O Curso De Organização De Museus Escolares Do Museu Histórico Nacional (Brasil, 1958) (original) (raw)
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História da educação museal no Brasil
História da educação museal no Brasil, 2024
Este livro apresenta a História da Educação Museal no Brasil, por meio dos olhares profissionais de diferentes gerações. Nos alegra fazermos parte dos esforços do CECA-ICOM em organizar a história desse campo em vários países. O Brasil é o segundo no mundo, e o primeiro na América Latina, a compor essa série. A escolha reflete a relevância da Educação Museal brasileira a nível regional, mas também internacional. Avançamos muito nas últimas décadas e seguimos tendo um horizonte de utopias que nos mobiliza para o fortalecimento de nossa área!
Educar no museu : o Museu Histórico Nacional e a educação no campo dos museus (1932-1958)
2017
Um dia me deparei com a frase de Cora Coralina, escritora brasileira: "O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher". Anotei e guardei por meses para aqui compartilhá-la, pois acredito que a combinação dessas palavras representa o que colhi ao longo do Doutorado: parcerias, amizades, gentilezas, companheirismo e muito incentivo. De antemão, meu agradecimento a todos que me estimularam ao perguntar, por exemplo, como estava a pesquisa. Os pequenos gestos fazem a grande diferença. Mas, entre tantos colaboradores, gostaria de reforçar alguns agradecimentos: À Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ao Programa de Pós-Graduação em Educação e, em especial, aos docentes da linha de pesquisa História, Memória e Educação, que nos encontros de aula ou eventos trocaram ideias, conselhos e opiniões importantes para o desenvolvimento do trabalho. Aos amigos de linha de pesquisa, que pelas inúmeras conversas fortaleceram a pesquisa realizada. À colega Ana Escobar pela tradução do resumo para o espanhol. À minha orientadora, Zita Rosane Possamai, que sempre acreditou no tema da pesquisa e me incentivou a realizá-la quando muitas vezes, por diversas atribuições paralelas, achei que não daria conta. Muito obrigado por me acompanhar no itinerário da Pós-Graduação e proporcionar que meus sonhos acadêmicos se tornassem realizações. Agradeço também à professora Maria Stephanou, que gentilmente me acolheu no início do Doutorado na linha de pesquisa. Aos docentes que compõem a banca examinadora deste trabalho, prof. Dr. Ivan Coelho de Sá, profª. Drª. Letícia Julião, profª. Drª. Maria Helena Camara Bastos e profª. Drª. Maria Stephanou, que dedicaram seu tempo e atenção para somarem forças a esta investigação. Aos funcionários e colaboradores do Arquivo Histórico, da Biblioteca e do Centro de Referência Luso-Brasileiro do Museu Histórico Nacional, bem como do Núcleo de Memória da Museologia no Brasil da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro por toda a assistência para a realização da pesquisa. Agradeço também o serviço de digitalização celebrado entre o Museu Histórico Nacional e a empresa DocPro, que diminuiu significantemente minhas idas ao Rio de Janeiro por permitir acesso virtual ao acervo documental do Museu pelo gratuito sistema de consulta. Essa é uma iniciativa que incentiva a pesquisa sobre a história dos museus, ainda muito dificultada no Brasil, sobretudo pelo manuseio aos arquivos. Aos amigos da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que sempre incentivaram esta jornada. À Ana Maria Dalla Zen, muito obrigado pela leitura do trabalho. À Vanessa Barrozo Teixeira, Ana Celina Figueira da Silva e Marlise Giovanaz pelas conversas descompromissadas que ajudaram a reciclar ideias. À Anamaria Teixeira da Rosa, Eráclito Pereira, Jeniffer Alves Cuty e Valdir José Morigi, pelo estímulo constante. À Lizete Dias de Oliveira por se fazer tão presente nesse trabalho quando mais precisava dedicar-se a si mesma. Aos estudantes do Curso de Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que a cada encontro perguntavam como estava a pesquisa. Recebi muito carinho e estímulo para a conclusão do Doutorado e agradeço imensamente essa atenção. Às amigas Thaisa Rangel e Mayara Manhães de Oliveira, que de longe estão sempre perto. Às minhas cunhadas, Elisa e Elisabeth Machado, pelas trocas ao longo de nossas jornadas na Pós-Graduação. À Elisa, agradeço ainda pela correção atenta do texto, muito obrigado pela dedicação. À Elizabeth e Daniel Negreiros Conceição, obrigado pela tradução do resumo para o inglês. Aos meus sogros, Rivanda e José Palminor Machado, pelo encorajamento constante em aproveitar essa etapa da vida. À Elias Palminor Machado meu eterno obrigada pela parceria de vida. Obrigada pela presença, inspiração e motivação. Não tenho palavras para expressar a sua importância em minha vida. Segundo Carlos Drummond de Andrade: "Se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis". Sua companhia ao longo dessa jornada fez toda a diferença. Obrigada por todos os dias me fazer feliz. Aos meus familiares: minha avó Solange, tia Rogéria, e primas, Bruna e Glória Gelmini, que