Educação de jovens e adultos: representações sociais sobre a escrita (original) (raw)
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Avaliação da escrita em jovens e adultos
Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 2019
O objetivo deste trabalho foi o de analisar a ortografia, de jovens e adultos que retornam a escola para completar a alfabetização, por não ter realizado os estudos na idade habitual. Os participantes da pesquisa foram alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal da cidade de Amparo/SP. A amostra foi composta por 57 participantes, no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, sendo que 27 (47,37%) cursavam a terceira série e 30 (52,63%) cursavam a quarta série. A coleta de dados foi realizada em três diferentes situações; um Ditado, o Reconhecimento de palavras e a Reescrita. O ditado utilizado foi o texto do Instrumento de Avaliação das Dificuldades de Aprendizagem na Escrita (ADAPE), padronizado para esse fim. O reconhecimento de palavras foi realizado a partir de um instrumento de múltipla escolha e a reescrita foi feita baseando-se numa lenda conhecida do folclore nacional. A análise dos resultados foi possível a partir de uma categorização dos erros em cada instrumento e da análise comparativa dos mesmos. Os resultados indicaram que as principais dificuldades se relacionam ao apoio na oralidade, mais especificamente quando se trata de palavras que empregam sílabas compostas, dígrafos e letras que representam vários sons. Na escrita de frases e textos deve-se destacar a dificuldade de segmentá-las, seja no ditado ou na escrita espontânea. O fato de que os erros mais freqüentes se mantiveram iguais nas três atividades de escritas propostas ofereceram maior convicção das reais dificuldades do grupo de participantes e acredita-se que os instrumentos utilizados em conjunto são uma alternativa confiável para se obter informações mais precisas sobre as dificuldades dos alunos, bem como podem ser utilizados como recursos didáticos na aprendizagem da escrita, desde que devidamente explorados com tal finalidade.
Práticas de letramento e a escrita juvenil de estudantes de escolas públicas
Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural
Este estudo tem por finalidade refletir sobre as escritas juvenis, especialmente, de estudantes poetas oriundos de Escolas Públicas do Semiárido nordestino, levando em conta as marcas de identidades e de letramento como prática social presente em textos de meninas poetas que desenvolvem textos a partir do letramento escolar. Assim, há de problematizar se essas escritas refletem as práticas sociais de letramento para marcar o lugar de fala, por conseguinte, as marcas identitárias de jovens estudantes de Escolas Públicas. E mais. Como os agentes diretamente envolvidos com Educação Pública podem contribuir para potencializar essas escritas juvenis? Para fundamentar este estudo, optamos pelo diálogo de Street (2010; 2014); Hall (2019) e (CERTEAU, 2012). Uma perspectiva de pesquisa bibliográfica e documental de textos com escritas que trazem marcas identitárias de estudantes de Ensino Médio de Escolas Públicas. [Recebido em: 21 mai. 2022 – Aceito em: 18 jun. 2022]
Atitudes face à escrita em adolescentes portugueses
DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals), 2020
A leitura e a escrita têm um papel fundamental nas sociedades atuais, sendo a sua aprendizagem um dos objetivos mais importantes durante a escolaridade obrigatória. Apesar de todos os benefícios associados à aprendizagem da escrita, muitos alunos têm dificuldades a escrever (Graham, 2008). Para além disso, a escrita é frequentemente considerada uma atividade rígida e desmotivante, especialmente após o 1.º Ciclo do Ensino Básico (Boscolo & Hidi, 2007). Neste sentido, este artigo centra-se nas atitudes face à escrita de alunos portugueses do 5.º ao 8.º ano de escolaridade. Especificamente, o artigo tem três objetivos: (1) analisar eventuais diferenças de género nas atitudes face à escrita; (2) explorar diferenças de ano de escolaridade nas atitudes face à escrita; (3) compreender qual é a influência das atitudes face à escrita na qualidade textual. Participaram neste estudo 553 alunos que realizaram as seguintes tarefas: questionários sobre atitudes e hábitos de escrita, tarefas de transcrição e escrita de textos narrativos e de opinião. Os resultados indicaram que as raparigas reportaram atitudes mais favoráveis face à escrita do que os rapazes em todos os anos de escolaridade. Os alunos do 5.º ano de escolaridade apresentaram também atitudes mais positivas comparativamente aos alunos do 6.º, 7.º e 8.º anos. Finalmente,
2016
Numa época pautada por desafios comunicacionais de elevada exigência, as práticas de leitura e de escrita assumem particular relevância. Os futuros profissionais da Educação Social, dado o pendor educacional e comunicacional de que se revestirá a sua atividade, terão de ler e escrever de forma proficiente. Deste modo, o propósito deste estudo é identificar e compreender os principais aspetos que caracterizam as representações dos estudantes futuros profissionais da Educação Social sobre a importância da leitura e da escrita, relativamente ao seu futuro labor. Considerou-se adequada uma abordagem de natureza qualitativa, tendo como referencial metodológico o estudo de caso. Participaram 105 estudantes do 1.º ano do curso de Educação Social, inscritos na unidade curricular de Técnicas de Produção de Texto, no 1.º semestre de 2014/2015 e de 2015/2016. Foram analisadas 210 reflexões individuais realizadas no início e no final da unidade curricular. Concluiu-se que os estudantes atribuíam considerável relevância à leitura e à escrita para o seu futuro profissional, tendo sido possível compreender que as suas representações se caracterizavam por alguma diversidade, destacando-se o «desenvolvimento profissional», a «comunicação interpessoal» e o «desenvolvimento de técnicas de produção de texto». Inferiu-se igualmente a necessidade de realizar mais estudos que possibilitem aprofundar o conhecimento sobre a relevância da leitura e da escrita para os futuros profissionais da Educação Social, de modo a que a formação destes estudantes se possa adequar aos desafios crescentes que os aguardam.
