Descontinuidades contraceptivas no uso do contraceptivo hormonal oral, injetável e do preservativo masculino (original) (raw)

Fatores associados ao uso inconsistente de preservativo com parceiros comerciais entre homens que fazem sexo com homens no Brasil

Cadernos de Saúde Pública

O objetivo foi analisar os fatores associados ao uso inconsistente de preservativo com parceiros comerciais entre homens que fazem sexo com homens (HSH) no Brasil. Foi feito um estudo transversal, com HSH adultos, recrutados por meio da técnica respondent-driven sampling (RDS), em 12 capitais brasileiras, em 2016. Os HSH responderam a um questionário sociocomportamental, que incluía questões sobre o comportamento sexual. O uso inconsistente de preservativo com parceiros comerciais foi mensurado por meio das relações sexuais anais insertivas e receptivas, ocorridas nos últimos seis meses e na última relação sexual. A associação entre as variáveis independentes e o uso inconsistente de preservativo foi mensurada utilizando o modelo de regressão de Poisson com variância robusta, com estimação de razões de prevalência ajustadas (RPa). Foram analisados dados de 461 HSH. A prevalência de uso inconsistente de preservativo com parceiros comerciais foi de 26% (IC95%: 19,0-34,3, n = 123). Per...

Uso inconsistente do preservativo entre parcerias sexuais sorodiferentes ao vírus da imunodeficiência humana

2019

Objetivo: analizar a los predictores del uso inconsistente del preservativo entre personas seropositivas con asociación sexual serodiferentes al virus de la inmunodeficiencia humana. Método: estudio transversal, analítico con muestra consecutiva no probabilística que fue constituida por personas viviendo con el virus de la inmunodeficiencia humana con asociación sexual serodiferente y que estaban en seguimiento clínico de ambulatorio. Los datos fueron recogidos por medio de encuesta individual orientada por cuestionario semiestructurado y fueron analizados con análisis bivariado y regresión logística. Resultados: Se identificó que siete variables fueron independientemente asociadas con el uso inconsistente del preservativo. Escolaridad menor que 11 años de estudio (4,9 [2,4-10,1]), ter múltiples asociaciones (5,0 [1,3-19,6]), usar alcohol (2,1 [1,1-4,4]) u otras drogas (2,8 [1,2-6,3]), no recibir consejo con profesional de salud (2,0 [1,1-3,9]), no tener conocimiento sobre tratamien...

Uso Racional de Contraceptivos Hormonais Orais

A anticoncepção é amplamente realizada no mundo inteiro. No Brasil, o uso de métodos anticoncepcionais cresceu acentuadamente ao longo das últimas décadas, alcançando, em 2006, 80,6% no grupo de mulheres com idades entre 15 e 44 anos (8.707 entrevistas em 2006), segundo a terceira edição (2006) da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS). Apenas dois métodos — a pílula e a esterilização feminina — responderam por mais de dois terços da contracepção. Dados da PNDS 2006 revelaram aumento na prevalência do uso de anticoncepcionais e de outros métodos contraceptivos (como vasectomia e preservativo) e redução significativa da prevalência da esterilização feminina em comparação aos dados da PNDS 1996. Em 2006, a escolha do método contraceptivo mostra-se influenciada pela renda. Na classe de mais baixa renda e nas mulheres de menor escolaridade, ainda predominam o não uso de qualquer método (26,3%) e a esterilização feminina (32,3%). O uso de anticon- cepcionais ocorreu em 27,4% de todas as mulheres em conjunto. Outros métodos (DIU, diafragma, injeções e outros) foram escolhidos por 7%.1 Entretanto, em faixas etárias mais jovens o controle da natalidade ainda é um problema. Em 2005, do total de 3.030.211 nascidos vivos no Brasil, 21,82% correspondiam a mães com idade entre 10 e 19 anos de idade, comprovando a falta de orientação e de adesão aos métodos anticoncepcionais entre adolescentes.2 A eficácia da contracepção (resultado obtido quando o uso ocorre em condições ideais) e sua efetividade (resultado do uso corrente, tanto correto como incorreto) podem ser expressas por meio do índice de Pearl, correspondente ao número de gestações (falha) ocorridas em 100 mulheres que utilizaram sistematicamente o método durante um ano. Os anticoncepcionais orais (AO) têm sido objeto de contínua investigação, pois constituem o mais efetivo método reversível e o de maior prevalência de uso dentre as medidas medicamentosas. A eficácia e a continuidade de uso, verificadas em ensaios clínicos controlados, costumam ser maiores que as observadas na prática diária. Isso se deve a que os primeiros se processam em locais escolhidos, com pacientes selecionadas e em condições de vigilância rigorosas. 

