Aquilombar, Verbo Intransitivo: Experimentações Dialogadas entre Clóvis Moura e Beatriz Nascimento em Aquilombagem Crítica (original) (raw)

Joseph Ki-Zerbo e Clóvis Moura: Trajetórias e Historiografias Atlânticas

2022

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As Narrativas Dos Moradores Do Quilombo Do América Na Amazônia Bragantina

REVISTA CIÊNCIAS DA SOCIEDADE, 2020

Essa pesquisa visa analisar as narrativas do moradores, identificandoos aspectos identitários e culturais do Quilombo do América, situado na RegiãoNordeste do Estado do Pará, na Amazônia Bragantina, na cidade de Bragança.O Objetivo é de identificar os traços identitários e culturais presentes nos discursosdos moradores do Quilombo do América. A Metodologia desenvolvidaserá de cunho historiográfico, trabalhando os conceitos apresentados e dialogandocom os resultados da entrevista realizada com os moradores. Resultadospreliminares indicam uma relação de pertencimento entre os moradores, em relaçãoao quilombo, apresentam também as relações de trabalho desenvolvidase os traços culturais e religiosos presentes nas narrativas dos moradores do quilombo.Portanto, conclui-se identificando a necessidade de ampliar os estudossobre a temática, porém dados iniciais apontam as características culturais eidentitárias dos moradores do Quilombo do América/PA.

Arquivivência Nos Entre-Lugares Da Crítica Literária

CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS

A literatura brasileira e o divisor de águas: Silviano Santiago. Este artigo – descolonial de alma e teorizações práticas – sugere uma virada de página após passos paulatinos nos entre-lugares do referido autor. Para além das discussões e atravessamentos críticos, assim como Alfredo Bosi e Antonio Candido têm seus lugares na mística crítica literária brasileira, presto-me para apresentar à sociedade latino-americana o conceito da arquivivência que – por mim estabelecido – salpica os anseios dos arquivos de Jacques Derrida e as experivivências de Marcos Antônio Bessa-Oliveira, assim e por esta (des)razão, conceituo aliançando os vocábulos: arquivo e experivivências dos autores supracitados para sugerir à crítica literária a prática da arquivivência que pude descobrir ao me aproximar e me deixar ser tocado pela verve contribuinte de Silviano Santiago. Destaco neste artigo epistêmico e não hegemônico, que só pude propositar esse conceito por saber que enuncio com e a partir da crítica ...

Políticas da percepção: diálogos com o Terreiro Matamba Tombenci Neto - Ilhéus/BA

Desde novembro de 2014, momento inaugural desta instituição, tem tido lugar na Universidade Federal do Sul da Bahia/UFSBb uma série de atividades (aulas, conferências, visitas de campo, ateliês artísticos, pesquisas, militância político-cultural etc.) que contam com a participação de mestres/mestras de tradições, artes e ofícios. Esta comunicação pretende discutir tais (des)encontros de saberes a partir de nossa experiência com a comunidade do terreiro Matamba Tombenci Neto (Ilhéus/BA). Partindo do horizonte teórico proposto por Ranciére, isto é, do entendimento de que toda estética é também uma política, pretendemos pensar a imagem técnica para além de sua suposta neutralidade – e, portanto, como imagem política. A ambição aí é dupla: por um lado, colocar em evidência um dos grandes projetos (derivado, é claro, do modo de produção de mercadorias capitalista) da indústria ao longo dos séculos XX e XXI, a anaisthesis; por outro, problematizar o papel que cumpre a universidade neste processo de anestesiamento – via pacificação e apropriação dos saberes ditos populares. Pensar assim a anaisthesis nos conduz de volta à discussão da disputa política pela emancipação dos sentidos e seus correlatos. Ora, se estivermos corretos, a universidade afigura-se, então, não somente como espaço da disputa do saber/do conhecimento, mas também como espaço de disputa pelos dispositivos de construção e reprodução das imagens (técnicopolíticas). Por fim, gostaríamos de pensar a universidade como um dos espaços possíveis para ampliar a disputa (no caso das comunidades tradicionais, de guerrilha) por tais dispositivos estético-políticos.

Cabanagem: diálogos entre novos olhares

v. 7 n. 1: Dossiê - Rebeldias Epistemológicas: (Re)existindo em/nas sociedades brasileiras entre 2018 a 2022, 2024

Ao tratar das significativas razões as quais fundamentaram o início do processo revolucionário cabano ocorrido ainda quando o Brasil enfrentava diversas tensões sociais e morais relacionadas à província do período oitocentista, far-se-ia de extrema necessidade analisar a narrativa historiográfica fortalecida por Cláudia Fuller a partir da obra Os Corpos de Trabalhadores e a organização do trabalho livre na província do Pará (1838-1859); Luís Balkar Pinheiro, através da obra O Ensaio Geral da Cabanagem: Manaus, 1832, e por fim, Magda Ricci, pela obra intitulada Cabanagem, cidadania e identidade revolucionária: o problema do patriotismo na Amazônia entre 1835 e 1840, objetivando a proposição de um estudo revisionista acerca das construções discursivas e dos conceitos historiográficos propostos pelos autores.