Representações Sociais De Estudantes Do Nono Ano Do Ensino Fundamental Sobre Leitura e Escrita
COLLOQUIUM HUMANARUM, 2020
The present research is based on Serge Moscovici's Theory of Social Representations (TSR) and presents a quantiqualitative approach in the collection and analysis of the social representations (SR) of the subjects researched on the systematic teaching of our mother tongue worked in Basic Education. For this, we aimed to investigate the social representations of ninth grade students about the teaching and learning of reading and writing. Thirty-seven (37) students from two state public schools, located in a municipality in the northern region of the state of Paraná, participated inthe research, being 23 (twenty-three) students from Central School 1 (EC1) and 14 (fourteen) from Peripheral School 1 (EP1). The respondents answered a questionnaire with 18 (eighteen) questions, 9 (nine) referring to reading and 9 (nine) about writing. For the presentation of the collected SR, we elaborated two charts in which we synthesized the research statistical data; the first presents the aspects...
A produção escrita no ambiente escolar
Breno Luis DEFFANTI Mestre em Linguística O que significa escrever um texto? Iniciamos a discussão destacando algumas questões colocadas por Marcuschi, B. (2010) 2 , que traça uma síntese do histórico desta atividade no âmbito escolar. 2.1.1. Breve histórico do ensino de produção de texto na escola Para a autora, do início do século XX até os anos 80, a concepção de texto estava voltada para a "escrita correta" e as aulas de Língua Portuguesa eram focadas no estudo da gramática normativa e na ortografia:
Leitura, escrita e autoria em discurso na educação de jovens e adultos
O tempo muito me ensinou: ensinou a amar a vida, não desistir de lutar, renascer na derrota, renunciar às palavras e pensamentos negativos, acreditar nos valores humanos, e a ser otimista. Aprendi que mais vale tentar do que recuar… Antes acreditar do que duvidar, que o que vale na vida, não é o ponto de partida e sim a nossa caminhada.
Práticas de letramento na educação de jovens e adultos
Fórum Lingüístico, 2010
Resumo Este artigo discute práticas de letramento em eventos com jornais e revistas dos quais participaram 27 alfabetizandos e um professor da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Prefeitura Municipal de Florianópolis, no ano de 2007. A perspectiva teórica adotada para a análise dos dados é a dos Novos Estudos do Letramento (
Literacia de adultos, cidadania e educação social
Laplage em Revista, 2019
A promoção da literacia e da educação básica de adultos constituem direitos fundamentais e condições essenciais para o exercício pleno da cidadania. Estamos perante desafios educativos decisivos, cuja relevância depende de colocar os aprendentes no centro dos processos educativos, para que estes considerem os percursos de vida dos adultos envolvidos e contribuam para a concretização das seus projetos pessoais e para o seu maior envolvimento cívico na vida social. Ora, se é certo que a educação formal continuará a desempenhar um papel importante na promoção da literacia e na educação básica de adultos, é crucial sublinhar que estes são espaços decisivos de afirmação da educação social. Este trabalho reflete precisamente sobre as condições de concretização que favorecem a promoção da literacia no quadro dos processos de educação social e o seu papel essencial para o desenvolvimento da cidadania.