Kant e a segunda recensão a Herder: comentário, tradução e notas (original) (raw)

Sobre as Resenhas de Kant às Ideias para uma filosofia da história da humanidade, de Herder

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2013

Resumo: Pretende-se, neste ensaio, propor uma leitura das Resenhas escritas, por Kant, às Ideias para uma filosofia da história da humanidade, de Herder. A partir de algumas das principais objeções que Kant dirige a essa obra, ser--nos-á possível compreender as diferenças mais fundamentais entre os projetos filosóficos dos dois autores. Veremos, então, que, ao contrário do que pensava Kant (cuja leitura das Ideias é, de fato, muito pouco generosa), Herder também contribuiu, à sua maneira, para uma reconsideração da metafísica.

A Methodenlehre da segunda Crítica e suas possíveis consequências para uma ética cívica em Kant

O artigo pretende analisar a “Doutrina do método” da segunda Crítica para em seguida, servindo-se das conclusões de tal análise, investigar a possibilidade de uma moralidade jurídica e de uma virtude política em Kant. No que diz respeito à primeira tarefa serão consideradas as páginas imediatamente precedentes à “Doutrina do método” e será introduzida a noção de um esquematismo moral análogo àquele transcendental da primeira Crítica. Para discutir a possibilidade de uma ética cívica em Kant serão levadas em conta diferenças e semelhanças entre a doutrina do direito e a ética kantiana.

Hegel e a segunda antinomia de Kant

Do início à finitude do ser: interfaces lógicas hegelianas, 2020

This article addresses Hegel's critique of Kant's second antinomy, set out in Critique of Pure Reason. For this, it uses mainly with the work Science of Logic - the Doctrine of Being. For Kant, the four main classes of categories - quantity, quality, relation and modality - will give rise to the four antinomies of pure reason. The second antinomy refers to the infinite or finite divisibility of material. Hegel proposes that in the determineness of being, quality must precede quantity. Considering the Hegelian philosophy and with the determination of being there, comes up the possibility of solving the second antinomy arises, by determining of quantity. Key words: Antinomy; Science of Logic; Hegel; Kant

A Herança De Hume Ao Pensamento Teórico De Kant

Revista Ética e Filosofia Política, 2014

RESUMO: O presente trabalho busca apresentar em que sentido nós podemos interpretar que o caráter sintético que Kant afirma para o pensamento em geral tem determinados pressupostos na filosofia de Hume e, em específico, na sua crítica a nossa ideia de causalidade, como implicando a noção de necessidade (sem com isso pôr em questão a originalidade da argumentação propriamente kantiana).

Kant e a Loucura

Kant e-Prints, 2010

The essay describes the relationship between Kant's Critique of Madness written in the 1760s and his Critique of Reason dating from the 1780s. It attempts to reconstruct the systematics of Kant's so-called Critical Turn, starting with his Essay on the diseases of the head (1764) and his Dreams of a Spirit-Seer (1766), through the First grounds of the difference of the regions in space (1768) and the Inaugural-Dissertation (1770) up to his Critique of pure Reason (1781/87). The essay points out the way in which Kant applies his psychological insights to philosophy. Via his theory of hallucination, he arrives at the insight that all knowledge is based on projections. Starting with this premise, he examines the objective and subjective basis of rational projection, i.e. apriori reason. Again, he relates the knowledge of projection to philosophy in his examination of projections in logical judgements based on Leibniz' axioms. This leads him to the detection of three types of logical errors in logical judgement: amphibolia, paralogism, and antinomia. With the latter, his early theory of madness was integrated in philosophy. This essay points out some of the central ideas of my book, Wahn und Wahrheit. Kants Auseinandersetzung mit dem Irrationalen (Akademieverlag, Berlin 2007). A seguir será analisada a influência exercida pela confrontação de Kant com o conceito de loucura no seu pensamento crítico-tardio. Um dos motivos da ocupação de Kant com a loucura foi o erudito e visionário sueco Emanuel von Swedenborg (1688-1772). Von Swedenborg era filho do bispo luterano da Suécia, Jesper Swedeberg. Entre 1716 e 1747 foi assessor no Bergwerkkollegiums sueco, bem como um reconhecido erudito que havia redigido sete escritos. Em torno de 1742/43, com então 54 anos, Swedenborg precipitou-se em uma crise psíquica e religiosa que culminou em duas visões. A partir daí o visionário imaginou estar em contato imediato com o mundo dos espíritos, de modo que se sentiu chamado -por conta das suas experiências espirituais -a anunciar uma nova doutrina cristã, que fora denominada por ele de Nova Jerusalém. Somente entre 1749 e 1789 foram publicados aproximadamente 17 escritos, em 32 volumes, com no total mais de 10.000 páginas sobre o mundo dos espíritos e, a bem da verdade, todos eles em língua latina. O visionário é, de certa forma, uma espécie de repórter do reino dos espíritos. Ele fornece descrições minuciosas e detalhadas de todo o mundo espiritual, com todas as suas sociedades espirituais, e também captura as vozes dos espíritos nas entrevistas sobre pesquisas de opiniões que realiza com eles. Swedenborg também tem aulas de filosofia e leituras comentadas da bíblia 1 Este artigo foi apoiado pela Alexander von Humboldt-Foundation; Tradução: Prof. Dr. Jorge L.Viesenteiner.

Kant e as Refutações Ao Idealismo Empírico: Diferenças Entre a Primeira e a Segunda Edições Da Crítica Da Razão Pura

Cadernos De Graduacao, 2011

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar diferenças nas duas versões da Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant, a saber, a primeira edição de 1781 e a segunda edição de 1787. Analisaremos em que medida tais alterações comprometem o sistema kantiano intitulado de idealismo transcendental. Acreditamos que ocorreram alterações importantes na demonstração argumentativa feita por Kant a respeito da Refutação ao Idealismo Empírico que será apresentada no presente trabalho.