Interpretivismo no Armário: vícios no Positivismo Inclusivo de Jules Coleman

RESUMO O debate contemporâneo anglo-saxão em teoria de direito é marcado por diversas complexidades. Uma delas diz respeito ao fato de que muitos autores parecem não compreender adequadamente a proposta teórica do adversário. Essa falta de clareza sobre o que está em disputa coloca em xeque os próprios termos do debate. Por meio deste artigo, explora-se uma faceta dessa problemática, defendendo que um autor tido como um dos principais expoentes do positivismo jurídico inclusivo, Jules Coleman, possui na verdade uma proposta teórica muito semelhante ao interpretivismo antipositivista de Ronald Dworkin. Para tanto, faz-se uma síntese do embate entre esses dois autores e considerações são tecidas a esse respeito. Ao final, conclui-se que Coleman nega que defenda algo semelhante ao interpretivismo dworkiniano, porque compreende mal os detalhes dessa proposta teórica, confundindo-a com um tipo de jusnaturalismo caricato. ABSTRACT The contemporary American debate on Jurisprudence has several complexities. One of them is that many authors seem to not understand very well their adversaries. This lack of clarity regarding what is at stake troubles the debate itself. This paper explores one side of this issue, affirming that Jules, that is meant to be one of the leading representatives of inclusive legal positivism, is in reality defending something very similar to Ronald Dworkin’s anti-positivist interpretism. To accomplish that, I summarized the debate between these two authors and make my considerations on the matter. I conclude that Coleman opposes to acknowledge his position as dworkinian because he misunderstands it as some sort of strawman natural law theory.

PALIMPSESTOS DE CLIO ENTRE A CLEPSIDRA E O CLARIM: Comunicação, História Oral e Tempo Presente

Revista Observatório, 2016

A Revista Observatório vem se estabelecendo como importante periódico interdisciplinar nacional, traz à baila seu Dossiê Volume 2, “Comunicação, História Oral e Tempo Presente”, objetivando visibilizar trabalhos de diversos campos do conhecimento que perscrutam temáticas filigranadas na relação entre comunicação, história oral e tempo presente, bem como, suas ressonâncias historiográficas em face das sociedades do contemporâneo. Soma-se a isto, o intento de coadunar estudos aparentemente díspares ao vasto e transdisciplinar universo das ciências humanas, enquanto espaço heterogêneo do debate acadêmico, amalgamando Comunicação, Jornalismo e Educação, num palmilhar ladrilhado do fazer acadêmico.

DAVID CRONENBERG, AUTOR DE ALMOÇO NU: A TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA COMO TRANSCRIAÇÃO

Esse artigo apresenta e analisa o processo de tradução intersemiótica realizada pelo cineasta David Cronenberg do romance Almoço Nu, de William Burroughs, e as bifurcações intertextuais implicadas nesse processo. Investigando as aproximações e distanciamentos existentes entre os universos criativos dos dois artistas e como eles se ressignificam mutuamente. Para tanto, são utilizados como aporte teóricos a ideia da transcriação, proposta por Haroldo de Campos, e a noção do tradutor enquanto leitor proposta por Jorge Luis Borges. Palavras-chave: Tradução intersemiótica. Cinema. Literatura. David Cronenberg. William Burroughs.

Cidade Maravilhosa: Exploração Dos Sentidos De Uma Metonímia

REDISCO – Revista Eletrônica de Estudos do Discurso e do Corpo

O presente artigo propõe uma possibilidade de compreensão da dinâmica do dizer a cidade. Considerando o dizer um fenômeno social, pretendemos exercitar uma análise de discurso, que toma o termo “Cidade Maravilhosa” como uma metonímia do Rio de Janeiro, admitindo em tal dizer um teor dinâmico. Buscamos apreender a dinâmica da “Cidade Maravilhosa” a partir de uma analogia ao caleidoscópio, produzindo imagens de conjunturas, organizando e expondo conteúdos relevantes e eloquentes para compreensão dos sentidos dos discursos. Nesse caleidoscópio três superfícies espelhadas refletem objetos que, em movimento, produzem imagens sucessivas, entre possibilidades de combinações inúmeras. A política, a cultura e o urbanismo serão os espelhos e as narrativas acerca da Cidade Maravilhosa os objetos em movimento que serão refletidos. A imagem do Rio de Janeiro será composta por conjunturas institucionais distintas, sejam elas o Rio de Janeiro como capital da república, Estado da Guanabara e Rio de...