Reflexões conceituais e metodológicas sobre o “barroco” das biografias (original) (raw)
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Conjecturas e divagações sobre biografias
RESUMO-Os fatos e ações daqueles que outrora povoaram o mundo da dança, muitas vezes, nos chegam através dos relatos de suas histórias de vida. A necessidade do outro seria a fonte de nosso interesse nos detalhes dos fatos e gestos da vida do outro. Este artigo se propõe a examinar as primeiras autobiografias e biografias de bailarinos publicadas e, a partir delas, levantar algumas questões concernentes ao gênero biográfico no mundo da dança. Propõe-se também a refletir em como essas histórias de vida podem nos ajudar melhor a conhecer algumas das tensões subjacentes a todo relato que se pretende de cunho histórico. Palavras-chave: Biografia. Autobiografia. Dança. Heterobiografia. Bailarino/bailarina. Heroína/herói.
O lugar do barroco na critica literaria brasileira
v.1., ano 7, nº.12 agosto de 2016. 99 Wagner Monteiro PEREIRA 7 RESUMO: Este trabalho pretende traçar um panorama da crítica literária brasileira em relação ao período Barroco. Primeiramente, será apresentada a crítica literária brasileira oitocentista, com destaque para Sílvio Romero e Araripe Júnior. Depois mostraremos como Antonio Candido preteriu o período seiscentista em sua Magnum opus, Formação da Literatura Brasileira e como uma crítica alinhada à recuperação do Barroco, com destaque para Haroldo de Campos, criticou aquilo que se PALAVRAS-CHAVE: Barroco; historiografia literária; literatura brasileira ABSTRACT: This work aims to give an overview of the Brazilian literary criticism in regards of the Baroque period. Firstly, we will present the Brazilian nineteenth-century literary criticism, especially Sílvio Romero and Araripe Júnior. Secondly, we will show how Antonio Candido omitted the XVII Century in his Magnum opus, Formação da Literatura Brasileira. Haroldo de Campos, as a critic aligned with the recovery of the Baroque, was among others who criticized what was referred as the "kidnapping of the Baroque" in Candido's work.
A invenção da biografia eo individualismo renascentista
Revista Estudos Históricos, 1997
o ponto de partida deste artigo é uma insatisfaçào com a visão tnldicional sobre seu tema. Todos os estudiosos do Renascimento sabem que ] acob Burckhardt afirmou que no Renascimento ocorreu "um desa brochar do indivíduo", e sabem que ele ilustrou sua af umaçào com o fenômeno da ascensão da biografia (inclusive a autobiografla)l Outro fato quase tão conhecido é que depois de Burckhardt aconteceu uma "revolta dos medievalistas" contnl a visão negativa que ele teve da Idade Média, incluindo-se aí a idéia de que faltou a esse período histórico um sentido de individualidade? Afmal de contas, podemos encontnlr biografias, se não, como já foi dito, "em todas as épocas e países", ao menos em muitas culturas e períodos. Entre as biografias medievais mais citadas nesse contexto estão as de Luís VI por Suger, de Luís IX por ]oinville e de Luís XI por Commynes, as vidas de Guilherme Marechal e de Bayard, anônimas, e, mais ao norte, as vidas dos reis nórdicos, escritas na Islândia do século XIII por Snorri Sturluson. Podemos acrescentar as vidas do Rei Alfredo por Asser e de Santo Anselmo por Eadmer, e as de São Tornãs de Aquino c São Francisco escritas no século XII 1.3 NotlL-Esta tnlcluçào � de José AUgusto Drummond, revisl:I por Dom Rocha.
Perspectivas acerca da biografia jornalística
Resumo: Abordamos, aqui, alguns aspectos narrativos para a (re)construção da trajetória biográfica em biografias jornalísticas. Adentramos, em um primeiro momento, na narrativa biográfica descrevendo nossos achados em relação às escolhas desse narrador jornalístico. Em seguida, analisamos abordagens e possíveis respostas para o boom biográfico, as informações paratextuais, além da desconfiança em relação à ficção o que concede à biografia legitimidade como relato verossímil na contemporaneidade.
Para além do narrar: procedimentos retórico-argumentativos empregados em biografias nacionais
Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, 2017
Resumo: Biografias se configuram como um gênero discursivo majoritariamente narrativo e com a incidência expressiva de procedimentos descritivos em sua constituição. Neste artigo, pretendemos, como objetivo central, identificar um fazer argumentativo nas biografias, mesmo sem elas possuírem um dispositivo argumentativo formalmente demarcado. Ancoramo-nos na concepção de dimensão argumentativa de Ruth Amossy (2006) e também em algumas orientações retóricas quanto aos discursos epidíticos, conforme abordagem retórica de Perelman & Olbrechts-Tyteca (1996), para quem o gênero epidítico apresenta as seguintes funções: (i) permitir a identificação do auditório, (ii) reforçar valores, (iii) despertar emoções e (iv) provocar ações. Identificadas tais funções, tentaremos mostrar como elas se materializam nas biografias nacionais contemporâneas.
História ou literatura? O caráter épico da biografia
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2000
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Resumo: Nas últimas décadas, os estudos biográficos recuperaram um lugar de prestígio na produção dos historiadores, estimulados pela descrença nos modelos totalizadores de explicação histórica e pela retomada das reflexões sobre a ação individual na história. Apesar da força das novas produções, as discussões teóricas sobre a biografia histórica são ainda incipientes. O presente artigo pretende oferecer uma contribuição para o preenchimento desta lacuna ao tratar das relações e tensões entre biografia e escrita da História. Palavras-chave: Biografia; Teoria da História; Historiografia.