modificando com o tempo, em função das diferentes técnicas que operam naquela transferência. O fluxo representa uma sucessão de eventos de um processo de mediação entre a geração da informação, por uma fonte emissora, e a aceitação da informação pela entidade receptora. A estrutura e o fluxo que interligam gerador e receptor vêm agregando qualidade à informação, em uma relação direta com as fases por que passou o desenvolvimento dos processos de transferência da informação, até a época da comunicação eletrônica, que viabiliza ainda com maior intensidade a interação que nos interessa observar.

Uma discussão sobre o objeto do design da informação

Proceedings of the 7th Information Design International Conference, 2015

Uma discussão sobre o objeto do design da informação A discussion about the information design object Ravi Passos; Óscar Mealha; Mamede Lima-Marques design, informação, design da informação, conceitos e teorias O propósito deste artigo é apresentar uma breve discussão sobre o design da informação no que tange seu artefato resultante em termos de projeto. A partir de levantamento bibliográfico e análise crítica envolvendo história e teorias do design, apresentam-se delimitações sobre conceitos fundamentais a fim de se favorecer a compreensão do que são os elementos da área, bem como suas relações. Como resultado, apresentam-se reflexões teóricas sobre termos que possibilitam alinhamentos e esclarecimento para a área do design da informação no que tange a determinação de características determinantes de seu objeto. design, information, information design, concepts and theories The purpose of this paper is to present a brief discussion about Information design regarding the artefact that results from a design project. Using as methodology, critical analysis, literature review from design theories and historical perspectives, the present research introduces fundamental concepts to the understanding of design epistemology. As a result, reflections are delivered in terms of a theoretical contribution to the information design field. 1 Introdução A acelerada demanda por produtos de consumo em massa iniciada no século XVIII com a Revolução Industrial, assentou o design como instrumento estratégico na produção. Como resultado, observou-se uma distinção qualitativa entre os produtos, além do desenvolvimento das técnicas de produção em vigor, que possibilitaram a elaboração dos mais variados tipos de artefatos de uso para o homem (Heskett, 1997). Mesmo com a importância que o design assumiu para a sociedade desde então, ainda há muito o que avançar no que tange seus conceitos, teorias e métodos. Como área de estudo, o design é uma disciplina relativamente nova na sociedade contemporânea (Cardoso, 2008; Bürdek, 2006; Löbach, 2001). Apesar das diversas discussões a respeito do significado do termo 'design', para especialistas da área, modo geral, existe uma pluralidade sobre seu significado (Bonsiepe, 1997) que potencializa desacordos não desejados, principalmente, se analisado um contexto multidisciplinar. Coexistem também neste cenário algumas definições paralelas, associadas às disciplinas diversas, que utilizam o termo design conferindo a ele significados para além da que se refere à atividade de concepção intencional de artefatos, realizada por um sujeito, (Löbach,

Informalidade: um conceito em busca de uma teoria

Diante das transformações do “mundo do trabalho”, o debate em torno do termo informalidade demandou reelaborações conceituais a fim de adequá-lo aos “novos tempos”. O presente artigo aborda as primeiras formulações sobre o termo, em especial, os conceitos de setor informal e economia informal. Em sequência, evidencia as principais críticas a essas formulações iniciais. Por último, apresenta-se três matrizes analíticas forjadas em um esforço de reelaboração e seus desdobramentos teórico-metodológicos, a saber: Processo de Informalidade e “nova informalidade”; a abordagem que identifica as fronteiras porosas entre o legal/ilegal, formal/informal e o ilícito; a informalidade entendida como a forma social que o trabalho assume em determinadas regiões (teóricas) da ordem social. O objetivo proposto é avaliar as potencialidades analíticas de cada uma das matrizes por meio de estudos de caso que, em grande medida, se orientaram por elas, ou são simplesmente “bons para pensar”.

Informação-happening e o romance da Ciência da Informação

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

Neste ensaio, pretende-se conceber o conceito de informação-happening à filosofia da ciência da informação. A introdução já nos apresenta o conceito destacando sua potência em relação à perspectiva representacional. Questiona-se o debate em torno da interdisciplinaridade, que toma como ponto central as identidades, e não os efeitos resultantes dos contados entre os diferentes planos, os artísticos, os científicos e os filosóficos, que são as produções do pensamento. Afirma-se a existência de uma ciência da informação nômade, aberta ao acontecimento e ao universo não-bibliográfico, pela qual propõe-se o conceito de informação-happening.Palavras-Chave: Informação-Happening. Informação. Filosofia da Ciência da Informação. Acontecimento. Link: https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/1348

A Informação como Utopia

"Nasce um Deus. Outros morrem. A verdade / Nem veio nem se foi: o Erro mudou." -Fernando Pessoa O problema da informação -a informação como problema -não é de hoje. Tal problema remonta, pelo menos, a Platão que, no Fedro, citando um velho mito egípcio, alerta para o perigo de, com a escrita, a mera informação (considerada, pelo filósofo, como "uma a p a r ê n c i a d e s a b e d o r i a " ) i r, p r o g r e s s i v a m e n t e , substituindo a educação (sem a qual não pode existir "a sabedoria em si mesma"). 1 Já mais perto de nós, em "O Narrador" (publicado em 1936), Walter Benjamin constata, num tom não isento de nostalgia, a crise da narrativa, da "capacidade de trocar experiências", que se torna manifesta a partir da 1ª Guerra Mundial. Segundo o filósofo alemão, essa crise tem a sua origem mais remota (e fundamental) na arte da impressão, que vai constituir um dos instrumentos fundamentais da afirmação da burguesia; consolidado o seu domínio, a burguesia cria uma forma de comunicação que vai pôr em causa quer a narrativa quer o próprio romance (que contribuira, a seu tempo, p a r a a p e r d a d e i m p o r t â n c i a d a n a r r a t i v a ) : a 1 -Cf. Platão, Fedro, 274e-275b, Lisboa, Guimarães Editores, 1989, pp. 120-123. Ver, acerca desta posição de Platão, Paul Ricoeur, Teoria da Interpretação, Porto, Porto Editora, 1995, p. 87. Uma interpretação desta posição de Platão no contexto mais vasto das tecnologias aparece em Neil Postman, Tecnopolia. Quando a Cultura se Rende à Tecnologia, Lisboa, Difusão Cultural, 1994, pp. 11-25.