Dinâmica contraceptiva antes e após o uso da anticoncepção de emergência: descontinuidades contraceptivas e bridging (original) (raw)
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Revista Gaúcha de Enfermagem
RESUMO Objetivos: Analisar os fatores associados à descontinuidade no uso de método contraceptivos após a vivência de um abortamento. Método: Estudo transversal, conduzido com 111 mulheres de 18-49 anos, usuárias de Unidades Básicas de Saúde de São Paulo/SP, Aracaju/SE e Cuiabá/MT, que relataram abortamento nos cinco anos anteriores às entrevistas realizadas entre 2015-2017. Utilizou-se Kaplan-Meier e regressão de Cox para análise dos dados. Resultados: Os métodos mais utilizados foram o contraceptivo hormonal oral, preservativo masculino e injetáveis. A taxa de descontinuidade contraceptiva foi 41,8% nos 12 meses. A pílula foi o método mais abandonado (58,3%); o preservativo masculino aquele que mais falhou (72,7%); e injetáveis os mais trocados (50,0%). Ter até 24 anos de idade, mais de 10 anos de escolaridade, três ou mais filhos e querer esperar mais para engravidar associaram-se a descontinuar o uso dos métodos contraceptivos após o abortamento. Conclusão: Após o abortamento, a...
Práticas contraceptivas entre jovens universitários: o uso da anticoncepção de emergência
Cadernos de Saúde Pública, 2010
Este estudo investigou as práticas contraceptivas de 487 jovens estudantes de uma universidade pública paulista, tendo como enfoque o uso da anticoncepção de emergência. Um questionário estruturado foi enviado por endereço eletrônico em dezembro de 2007. Os jovens referiram altas proporções de uso de métodos, principalmente o preservativo masculino e a pílula. A anticoncepção de emergência já havia sido utilizada por metade dos estudantes, muitas vezes concomitantemente a métodos de alta eficácia. Entre as mulheres, análise de regressão logística múltipla mostrou associação do uso da anticoncepção de emergência com a idade, idade de início da vida sexual, ter deixado de usar preservativo masculino em alguma relação sexual, ter vivenciado ruptura acidental do preservativo masculino e conhecer alguém que já a tenha utilizado. A opção pela anticoncepção de emergência mostrou-se mais relacionada a inconsistências no uso de métodos regulares do que ao não uso propriamente dito, podendo s...
O uso irracional de contraceptivo de emergência e seus riscos à saúde da mulher
Research, Society and Development, 2022
Introduction: Emergency contraceptives, known as "morning after pills", belong to the class of drugs used to prevent unwanted pregnancy. Excessive use of EC can cause several health problems and should be used in extreme need. Objective: To observe the abusive use of emergency contraceptives and the months with the highest rates of use. Methodology: This is a descriptive, qualitative research with a review of available scientific studies, in order to observe the consequences of excessive use and greater demands in 10 pharmacies in downtown Rio de Janeiro in order to record the months with the highest purchase rate. Final Considerations: The consequences of abusive use, the contraindications and diseases linked to this abuse were observed. The topic is extremely important and should be further addressed in scientific research. Based on the material collected, it was possible to conclude that the seasonality of purchases occurred sporadically between February and November.