são parte de mim. Aos meus pais, Valéria Gelmini e José Henrique de Faria, que são pais-amigos, pais-parceiros, pais-auxiliares, pais-cúmplices, paistorcedores, pais-conselheiros. Amo-os incondicionalmente. Ao caminho de Santiago de Compostela, que me permitiu ter um distanciamento estratégico da tese e, ao mesmo tempo, uma proximidade que até então não tinha alcançado. Dizia Mia Couto: "Só se escreve com intensidade se vivemos intensamente. Não se trata apenas de viver sentimentos mas de ser vivido por sentimentos". Obrigada a todos por estarem comigo nessa experiência e a tornarem repleta de sentimentos como a alegria, a felicidade, a persistência, o entusiasmo e a realização. Assim, fundado sobre o corte entre um passado, que é seu objeto, e um presente, que é o lugar da sua prática, a história não para de encontrar o presente no seu objeto, e o passado, nas suas práticas. Michel de Certeau RESUMO Este trabalho se propõe a investigar como foi formulado, pelos agentes e agências que atuavam no campo dos museus no Brasil, o papel educativo dessas instituições, em especial no Museu Histórico Nacional. A pesquisa compreende as décadas entre 1930 e 1950, com demarcações temporais precisas em 1932, quando ocorreu a implementação do Curso de Museus no Brasil e, 1958, ano em que foi realizado no País o Seminário Regional da UNESCO sobre a Função Educativa dos Museus. O estudo situa-se na interseção entre a História da Educação e a História dos Museus, e fundamenta-se nos pressupostos da História Cultural. Considerei que as relações a serem investigadas articulavam-se em um campo dos museus e, para a proposta analítica, tomei de empréstimo o conceito de campo definido por Pierre Bourdieu. A pesquisa partiu do pressuposto de que um processo de maturação da função social dos museus desenvolveu-se ao longo do século XX e, nessa dinâmica, o tema educação em museus ganhou destaque. Ao deter-me em uma análise do corpus documental referente ao período investigado (matérias de jornais, documentos oficiais, livros, artigos, relatórios, depoimentos de antigos profissionais de museus, por exemplo), identifiquei uma operação teórico-metodológica por parte dos agentes e agências, que atuaram no campo dos museus, para sua legitimação como espaços de aprendizado. A defesa do aprimoramento do papel educativo dos museus era sustentada por três abordagens: educação visual; educação para o povo; projeto de nação assegurado pela instrução pública. O diálogo com os autores
Museus e Memoriais Em (Dis)Curso Para Além Da História e Do Patrimônio
Diálogos Pertinentes
Com o objetivo de questionar a evidência de que os museus 'guardam' memórias fincadas em um passado estagnado e saturado, impossibilitando mudanças e transformações, apresentamos reflexões teóricas em torno do Museu do Holocausto e da proposta voltada para o ensino e para defesa da memória, em particular do enunciado "sempre vamos lembrar". A partir de uma ancoragem na teoria materialista do discurso, recortamos as noções corpo-memória e corpo-documento, as quais permitem considerar o efeito de legitimação sobre os espaços museais e memoriais, bem como sustentar que esses espaços estão além da história e do patrimônio.
Ensino e Memória: Os Museus em Espaço Escolar
Cadernos do CEOM: Acervos para História da Educação – v. 29, n. 44. p.7-15., 2016
Resumo: O objetivo deste trabalho é disponibilizar informações concernentes a acervos históricos escolares no âmbito de museus de educação, partindo de dados coletados em um mapeamento que identificou museus e memoriais existentes em escolas e acervos históricos escolares em guarda na cidade de Porto Alegre. Esses espaços são apresentados como objetos de investigação para estudos em História da Educação, reunindo informações sobre seus acervos como fontes de pesquisa. Ressalta-se a contribuição do levantamento para dar visibilidade ao patrimônio educativo mantido por essas escolas para possibilitar pesquisas no campo da Educação e da Museologia e verifica-se que há uma preocupação em preservar a cultura escolar, valorizada enquanto patrimônio educativo, no sentido da sua investigação como forma de compreender as práticas do passado em diálogo com as práticas do presente. Abstract: The objective of this study is to provide information concerning historical school collections in museums of education starting from data collected in a mapping that identified existing museums and memorials in schools and historical school collections in guard in the city of Porto Alegre. It presents these areas as research objects for studies in History of Education, gathering information about their collections as research sources. Also highlights the contribution of the survey to give visibility to educational heritage held by these schools to enable research in the field of Education and Museology. It is found that there is a concern to preserve school culture, valued as an educational heritage, in terms of research as a way to understand the practices of the past in dialogue with the present practices.