Fatores associados à descontinuidade no uso de métodos contraceptivos após a vivência de um abortamento

Revista Gaúcha de Enfermagem

RESUMO Objetivos: Analisar os fatores associados à descontinuidade no uso de método contraceptivos após a vivência de um abortamento. Método: Estudo transversal, conduzido com 111 mulheres de 18-49 anos, usuárias de Unidades Básicas de Saúde de São Paulo/SP, Aracaju/SE e Cuiabá/MT, que relataram abortamento nos cinco anos anteriores às entrevistas realizadas entre 2015-2017. Utilizou-se Kaplan-Meier e regressão de Cox para análise dos dados. Resultados: Os métodos mais utilizados foram o contraceptivo hormonal oral, preservativo masculino e injetáveis. A taxa de descontinuidade contraceptiva foi 41,8% nos 12 meses. A pílula foi o método mais abandonado (58,3%); o preservativo masculino aquele que mais falhou (72,7%); e injetáveis os mais trocados (50,0%). Ter até 24 anos de idade, mais de 10 anos de escolaridade, três ou mais filhos e querer esperar mais para engravidar associaram-se a descontinuar o uso dos métodos contraceptivos após o abortamento. Conclusão: Após o abortamento, a...

[Contraceptive discontinuities in the use of oral and injectable hormonal contraceptives, and male condoms]

Cadernos de saude publica, 2021

The study aimed to estimate the total contraceptive discontinuity rates in the use of oral and injectable hormonal contraceptives, and male condoms and dropout rates due to switches to more effective and less effective methods. Data on 2,051 women, users of primary healthcare services in three Brazilian state capitals, were collected using the contraceptive calendar. The results showed that 24.5% of users of oral hormonal contraceptives, 33.5% of users of injectables, and 39% of users of male condoms had discontinued the respective method after 12 months of use, independently of the reason, and that the rates varied little between the capitals but did depend on the method. The main reason for discontinuing use of the contraceptive method was the desire to become pregnant (20.8%). Conception while using the method was reported by 20% of the women, a proportion that reached 25.7% in users of male condoms. After 12 months with the method, the dropout rate for reasons related to the con...

Efeitos adversos e fatores de risco associados ao uso contínuo de contraceptivos orais

2020

O contraceptivo oral oferece benefícios como a inibição da ovulação, diminuição da fecundidade e de gravidez indesejada, porém não são excludentes os efeitos colaterais referentes ao uso contínuo. Diante disso, o trabalho teve como objetivo analisar os efeitos adversos e fatores de risco relacionados ao uso desse medicamento de forma ininterrupta. Essa mini revisão integrativa teve como metodologia a busca de dados através da Scientific Electronic Library Online (SciELO), Eletronic Journal of Pharmacy, Associação Catarinense de Medicina (ACM) e US National Library of Medicine (PubMed) entre os anos 2016 e 2019 com base nos Descritores em Ciências da Saúde (DECS): “anticoncepcionais”, “saúde da mulher”, “libido”, “efeitos colaterais” e “reações adversas relacionadas a medicamentos” utilizando o booleano “AND”. Assim, foi observado que efeitos adversos mais comuns como a cefaleia, a diminuição da libido e náuseas são percebidos já no primeiro mês, enquanto o uso a longo prazo aumenta ...

Contexto De Vulnerabilidade De Gênero No Uso Do Preservativo Masculino

2020

Resumo – Discute os contextos de vulnerabilidade de genero no uso do preservativo masculino. Objetiva identificar os fatores associados a vulnerabilidade de genero nas praticas sexuais de risco e na infeccao pelo HIV entre as mulheres. Trata-se de pesquisa qualitativa e exploratoria, cujo metodo utiliza estudo de caso. A analise dos dados mostra que 70% das mulheres nao tem como pratica de sexo seguro o uso do preservativo; 50% das mulheres relatam que seu risco de adquirir o HIV e pouco ou nenhum; os metodos de prevencao ao HIV sao mais desconhecidos entre as mulheres: 93,8% das mulheres desconhecia a Profilaxia Pre-Exposicao, e 75%, a Profilaxia Pos-exposicao. Conclui-se que a negociacao do uso do preservativo esta relacionada a construcao social da normatividade para ser homem e mulher, bem como aos codigos de valores que favorecem a exposicao das mulheres a situacoes de vulnerabilidade a infeccao pelo HIV e outras IST. Palavras-chave: HIV/aids; Vulnerabilidade de genero; Opresso...

Dinâmica contraceptiva antes e após o uso da anticoncepção de emergência: descontinuidades contraceptivas e bridging

Cadernos de Saúde Pública, 2021

Os objetivos do estudo foram estimar a ocorrência de bridging, ou seja, o quanto as mulheres que não usavam métodos contraceptivos, começaram a utilizá-los no mês subsequente ao uso da anticoncepção de emergência; e estimar as taxas de descontinuidade contraceptiva antes e após o uso da anticoncepção de emergência. A coleta dos dados ocorreu por meio de um histórico retrospectivo diário sobre o uso de métodos nos 30 dias antes e após o uso da anticoncepção de emergência, com 2.051 usuárias de unidades básicas de saúde de São Paulo, Aracaju (Sergipe) e Cuiabá (Mato Grosso), Brasil. Resultados do estudo revelaram que, em média, as mulheres iniciaram o uso do método 7,6 dias (DP = 2,4) após o uso da anticoncepção de emergência e a descontinuidade ocorreu 17,1 dias (DP = 7,0) após o uso da mesma. A maioria das mulheres utilizou um método de forma contínua 30 dias antes (44,4%) e 30 dias após (65,7%) a anticoncepção de emergência. Foi identificado que apenas 8,1% das mulheres que não uti...