Perspectivas econômicas sobre o meio ambiente (original) (raw)
Related papers
VALORAÇÃO ECONÔMICA DO MEIO AMBIENTE: CIÊNCIA OU EMPIRICISMO? 1
RESUMO O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão crítica da literatura sobre os métodos de valoração econômica ambiental que a teoria neoclássica disponibiliza para estimar valores para os recursos ambientais. Indicam-se os aspectos positivos e negativos destes métodos na busca de uma melhor eficiência alocativa dos recursos ambientais para maximizar o bem-estar social. Trabalhos teóricos e empíricos sobre os métodos de valoração foram revisados, agrupados e criticados. Os métodos estudados foram: valoração contingente, preços hedônicos, custos de viagem, custos evitados, dose-resposta e custos de reposição. Embora limitados, os valores monetários calculados são ferramentas úteis nas decisões de políticas públicas. Confrontando-os com aplicações alternativas, pode-se escolher os projetos com maiores potencialidades de ganho de bem-estar social. Um exemplo atual e de importância estratégica é a estimação das perdas decorrentes da "pirataria genética". O pouco uso desses métodos no Brasil tem impedido avanços na exploração de oportunidades de ganhos econômicos. É necessário prosseguir o debate teórico, como também dar início a aplicações práticas, a fim de repor os vinte anos de atraso nessa área. Palavras-chave: economia neoclássica, valoração econômica ambiental, métodos de valoração ambiental.
DESAFIOS DA CIDADANIA AMBIENTAL
EDITORA KOTEV, SÉRIE MEIO AMBIENTE 14/ ENSAIO ELABORADO DURANTE PESQUISA DE DOUTORADO (GEOGRAFIA USP, 2000-2006), 2018
Desafios da Cidadania Ambiental refere-se a ensaio elaborado em 2004 durante a Tese de Doutorado do autor, realizada junto ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP, 2000-2005), sob orientação do Professor Doutor Ariovaldo Umbelino de Oliveira. No ano de 2018, Desafios da Cidadania Ambiental foi repaginado, revisado e masterizado, incluindo cautelas de estilo, reconfiguração normativa e ajustes de programação inerentes ao formato PDF, iniciativa encaminhada através da Editora Kotev (Kotev©), com vistas a disponibilizar o material em acesso livre na web. Esta edição incorpora revisão ortográfica com base nas regras vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa, em vigor desde 2009. Anote-se que editorialmente, o texto de Desafios da Cidadania Ambiental é um material gratuito, sendo nesta senda, vedada qualquer modalidade de reprodução comercial e também, de divulgação sem aprovação prévia da Editora Kotev (Kotev©). A citação de Desafios da Cidadania Ambiental deve obrigatoriamente incorporar referências bibliográficas conforme padrão modelar que segue: WALDMAN, Maurício. Desafios da Cidadania Ambiental. Série Meio Ambiente, Nº. 14. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2018.
DESAFIOS PARA UMA GESTÃO AMBIENTAL DOS RECURSOS HIDRICOS DO
O presente artigo trata-se de uma análise regional, recorre à projeção de cenários para Amazônia Legal, apontados por pesquisadores consagrados, aliado a leitura da legislação ambiental e sua escala de aplicabilidade. Busca nos Recursos Hídricos seu principal ponto de discussão, acreditando ser ele o recurso natural mais frágil do ecossistema amazônico . E traz esta discussão para a complexidade entre a legislação Ambiental existente no Estado de Rondônia e a produção no cenário ambiental que a contradiz, tornando “recortes territoriais” do sistema amazônico tão frágil como qualquer parte do país, onde a escassez de água potável já passa ser pauta de debate, em diálogos locais. Acreditamos que construção de uma gestão ambiental compartilhada, seja um dos principais caminhos para mudar esse quadro. Palavras chave: gestão ambiental, legislação ambiental, gestão de recursos hídricos, conflitos amazônicos
Cenários para a gestão ambiental
