Prolapso genital e reabilitação do assoalho pélvico; Pelvic floor rehabilitation and genital prolapse (original) (raw)

Efeitos do treinamento muscular do assoalho pélvico em mulheres com prolapso de órgãos pélvicos: uma revisão sistemática

Ciência em Movimento, 2020

INTRODUÇÃO: O prolapso de órgãos pélvicos (POP) se caracteriza pelo declínio da parede vaginal, ápice da vagina ou útero. Uma disfunção decorrente do enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico (MAP). O treinamento muscular do assoalho pélvico (PFMT) visa melhorar a função muscular, atuando no fortalecimento do MAP e impedindo o deslocamento descendente dos órgãos. OBJETIVO: Revisar os efeitos sistêmicos do treinamento muscular do assoalho pélvico em mulheres com prolapso de órgãos pélvicos. METODOLOGIA: Esta é uma revisão sistemática. Foi realizada uma busca nas bases de dados MEDLINE (PubMed), LILACS e SciELO, sem restrições relacionadas ao ano de publicação. Apenas ensaios clínicos randomizados foram incluídos neste estudo, que discorreram sobre o treinamento muscular do assoalho pélvico em mulheres com prolapso de órgãos pélvicos. Excluídos estudos que continham tratamentos em adolescentes, associado à medicação ou métodos cirúrgicos, que não abordavam o treinamento muscula...

Incontinência Urinária de Esforço e Disfunção Sexual Feminina: O Papel da Reabilitação do Pavimento Pélvico

Acta Médica Portuguesa, 2019

Introdução: A incontinência urinária afeta 21,4% das mulheres portuguesas e tem impacto negativo na qualidade de vida e na esfera sexual. A reabilitação do pavimento pélvico é a primeira linha de tratamento na incontinência urinária de esforço e pode ser uma opção terapêutica na disfunção sexual. O objetivo desta revisão é esclarecer se o tratamento com reabilitação do pavimento pélvico apresenta efeitos benéficos na função sexual em mulheres com incontinência urinária de esforço.Material e Métodos: Realizou-se uma revisão, recorrendo à base de dados PubMed, usando os termos: ‘urinary incontinence’, ‘female sexual dysfunction’ e ‘pelvic floor physical therapy’, recolhendo informação de 12 artigos relevantes.Resultados: A reabilitação do pavimento pélvico está associada à redução dos episódios de perda de urina e à melhoria da incontinência coital. Verifica-se uma melhoria nos scores de avaliação da função sexual após tratamento. Multiparidade, maior adesão ao tratamento, melhoria na...

Efeitos da reabilitação do soalho pélvico na incontinência urinária

2012

Objectives: Urinary incontinence (UI) is the involuntary leakage of urine. It is classified as stress UI, urgency UI or mixed UI and has different degree of severity affecting patients’ quality of life (QOL). The aim of this study is to evaluate the effects of rehabilitation in UI. Methods: Retrospective analysis based on clinical files of female patients sent by Gynecology and undergoing rehabilitation treatment for UI from January 2009 to June 2010. Variables were analyzed using SPSS ® 17.0. Results: Total of 84 valid cases (5 excluded due to noncompliance - 8.2%) with an age average of 53 years. Of these, 59.5% had stress urinary incontinence, 39.3% mixed and 1.2% urgency. The average duration of UI prior to referral to Physical Medicine and Rehabilitation was 10 years. Surgery had previously been performed without success in 11.9%. Each person had on average 22 sessions of physiotherapy. At the end of treatment 53.6% didnt have urinary incontinence, 23.8% considered themselves ...

Disfunções de assoalho pélvico em atletas

Femina, 2011

Resumo Disfunções do assoalho pélvico são condições que acometem mulheres em idades variadas, porém aquelas que se encontram no período do climatério, assim como as multíparas, são as mais suscetíveis. Entretanto, há relatos na literatura de jovens nulíparas que apresentam sintomas de disfunções nesta região, tais como a incontinência urinária e a anal durante a prática de esportes. Essas condições podem levar ao abandono da atividade física e comprometer a qualidade de vida. Com o intuito de conhecer a ocorrência das disfunções do assoalho pélvico e seus fatores etiológicos em atletas jovens e nulíparas, foi feita uma revisão da literatura. Foram consultadas as bases de dados BVS e PubMed nos últimos dez anos. Os resultados dos estudos revisados indicaram alta prevalência de disfunções do assoalho pélvico entre atletas, muitas delas nulíparas. A incontinência urinária é a disfunção do assoalho pélvico mais documentada e acomete principalmente atletas que praticam atividades consideradas de alto impacto, como trampolim e paraquedismo. As condições que desencadeiam as disfunções do assoalho pélvico em mulheres jovens e nulíparas ainda não estão completamente elucidadas, alterações extrínsecas ou genéticas do tecido conjuntivo frouxo e atividades que envolvem longos saltos são as hipóteses mais frequentes. Apenas um estudo foi encontrado documentando a prevalência das disfunções do assoalho pélvico entre atletas envolvendo os sistemas intestinal e sexual, além do urinário.