Dioramas de História Natural em Museus Escolares
Museologia & Interdisciplinaridade, 2019
A existência de museus nos espaços escolares está relacionada tanto a exposição das pesquisas em ciência naturais como ao ensino com base nos objetos usados na “lição das coisas”. Dentre esses objetos, encontramos os dioramas, presentes em museus de história natural desde o século XIX, sendo também encontrados nos museus escolares. Assim, neste artigo, nos apoiamos na Teoria Antropológica do Didático para estudar o potencial educativo de um dos dioramas do Museu de História Natural do Colégio Dante Alighieri (MHN-CDA). Nos resultados discutimos as implicações e apontamos o potencial e o limites dos dioramas para os processos de ensino e aprendizagem.
Um dia no Museu: Uma aventura pelo Museu Histórico Nacional para as escolas de Mato Grosso do Sul (Volume 1), 2023
Para dotar o Brasil de um museu dedicado à memória de sua história, no ano de 1922 foi fundado o Museu Histórico Nacional. A nossa aventura de hoje traz para as escolas de Mato Grosso do Sul a compreensão do significado deste museu. Aqui, junto com o professor João e seu aluno, Zeca, vamos todos embarcar em uma visita sensacional a Um dia no Museu! Cartilha organizada pelo ATRIVM / MUARQ/ UFMS em Parceria com o Museu Histórico Nacional com fomento da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia FNDCT/ CNPQ / MCTI. CAMPOS, Carlos. E. da C. (org.). Um dia no museu : uma aventura pelo MHN para as escola de MS. Vol. 1. São João de Meriti, RJ : Desalinho, 2023.
Anos 90, 2018
O objetivo deste artigo é analisar a (con)formação das primeiras coleções no Museu Histórico de Londrina (MHL). Parte-se do pressuposto que a experiência pessoal e acadêmica do, então, primeiro diretor, Pe. Carlos Weiss (1970-76) - Professor de História Antiga e Medieval da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Londrina – determinou na escolha e ênfase dadas aos acervos arqueológicos e etnográficos. Para tanto, foram analisados o Primeiro Livro de Registro do Museu (PLR), outros documentos institucionais e depoimentos de funcionárias. Apresenta-se aqui uma análise que ultrapassa a perspectiva local, pois a experiência da constituição das primeiras coleções dialoga com uma conjuntura regional e nacional num processo dinâmico e contínuo. O resultado da pesquisa deixou transparecer não só a forte predominância de objetos arqueológicos e etnográficos - cerca de 40% - nos anos iniciais da formação do MHL como, também, a presença de artefatos provenientes de várias partes ...
O Museu no Ensino De História: buscando novas possibilidades
Cadernos De Pesquisa Do Cdhis, 2011
O artigo apresenta um projeto de Extensão, ainda em andamento, vinculado à disciplina de Estágio Supervisionado no curso de Licenciatura em História da Universidade Federal do Amazonas. O projeto de extensão "Visitas Monitoradas ao Museu Amazônico" visa oportunizar a alunos e professores de escolas públicas de Manaus, visitas programadas às exposições do Museu Amazônico explorando o potencial educativo dos museus.
Museus escolares: trajetória histórica e desafios à luz da museologia social
Anais do Museu Histórico Nacional, 2019
Resumo Objetiva-se, discutir o tema dos museus escolares, em perspectiva histórica a partir do surgimento, ainda no século XIX, do Museu Escolar Pedagogium e da atuação do Museu Nacional e seu Serviço de Assistência ao Ensino, fundado em 1926. Esta trajetória à luz das questões da museologia social e da educação museal contemporâneas contribuem para a problematização de um novo tipo de museu escolar, nesse caso, comprometido com os aspectos históricos, sociais e educacionais da sociedade e da comunidade a que pertence. Assim, consideramos que os museus escolares podem proporcionar à escola meios e alternativas para o desenvolvimento de ações dialógicas a partir da Museologia e da memória, compreendidas como metodologia educacional em articulação com variados temas de interesse escolar.