Análise Comparativa de Estudos sobre Bem-Estar Subjetivo no Brasil: Aspectos Epistemológicos, Metodológicos e Teóricos (original) (raw)
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Reflexões sobre Bem-Estar Subjetivo, Bem-Estar Psicológico e Bem-Estar no Trabalho
Revista Organizações em Contexto
Desde a última metade do século XX, houve aumento da preocupação em relação à saúde, bem-estar e felicidade e isto se refletiu na área organizacional, na qual pesquisadores vêm buscando respostas sobre quais variáveis podem proporcionar bem-estar e levar os empregados a obterem melhor performance e mais resultados positivos. Os fundamentos do bem-estar no trabalho assentam-se nas teorias de bem-estar que remontam às questões filosóficas do hedonismo e do eudaimonismo. Este texto objetivou apresentar a evolução dos conceitos de bem-estar subjetivo e psicológico para fundamentar a concepção e a evolução de um modelo de bem-estar no trabalho. A partir da compreensão conceitual desses construtos, propõe-se um novo modelo de bem-estar no trabalho. Conclui-se que não há consenso sobre o conceito e propõe-se novo modelo integrativo formado por componentes hedônicos e eudaimônicos
O Que É Bem-Estar Subjetivo? Análise Crítica Do Artigo Subjective Well-Being De Ed Diener
Psicologia & Sociedade
Resumo: O artigo de Ed Diener “Bem-Estar Subjetivo”, fundamental para a consolidação desse objeto na Psicologia Positiva, foi analisado criticamente em sua consistência interna e em sua influência para essa nova área. Cada bloco textual do artigo foi avaliado quanto a sua fragilidade segundo três categorias: consideração teórico-filosófica, definição do conceito e suas partes, referências bibliográficas. Como resultado, destacamos que Bem-Estar Subjetivo (BES) e Felicidade são fragilmente definidos no artigo, dando margem a ambíguas interpretações que se prolongam até o presente; importantes perguntas, como a diferença entre a melhor vida e a vida boa, são ignoradas; importantes referências bibliográficas são utilizadas inconsistentemente. Todavia, reconhece-se que as fragilidades identificadas no artigo são coerentes com o projeto da Psicologia Positiva: enfatizar aquilo que é mensurável ao custo do rigor. Recomenda-se que pesquisas sobre BES resgatem a história dos conceitos centr...
Bem-estar subjetivo: em busca da qualidade de vida
Resumo O bem-estar subjetivo (BES) é uma área da Psicologia que tem crescido reconhecidamente nos últimos tempos. Essa área cobre estudos que têm utilizado as mais diversas nomeações, tais como: felicidade, satis-fação, estado de espírito e afeto positivo, além de também ser considerada a avaliação subjetiva da qualida-de de vida. Refere-se ao que as pessoas pensam e como elas se sentem sobre suas vidas. Perspectivas atuais definem o bem-estar subjetivo como uma ampla categoria de fenômenos que inclui as respostas emocionais das pessoas, domínios de satisfação e os julgamentos globais de satisfação de vida. O presente estudo intro-duz essa nova área de estudos da psicologia, seus aspectos conceituais e avaliativos, assim como, as suas principais contribuições para a compreensão do impacto dos eventos de vida na qualidade de vida. Palavras chave: bem-estar subjetivo, satisfação de vida, afeto positivo. Subjective well-being: The search for quality of life Abstract The subjective well-being is a growing interest in the area of Psychology. This interest is shown in studies under different titles and key words: happiness, satisfaction, and positive affect, besides the subjective evaluation of quality of life. Subjective well being is concerned with what people think and feel about their lives. The distinct perspectives on the matter have defined subjective well-being as a wide category of a phenomenon that includes emotional responses, satisfaction domains, and the global judgments of life's satisfactions. The present study introduces this new area of Psychology, its conceptual and evaluative aspects , as well as its main contributions to comprehend the life events impact on quality of life. Definição e estrutura do bem-estar subjetivo Diferentes abordagens vêm investigando a qualidade de vida das pessoas ao longo do tempo. A Eco-nomia avalia a qualidade de vida das sociedades através da quantidade de bens, mercadorias e serviços que são produzidos pelas comunidades. Já os cientistas sociais adicionam à avaliação objetiva da Economia in-dicadores sociais importantes como: baixas taxas de crime, expectativa de vida, respeito pelos direitos hu-manos e distribuição eqüitativa dos recursos. Uma terceira abordagem de definição e avaliação da qualida-de de vida é o bem-estar subjetivo. O bem-estar subjetivo é uma área da psicologia que tem crescido muito ultimamente, cobrindo estu-dos que têm utilizado as mais diversas nomeações, tais como: felicidade, satisfação, estado de espírito e afeto positivo. De forma ampla, pode-se dizer que o tema foca como as pessoas avaliam suas vidas (Diener, 1996). Mais especificamente, este construto diz respeito a como e por que as pessoas experienciam suas vidas positivamente. Também é considerada a avaliação subjetiva da qualidade de vida.
Bases Teóricas de Bem-Estar Subjetivo, Bem-Estar Psicológico e Bem-Estar no Trabalho
RESUMO -A concepção de saúde inclui bem-estar como um conceito chave. Em decorrência, encontram-se na literatura diferentes proposições teóricas para bem-estar. Este artigo tem como objetivo apresentar duas visões tradicionais e uma concepção nova sobre bem-estar. Inicialmente, são revisadas as bases teóricas que sustentam o bem-estar subjetivo. As concepções sobre bem-estar psicológico, ancoradas nas teorias que desenharam os primórdios da psicologia positiva, são apresentadas na segunda seção. Na seqüência, o conceito de bem-estar no trabalho é formulado apontando-se seus componentes assentados em vínculos positivos com o trabalho e com a organização. Na seção que encerra o artigo, sugere-se uma articulação, com base nas proposições da psicologia positiva, no intuito de ampliar a compreensão de fatores que contribuem para promover uma existência mais saudável.