Visão de acadêmicas da área da saúde a rspeito da anticoncepção de emergência
Resumo Trata-se de um estudo tipo pesquisa-ação, tendo como objetivo mostrar a visão de acadêmicas da área da saúde a respeito da anticoncepção de emergência (AE). Foi desenvolvido com 15 acadêmicas de uma universidade de Santa Catarina por meio de entrevista individual associada ao processo dialógico de cuidar-educar. Teve como referencial as Diretrizes do Ministério da Saúde, o Manual dos Direitos Sexuais e Reprodutivos: uma prioridade do governo e o Caderno Direitos Sexuais e Reprodutivos: Anticoncepção de Emergência. Surgiram 6 categorias de análise: conhecimento a respeito da AE; AE vista como segurança à mulher; a relação da pílula AE com o aborto; os cursos, a mídia e os serviços de saúde como fonte de informação; a AE representando risco para a saúde; preocupação com a venda e distribuição indiscriminada da AE. Foi identificado que as acadêmicas têm a visão de que o uso da AE deve ser somente como última alternativa e de forma criteriosa, a fim de evitar uma possível gravidez indesejada. Evidenciou-se desconhecimento ou pouca informação sobre a pílula, talvez em virtude do desinteresse das mesmas pela não utilização. Constatou-se que os cursos de graduação, em sua maioria, não estão oferecendo informações necessárias no que se refere à AE, deixando lacunas na informação, o que pode ser prejudicial para o profissional. Palavras-chave: anticoncepção de emergência, conhecimento, saúde da mulher, cuidar-educar. Abstract: Insight of university students of health sector about emergency contraceptive The aim of this study was to know the insight of university students of the health sector about the Emergency Contraceptive (EC). Fifteen students of the University of Santa Catarina participated in the study and individual interviews associated to the process of caring-education were conducted. The references were the Guidelines of the Health Ministry, the Guidelines of sexual rights and reproductive rights: a priority of the government, and the Reproduction and Social Rights Book: Emergency Contraceptive. Six categories of analysis emerged: knowledge on EC; EC considered a safe mean to prevent pregnancy; relation between EC and abortion; courses, media and health services as information resource; EC and risk factor for health; indiscriminate sale and distribution of EC. It was verified that university students understand that the use of EC
Conhecimentos, práticas e atitudes frente à anticoncepção de emergência: revisão sistemática
Psicologia Revista, 2020
O objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática das publicações científicas entre 2007 e 2016 sobre os conhecimentos, as práticas e as atitudes dos participantes frente à anticoncepção de emergência (AE). Efetuou-se uma busca em três bases de dados: Lilacs, BVS-Psi e Scielo, no período de 2007 a 2016. Foram encontrados 260 artigos, sendo incluídos 25 estudos após a avaliação de três juízes independentes. Sobre os conhecimentos acerca da AE, percebeu-se que saber da existência do método não significa ter conhecimento efetivo. Já os determinantes do uso, em geral, são a falha ou o esquecimento de um contraceptivo de rotina. Finalmente, as atitudes frente à AE são mais embasadas num posicionamento pessoal subjetivo que em conhecimento efetivo.
Cadernos de Saúde Pública, 2021
O objetivo foi estimar as taxas de descontinuidade total no uso do contraceptivo hormonal oral, injetável e do preservativo masculino, bem como verificar as taxas de interrupção por abandono e por troca para método mais eficaz e menos eficaz. Dados de 2.051 mulheres usuárias de unidades básicas de saúde de três capitais brasileiras foram coletados por meio do calendário contraceptivo. Os resultados mostraram que 24,5% das usuárias do contraceptivo hormonal oral, 33,5% das usuárias de contraceptivo hormonal injetável e 39% das usuárias do preservativo masculino haviam descontinuado o uso do método até 12 meses de uso, independentemente da razão. Houve pouca variação nas taxas entre capitais, mas não no método utilizado. A principal razão para descontinuar o uso do método contraceptivo foi por querer engravidar (20,8%). Um total de 20% das mulheres engravidou enquanto usava algum método, e essa proporção alcançou 25,7% entre usuárias do preservativo masculino. Ressalta-se que, após 12...
Conhecimento Dos Universitários Do Sexo Masculino Sobre O Uso Do Anticoncepcional De Emergência
ANAIS DO II CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE SAÚDE PÚBLICA (ON LINE) RESUMOS EXPANDIDOS, 2021
Objetivo: verificar o conhecimento sobre a prática do uso do anticoncepcional de emergência e o ciclo reprodutivo feminino por universitários do sexo masculino de uma instituição privada no Distrito Federal. Método: estudo seccional, desenvolvido com 111 participantes. A coleta de dados foi realizada entre os meses de agosto e novembro de 2019 e março de 2020, por um questionário autoaplicável. As análises foram feitas pelo software SPSS® versão 20.0. Resultados: 16,3% acreditam que o método deve ser utilizado antes da relação sexual, 38,7% afirmaram que o prazo máximo para utilização do método é de 24h ou 1º dia e 15,4% alegaram ser abortivos. Conclusão: o conhecimento dos universitários é deficiente, a prática do uso do AHE por suas respectivas parceiras sexuais é frequente. Observado comportamento dos universitários em suas relações sexuais ocasionais, sem o uso do preservativo, contribui para uma gravidez indesejada e obtenção de ISTs. PALAVRAS-CHAVE: Anticoncepção pós-coito. Comportamento contraceptivo. Estudantes. ÁREA TEMÁTICA: Educação em Saúde. INTRODUÇÃO O acesso de homens e mulheres aos métodos contraceptivos deve ser garantido pelos serviços de saúde e ofertado pelo governo na garantia da livre escolha em ter ou não filhos. A prática do uso dos métodos contraceptivos apresenta alta frequência, em conjunto aos anticoncepcionais de emergência, que corresponde ao método que pode ser utilizado nos dias após o intercurso sexual desprotegido (Soares et al., 2014; Vargas et al., 2017). É observado na literatura que a visão masculina ainda é limitada quanto ao conhecimento sobre anticoncepção, saúde sexual e reprodutiva, o que leva os homens a exercerem papel dominante, deixando essa questão sob a responsabilidade da mulher, em decorrência de uma construção histórica de gênero, social e cultural que impõe à mulher a decisão pela contracepção (Nogueira et al., 2018). Nesse sentido, esta pesquisa teve como objetivo verificar o conhecimento sobre a prática do uso do anticoncepcional hormonal de emergência e o ciclo reprodutivo feminino por estudantes universitários do sexo masculino.
