Bases Teóricas de Bem-Estar Subjetivo, Bem-Estar Psicológico e Bem-Estar no Trabalho (original) (raw)
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Reflexões sobre Bem-Estar Subjetivo, Bem-Estar Psicológico e Bem-Estar no Trabalho
Revista Organizações em Contexto
Desde a última metade do século XX, houve aumento da preocupação em relação à saúde, bem-estar e felicidade e isto se refletiu na área organizacional, na qual pesquisadores vêm buscando respostas sobre quais variáveis podem proporcionar bem-estar e levar os empregados a obterem melhor performance e mais resultados positivos. Os fundamentos do bem-estar no trabalho assentam-se nas teorias de bem-estar que remontam às questões filosóficas do hedonismo e do eudaimonismo. Este texto objetivou apresentar a evolução dos conceitos de bem-estar subjetivo e psicológico para fundamentar a concepção e a evolução de um modelo de bem-estar no trabalho. A partir da compreensão conceitual desses construtos, propõe-se um novo modelo de bem-estar no trabalho. Conclui-se que não há consenso sobre o conceito e propõe-se novo modelo integrativo formado por componentes hedônicos e eudaimônicos
A Influência da Satisfação Laboral no Bem-estar Subjetivo
Ao longo dos últimos anos vários estudos sobre a relação entre satisfação no trabalho e bem-estar foram realizados. Um dos resultados é que o trabalho pode contribuir para a existência, ou não, de bem-estar. Considerando-se que em media um adulto passa a maior parte das horas em que está acordado no trabalho e um terço de sua vida trabalhando, esta relação é, de fato, esperada. Esta investigação foi realizada através da abordagem quantitativa, descritiva, correlacional e multivariada. O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre cinco dimensões da satisfação no trabalho (satisfação com a natureza do trabalho, colegas, supervisão, promoções e salário) e componentes do bem-estar subjetivo (afeto positivo e negativo). Os dados foram coletados através de um conjunto de questionários que incluiu a Escala de Satisfação no Trabalho (EST), versão reduzida, a versão reduzida da escala portuguesa de afeto positivo e negativo (PANAS‐VRP) e um formulário sociodemográfico. A amostra global foi composta por 1087 sujeitos. Alguns subgrupos foram divididos em função da nacionalidade [Portugueses (n = 401) e Brasileiros (n = 658)], geração [Y (n = 376), X (n = 400) e baby boomers (n = 266)], avaliação do salário como suficiente (n = 612) ou não (n = 425) para manutenção dos gastos diários e tipo de vinculo empregatício [assalariados (n = 621) e trabalhadores autônomos (n = 172)]. A comparação entre os grupos revelou que brasileiros, baby boomers, trabalhadores que avaliaram o salário como suficiente para manutenção das despesas diárias e trabalhadores por conta própria reportaram maiores níveis de satisfação no trabalho. As comparações indicaram também que os brasileiros demonstraram maiores níveis de afeto positivo e que os boomers, os trabalhadores que avaliaram o salário como suficiente para gastos diários e os autônomos denotaram presenças maiores de afeto positivo e menores de afeto negativo. Os resultados também indicaram que a satisfação laboral se correlacionou de maneira positiva com as emoções positivas e de maneira negativa com as emoções negativas. Os achados confirmaram que a satisfação no trabalho exerce influência no bem-estar subjetivo e sugeriram uma relação de reciprocidade entre estas variáveis, seja considerando a amostra global quanto os subgrupos. Além disso, diferentes dimensões da satisfação laboral são levadas em consideração quando se verifica seu efeito preditor sobre o bem-estar subjetivo entre os diferentes subgrupos. As considerações finais demonstraram as principais contribuições da investigação, bem como algumas de suas limitações e implicações para a prática. Estudos futuros neste campo podem ser desenvolvidos com a intenção de aprofundar a compreensão do modelo de relações (spillover, compensação ou segmentação) entre todas as dimensões de satisfação de trabalho e o bem-estar subjetivo. Palavras-chave: Satisfação laboral, bem-estar subjetivo, trabalho, comparação entre grupos.
A determinação do empenhamento organizacional e do bem-estar no trabalho sobre o bem-estar subjetivo
Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 2015
Alguns estudos apontam que, independentemente da vinculação a algum tipo de empenhamento organizacional, este construto multidimensional prevê resultados organizacionais como o desempenho, a satisfação e o bem-estar (Wright & Davis, 2001; Wright & Bonett, 2002). Os estudos realizados no contexto das universidades expressam que o empenhamento organizacional parece se refletir nos níveis de desempenho dos docentes universitários, não ocorrendo diferenças entre instituições públicas e privadas (Karakus & Battal, 2009). Este estudo procurou analisar a determinação do empenhamento organizacional e do bem-estar profissional sobre o bem-estar subjetivo. A amostra foi constituída por 635 funcionários, docentes e não docentes, de instituições públicas de ensino superior portuguesas. Os resultados sugerem uma determinação positiva do empenhamento afetivo e do bem-estar no trabalho sobre o bem-estar subjetivo. Sugerem-se futuros estudos para que a temática seja aprofundada. Palavras-chave: Empenhamento organizacional; bem-estar subjetivo; bem-estar no trabalho. Some studies indicate that, regardless of the attachment to some sort of organizational commitment in particular, this multidimensional construct predicts organizational outcomes such as performance, satisfaction, and well-being (Wright & Davis, 2001; Wright & Bonett, 2002). Studies conducted in the university setting show that organizational commitment seems to be reflected in the performance levels of academics; there was no difference between public and private universities (Karakus & Battal, 2009). The present study sought to analyze the influence of organizational commitment and well-being at work on subjective well-being. The sample consists of 635 employees, teachers and staff of higher education public institutions in Portugal. The results suggest a positive impact of affective commitment and well-being at work on subjective well-being. We suggest future studies, in order to deepen the theme.