Journal of Health & Biological Sciences, 2018
Introdução: o bem-estar subjetivo se refere a como as pessoas se sentem e avaliam suas vidas. Largamente insinua-se que uma pessoa com altas taxas de bem-estar subjetivo encontra-se satisfeita com a vida e possui altas taxas de afetos positivos e relativa falta de afetos negativos. Objetivo: estimar a prevalência do bem-estar subjetivo de mulheres participantes de um programa social, bem como seus fatores associados. Métodos: estudo epidemiológico, transversal e analítico, no qual a amostra contou com 321 mulheres participantes de um programa social, com idades diversas, do Polo 1 (entre os 29 estudados). As características sociodemográficas e aquelas relacionadas à saúde foram consideradas variáveis independentes, assim como o bem-estar subjetivo foi a dependente. As variáveis foram avaliadas por frequências absolutas e relativas, e a magnitude da associação entre elas foi avaliada pela Razão de Prevalência bruta e ajustada, estimada mediante o modelo de Poisson com variância robus...
Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2019
Analisar o bem-estar subjetivo e possível associação com as variáveis independentes consideradas em mulheres participantes de um programa social na cidade de Sete Lagoas, Minas Gerais. Método: Esta pesquisa possui caráter epidemiológico, transversal e analítico. A amostra contou com 298 mulheres praticantes de atividades orientadas. A coleta de dados foi feita por meio de questionário de avaliação modificado e ainda do questionário de Bem-Estar Subjetivo. Na análise dos dados, a variável bem-estar subjetivo foi considerada como variável dependente e as variáveis independentes foram a idade, o estado civil, a escolaridade, o índice de massa corporal, se possui filhos e bebida alcoólica. Utilizou-se a estatística descritiva por meio de frequências simples e relativas, além do teste χ² para verificar a associação entre as variáveis independentes e o BES. Resultados: A maioria das mulheres tem idade de 40 anos ou mais (65,2%), é casada/viúva (59,6%) e é obesa (54,3%). Apenas a variável escolaridade se mostrou associada ao bem-estar subjetivo. Conclusão: A maioria das mulheres participantes do programa social analisadas neste estudo possui o bem-estar subjetivo, os afetos positivos e as experiências positivas acima da média. Na análise do BES com as variáveis independentes, pode-se concluir que houve associação somente com a variável escolaridade.
O presente estudo teve como principal intuito mapear as relações entre estressores, estresse, enfrentamento e bem-estar subjetivo em mestrandos e doutorandos no Brasil, tendo sido elaborado um modelo explicativo da determinação do bem-estar subjetivo nessa população. Para tanto, participaram 2150 pós-graduandos no Brasil, entre mestrandos e doutorandos, oriundos das cinco regiões do país e de todas as grandes áreas do conhecimento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Os instrumentos utilizados foram um questionário sobre estressores na pós--graduação, a Escala de Estresse Percebido, a Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas e a Escala de Bem-Estar Subjetivo. Ao fi nal, constatou-se que o modelo do bem-estar subjetivo, testado através de path analysis, denotou satisfatório ajuste e corroborou o pressuposto teórico. Palavras-chave: Bem-estar subjetivo, estratégias de enfrentamento, estresse, estressores, pósgraduação.
Determinantes do Bem-estar subjetivo
O bem-estar subjetivo (BES) refere-se à experiência individual e subjetiva da avaliação da vida como positiva, e inclui variáveis como satisfação com a vida e vivência de afeto positivo. Diversas pesquisas descrevem como principais determinantes do BES, traços de personalidade, suporte social, fatores econômicos e culturais, e eventos de vida. O presente estudo pretendeu verificar, por meio de uma revisão de literatura, realizada nos bancos de dados Web of Science e Scielo, quais os determinantes do bem-estar subjetivo que são mais citados e pesquisados. As pesquisas encontradas apontaram para a possibilidade de uma interação entre personalidade, eventos de vida e ambiente influenciando o bem-estar subjetivo, sendo indicada uma abordagem interacionista para uma melhor compreensão dos principais fatores que podem ocasionar um maior ou menor bem-estar subjetivo. Palavras-chave: Bem-estar subjetivo; personalidade; eventos de vida; determinantes do bem-estar subjetivo.
Ciência & Saúde Coletiva, 2017
Resumo Pretende-se compreender e caracterizar a associação entre o Estatuto Socioeconômico (ESE) e o bem-estar subjetivo em crianças e adolescentes e ainda entender a influência que fatores pessoais e sociais podem ter nela. Os dados foram recolhidos em 16 escolas, uma metade no Norte e outra na Região de Lisboa, Portugal. A amostra envolve 1.181 estudantes, 51,5% do gênero feminino, cuja idade varia entre 8 e 17 anos, com média de 9,9 anos (DP = 1,42). Dos alunos, 2,6% têm necessidades educativas especiais, enquanto que 3% não utilizam o idioma português em casa. Foram retidos por pelo menos um ano 12, 2%. Quanto ao ESE, 27,1% o têm alto, 64,2% médio/baixo, enquanto que 8, 7% estão desempregados. Foram construídos três modelos de regressão adequados. O Modelo 1 estabelece uma associação entre a ESE e o bem-estar subjetivo. Esta associação tornou-se não significativa com o efeito de fatores pessoais e sociais, que foram fortemente associados com o bem-estar subjetivo. Verifica-se qu...