A Ética Da Verdade e Do Silêncio No Discurso Do Estado (original) (raw)
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Per Musi v. 24, 2011
A teoria da retórica na música barroca revela-se, de modo geral, interpretativa e heterogênea, não havendo uma linha de pensamento fixa. Essaheterogeneidade torna-se evidente quando se analisa a utilização dos silêncios como figuras retóricas. Para definir os intencionalismos dos silêncios é necessário considerar os afetos que os cercam. Assim, por haver diversos afetos inerentes, há ainda mais deliberações subjetivas na análise dos silêncios. Sugerindo uma visão retórica plural, propõe-se diversos tipos de categorização bem como a coexistência de interpretações. Para apresentar os desdobramentos dos objetivos estéticos do meraviglia, que focam o escopo pragmático de deslumbrar inesperadamente criando percepções chocantes de admiração, busca-se um equilíbrio entre a teoria e a prática através de exemplificações musicais. A retórica é vista como a energia inerente na emoção e no pensamento, transmitida por meio de um sistema de signos, entre os quais a música, com o objetivo de influenciar terceiros em suas decisões e ações.
#Fato Ou #Fake: Efeitos De Verdade e a Política Do Silêncio
Cadernos de Letras da UFF
O objetivo desse artigo é analisar os processos de produção de sentido, circulação e checagem de fake news. Consideramos que o funcionamento de paráfrases discursivas das notícias falsas produzidas por sujeitos dispersos permitem a produção de um efeito de verdade e o apagamento de sentidos outros.
A Verdade No Discurso Político: O Ethos De Honestidade Em Campanha Eleitoral
2019
O discurso politico, inerentemente multimodal, tem sofrido mutacoes ao longo dos anos, sobretudo com a emergencia de novos meios de circulacao. Devido a isso, cada vez mais o ator politico tambem sofre metamorfoses de modo a integrar toda a ressignificacao de praticas sociais ocorridas em seu proprio corpo e, por isso, a venda de si, que constitui as campanhas eleitorais, ganha palco nas disputas, sobretudo nas redes sociais. Mostrar-se apto e digno de credito, por meio de efeitos de verdade, constituindo uma persona honesta que efetivamente pode assumir o cargo ao qual pleiteia, e necessario para que o eleitor/interlocutor adira ao mundo ethico ali estabelecido. Assim, por meio de indices verbais e nao verbais, considerando toda uma ordem do visual, propomos, neste artigo, analisar o ethos de honestidade de Aecio Neves na campanha de segundo turno das eleicoes 2014, por meio de posts no perfil oficial do candidato no Facebook e de enunciados retirados do HGPE (Horario Gratuito de P...
InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, 2019
O arquivo é uma representação política daquilo que ficará, uma impressão das disputas vencidas ou de uma verdade que se deseja registar formalmente. Mas é, também, aquilo que nunca pôde ser dito, que esteve interditado e tomou fôlego público devido escolhas, demandas políticas, sociais, históricas, institucionais ou pessoais. Para analisar este processo, como objetivo, traçamos uma ponte histórico-epistemológica entre o arquivo e sua relação com as formas da verdade, percorrendo a historicidade das práticas arquivísticas oferecendo maior liberdade para uma discussão sobre os arquivos do regime militar no Brasil. O recurso metodológico utilizado consistiu no levantamento e análise bibliográfica na composição do caminho argumentativo e na construção e delineamento do objeto. Concluímos que, o arquivo funciona como potência ao invés de um testemunho imperativo sobre a verdade ou a memória. Os silêncios ou ausências encontradas em seu manejo anunciam uma interrupção discursiva que deve...
Silêncio e a Comunicação Dissidente
2017
Este estudo elabora sobre a natureza do silencio, seus tipos e seu efeito no processo de comunicacao. Trata de forma particular sobre o caso do ‘silencio corruptor'. Elabora tambem sobre a funcao social da comunicacao dissidente, a que visa em ultima instância, romper a barreira do silencio imposta pelas maiorias as minorias. Esta tendencia a conformidade contradiz a teoria democratica que afirma o direito dos grupos sociais e dos cidadaos a liberdade de expressao. Por fim, e apresentada uma tipologia de 16 tipos de silencio.
A Recriação Da Realidade Pelo Discurso Publicitário
Revista de Estudos da Comunicação, 2009
Este artigo apresenta a contextualização histórico-social do surgimento das mensagens publicitárias, bem como destaca o processo evolutivo dos argumentos comunicativos –o racional e o emocional – e sua correlação aos estágios de desenvolvimento da sociedade capitalista brasileira, o que faz surgir o argumento ético-social. Tratada como um espelho da sociedade, a publicidade pode ser entendida como um gênero narrativo que carrega em sua composição elementos extraídos do contexto em que foi concebida, pois seu objetivo é o de buscar o estabelecimento de identificação com o público a que se dirige, a fim de que esse a perceba como um intensificador de atitudes, esperanças e sonhos que povoam o seu imaginário pessoal.
A Retórica Da Verdade No Relato Jornalístico
Revista Intertexto, 2011
Assumido pelos manuais de jornalismo como narrativa imparcial de fatosobjetivos, o relato noticioso é, contudo, incapaz de esconder seus compromissosideológicos com uma versão determinada dos eventos que narra. Analisando aretórica do texto verbal e das imagens associadas a um relato específico em trêsdiferentes veículos de comunicação na Internet, o presente artigo procura refletir sobrea “objetividade” dos relatos jornalísticos, em particular, e sobre a “transparência” dalinguagem em geral. Esta reflexão parte da vulgarização das idéias semânticas deFrege feita por alguns manuais de jornalismo e termina com uma análise sucinta sobreo uso ideológico dos esquemas imagéticos de container e força. Palavras-chave: Retórica; relato jornalístico; metáfora.
Discurso político, mídia e verdade
Revista Heterotópica
Nesta entrevista, o cientista social e especialista em análise de discurso político Mariano Dagatti aborda suas pesquisas sobre os estilos de comunicação política adotados pelos três últimos presidentes eleitos na Argentina, Néstor Kirchner (de 2003 à 2007), Cristina Fernández (de 2007 a 2015) e Mauricio Macri (de 2015 a 2019). Ele também reflete sobre a relação entre os meios e as instituições de comunicação novos e tradicionais, suas semelhanças e diferenças e sua relação com a política, com a verdade e com o ensino.