Gosto de sangue (original) (raw)
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Sistema Cardiovascular Sangue SANGUE (composição, células, coagulação, hemograma) Introdução A função básica do sistema cardiovascular é comunicação das células entre si, produzindo um fluxo, e com o meio externo, havendo uma integração com os sistemas respiratório, renal e digestivo. Do ponto de vista biofísico, a variável fundamental para que o sistema vascular exerça sua função primária é gerar fluxo. Para que haja fluxo, é necessário gradiente. Quando se fala em fluxo de volume, de ar, sangue e líquidos, está se referindo a um gradiente de pressão. Quando essa referência é microscópica, tratando-se do fluxo de moléculas, fala-se de gradiente eletroquímico. A força física que determina o fluxo sangüíneo é o gradiente de pressão, contraposto pela resistência vascular, que se caracteriza pelo diâmetro do vaso. O fluxo é determinado pelo volume dividido pelo tempo. A resistência vascular é inversamente proporcional à quarta potência do raio (R = 1/r 4 ). Dessa forma, o principal mecanismo de controle do fluxo sangüíneo é a variação do raio das arteríolas. Essa variação é proporcionada pela variação do tônus, do grau de contração da musculatura lisa vascular.
Jornal i, 2020
Ao longo dos tempos o sangue sempre foi considerado sinónimo de vida. Este simbolismo ganhou expressão concreta no último século com a criação dos derivados do sangue. O desenvolvimento do fraccionamento do plasma, em particular, colocou à disposição da medicina produtos hoje imprescindíveis no tratamento das mais diversas condições. Transacções de milhões são efectuadas anualmente por uma indústria cuja matéria-prima depende, paradoxalmente, das doações voluntárias e muitas vezes graciosas de cidadãos altruístas. Metáfora de vida e de morte, o sangue encerra em si um forte valor simbólico. O seu carácter misterioso e místico permeia culturas, tradições e religiões, que desde sempre celebraram os seus poderes divinos e curativos. Esta reverência foi-se desvanecendo à medida que a biologia do sangue foi sendo desvendada. Graças ao esforço da ciência, o papel da maioria dos componentes do fluido vital não oferece hoje grande mistério. Uma fracção do sangue é ocupada por células especializadas-os glóbulos vermelhos transportam oxigénio, os glóbulos brancos conbatem infecções e as plaquetas produzem coágulos que impedem hemorragias fatais. Separadas as células, sobra a parte líquida ou plasma, que contém proteínas (incluindo albumina, imunoglobulinas e factores de coagulação), sais minerais e outras substâncias dissolvidas em água. Distribuídos pelo corpo por uma rede imensa de artérias, veias e capilares, os nossos 6 litros de sangue percorrem num dia uma distância equivalente à que separa Lisboa da Nova Zelândia. O desenvolvimento do fraccionamento de plasma está intimamente ligado à segunda guerra mundial [1]. Cientes de que a maioria das mortes em campo de batalha resultam da perda de sangue, as forças armadas americanas encetaram a procura por derivados de sangue que fossem estáveis, seguros e compactos, e pudessem substituir o sangue inteiro. Neste contexto, solicitaram em 1940 ao Dr. Edwin Cohn, um bioquímico da Universidade de Harvard, que identificasse no plasma bovino, uma matéria-prima abundante, um substituto transfusível alternativo. À época, a investigação de Cohn em química-física de proteínas era de cariz fundamental, com foco clínico mínimo. Porém, o saber científico acumulado permitiu à equipa de Cohn criar um método inovador que produzia fracções ricas em albumina, a proteína dominante no plasma. Face às semelhanças
2009
O presente estudo tem como objetivo uma escrita da história do modo com que os habitantes da região Sudoeste do Paraná se confrontaram e foram tratados por um segmento do serviço público, nesse caso, o judiciário, tendo em vista seus conflitos e seus reclames por justiça. Dessa forma, através das figurações desses pequenos agricultores no poder judiciário visualizamos os diversos atos de violência em que estiveram envolvidos. Assim busca-se considerar os exercícios de poder envolvidos em torno do estabelecimento do direito de punir em uma sociedade em nascimento. O corpus documental utilizado constituiu-se de processos criminais executados pela Comarca de Clevelândia, interior do Paraná, entre 1909 e 1939. O referencial teórico fundamentou-se nas reflexões de Michel Foucault sobre o controle social envolvendo aspectos como a governamentalidade, a disciplina, o direito e a punição. Nas narrações extraídas de processos-crime buscou-se compreender os fragmentos de vidas ali presentes e do modo como se confrontaram com o aparelho judiciário. Assim sendo buscamos analisar e compreender as diversas formas com que os homens através de seus atos agiram de forma violenta e em que medida essa violência pode ser compreendida como o momento, muitas vezes, decisivo de relações intersubjetivas de uma determinada organização social. Dessa maneira, a relação entre uma aparelhagem judiciária que estava se organizando e uma violência que se constituía em uma rede de relações sociais, revelaram a produção dos estigmas sociais e da criminalização efetivada por um sistema judiciário frágil em sua estrutura e displicente em relação aos reclames dos pequenos agricultores pobres que habitavam a região.