Cuidado fisioterapêutico na função sexual feminina: intervenção educativa na musculatura do assoalho pélvico

Fisioterapia Brasil

O estudo tem a finalidade de realizar uma intervenção educativa baseada em exercícios perineais de conscientização e fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico (MAP) e de aplicar perineometria e palpação digital para comprovar sua eficácia. O treinamento destes músculos produz aumento na vascularização pélvica e na sensibilidade clitoriana, ocasionando otimização da satisfação sexual. A amostra foi constituída por 31 adultas jovens que atenderam aos critérios de inclusão. O assoalho pélvico foi avaliado através da palpação digital pelo método Perfect e pelos perineômetros Peritron (9300+) e Biofeedback pressório ou Perina, além da aplicação do questionário Female Sexual Function Index (FSFI). As mulheres foram submetidas a uma intervenção, sendo orientadas, através de cartilha, a realizarem em seus domicílios duas vezes semanais os exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico. Mensalmente, as participantes foram reavaliadas pelos mesmos instrumentos e evoluíram para um no...

Tratamento conservador de prolapso de órgão pélvico com pessário: revisão de literatura

Revista de Medicina, 2018

INTRODUÇÃO: O prolapso de órgãos pélvicos (POP) sintomático afeta a qualidade de vida (QV) das mulheres e demanda tratamento. Por ser mais prevalente em pacientes idosas seu tratamento cirúrgico pode ser limitado por contraindicações clínicas ou desejo da paciente por um tratamento conservador; e por isso estas pacientes poderão se beneficiar com o uso de pessários. OBJETIVO: analisar os trabalhos publicados referentes ao impacto na qualidade de vida (QV) das mulheres com POP através do tratamento com pessário, bem como os fatores descritos como risco para o insucesso deste método. MÉTODO: revisão bibliográfica utilizando as Bases de Dados Scientific Electronic Library On-line (SciELO) e PubMed®, com os termos “pelvic organ prolapse, pessary and quality of life” publicados entre janeiro de 2011 a dezembro de 2016. RESULTADO: Os estudos mostram que o tratamento com pessário apresenta boa evolução, melhorando a sintomatologia causada pelo prolapso, semelhantes às pacientes que foram s...

Tela de polipropileno versus correção sítio-especifica no tratamento do prolapso de parede vaginal anterior: resultados preliminares de ensaio clínico randômico

Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2009

OBJETIVO: Comparar o uso de tela de polipropileno e correção sitio-específica no tratamento cirúrgico do prolapso vaginal anterior. MÉTODOS: Estudo prospectivo randômico comparativo em que foram operadas 32 pacientes com idades entre 50 e 75 anos, que apresentavam prolapso vaginal anterior estádio III ou IV, ou recidivado. A estática pélvica foi avaliada segundo as recomendações da International Continence Society (ICS), o sistema POP-Q e pelo Índice de Quantificação de Prolapso (POP-Q-I) Absoluto e Relativo. Para o rastreamento da incontinência urinária de esforço oculta todas as pacientes, sintomáticas ou não, foram submetidas a estudo urodinâmico em posição semi-ginecológica e semi-sentada, com redução do prolapso com pinça de Cheron. Registrou-se o tempo cirúrgico, o volume de sangramento intra-operatório e as complicações intra e pós-operatórias. O tempo de seguimento médio do estudo foi de 8,5 meses. RESULTADOS: Em relação aos resultados anatômicos ocorreu melhores resultados ...

Fisioterapia na função sexual e muscular do assoalho pélvico pós tratamento do câncer de colo do útero

REVISTA CIÊNCIAS EM SAÚDE

Objetivo: Verificar a eficácia da fisioterapia na função sexual e muscular do assoalho pélvico após tratamento do câncer de colo do útero. Métodos: Trata-se de uma série de casos de 10 mulheres submetidas a tratamento para câncer do colo de útero e seguimento fisioterapêutico pós-cirúrgico no Hospital Ophir Loyola, Belém, Pará. A função muscular do assoalho pélvico foi avaliada por meio do PERFECT e a função sexual pelo Female Sexual Function index. No protocolo fisioterapêutico foi realizado liberação de pontos gatilhos nos músculos do assoalho pélvico, massagem perineal, e treinamento dos músculos do assoalho pélvico. Os procedimentos foram realizados semanalmente em período de seis semanas. Resultados: A média de idade foi de 39,6 ± 7,6 anos. Todas as participantes foram submetidas a radioterapia. A função dos músculos do assoalho pélvico apresentou melhora ao final do protocolo, bem como a função sexual, porém ambos sem significância estatística. Conclusão: Tratamento fisioterap...