Agradeço à Deus, por mais essa conquista em minha vida. À minha orientadora Ana Luiza, por todo o ensinamento, incentivo, amizade e orientações. À Profª. Elizabeth Fujimori, pelas contribuições no Exame de qualificação, pelos ensinamentos no grupo de pesquisa Núcleo de Estudos Epidemiológicos na Perspectiva da Enfermagem em Saúde Coletiva (NEPESC) e na disciplina de pósgraduação. À Profª. Regina Figueiredo e à Profª. Célia Regina pelas valiosas contribuições no Exame de Qualificação. Agradeço à minha família, sobretudo minha mãe, por todo o incentivo, ao meu marido e ao meu filho. Aos meus familiares, tios, tias, primas, em especial à minha tia Maria José, uma mulher batalhadora, que foi o meu espelho de dedicação e força de vontade. Às minhas companheiras da Escola de Enfermagem da USP (EEUSP), Osmara, Karina, Luciane, Cibele, Daniela, Giovanna, Christiane, Patrícia, agradeço por toda ajuda e pelas parcerias. À todas as professoras das disciplinas que cursei no mestrado, obrigada por todos os ensinamentos. Aos profissionais das Unidades Básicas de Saúde que colaboraram com a coleta de dados e à todas as mulheres que aceitaram participar dessa pesquisa. A todos que não estão citados aqui, mas que de alguma forma contribuíram para a realização desta pesquisa. Gonçalves RFS. Uso da anticoncepção de emergência entre mulheres usuárias de Unidades Básicas de Saúde em três capitais brasileiras [dissertação].
Razões Para Não Utilizar a Anticoncepção De Emergência: Subestimação Do Risco De Engravidar
Revista De Enfermagem E Atencao a Saude, 2014
Objetivo: Descrever as razões pelas quais mulheres em gravidez não planejada não usaram a anticoncepção de emergência para prevenir a gravidez em curso. Método: Estudo quantitativo, transversal, realizado com amostra probabilística de mulheres grávidas usuárias de 12 Unidades Básicas de São Paulo (n=366), entre março e junho de 2013. O critério de inclusão foi estar em uma gravidez não planejada. No Stata 12.0, os dados foram analisados por meio de proporções. Resultados: Apesar de a maioria conhecer a anticoncepção de emergência (96,7%), apenas 9,8% usaram para prevenir a gravidez em curso. A principal razão para o não uso foi pensar que não iria engravidar (47,6%). Outras razões foram querer engravidar no futuro e não pensar/lembrar do método. Conclusões: Reconhecer as situações em que corre o risco de engravidar, saber como obter e usar o método e ter claras intenções reprodutivas podem aumentar o uso da anticoncepção de emergência quando indicada. Palavras-Chave: Saúde reprodutiva. Saúde sexual. Gravidez não planejada. Anticoncepcionais pós-coito.
Femina, 2010
Resumo Os objetivos desta revisão foram identificar e analisar as principais recomendações atuais relativas ao manejo do sangramento inesperado em usuárias de anticoncepcional hormonal. Foram revisadas as principais diretrizes publicadas nos últimos dez anos. Quatro bases de dados eletrônicas foram consultadas (Medline, LILACS, Scielo, CINAHL ®). De um total inicial de 14.130 citações, 14 foram selecionadas para inclusão. As principais recomendações sugerem que as mulheres que optam por métodos hormonais devem ser orientadas quanto à possibilidade da ocorrência de sangramentos inesperados. Tais sangramentos podem desaparecer espontaneamente com a persistência no uso do método. Na maioria das vezes, esta intercorrência não afeta a eficácia anticonceptiva do método, e recomenda-se não criar a expectativa de que irá ocorrer amenorreia na vigência do uso de métodos contraceptivos hormonais. Esta revisão pode ser útil na prática clínica, dada a importância do tema e a frequência desse tipo de queixa nos ambulatórios de tocoginecologia.