Estudos e Pesquisas em Psicologia, 2020
Por meio do conceito do bem-estar subjetivo a ciência tem investigado a felicidade, testando modelos teóricos, levantando evidências empíricas e apontando um caminho para o estudo científico de um fenômeno caracterizado pela subjetividade. O objetivo desse artigo é analisar crítica e comparativamente as dimensões epistemológicas e metodológicas adotadas nas pesquisas nacionais sobre o bem-estar subjetivo, assim como avaliar de que forma esse construto é conceituado e trabalhado nessas pesquisas. Para essa finalidade realizou-se uma revisão sistemática da literatura no Portal de Periódicos Capes, utilizando o descritor em língua portuguesa "bem-estar subjetivo". Observou-se o predomínio de pesquisas com abordagem quantitativa em uma construção epistemológica, prezando pela objetividade do conhecimento sobre o bem-estar subjetivo. Assim como delineamentos metodológicos marcados pela exploração nomológica das teorias e interpretação indutivo-estatística dos resultados.
A Influência da Satisfação Laboral no Bem-estar Subjetivo: uma perspectiva geracional
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2018
Os estudos relacionados ao bem-estar subjetivo e à satisfação laboral indicam uma relação entre os constructos. Contudo, a magnitude dessa relação pode ser influenciada por diversos fatores, entre eles, as gerações. O objetivo deste trabalho foi identificar as diferenças e semelhanças nas dimensões da satisfação laboral que influenciam o bem-estar subjetivo entre as gerações. Foram analisados os dados de 1042 sujeitos brasileiros e portugueses: 376 da geração Y, 400 da geração X e 266 baby boomers. As análises realizadas mostraram diferenças entre as dimensões da satisfação laboral que atuam como preditores do bem-estar subjetivo e indicaram diferenças na magnitude da relação entre as variáveis. Os resultados sugerem diferenças geracionais na relação entre satisfação laboral e bem-estar subjetivo
Desemprego: Relação entre Autoeficácia e Bem-estar Subjetivo
Científic@ - Multidisciplinary Journal
Um estudo sobre autoeficácia, bem-estar subjetivo e desemprego, tendo como objetivo verificar a relação entre os aspectos pessoais (dados demográficos), autoeficácia e bem-estar subjetivo em trabalhadores desempregados da cidade de Goiânia-Go, e região metropolitana. Ele está estruturado em duas partes. Na primeira, faz-se uma revisão teórica sobre o tema, com levantamento histórico sobre a categoria trabalho, pontuando seus índices na atualidade. Apresentando as abordagens teóricas de autoeficácia fundamentadas nas teorias de Albert Bandura que sustentam esse construto, e, também, os conceitos e reflexões referentes a bem-estar subjetivo. Na segunda parte, apresentam-se alguns estudos empíricos de diversos pesquisadores sobre o tema e a pesquisa deste trabalho, que dispôs de uma amostra que incluiu 254 desempregados da cidade de Goiânia e região. Os dados foram obtidos por meio das agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine), empresas de recursos humanos e uma escola de educ...
Revista Gestão & Sustentabilidade, 2019
Nas últimas décadas, muito tem sido estudado sobre o bem-estar e a abordagem da Psicologia Positiva influenciou o campo dos estudos, especialmente sobre gestão de pessoas e comportamento organizacional, fortalecendo o foco com perspectiva centrada na pessoa. Aliado a esse marco teórico, algumas mudanças pontuais na natureza e no contexto do trabalho apoiam a necessidade de um maior foco no bem-estar. Esse constructo psicológico multidimensional pode envolver componentes, tais como, a satisfação e o envolvimento no trabalho. Trata-se de uma área de pesquisa que vem se tornando cada vez mais importante para saúde pública. Neste estudo, pretende-se lançar luz sobre o tema enfocando conhecimentos sobre o que antecede e sobre as consequências pontuais a respeito do bem-estar no trabalho. Espera-se contribuir teoricamente com esse campo de estudo discutindo-o em diferentes vertentes, permitindo entender melhor o bem-estar no trabalho. Importante se faz destacar que, ele reflete eventos am...