A construção de cenários prospectivos é uma tarefa importante para o conhecimento das dimensões da questão ambiental e para contribuir na busca de soluções para superá-la. A metodologia SPIR (State, Pression, Impact and Response) é adequada para descrever as ações que os diferentes agentes sociais exercem sobre as condições ambientais, bem como para orientar os gestores na tomada de decisão. As pressões surgem, portanto, a partir da identificação de situações críticas em várias escalas e requerem respostas por parte de governos, sociedade e empresas – para a prevenção e mitigação de danos ao meio ambiente e recuperação de áreas degradadas.. Essas revelam-se através das ações, políticas públicas e, sobretudo, pela implementação de uma gestão ambiental estratégica que busque o comprometimento com a preservação dos ecossistemas e a melhoria da qualidade de vida da população
Perspectivas para o investimento em economia ecológica no Brasil
2019
Neste ensaio trato dos caminhos para implantacao de um paradigma economico ecologico no Brasil, partindo da constatacao de que nossa trajetoria politica tem favorecido propostas contrarias. Vislumbro, a partir de uma futura mudanca nos rumos politicos, e alteracoes na legislacao do sistema financeiro, a possibilidade de financiamento de projetos ambientais sustentaveis por meio de “flexibilizacao” (easing) quantitativa e qualitativa, utilizando-se de moeda digital estatal fornecida a produtores e consumidores por meio de bancos publicos e comunitarios. Como argumento favoravel a este tipo de proposta, faco breve analise filosofica a respeito do significado da moeda, e argumento que na atualidade, com a tecnologia da informacao, e possivel, mesmo em ambientes de crise fiscal, gerar moeda para finalidades especificas, como o financiamento de empreendimentos produtivos em economia ecologica, e reforco da renda popular para facilitar o consumo dos bens gerados nestes empreendimentos.
Duas ou três lições de economia do meio ambiente para países subdesenvolvidos
Revista Brasileira De Economia, 1979
Duas ou três lições de economia do meio ambiente para países subdesenvolvidos * Gustavo Maia Gomes ** l. Introdução; 2. Serviços do meio ambiente e bem-estar; 3. Produçlio de bens e produçlio de residuos; 4. Considerações finais. Resumo o artigo investiga as relações entre produto e qualidade ambiental sob dois pontos de vista. No primeiro, a perspectiva de análise é o individuo enquanto consumidor de dois tipos de bens: os bens produzidos e os bens naturais fornecidos pelo ambiente. As variações oe bem•estar decorrentes de mudancas no consumo destes dois bens são, então, estudadas. No segundo ponto de vista, o enfoque é centrado sobre as condições de produção, sendo feita uma análise rigorosa das condições de validade da função que liga niveis de produção a deterioração ambiental. As conclusões básicas da investigação ressaltam, de um lado, a import3ncia das considerações sobre a qualidade do meio ambiente na avaliação do bem-estar social e de suas variações ao longo de um processo de desenvolvimento e ressaltam, de outro lado, as possibilidades de adiar ou contornar conseqüências danosas ao ambiente, derivadas do crescimento econOmico.
POLÍTICAS AMBIENTAIS: OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS PARA O SETOR PRODUTIVO
Em 2011 a Política Nacional do Meio Ambiente completa trinta anos. Pode-se dizer que esta Lei foi fundamental para a mudança na mentalidade da sociedade, em especial do setor produtivo, colocando a questão ambiental em patamar de similar importância à questão econômica e trazendo oportunidades para os empresários. O setor produtivo tem feito bastante na busca pela sustentabilidade, mas há perspectivas de que muito ainda possa ser realizado, para que a gestão ambiental seja aperfeiçoada.
GESTÃO AMBIENTAL: APONTAMENTOS PARA UMA REFLEXÃO
Anuário do Instituto de Geociências, 1996
Cet article propose une réflexion sur la gestion de I'environnement à partir de I'éxposée de deux cas particulierement réprésentatifs d'un certain éclaletement de cclte nolion. Pour alteindre ce but, le texte est organisé en deux parties. La première fait tune analyse des diférentes approches de la gestion de I'environnement. On a constaté une multiplicilé de conceplions et une divergence d'intérêts qui façonnent la question. La seconde partie estl consacrée à la discussion des instruments de gestion mis en place par des acteurs institutionnels: le gestionnaire issu de la logique industrielle el le gestionnaire public. De cette analyse un certain nombre de points méritent d'être approfondis, notament en ce qui concerne la nature politique du processus de gestion de I'environnement.