Gosto de sangue: horror gótico e desejos monstruosos no cinema queer brasileiro contemporâneo
Revista PÓS, 2022
Através da análise fílmica comparativa de uma constelação de curtas e longas-metragens do cinema brasileiro contemporâneo, este artigo pretende explorar o modo como o gênero de horror é utilizado por uma nova geração de cineastas queer como maneira de representar o desejo sexual dissidente. Partindo de leituras queer sobre o horror gótico, analisaremos a recorrência do sangue nessas narrativas enquanto metáfora de abjeção e desejo, assim como a apropriação positiva da monstruosidade e suas implicações no panorama de produções audiovisuais que abordam o desejo homossexual no Brasil.
O sangue nos romances arturianos
Brathair, 2003
Resumo O sangue desempenhou importante papel nas representações do medievo. Ligado às imagens maiores da vida e da morte, ele recebeu certas conotações sagradas e por vezes foi tratado como objeto de culto. Nos romances arturianos, é empregado como símbolo e sua efusão evoca alguns costumes, hábitos coletivos e certas formas de pensar próprias da sociedade medieval. Palavras-Chave: Costumes judiciais, Lepra, Sacrifício Résumé Le sang a joué un rôle important dans les representations du Moyen Âge. Lié aux images majeures de la vie et de la mort, il a reçu `ês connotations sacrées et parfois a été traité em tant que object de culte. Dans `ês romans arthuriens, il est employé comme symbole et l'effusion du sang evoque quelques coutumes, quelques habitudes collectives et certaines manières de penser propres de la société médiévale.
Eu devia ter uns seis ou sete anos quando achava que a idade adulta (e toda a liberdade a ela associada) chegaria aos dezessete, idade em que minha mãe foi mãe pela primeira vez. Os meus dezessete não demoraram muito, mas finalmente chegaram, sem que nada de muito intenso mudasse: continuei a ser uma filha adolescente, cuja vida era mais ou menos facilitada por ainda não ser de fato uma adulta. Mas neste ano em que faço trinta
Seminário Internacional Bienal do Mercosul: Feminismo(s), visualidades, acoes e afetos, 2020
Thee purpose of this paper is to think about the connection between menstruation and Earth. I moot works by the artists Nadia Granados (Colombia), Aleta Valente (Brazil) and Carolee Schneemann (USA), produced in different historical, political and exhibition contexts to discuss how each performs the relation with the blood, this body fluid that is considered disgusting by patriarchy. I discuss the tensions between pornographic representation and the production of self-image that appears in the cited works, taking into account the relations between the Earth and the body that are cyclically extinguished by hetero-white-patriarchal capitalism and recapture by different feminist strategies. Keywords: Descolonial feminism; Menstrual blood; Earth; Self-image.
Sangue de CALHEIROS, 2024
No final de Agosto de 2024 fui ao Minho, a terra que guarda as raízes dos meus ancestrais. O primeiro refúgio escolhido para a minha estadia é o PAÇO de CALHEIROS, onde a história e a tradição se entrelaçam, como tal decidi fazer esta compilação. Contacto: osnossosavoengos@gmail.com